CORRELAÇÕES ENTRE SEGURANÇA NAS ATIVIDADES CONSTRUTIVAS EM EDIFICAÇÕES E AS PRÁTICAS ESPORTIVAS

Autores

  • Antônio Azambuja Miragem
  • Roberto Preussler
  • Valter Antônio Senger

Palavras-chave:

PPI. Interdisciplinaridade. Motivação Bilateral. Formação Profissional.

Resumo

A integração de saberes provenientes dos diferentes componentes curriculares é um dos principais desafios da formação dos estudantes da Educação Profissional. A Prática Profissional Integrada (PPI) se apresenta como ambiente para a fusão de conhecimentos capazes de desenvolver e potencializar os processos de ensino e aprendizagem. Nos últimos 3 anos (2017 à 2019), presenciamos um interessante processo evolutivo na condução da PPI do primeiro ano do ensino médio, do Curso de Técnico em Edificações, que merece destaque. Iniciamos, em 2017, o diálogo entre a disciplina de Educação Física e a disciplina de Máquinas, Equipamentos, Ferramentas e Segurança no Trabalho. Soma-se ainda no primeiro ano a disciplina de Informática. O desenvolvimento do pensamento crítico do alunado se deu através do olhar sobre os processos de segurança na prática esportiva. Para tanto, foi proposta uma matriz [6X5], para a realização do trabalho individualmente. A matriz foi capaz de relacionar diferentes locais de prática esportivas e suas interferências climáticas: terrestre, aquática, aérea, frio e calor; com o olhar sobre o indivíduo, a partir do corpo humano: proteções individuais (EPIs) e coletivas (EPCs); bem como, as relações construtivas aplicadas à formação técnica: riscos, perigos, treinamento e prevenção. E ao final do primeiro período (2017), fez-se o registro avaliativo sob a forma de produção textual e material audiovisual. As disciplinas trouxeram em seu arcabouço teórico os conceitos próprios em constante e intenso diálogo interdisciplinar. Pela riqueza de informações proporcionada no processo construtivo da PPI, ocorre o primeiro movimento motivacional agregado. As disciplinas de Matemática, História e Geografia se dispuseram a contribuir efetivamente ao projeto. Em 2018, passamos então para 6 disciplinas integrantes da PPI. Suas abordagens já apareceram no primeiro ano de execução, porém sem o envolvimento dos componentes curriculares. Os documentos finais de avaliação supracitados continuaram os mesmos, porém com qualidade e complexidade visivelmente aumentados. Percebe-se, neste momento, a motivação bilateral, em docentes e discentes, os quais claramente satisfeitos com a qualidade do trabalho produzido conseguiram avaliar a eficiência e eficácia da PPI na formação, muito além da valoração aprovativa. Em 2019, a complexidade almejada foi iniciada pelo acoplamento de mais 4 disciplinas, a saber: Desenho Técnico, Sociologia, Filosofia e Biologia. A partir disto, no novo arranjo disciplinar, a matriz recebe alteração para um modelo [3X5], sem alteração do teor. A condução do trabalho, pelos alunos, passa a ser dupla. Aplica-se neste momento o Diagrama de Ishikawa. Este visa organizar ao longo do tempo a entrada de cada uma das 10 disciplinas, bem como prever todos os processos avaliativos, e seus instrumentais. Na versão 2019, vemos claramente dois importantes fenômenos substanciais: motivação bilateral e sensação de completude. Espera-se que os aspectos particulares de cada componente contribuam para a qualificação da formação profissional e tecnológica, com especial atenção, a agregação voluntária das disciplinas, as quais foram inseridas pela livre motivação dos docentes,
movimento não percebido anteriormente. Concluímos que, o modelo de PPI proposto foi
eficaz e eficiente, com sentido a prática docente, e reflexos reais, mensuráveis e necessários
para a formação discente.

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Publicado

2019-07-23