A CONCEPÇÃO DAS FUNÇÕES DE ASSISTENTES DE ALUNOS: (RE) PENSANDO A PARTIR DA FORMAÇÃO INTEGRAL

Autores

  • Mateus Lovato Gomes Jardim IFFar
  • Marcele Homrich Ravasio IFFar

Resumo

O ensino integrado, tornando obsoleta a diferença entre a educação intelectual e a educação para o trabalho (também manual), reflexo de uma sociedade desigual e considerando o trabalho em seu sentido ontológico, busca formar sujeitos autônomos e críticos. Os referidos sujeitos das práticas pedagógicas devem abranger a todos, alunos, professores e demais servidores, incluídos os assistentes de alunos da Rede Federal, onde o conceito de ensino integrado tem sido aplicado e/ou construído. Originada no antigo cargo de “inspetor de alunos” nas escolas federais, a função dos assistentes de alunos nunca exigiu nenhuma formação específica e também não foi repensada segundo o conceito de ensino integrado, ainda sendo considerada como mero instrumento de controle disciplinar dos alunos, com base em determinada pedagogia e moral. Contextualizando o cargo ao longo da história e considerando a percepção que os atuais assistentes de alunos possuem de sua função, pretendemos discutir a ação destes servidores no âmbito do ensino integrado (o que é e o que deveria ou poderia ser) e, ao mesmo tempo, construir um produto educacional que auxilie a legitimação funcional, aproximando-nos dos conhecimentos e habilidades para o exercício do cargo sob o ensino integrado e da discussão de uma nova identidade profissional. Para tanto, utilizaremos a técnica de entrevista com uma amostragem de assistentes de alunos do Instituto Federal Farroupilha, bem como pesquisa bibliográfica e documental. Embora, o presente tema nunca tenha sido investigado, a pesquisa bibliográfica auxiliará na identificação destas lacunas e, a documental, na trajetória da carreira, a qual já é referenciada em leis no Brasil desde o século XIX. Como base para a discussão teórica em torno do currículo integrado, utilizamo-nos de autores como Araújo e Frigotto[1], Pistrak[2] e Nosella[3] e, igualmente, de Foucault[4] para a questão do poder disciplinar. Já no concerne à construção de uma identidade profissional, baseamo-nos especialmente em Monlevade[5].

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Publicado

2019-07-23