COMÉRCIO INTERNACIONAL DOS MUNICÍPIOS DE GOIÁS:

UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRAVITACIONAL

Autores

  • Andréa Freire de Lucena PPGCP/UFG
  • Raquel Pereira Aquino UFG
  • Felipe Queiroz Silva UFG

Palavras-chave:

Goiás, Municípios, Modelo Gravitacional, Comércio Internacional

Resumo

Este estudo pretende analisar os determinantes do comércio internacional dos municípios que fazem parte do estado de Goiás a partir do modelo econométrico gravitacional. Os modelos foram estimados por Mínimos Quadrados Ordinários com dados do comércio exterior de Goiás a nível municipal para o ano de 2018. Estimaram-se duas regressões com o fluxo comercial dos municípios em função da população, do Produto Interno Bruto e da distância, e foi realizado um ranking com os países que mais exportam e importam com o estado. A China foi o principal país que realizou comércio com os municípios goianos nesse período e grande parte desse comércio decorrente das exportações de produtos agropecuários. Os resultados confirmam que o fluxo comercial entre os municípios goianos e os 47 países da amostra são determinados pelos fatores de atração, como a população dos países e dos municípios, porém, não são determinados pelos fatores de resistência, como a distância.

Biografia do Autor

Andréa Freire de Lucena, PPGCP/UFG

Doutora em Relações Internacionais (UNB). Professora associada do curso de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Raquel Pereira Aquino, UFG

Graduanda do curso de Economia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Felipe Queiroz Silva, UFG

Doutor em Economia da Indústria e da Tecnologia (UFRJ). Professor adjunto do curso de Economia da Universidade Federal de Goiás (UFG)

Referências

AITKEN, N. D. The effect of the EEC and EFTA on European trade: a temporal cross-section analysis. The American Economic Review, Tennessee, v. 63, n. 5, p. 881-892, 1973.

ARRIEL, M. F. Perfil Produtivo e Dinâmica Espacial da Indústria Goiana – (1999-2007). 2010. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial) – Departamento de Ciências Econômicas, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2010.

BALASSA, B. Exports and economic growth: further evidence. Journal of Development Economics, Washington, v.5, n.2, p. 181-189, 1978.

CASSANO, F. A. A teoria econômica e o comércio internacional. Pesquisa & Debate. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 112-128, 2002.

CHENG, I.; WALL, H. J. Controlling for heterogeneity in gravity models of trade and integration. Federal Reserve Bank of St. Louis Review, St. Louis, v. 87, n. 1, p. 49-63, 2005.

FARIAS, J. J.; HIDALGO, Á. B. Comércio interestadual e comércio internacional das regiões brasileiras: uma análise utilizando o modelo gravitacional. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 43, n. 2, p. 252-265, 2012.

FEDER, G. On exports and economic growth. Journal of Development Economics, Amsterdam, v. 12, p. 59-73, 1982.

FILHO, J. E. H. Uma análise da atividade comercial entre o município de São Gonçalo Do Amarante e os demais municípios cearenses: uma aplicação do modelo gravitacional. 2017. Dissertação (Mestrado em Economia) – Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.

GOIÁS. Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento. Instituto Mauro Borges. Balança Comercial Goiana – Comex. 2019. (Análises Conjuturais). Disponível em: w.imb.go.gov.br/files/docs/releases/comex/2018/comex201812.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.

GRAF, C. O.; AZEVEDO, A. F. Z. Comércio bilateral entre os países membros do Mercosul: uma visão do bloco através do modelo gravitacional. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 17, n. 01, p. 135-158, 2013.

HIDALGO, Á. B.; VERGOLINO, J. R. O Nordeste e o comércio inter-regional e internacional: um teste dos impactos por meio do modelo gravitacional. Revista Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v.2, n.4, p. 707-725, 1998.

INSTITUTO MAURO BORGES. Goiás: exportações, importações, suas origens e destinos. Goiânia, 2014. Disponível em: https://www.imb.go.gov.br/files/docs/publicacoes/estudos/ 2014/goias-exportacoes-importacoes-origens-destinos.pdf. Acesso em: 01 nov. 2020.

