https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/issue/feed II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado 2019-08-21T19:49:25-03:00 Open Journal Systems https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11483 MOSTRA DE CURTAS-DOCUMENTÁRIOS SOBRE AS MISSÕES JESUÍTCAS: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA INTEGRADA NO IFFAR-FW 2019-07-27T12:38:46-03:00 César Augusto González cesar.gonzalez@iffarroupilha.edu.br Mariane Martins Rapôso mariane.raposo@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho trata de um projeto de ensino levado a cabo ao longo do ano de 2018 com os primeiros anos do Ensino Médio Integrado dos cursos técnicos em Agropecuária e em Informática. O projeto de ensino em questão visava à construção de quatro documentários curtas-metragens sobre as Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul. Cada turma de alunos (três do curso de Agropecuária e uma do curso de Informática) era responsável pela produção de um filme, o qual deveria abordar algum aspecto da temática geral do projeto: (a) etnologia e relativismo, (b) contexto histórico e geográfico, (c) patrimônio cultural e (d) arte e literatura. Como se vê, os temas eram variados e permitiram o trabalho em conjunto de disciplinas das áreas de linguagens e de ciências humanas. Os alunos foram organizados em grupos que trabalharam sequencialmente, cada qual com uma tarefa diferente. As tarefas foram as seguintes: (1) pesquisa, (2) roteirização inicial, (3) filmagem, (4) fotografia, (5) roteirização final, (6) narração, (7) edição, (8) legendagem, (9) divulgação. Ao longo do ano letivo, professores das disciplinas envolvidas ofereceram aulas sobre os temas de cada turma, com o intuito de garantir que os filmes contivessem informações corretas e interessantes, e orientaram o trabalho dos grupos de alunos, a fim de se atingir os objetivos de cada grupo. Também as turmas em questão visitaram o sítio arqueológico São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões, para registrar vídeos e fotografias para composição dos filmes documentários. Durante o evento “Semana de Integração Campus-Comunidade”, no qual o Campus Frederico Westphalen se abre à visitação da comunidade externa, em especial de escolas de Ensino Fundamental da região, os filmes eram projetados em uma Mostra para os visitantes. Um grupo de avaliadores externos ao Campus era convidado para participar da Mostra, atribuindo notas para a seleção do melhor filme, o qual recebeu um troféu. Posteriormente, os filmes foram disponibilizados online, por meio da plataforma YouTube. O objetivo deste trabalho é apresentar o projeto de ensino em tela, a fim de refletir sobre suas qualidades e seus limites desde a perspectiva de dois dos professores que dele participaram. Para isso, revisamos o projeto escrito, as memórias dos professores e a avaliação realizada pelos alunos. Como professores, consideramos que o projeto atingiu seus objetivos relativos ao desenvolvimento dos conteúdos das disciplinas, como sugere a qualidade dos filmes produzidos. Por outro lado, do ponto de vista do gênero discursivo documentário curta-metragem, a avaliação é que o projeto foi apenas parcialmente bem sucedido, visto que os alunos não possuíam contato prévio com o gênero, o que implicou em dificuldades principalmente na roteirização, mas também, de um modo geral, na execução da proposta. Por fim, da perspectiva de uma expectativa de certa autonomia dos alunos em sua própria aprendizagem, percebemos muitas dificuldades em eles se auto-gerirem, em eles estabelecerem relações de confiança entre pares e em eles produzirem trabalhos em grupo, sem que a perspectiva individual superasse a do conjunto.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11484 A CRIANÇA E A CIDADE: CONHECENDO, INTERPRETANDO E PRESERVANDO O PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO 2019-07-27T12:38:46-03:00 Helena Copetti Callai copetti.callai@gmail.com Gabriel da Silva Wildner wildner.gabriel@gmail.com Jandha Telles Reis Vieira Müller jandha.muller@gmail.com Tarcísio Dorn de Oliveira tarcisio.oliveira@unijui.edu.br Cláudia Eliane Ilgenfritz Toso claudia.ilgenfritz@hotmail.com <p>As crianças são consideradas sujeitos capazes e responsáveis e ao conhecer o patrimônio arquitetônico do lugar em que vivem, podem se posicionar e construir entendimentos com relação a preservação deste patrimônio e da história.