ATRIBUTOS DE CIDADES INTELIGENTES A LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL

Autores

  • Luiza Fracaro Polleto PPGDR/UNIJUÍ
  • Sérgio Luís Allebrandt PPGDR/UNIJUÍ https://orcid.org/0000-0002-2590-6226
  • Maria Margarete Baccin Brizolla PPGDR/UNIJUÍ

Palavras-chave:

Cidade Inteligente, Teoria Institucional, Desenvolvimento Regional, Isomorfismo

Resumo

Nos últimos anos muito tem se falado sobre o crescimento da urbanização e o desenvolvimento das cidades. Para isso autores vêm estudando novos modelos de planejamento, gestão e organização para as cidades do século XXI, as chamadas cidades inteligentes, as quais são baseadas no uso das tecnologias para melhoria da infraestrutura urbana, da qualidade de vida, da sustentabilidade, da administração e gestão pública. Aliado a temática de cidades inteligentes temos a teoria institucional que irá auxiliar no processo de mudança organizacional. Nesse sentido o presente estudo tem como objetivo analisar como o município de Ijuí (RS) adere aos indicadores de cidade inteligente, otimizando o uso dos seus recursos para melhorar a infraestrutura em benefício da qualidade de vida da sua população, considerando sua forma de organização institucional. O município de Ijuí apresenta indicadores positivos dentro do Ranking Connected Smart Cities, nos eixos de educação, economia, empreendedorismo e energia. Por fim constatou-se que a utilização da teoria institucional e seus mecanismos isomórficos são de fundamental importância no processo de transformação do município em cidade inteligente. Pois através dos mesmos é possível utilizar práticas assertivas em relação ao Município de Ijuí, inspiradas em outras cidades. A consolidação do isomorfismo normativo, através da capacitação da população e do plano diretor municipal para alcançar o nível de cidade inteligente.

Biografia do Autor

Luiza Fracaro Polleto, PPGDR/UNIJUÍ

Mestranda em Desenvolvimento Regional no PPGDR/UNIJUI (Turma 2021). Integrante do GPDeC. Bolsista Prosuc/Capes. Bacharel em Direito pela UNIJUI.

Sérgio Luís Allebrandt, PPGDR/UNIJUÍ

Doutor em Desenvolvimento Regional pelo PPGDR/UNISC (2010); Mestre em Gestão Empresarial pela EBAPE/FGV (2001). Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Titular do PPGDR/UNIJUÍ.

Maria Margarete Baccin Brizolla, PPGDR/UNIJUÍ

Doutora em Ciências Contábeis e Administração. Ex-Professora do PPGDR/UNIJUI.

Referências

BATAGAN, L. Smart Cities and Sustainability Models. Informática Econômica, v. 15, n. 3, p. 80-87, 2011.

BORGUS, et al. São Paulo: limites e possibilidades para uma cidade inteligente / Angélica T. Benatti Alvim e Lucia M. Machado Bórgus IN Cidades inteligentes: por que, para quem? Organização Lucia Santaella. 1. Ed. – São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.

BORGES, F.Q.; BORGES, F.Q. Teoria Institucional: uma contribuição para a gestão pública do desenvolvimento. Revista Ciências Humanas, v. 14, ed. 25, 2021.

CARVALHO, C. A. P.; VIEIRA, M. M. F.; LOPES, F. D. Contribuições da Perspectiva Institucional para Análise das Organizações. In: Anais do XXIII ENANPAD. Foz do Iguaçu - PR, 1999.

CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. M. F. Organizações, Instituições e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003

COCHIA, C. B. R.; MACHADO-DA-SILVA, C. L. Ambiente, interpretação e estratégia em organizações paraenses dos setores de vestuário e alimentos. RAC - Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 8, p. 11-35, jul. 2004. Edição Especial.

CONNECTED SMART CITIES. (2015). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1527704426CSC_Urban_2015.pdf Acesso em: 11 ago 2021.

CONNECTED SMART CITIES. (2016). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1527701057CSC_Urban_2016.pdf Acesso em: 11 ago 2021.

CONNECTED SMART CITIES. (2017). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1521663070CSC_UrbanSystems_2017.pdf Acesso em: 12 ago 2021.

CONNECTED SMART CITIES. (2018). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1540214167CSC_2018_Urban.pdf Acesso em: 12 ago 2021.

CONNECTED SMART CITIES. (2019). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1568738869Ranking_CSC_Final.pdf Acesso em 11 ago 2021.

CONNECTED SMART CITIES. (2020). Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/48668/1628694562Ranking_CSC_2020.pdf Acesso em 12 ago 2021.

CUNHA, M. A et at.; Smart Cities: Transformação Digital de Cidades. FGV EAESP, Programa de Gestão Pública e Cidadania - PGPC. São Paulo, 2016. 161 p. CRUZ, C. F.; Ferreira, A. C. de S.; Silva, L. M. da & Macedo, M. A. da S. (2012). Transparência da gestão pública municipal: um estudo a partir dos portais eletrônicos dos maiores municípios brasileiros. Rev. Adm. Pública [online]. v.46, n.1.

DUTTA, S. et al. The global information technology report 2009–2010: world economic forum. Genebra: SRO-Kundig, 2010.

DiMAGGIO, Paul J., POWELL, Walter W. Introduction. In: POWELL, W.W. & DIMAGGIO, P.J.. The new institucionalism in organizational analysis. Chicago: University of Chicago Press, 1991. p. 1-38

DIMAGGIO, P. J. & POWELL, W.W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, 1983.

DiMAGGIO, Paul J., POWELL, Walter W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas (RAE), v.45, n.2, p.74-89, 2005.

