A DIMENSÃO AFETIVO-SEXUAL, UM ASSUNTO PENDENTE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CONTRIBUIÇÕES DA REVISÃO DOCUMENTAL DE CIÊNCIAS
Palavras-chave:
Dimensão Afetivo-Sexual, Estado do Arte, Formação de Professores, SexualidadeResumo
Nesta experiência reconhece-se a sexualidade como construção de uma ordem cultural, que a partir de uma perspectiva biopsicossocial torna-se inerente às diferentes esferas do desenvolvimento humano. Nessa construção participam questões do componente fisiológico (sexo, genitais), da ordem neurobiológica (emoções, sentimentos, afetos, consciência) e da esfera social como as concepções e atitudes dos membros de cada prática afetiva-sexual (GAVIDIA, 2016). Dessa forma, para vincular a dimensão afetivo-sexual aos processos de formação, em especial a formação de professores de ciências, é necessário abandonar a razão instrumental e abraçar uma formação mais humana, é dizer, pensar em uma razão sensível (MAFFESOLI, 1997). Nesse sentido, é pertinente uma educação que, além de perseguir objetivos como o domínio do conhecimento e o atendimento das necessidades vitais, vise ensinar a sentir, favorecendo a convivência em sociedade e principalmente a felicidade (GARCÍA, 2018). Desse modo, pensar a sexualidade a partir da dimensão afetivo-sexual implica abandonar a noção com finalidade reprodutiva e, ao contrário, buscar a gestão adequada dos prazeres que se inscrevem na construção sexual, como propõe Spinoza (LENOIR 2019).