&nbsp; O patrimônio histórico cultural e arquitetônico é forma materializada de se contar a história do povo, de uma sociedade que viveu em determinado lugar. Com o objetivo de apresentar o patrimônio arquitetônico da região central da cidade de Ijuí/RS, bem como seu contexto histórico, para as crianças dos primeiros anos do ensino fundamental, o projeto de pesquisa intitulado <em>A criança e a cidade: conhecendo, interpretando e preservando o patrimônio arquitetônico </em>tem por finalidade, fomentar o conhecimento e o interesse sobre a historicidade local de modo a contribuir para a construção do sentimento de pertencimento, para a constituição de uma identidade coletiva e preservação dos monumentos da memória. Apresenta intencionalidades que podem contribuir com a construção de conhecimentos sobre a cidades pelas crianças. As pesquisas relacionadas ao projeto sustentam-se em levantamento bibliográfico e no conhecimento empírico sobre temas pertinentes. O projeto origina-se do contato entre duas frentes de pesquisas: o itinerário arquitetônico da cidade de Ijuí/RS, desenvolvido por Oliveira (2018) e as metodologias aplicadas no processo de educação patrimonial. Assim, foi planejado a produção de um material literário que expõe o patrimônio da cidade de maneira lúdica e instigante para crianças, numa perspectiva de estudo da cidade. Da mesma maneira que a literatura conta, cria, recria e ressignifica uma história, o patrimônio histórico cultural - seja ele material ou imaterial - tem grande potencial para esta comunicação. A arquitetura patrimonial por si só, com a sua materialidade e concreticidade, possibilita diversos diálogos a serem interpretados pelo seu meio, e a comunicação de sua historicidade e movimentos socioculturais dos quais a constituíram fisicamente e simbolicamente em determinados períodos. Para a viabilização e desenvolvimento do projeto percebeu-se a necessidade de desenvolver o estudo em duas etapas: 1. O estudo do patrimônio, desenvolvido por sua vez pelos arquitetos urbanistas, historiadores e geógrafos, e 2. A dimensão pedagógica do projeto, essa diz respeito a educação patrimonial possibilitando a formação cidadã e preservação. Os embasamentos teóricos que sustentam o estudo são a base para a formulação de proposições e atividades para crianças. O produto desse processo consiste em materiais literários no formato de livretos ilustrados que abordarão algumas edificações de relevância histórica e arquitetônica localizadas no centro da cidade de Ijuí/RS. A partir disso, e de forma lúdica, este material literário possibilitará maior reconhecimento, valorização, sentimento de pertencimento, preservação e cidadania, partindo da primeira fase do ser e se fazer cidadão: a infância. Ao articular diferentes áreas do conhecimento o projeto tem a preocupação com a formação humana do sujeito. Ao sentir-se pertencente ao lugar é possível que as crianças tenham um olhar ímpar sobre o patrimônio e sua preservação. Essa preocupação tem relação com o que o Grupo de Pesquisa Ensino e Metodologia em Geografia e Ciências Sociais, principalmente no que se refere a questão da cidadania.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11485 “MENINOS VESTEM AZUL E MENINAS VESTEM ROSA” - GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NO ÂMBITO DE UMA FORMAÇÃO INTEGRAL E DO PROJETO “ESCOLA SEM PARTIDO” 2019-07-27T12:38:47-03:00 Jéssica Maria Rosa Lucion jessica.lucion@iffarroupilha.edu.br Varlei Machado da Rosa varleirosa@aluno.santoangelo.uri.br Letiane Nascimento da Ponte letiane.daponte@iffarroupilha.edu.br Ana Giliara Duarte ana.duarte@aluno.iffar.edu.br Maria Aparecida Lucca Paranhos maria.paranhos@iffarroupilha.edu.br <p>Pensar em educação inclusiva é, primeiramente, pensar na escola como um espaço de convívio social, democrático e de diversidade. A sociedade brasileira possui um histórico de exclusão e discriminação, assim, é essencial que questões de raça, gênero e diversidade sexual sejam debatidas nas escolas, visando à formação integral dos alunos. Para isso, há de se considerar que a escola é um ambiente que, além de ensinar conteúdos das disciplinas básicas, ensina sobre valores, hábitos e, principalmente, sobre as diferenças. Em contrapartida, temos atualmente o debate sobre o projeto “Escola Sem Partido”, que dificulta a discussão aberta de temas como estes pelo professor. Segundo este projeto, temas como gênero e sexualidade terão que ser abordados somente pelos pais ou responsáveis que acharem necessário, sendo vedado esse papel à escola. Tal projeto limitaria a possibilidade de trabalhar assuntos tão importantes de forma satisfatória como vem sendo tratados. O presente trabalho trata sobre ações do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEDIS) do IFFar <em>campus </em>Santo Ângelo, que tem como finalidade inserir no meio escolar discussões a respeito das opressões, violências e desigualdades enfrentadas pelas minorias, focando nas questões de