MEMÓRIA COLETIVA E AS POSSIBILIDADES PARA O TURISMO: O RESGATE DO QUEIJO DE ORIGONE NA REGIÃO DA FRONTEIRA/RS
Palavras-chave:
memória imaterial, alimento, culinária, gaúchoResumo
A diversificação do turismo de base territorial pode beneficiar-se do patrimônio
imaterial, no qual o resgate, a valorização e a atualização da cultura alimentar
desempenham papel central. A Região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul enfrenta
prolongada estagnação, porém, possui forte vínculo com a história da Região Missioneira e
sua herança cultural. A região destaca-se pela quantidade de atrativos turísticos naturais,
históricos e culturais. O presente trabalho origina-se em pesquisa acerca das
potencialidades turísticas regionais, que possibilitou resgatar, através de dados obtidos pela
revisão bibliográfica e entrevistas com informantes-chave, o processo de produção do queijo
de origone. A memória social desse produto artesanal, outrora integrante da economia
doméstica das estâncias de criação de gado, foi preservada na zona rural do município de
São Borja. Pretendemos contribuir para o resgate produtivo desse alimento como maneira
de complementar a oferta turística, pois, o queijo de origone detém potencial para voltar a
integrar a economia criativa da região.