FONSECA, V. S. Da. A abordagem institucional nos estudos organizacionais: bases conceituais e desenvolvimento contemporâneos. Em VIEIRA, M.M.F; CARVALHO, C.A. (orgs). Organizações, instituições e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

FONSECA, Valéria; MACHADO-DA-SILVA, Clóvis L. Conversação entre Abordagens da Estratégia em Organizações: Escolha Estratégica, Cognição e Instituição. Revista de Administração Contemporânea - RAC, Curitiba, art. 3, p. 51-75, Edição Especial 2010.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa Qualitativa - tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas. São Paulo: RAE, v. 35, p. 20-29, maio/jun. 1995.

GASPAR, J.V.; AZEVEDO, I. S.C.; TEIXEIRA, C. S. Análise do Ranking Connected Smart Cities. Revista Ciencias de la documentación. Abril-Junio, p. 69-82. 2017.

IDEB – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Disponível em: http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=13951843 Acesso em: 17 ago 2021

KOMNINOS, N. Intelligent Cities and globalization of innovation networks. Simultaneously published in the USA and Canada, Routledge, p.7-19, 2008. 320 p.

LEITE, C.; AWAD, J.C.M. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Bookman, 2012

LEI COMPLEMENTAR Nº 6.929 DE 21 DE JANEIRO DE 2020. Plano Diretor Participativo do Município de Ijuí. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-ijui-rs#:~:text=%C2%A7%201%C2%BA%20Este%20Plano%20Diretor,obedecem%20%C3%A0s%20diretrizes%20desta%20Lei. Acesso em 21 ago 2021

MACHADO-DA-SILVA, Clóvis L.; VASCONCELOS, Flávio Carvalho de. Fórum - a teoria institucional em um contexto brasileiro: dinâmicas de inovação e imitação. RAE-eletrônica, v. 4, n. 1, Art. 4, jan./jul. 2005.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S. da; CRUBELLATE, J. M. Estrutura, agência e interpretação: elementos para uma abordagem recursiva do processo de institucionalização. Revista de Administração Contemporânea, Edição Especial, v. 9, p. 9- 39, 2005.

MEYER, J.W. & Rowan, B. Institutional organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology. V. 83, n. 2, p. 340-363, 1977

MISOCZKY, M. C. O isomorfismo normativo e a análise de organizações de saúde. Era Eletrônica. São Paulo, v. 4, n. 1, jan./jul. 2005. Disponível em: www.rae.com.br/eletronica/index.htm. Acesso em: 09 jun 2021.

NASCIMENTO, A.B.F.M.; PADILHA, Y.L.; SANO, H. Contribuições da Teoria Institucional para análise de disseminação de inovação na gestão pública. IV Encontro Brasileiro de Administração Pública. João Pessoa/PB. 2017.

ONU (Brasil). Mais de 70% da população mundial viverá em cidades até 2050. Publicada em 15 de abril de 2013

PERROW, C. The analysis of goals in complex organizations. In: HASENFELD, Y.; ENGLISH, R. A. Human Service Organizations. 2nd ed. Ann Arbor: The University of Michigan, 1983.

PIANTINO, L. F. M. Cidades Inteligentes e Cidades Desenvolvidas: um estudo de reação com os indicadores ICI, CSC, IFDM e IDHM.

PIEKAS, A. A. S.; BERNARDY, R. J.; SEHNEM, S.; FABRIS, J. Aspectos legais e percepções sobre as estratégias para cidades inteligentes e criativas: estudo da cidade de Chapecó (SC). urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana (Brazilian Journal of Urban Management), 2018, 10(Supl. 1), 197-211.

ROSSETO, C. R.; ROSSETO, A. M. Teoria institucional e dependência de recursos na adaptação organizacional: uma visão complementar. RAE-Eletrônica, v.4, art.7, jan/jul. 2005.

SANTAELLA, L. As ambivalências das cidades inteligentes IN Cidades inteligentes: por que, para quem? Organização Lucia Santaella. 1. Ed. – São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.

SCOTT, W. R. Institutions and organizations. 2. ed. London: Sage, 2001.

STROPARO, Telma Regina. SMART CITIES, MOBILIDADE URBANA E ENVELHECIMENTO HUMANO EM TEMPOS DE PANDEMIA: EXCLUSÃO E ISOLAMENTO. Revista UFRR – Boletim de Conjuntura. Ano III, v. 5, n. 14, Boa Vista, 2021

TOLBERT, Pámela S.; ZUCKER, Lynne G. A institucionalização da teoria institucional. In: CLEGG, Stewart R.; HARDY, Cynthia; NORD, Walter R. Handbook de estudos organizacionais: modelos e analises e novas questões em estudos organizacionais. São Paulo: ATLAS, 1999.

WEBBER, L., WALLACE, M. Green tech: how to plan and implement sustainable IT solutions. New York: AMACON, 2009.

WEISS, M.C.; BERNARDES, R. C.; CONSONI, F. L. Cidades inteligentes como nova prática para o gerenciamento dos serviços e infraestruturas urbanos: a experiência da cidade de Porto Alegre. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana (Brazilian Journal of Urban Management), 2015 set./dez., 7(3), 310-324

Downloads

Publicado

2023-06-06

Como Citar

POLLETO, L. F.; ALLEBRANDT, S. L.; BRIZOLLA, M. M. B. ATRIBUTOS DE CIDADES INTELIGENTES A LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL. Anais do Simpósio Latino-Americano de Estudos de Desenvolvimento Regional, IJUÍ - RS - BRASIL, v. 3, n. 1, 2023. Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/slaedr/article/view/22898. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

ST6 - Cidades e Territórios criativos e sustentáveis

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 > >>