gênero. Para isso, o núcleo desenvolve ações que possibilitam o debate e a interação, abordando assuntos pertinentes para o convívio social, como o combate ao machismo, padrões de gênero e homofobia. Uma de suas ações, que é objeto de relato desse trabalho, foi a I Semana Feminista do IFFar, ocorrida em 2018. O objetivo deste evento foi refletir sobre a condição das mulheres na contemporaneidade, destacando as lutas que ainda se fazem necessárias dentro da sociedade machista e desigual em que vivemos. Durante a semana do evento, discutiram-se temas como: Mulheres Negras e o Feminismo; Violência Doméstica e Empoderamento Feminino; Violência Obstétrica e Aspectos Jurídicos da Violência contra a Mulher. As atividades envolveram alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, inclusive PROEJA, oportunizando-lhes momentos de debates e compartilhamento de ideias. Com isso, percebe-se que a escola pode se tornar uma perpetuadora dos papeis, preconceitos e intolerâncias disseminados na sociedade, ou ser um agente de reflexão para transformar esses valores e atitudes. Ações como as promovidas pelo NUGEDIS interiorizam a importância da educação em direitos humanos fazendo com que toda a comunidade acadêmica possa refletir cotidianamente e propor ações voltadas à mudança no quadro de violações, violência e marginalização posto até então para mulheres, homens e LGBTs. Em outras palavras, esses espaços para discussão e promoção de atividades relacionadas a gênero e diversidade sexual, podem colaborar para a ampliação da cidadania de toda a comunidade escolar, e posturas mais democráticas e tolerantes com as diferenças na vida de cada estudante. Portanto, é preciso debater e analisar o projeto “Escola Sem Partido”, que tem um viés amordaçador, e vai contra a liberdade do professor em sala de aula, não deixando espaço para discussões que são importantes para a sociedade. É essencial, que mudemos a visão antiquada da escola, pois o processo de educar, também é conscientizar o papel de cidadão, com criticidade e liberdade.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11486 AS IMPLICAÇÕES FORMATIVAS DO ESTÁGIO EM DOCÊNCIA PARA OS ACADÊMICOS DE PÓS-GRADUAÇÃO 2019-07-27T12:38:47-03:00 Patrícia Feiten Pinto patriciafeiten93@gmail.com <p>Esse relato insere-se em uma experiência possibilitada através do Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências do Mestrado da UNIJUÍ, por meio de um estágio em docência no ensino superior, na graduação de psicologia no 8º semestre da mesma instituição. A disciplina em questão foi: Psicodinâmicas Institucionais, onde foram estudados alguns escritos de Freud, tais quais: Totem e Tabu, O Mal Estar na Civilização e Psicologia das Massas e Análise do Eu. O objetivo dessa experiência foi compreender e tecer algumas construções sobre a docência no ensino superior, visto que esse é um dos maiores desejos em termos profissionais da acadêmica. Ao longo do semestre, a mestranda participou da disciplina no papel de aluna, mas sempre observando a atuação da professora e também, contribuindo para as discussões. Para a socialização dos trabalhos realizados no semestre pelos alunos, foram realizadas rodas de conversa nas quais, a acadêmica auxiliou a coordenação das discussões. Além disso, a mestranda ministrou uma aula sobre o assunto: ética e psicanálise, relacionando a sua dissertação com os livros estudados na disciplina. Acredita-se que esse momento foi bastante prazeroso, já que, durante a aula, produziram-se situações de diálogo e, consequentemente, construções realizadas pelos alunos. Devido a isso, pode-se pensar que essa aula foi acolhida de forma positiva pelos alunos e pela professora titular da disciplina, visto que houve bastante interação por parte de todos. Ao analisar essa experiência, compreende-se que, para o aprendizado, esta mostrou ser significativa devido ao fato de que os livros trabalhados em aula são algumas das bibliografias fundamentais para a escrita da dissertação da acadêmica. A partir desse relato de experiência, entende-se que a integração entre as teorias e campo empírico demonstra ser um elemento riquíssimo para pensar a formação dos alunos de pós-graduação. Nesse sentido, articular essas experiências pode auxiliar para uma maior reflexão ética sobre o que é ser professor no ensino superior, permitindo examinar que a docência, a cada encontro, demanda novas construções por parte do professor, sendo isso, um desafio. Nessa perspectiva, a docência gera dúvidas e inquietações e, ao ter a oportunidade de estar em contato com isso desde o seu processo de formação no mestrado, é possível já ir adquirindo um percurso prático com o auxílio de outros professores com experiência em lecionar. Mesmo que as construções teóricas e disciplinares sejam indispensáveis para a formação, a perspectiva empírica demonstra ser potente, pois isso faz com que o acadêmico realize inscrições simbólicas práticas, produzindo novas significações, inclusive como aluno de pós-graduação. Assim sendo, esse estágio contribuiu para a experiência profissional, pessoal e também auxiliou nas escritas acadêmicas da mestranda.