ENSINAR SOBRE A CIDADE NOS ANOS INICIAIS E A CONSTRUÇÃO DO SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO

Autores

  • Cláudia Eliane Ilgenfritz Toso

Resumo

A presente discussão reflete acerca do ensino sobre a cidade nos anos iniciais do ensino fundamental. Tem como objetivo apresentar reflexões sobre o ensino da cidade e a construção do sentimento de pertencimento. Esses elementos fazem parte da pesquisa de Doutorado em Educação nas Ciências da Unijuí e que tem como tema: Conhecer para pertencer: a relação criança, escola e cidade. A abordagem metodológica que a sustenta é crítica hermenêutica. No contexto atual é possível ver como a cidade se organiza considerando os sujeitos que circulam por elas. A preocupação maior é de um lado criar estruturas na cidade, que possam separar os sujeitos em nome da segurança. Cada vez mais os espaços são pensados para atender os interesses de grupos elitizados. Espaços públicos não são planejados para a sociedade, não temos a cultura de fazer uso desses espaços como sendo coletivos. Acreditamos como Tonucci (2005) que “a cidade é um pedaço de mundo ou, querendo, é o ambiente que permite conhecer o mundo”. No espaço escolar, os primeiros anos de escolaridade no ensino fundamental é responsável por apresentar a cidade à criança e é o campo dos estudos sociais que aborda este conteúdo. Embora a cidade seja o lugar em que prevalece a ideia do espaço em que a vida comum ocorre e se produz, ela não deixa de ser um espaço de conflito. Os alunos ao conhecerem o lugar em que moram e se relacionarem com ele, podem estabelecer vínculos e sentir-se pertencente a ele. É na cidade que se vive a vida. Borghi (2015) em Radici per volare escreve sobre a importância de conhecer nossas raízes para que possamos voar e conhecer outros lugares. Talvez possamos pensar no pertencimento como o entendimento de onde estão nossas raízes, o que nos sustenta no lugar em que vivemos.

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Publicado

2019-02-08

Edição

Seção

Artigos