PARADIPLOMACIA: UMA DINÂMICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE TERRITÓRIOS PERIFÉRICOS?
Palabras clave:
Paradiplomacia, desenvolvimento, territórios periféricos, cooperação intermunicipalResumen
Na segunda metade do século XX, com o advento da globalização econômica e a consequente
flexibilização das barreiras comerciais, as relações internacionais experimentaram mudanças importantes nas
estruturas de poder, observando a inserção de novos atores a partir de diferentes dinâmicas de inserção. O
conceito de paradiplomacia nasce da observação deste processo, onde a efetiva participação de cidades e
regiões na arena internacional permeavam interesses individuais e coletivos tanto na seara de ações
fronteiriças (econômicas, culturais, gestão de fronteiras etc.) como em agendas globais (econômicas,
ambientais, direitos humanos etc.). A proposta do artigo, no entanto, é de responder se esta nova dinâmica se
aplica em regiões longínquas e periféricas, onde as assimetrias causadas pela globalização constrangem as
ferramentas mais ortodoxas de prevenção de crises. A hipótese inicialmente ventilada foi confirmada, partindo
do pressuposto de que há meios de inserção a partir de políticas paradiplomáticas em territórios periféricos,
mas, por outro lado, propõe-se que os desafios sejam compartilhados através de redes intermunicipais de
cooperação. Este artigo foi desenvolvido a partir de dados secundários com o método de pesquisa qualitativa e
revisão bibliográfica.