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11487 PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA NO ENSINO MÉDIO: DESENVOLVIMENTO DE UMA CALCULADORA SONORA 2019-07-27T12:38:47-03:00 Lucas Carnelutti lucas.cargnelutti@aluno.iffar.edu.br Daiane Corrêa Bermann daiane.correa@aluno.iffar.edu.br Thaiane da Silva Socoloski thaiane.socoloski@iffarrroupilha.edu.br <p>O presente trabalho aborda sobre o desenvolvimento de uma calculadora acessível direcionada a usuários deficientes visuais, daltônicos e em nível de cegueira. Este trabalho foi elaborado devido ao fato de que as demais calculadoras já existentes não apresentam recursos de braile e de áudio para atender esse público mencionado. Este estudo está vinculado ao projeto de Prática Profissional Integrada (PPI) para os alunos de 2º ano do curso de Manutenção e Suporte em Informática no Ensino Médio Integrado do Instituto Federal Farroupilha – <em>Campus</em> Santo Ângelo. O tema proposto é tecnologia assistiva como um recurso de inclusão em sala de aula para melhorar ou manter as capacidades funcionais de alunos com deficiências. O nosso grupo optou pela elaboração da calculadora a partir de conceitos básicos de robótica. O dispositivo em questão possui a peculiaridade de reproduzir em áudio os cálculos elaborados, tornando-se apropriada especificamente para os usuários alvo. Tem como base uma arquitetura que contém braile na identificação das teclas para facilitar a interpretação e execução dos cálculos, reproduz números falados para expor o resultado das operações em áudio e, do mesmo modo, expõe cada tecla pressionada, possui um visor/display LCD para o acompanhamento do processo de calcular, além de conter entrada para fone de ouvido. Dentre os materiais utilizados para a confecção, podemos destacar: um arduíno nano, um teclado matricial, um módulo MP3, um display LCD, alto-falante e um amplificador de áudio, cujos dois últimos itens foram reciclados. Foram reaproveitados/reutilizados materiais para a construção da carcaça e do teclado (borracha, plástico, metal, madeira e parafusos). Para a programação, foi utilizada a linguagem C++ adaptada para o arduíno, visando-se passar as instruções à placa de prototipagem. Como resultado, há a geração de um dispositivo para se utilizar de forma mais acessível, intensa e funcional a matemática em ambientes diversos, inclusive na sala de aula. Esta prática exigiu um conjunto de conhecimentos de diferentes disciplinas, desde a história, para reflexão, sociologia e filosofia à ciência social do público-alvo, matemática em estatísticas, e principalmente áreas técnicas, como robótica e eletrônica, o que em suma, ao decorrer da prática trouxe-nos um significativo aprendizado.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11488 A ORGANIZAÇÃO INTEGRADA DO CURRÍCULO NO PROEJA: AS PERCEPÇÕES DOS DOCENTES 2019-07-27T12:38:48-03:00 Adão Caron Cambraia adao.cambraia@iffarroupilha.edu.br Ana Paula dos Santos Agertt ana.agertt@iffarroupilha.edu.br Cintia Beatriz Diehl Güntzel dos Santos cintiaguntzel@gmail.com Luís Maria Fernandes Areal Rothes lrothes@ese.ipp.pt <p>Este trabalho resulta de uma pesquisa de mestrado cujo propósito foi compreender como se concretiza a organização curricular estruturada por núcleos pedagógicos e áreas do conhecimento, que agrega saberes da formação básica e técnica e é inspirada nas concepções de Currículo Integrado (CI). O estudo de caso foi realizado em um Instituto Federal, em turma de 3º ano do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Foram inquiridos sete docentes, que relataram suas concepções de currículo e de CI, e suas dificuldades e sucessos percebidos nessa organização do ensino. A pesquisa teve abordagem qualitativa, classificando-se como estudo de caso. De acordo com Yin (2005, <em>apud</em> GIL, 2008, p. 58), “o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno dentro do seu contexto”. