UM OLHAR PARA O ENSINO DA ORIGEM DA VIDA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE BIOLOGIA
Parole chiave:
leitura e escrita; ensino e aprendizagem; origem da vidaAbstract
O presente trabalho foi desenvolvido na disciplina de Prática de Ensino de Biologia I, no primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, Campus Santo Augusto. Buscou-se fazer uma reflexão sobre a abordagem do tema “Origem da Vida” em aulas de Biologia no ensino médio. Para além do estudo das teorias de origem da vida, foi realizado um olhar atento para livros didáticos e, na sequência, uma vivência em escolas para entrevistar professores sobre o ensino desses conteúdos na educação básica e, em seguida, elaborar em artigo acadêmico. Foram elaboradas algumas questões semiestruturadas que serviram de fio condutor nas interações com os professores. Optou-se por realizar as entrevistas em duas escolas: Escola Estadual De Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini – CIEP (Santo Augusto/RS) e na Escola Estadual de Ensino Médio Olavo Bilac (Esperança do Sul/RS). As questões centrais giravam em torno de quais conteúdos e metodologias eram utilizadas para ensinar a origem da vida. As respostas das professoras foram organizadas e analisadas, com apoio em referenciais. A professora do CIEP desenvolve os conteúdos sobre origem da vida no terceiro ano do ensino médio, usando livro didático, fazendo leituras e analisando algumas ilustrações. Menciona que “os estudantes sabem falar sobre o criacionismo, mas desconhecem as teorias científicas”. Na Escola Olavo Bilac esse conteúdo é trabalhado no primeiro ano do ensino médio. A professora entrevistada comenta que gosta de “estimular o debate” e para isso questiona os estudantes e promove, com certa cautela, uma discussão sobre os conhecimentos que já possuem (de modo geral o criacionismo). Os conhecimentos científicos “que estão nos livros didáticos são usados para fomentar os debates”. De modo geral, os conhecimentos trazidos pelos estudantes são aqueles ligados à aspectos religiosos, que são (re)discutidos no ambiente escolar, seja pela via da discussão/debate, seja pelas leituras em livros didáticos. Compreendemos que é importante a discussão sobre a temática em questão, independente da metodologia utilizada. Mas, para nós que estamos iniciando um curso de formação de professores, a interação com a escola configura-se como um espaço muito fértil na nossa formação. Compreendemos que serão necessárias muitas experiências como esta, para que possamos “aprender a ser” um bom professor. Além disso, a sistematização das ideias na forma de um artigo acadêmico, configura-se como um exercício de investigação, elaboração e reelaboração de ideias e concepções, importantes na constituição de um professor pesquisador.