AGRICULTURA FAMILIAR E SISTEMAS PRODUTIVOS:

PRODUÇÃO DE LEITE NA REGIÃO FRONTEIRA NOROESTE/RS

Resumo

O artigo apresenta sistemas produtivos, de uso extensivo, semi-intensivo e intensivo, na agricultura familiar, na região Fronteira Noroeste, no Rio Grande do Sul. Os sistemas contam com uma diversidade de paisagem, pela existência de diferentes tipos de agricultores, com interesses particulares, estratégias próprias de sobrevivência, o que desafia as investigações em propriedades leiteiras, tendo uma produção estimada em cerca de 415 milhões de litros de leite por ano, produzido por aproximadamente 9,7 mil produtores, que integram as 173.306 propriedades leiteiras, no Rio Grande do Sul, presentes em 93,6% municípios, tendo em média 19,01 hectares por propriedade, produzindo 11 milhões de litros por dia. Essa realidade potencializa a pesquisa, que trabalha com método de abordagem quali-quantitativa, procedimento multicaso, técnica documental, análise e interpretação dos dados, média aritmética, software Microsoft Excel® e a análise de conteúdo, o que permite apresentar um estudo, que identifica o sistema de produção adotado, em 95,6% das propriedades de leite, que tem como base a alimentação de pastagens, seguido pelo sistema de semiconfinamento em 3,3% e confinamento total em apenas 1,1%. O sistema semi-intensivo apresentou a maior lucratividade e menor payback. O sistema intensivo apresentou a maior produção diária, preçomédio recebido por número de vacas em lactação, área utilizada na atividade, produtividade média diária por animal, receita bruta, margem liquida. A composição dos custos sofreu alteração em função do sistema produtivo, onde o sistema extensivo apresentou o menor custo variável e o maior custo fixo, enquanto o semi-intensivo obteve o menor custo de oportunidade. Alternativas de produção cooperativa poderão indicar possibilidades de impactos positivos na performance de produção e nas perspectivas de agregação de valor.