ANÁLISE EMPÍRICA DA COMPETITIVIDADE DO ETANOL BRASILEIRO (1999-2016)
Palavras-chave:
ETANOL, ANÁLISE EMPÍRICA, COMPETITIVIDADEResumo
Até a década de 1970, o etanol, no Brasil, era somente um subproduto da produção
canavieira, contudo a situação foi alterada a partir da primeira crise do petróleo, visto que,
a partir disso, ocorreu o processo de alteração da estrutura energética com a criação do
Programa Nacional do Álcool (Proálcool).
De acordo com Bittencourt, Fontes, Campos (2012), o Proálcool tinha como intuito
maximizar a produção de safras agroenergéticas e o aumento da capacidade industrial de
transformação, visando à obtenção de álcool para substituir o petróleo e seus derivados,
principalmente a gasolina.
Na década de 1990, o setor canavieiro teve abolidas as cotas de produção e a liberação da
comercialização do álcool em forma de combustível por meio da desregulamentação. Desta
forma, alterou-se significativamente a estrutura e o padrão de competição do setor; as
empresas passaram a usar estratégias ligadas à especialização, à diferenciação e ao
aumento da produção de açúcar e álcool para obterem vantagens competitivas sustentáveis
no mercado (PIACENTE, 2006).
Neste contexto, o etanol pôde ser produzido a partir da cana-de-açúcar, da beterraba e do
milho, sendo que a cana-de-açúcar é a principal matéria-prima utilizada e o milho, o mais
recente do mercado. Para Rosseto et al (2017), ainda neste contexto, a estabilidade na
produção e a inovação tecnológica fizeram com que o etanol de milho, no Brasil, tenha
crescido mais de 532% nos últimos quatro anos. Na safra de 2016/2017, ele alcançou uma
produção de 234.147 m³ de etanol do grão. O país líder nessa categoria é os Estados
Unidos, que é responsável por um terço da produção mundial do etanol de milho, tendo
produzido 384,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017 (UNITED STATES DEPARTMENT
OF AGRICULTURE – USDA, 2017).