LEUSIN, S.; AZEVEDO, A. O efeito fronteira das regiões brasileiras: uma aplicação do modelo gravitacional. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 229-258, 2009.

LUCENA, A. F.; CAMPOS, F. R.; SANTOS, J. F. Exportações e desenvolvimento econômico regional em Goiás. Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional, Blumenau, v. 9, n. 2, p. 189-210, 2021.

LUCENA, A, F.; SILVA, F. T.; VIEIRA, E. R. Efeito-fronteira em Goiás: uma análise de seus impactos no comércio intranacional e internacional. Redes (St. Cruz Sul, Online), Santa Cruz do Sul, v. 25, p. 2549-2567, 2020.

MCCALLUM, J. National borders matter: Canada-U.S. Regional trade patterns. The American Economic Review, Pittsburgh, v. 85, n. 3, p. 615-623, 1995.

MAGALHÃES, A. S.; DOMINGUES, E. P. Relações interestaduais e intersetoriais de comércio no Brasil: uma análise gravitacional e regional. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, Curitiba, v.2, n.1, p. 76-102, 2008.

MENDES, K.; HIDALGO, Á. B.; LUCHINE, A. A. O comércio internacional dos municípios brasileiros entre 2000 e 2010: uma aplicação do modelo gravitacional. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 48., 2020, Niterói. Anais Eletrônicos [...]. Rio de Janeiro: UFF, 2020. p.1-19. Disponível em: https://www.anpec.org.br/encontro/2020/submissao/files_I/i7-7efe57ca2df7aab56cff7bf 95bc43a3f.pdf. Acesso em: 29 out. 2020.

MATYAS, L. Proper econometric specification of the gravity model. The World Economy, Oxford, v. 20, n. 3, p. 363-368, 1997.

MOREIRA, U. Teorias do comércio internacional: um debate sobre a relação entre crescimento econômico e inserção externa. Revista de economia Política, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 213-228, 2012.

NASCIMENTO, F.; JÚNIOR, D. P. A evolução do modelo gravitacional na economia. Revista Saber Humano, Recanto Maestro-RS, v. 2, n. 3, p. 163-175, 2013.

NORTH, D. Teoria da localização e crescimento econômico regional. In: SCWARTZMAN, J. (org.) Economia Regional. Textos escolhidos. Belo Horizonte: Cedeplar, 1977. p. 291-313.

PIANI, G.; KUME, H. Fluxos bilaterais de comércio e blocos regionais: uma aplicação do modelo gravitacional. Rio de Janeiro: IPEA, 2000. (Texto para discussão, n. 749).

POLAK, J. J. Is APEC a natural regional trading bloc? A critique of the “Gravity Model” of international trade. The World Economy, Oxford, v. 19, n. 5, p. 533-543, 1996.

SÁ PORTO, P. C. Porto, Blocos de Comércio e Desenvolvimento Regional no Brasil. Leopoldianum: Revista de estudos e comunicações da Universidade Católica de Santos, v.96, n. 98, p. 1-25, 2010.

VENABLES, A. J.; LIMÃO, N. Geographical disadvantage: a Heckscher-Ohlin-von Thunen model of international specialization. Journal of Internacional Economics, [The Netherlands], v. 58, n. 2, p. 239-263, 2002.

WANG, Z.; WINTERS, L. A. The trading potential of Eastern Europe. Journal of Economic Integration, Seoul, v. 7, n. 2, p. 113-136, 1992.

Downloads

Publicado

2023-06-06

Como Citar

LUCENA, A. F. de; AQUINO, R. P.; SILVA, F. Q. COMÉRCIO INTERNACIONAL DOS MUNICÍPIOS DE GOIÁS:: UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRAVITACIONAL. Anais do Simpósio Latino-Americano de Estudos de Desenvolvimento Regional, IJUÍ - RS - BRASIL, v. 3, n. 1, 2023. Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/slaedr/article/view/22960. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

ST4 – Inovação, Gestão de organizações e dinâmicas de mercados