HISTÓRIA ECONÔMICA DO CICLO DA BORRACHA:
REFLEXOS NO TERRITÓRIO DO VALE DO ACRE
Palavras-chave:
História Econômica, Vale do Acre, BorrachaResumo
Este artigo objetiva reflexionar sobre a Amazônia Ocidental, pontualmente sob o Vale do Acre, abordando sua importância histórica, averiguando as respectivas associações com a história econômica do Brasil. conflitos e relações de poder nas arenas públicas. Passa, assim, pela contextualização histórica do Brasil, do Acre, Vale do Acre e seus respectivos encadeamentos. Enquanto sua metodologia, este documento, que se rege através de uma revisão bibliográfica, onde se buscou apresentar a relevância histórica para a região e para o Brasil da extração do látex nos períodos apontados no artigo. Uma destas relações - o ciclo da borracha, foi um momento da história do Brasil, relacionado com a extração do látex da seringueira e comercialização dele, que teve seu centro na região amazônica, e proporcionou expansão da colonização, atração de riqueza, transformações culturais, sociais, arquitetônicas na região Norte do Brasil. Posteriormente aos ciclos, o extrativismo do látex teve continuidade, e contemporaneamente o processo produtivo permanece ocorrendo no Vale do Acre. Como conclusão, pode-se perceber que o Estado do Acre teve seu desenvolvimento econômicofinanceira e social ocorrido de forma morosa, se comparado ao cenário encontrado nos demais Estados brasileiros. Todavia, entre 1879-1912 e 1942-1945, a comercialização do látex teve tamanha relevância e impacto nacional quanto o café, devido às exportações e comercialização da borracha em larga escala.
Referências
FRAGOSO, João Luis. O império escravista e a república dos plantadores. In. LINHARES, M. Y. L. (Org.). História geral do Brasil. 9 ed. atual. Rio de Janeiro: Campus, 2000, p. 144-187.
LIMONAD, Ester et al. Brasil século XXI: por uma nova regionalização. São Paulo: Max Limonad, 2004.
LOPES, Adriana e MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação. 3ª ed. São Paulo: SENAC-SP, 2012.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: HUCITEC, 1997.
MORAIS, Maria de Jesus. “Acrenidade”: Invenção e reinvenção da identidade acreana. Rio Branco: EDUFAC, 2016.
MOTTA, Luiz Eduardo. O Conceito de Estado e Sociedade Civil na Perspectiva Relacional: Conflitos e Relações de Poder nas Arenas Públicas. Encontro de Administração Pública e Governança. Salvador, 12-14 de novembro de 2008. Acessado em 04/09/2020. http://anpad.org.br/admin/pdf/EnAPG89.pdf
PIMENTA, José. A História Oculta da Floresta: Imaginário, conquista e povos indígenas no Acre. Paris: Revue Linguagens Amazônicas. 2003.
PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 31 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
REIS, Arthur Cezar Ferreira. O Seringal e o Seringueiro. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura. 1953.
SILVA, Francisco C. T. Conquista e Colonização da América Portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda Leite (Org.). História geral do Brasil. 6. ed., atual. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 54-64.
SILVA, Silvio Simione da. Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-acreana. 2004. 500 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de PósGraduação em Geografia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004.
SOUZA, M. L. Os conceitos fundamentais da pesquisa socioespacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020.
SOUZA, Márcio. História da Amazônia. Manaus: Editora Valer, 2009.
VARADOURO. A Briga pela Posse: O Governador Lamenta. Rio Branco, Ano I, nº 03. (agosto de 1977).