A COMPREENSÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO A PARTIR DA NÃO FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO
Palavras-chave:
Currículo Integrado; Conhecimento; Educação e Interdisciplinaridade.Resumo
Temos o objetivo, neste texto, de realizar uma reflexão referente ao currículo integrado, seus conceitos, relações e contribuições de Edgar Morin. Entendendo que Morin (2014) tem seus estudos voltados a fazer críticas à fragmentação do conhecimento e as consequências reais para a vida prática, as contribuições dessas críticas para o currículo integrado, merecem ser analisadas. Entende-se que o currículo integrado preza por converter em relevantes e significativos os conteúdos culturais, enfatizando-os nos centros escolares. Essa interligação mostra como a não fragmentação do conteúdo, prezando pelo “todo” e não pelo específico e delimitado estudo de uma disciplina a parte é fundamental para a aprendizagem e desenvolvimento humano. Existem várias denominações aceitas para este tipo de currículo, entre elas currículo interdisciplinar, globalizado, transversal, coerente, centros de pesquisa e métodos de projetos. Essas denominações existem a partir das diversas maneiras de interpretarmos esse tipo de currículo e sua implementação nas Instituições Educacionais. De acordo com concepções e modalidades variadas e pensando diferentes meios educativos e sociais, a questão da integração aponta uma ampla trajetória na educação e no que historicamente sabemos sobre currículo. Relaciona-se, também, a ideia de inovação e novos meios educacionais, visando renovação e a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, é necessário pensar também, que a não fragmentação do conhecimento auxilia para a compreensão do “todo”. Aproximar a realidade do aluno na escola e ensinar através dela, favorece o desenvolvimento cognitivo de forma ampla, no entanto será possível observar individualidades e possíveis causas de comprometimentos na aprendizagem. Nisso, busca-se compreender o conceito de currículo integrado, seus benefícios a educação, primando pelo entendimento de que os saberes não devem ser fragmentados e compartimentados. Segundo Morin (2014) podemos enxergar as coisas mais interdisciplinares em termos globais ou planetários, a conexão entre os fenômenos do cotidiano e que isso tende a ampliar cada vez mais. A grande questão da perspectiva tradicional é que os problemas essenciais da vida não podem e nem são parceláveis, e a fragmentação do conteúdo torna tudo mais inapreensível, talvez não será possível entender o “tecido junto”, que significa entender o complexo, o todo, mas é preciso tentar. Enfocamos, assim, a necessidade de termos uma educação mais libertária e qualitativa, no entanto para que isso aconteça é preciso que ajam mudanças no modo de pensar a educação.