POLÍTICA DO NOVO ENSINO MÉDIO NO BRASIL: PERSPECTIVAS DE UM CONTEXTO ESCOLAR
Palavras-chave:
Docentes, Educação Básica, Flexibilização Curricular, Política EducacionalResumo
O processo de implantação/implementação do Novo Ensino Médio (EM) no Brasil é o foco do presente trabalho, que tem como objetivo apresentar reflexões da política educacional a partir de um contexto escolar. Destacamos, que nossas preocupações com relação a inserção de políticas educacionais nos contextos escolares vão ao encontro ao que afirma Santos e Azevedo (2009). Para os autores, a política “pode alimentar positivamente um processo dialético, quando se procura articular a percepção da realidade social a partir do estudo científico dos problemas envolvidos na questão educacional e as políticas públicas concernentes” (2009, p. 543). Dessa forma, entendemos que o estudo em política educacional está marcado por escolhas e ordenações que configuram a existência e as formas de organização de um campo de pesquisa.
Nesse sentido, tomamos como objeto central do presente estudo o EM brasileiro, que vem sendo tema recorrente de discussões que buscam qualificar os processos de ensino e de aprendizagem, considerando o elevado número de propostas de reformas curriculares nessa etapa de ensino ao longo dos últimos anos. Com isso, direcionamos nossos olhares para o contexto da escola, considerando que é no espaço escolar que as políticas públicas são recontextualizadas (LOPES, 2005) e, com isso, passam a fazer parte dos discursos dos professores, que se tornam os principais responsáveis pela efetivação de tais propostas.