A EXPERIMENTAÇÃO E A SISTEMATIZAÇÃO DE PRÁTICAS COMO INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO E DA AÇÃO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS
Palavras-chave:
Ensino de Ciências, Bioquímica, Formação de professores, Metodologias ativas, DesafiosResumo
A formação de professores de Ciências com bom conhecimento sobre a natureza das ciências e atitudes compatíveis com as ciências reais é uma tarefa árdua. No Brasil, as aulas teóricas e experimentais de graduação em Ciências são predominantemente no formato tradicional (LOPES, et al, 2011), o que resulta em uma visão distorcida das ciências como teleológicas e portadoras de verdades absolutas (CHALMERS, 1993). As consequências desses tipos de ensino ou abordagens se refletem no baixíssimo interesse e desempenho em Ciências da Natureza por parte dos alunos do ensino fundamental e médio, conforme os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes PISA - 2018 (BRASIL, 2019).
A utilização de aulas experimentais durante a formação inicial de professores de Ciências tem sido apontada como um importante recurso para a preparação de um ensino mais eficaz, mas enfatizando a capacidade de resolução de problemas ao invés dos tradicionais métodos de “seguir a receita” (LIMA et al, 2017). A utilização de metodologias investigativas tem sido postulada como uma forma eficaz de melhorar o ensino e a aprendizagem, pois estimulam o questionamento, a discussão e a elaboração do conhecimento (GALIAZZI; GONÇALVEZ, 2004). Assim, o grande desafio na formação inicial de professores é desenvolver a capacidade de pensamento crítico em relação as suas escolhas e ao modo de ensinar Ciências.