MULHERES, COOPERATIVISMO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Palabras clave:
Gênero, Cooperativismo, Desenvolvimento regionalResumen
Este trabalho traz reflexões em torno de três temáticas que emergem com mais força em momentos de crises político-econômicas. Trata-se do cooperativismo, questões de gênero e desenvolvimento regional. O cooperativismo, embora esteja presente na história moderna desde 1844, quando da criação da Rochdale Society of Equitable Pionneers, na Inglaterra, comumente é retomado em momentos de crise. Ao mesmo tempo, observa-se uma (re)emergência das questões de gênero. Iniciativas da Organização das Nações Unidas podem ser citadas, como o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, a ONU Mulheres, em 2010, e o movimento HeForShe, campanha global para envolver homens e meninos na remoção de barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial. Durante o período de pandemia, campanhas como a Máscara Roxa, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que prevê possibilidades de denúncia de violência doméstica, reforçam a importância do tema. A discussão de gênero, aos poucos, ganha espaço dentro do cooperativismo. Em 2019, na Conferência Internacional da Aliança Cooperativa Internacional, o Comitê de Igualdade de Gênero promoveu um seminário destacando ações das mulheres com base na doutrina cooperativista. Ademais, Amartya Sen (2010) afirma que nada atualmente é tão importante na economia política do desenvolvimento quanto um reconhecimento adequado da participação e da liderança política, econômica e social das mulheres. Portanto, objetiva-se neste trabalho discorrer sobre o papel do cooperativismo para a remoção de fontes de privação de liberdade das mulheres e a consequente contribuição para a promoção de processos de desenvolvimento regional.