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com os docentes com maior tempo de atuação. As respostas foram gravadas e transcritas fielmente, e posteriormente avaliadas com a metodologia de análise de conteúdo. Ficou evidente que a maioria dos docentes tem suas concepções sobre currículo atreladas à lista de disciplinas ou conteúdos. Em relação ao CI, relatos direcionaram concepções para um viés mais amplo, de formação para a vida. Declarações que aproximam concepção sobre CI à mera junção de disciplinas surgiram como minoria. Sobre as dificuldades em efetivar a organização integrada, os docentes relataram não saber como trabalhar com o CI. Outra dificuldade se refere à formação disciplinar que tiveram ao longo vida acadêmica. Percebe-se que apenas parte dos docentes conhecem os fundamentos para a implementação do CI no curso. Todavia, todos o consideram favorecedor da aprendizagem na educação de jovens e adultos. Em maior ou menor intensidade, para os docentes, os projetos integradores desenvolvidos com a prática profissional integrada (PPI) representam a melhor maneira de promover a aprendizagem e concretizar o CI. Assim, vimos o caminho em construção no contexto. A organização do ensino conforme concepções de CI, para os docentes, confere maior aproximação dos conhecimentos lecionados com a vida dos discentes. Portanto, a integração, ainda que com alguns percalços e necessidade de aprimoramento, está ocorrendo.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11489 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA REALIZADA NO 3º ANO DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO 2019-07-27T12:38:48-03:00 José Eduardo Gubert jose.gubert@iffarroupilha.edu.br Luciane Figueiredo Pokulat luciane.pokulat@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho apresenta o relato de uma experiência de Prática Profissional Integrada – PPI – ocorrida, ao longo do ano de 2018, nos terceiros anos do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio do IFFar - Campus FW. O objetivo do relato é compartilhar uma proposta que, a nosso ver, tem potencial para ser ampliada e aprofundada nas próximas experiências. A PPI em questão consistiu na realização de uma caracterização técnica e econômica dos Sistemas de Produção Agropecuário desenvolvidos por agricultores dos municípios de origem dos alunos dos terceiros anos e definição de possíveis intervenções, considerando as condições identificadas e caracterizadas. O objetivo de tal ação era desenvolver um estudo de caso exploratório, descritivo e analítico, visando caracterizar uma unidade de produção agropecuária (UPA), mensurando os resultados obtidos pelos sistemas de produção desenvolvidos para, então, construir propostas de desenvolvimento para as situações identificadas. Para a realização da PPI, houve o envolvimento das disciplinas da área técnica animal e vegetal e de Língua Portuguesa. A disciplina de Gestão, Economia e Projetos foi a responsável direta por orientar e acompanhar a prática junto aos alunos. Inicialmente o professor formou as duplas utilizando como critério o fato de um dos alunos ter vínculo direto com uma produção agropecuária (filho de agricultor). Em seguida, orientou a dupla para uma visita e coleta de informações referentes a uma estrutura produtiva. Dessa visita derivou a descrição das principais mudanças que ocorreram com relação à superfície agrícola, mão de obra, estrutura de máquinas e construções, atividades agropecuárias e seus resultados técnicos e econômicos. De posse das informações coletadas nas visitas realizadas pelas duplas, foram construídos, em aula, alguns instrumentos de síntese como fluxograma de funcionamento da UPA, tabela síntese dos resultados econômicos e gráficos de análise da capacidade de reprodução socioeconômica da UPA. Por fim, a dupla fez uma análise desses resultados, buscando verificar que nível de renda agrícola seria suficiente para garantir a permanência da família na agricultura e melhorar suas condições de produção e sua qualidade de vida. Os resultados foram apresentados em um Seminário que envolveu todos os alunos e professores dos terceiros anos. Para aqueles alunos que já estavam inseridos no contexto da agricultura, a PPI possibilitou que, associando essas experiências com os conteúdos trabalhados em sala de aula durante o curso, pudessem construir uma análise e proposições para o desenvolvimento das propriedades. Por outro lado, alunos que não estavam inseridos no setor agropecuário, por serem de origem urbana, tiveram a oportunidade de se aproximar da realidade agropecuária dos municípios, dos itinerários técnicos (manejos) praticados nas unidades de produção e conhecer um pouco mais sobre as rotinas de produção na área vegetal e animal, bem como os resultados obtidos pelos agricultores.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11491 CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ COM OS ESTUDANTES DO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA – CAMPUS SANTO ÂNGELO/RS 2019-07-27T12:38:48-03:00 Daniela Camargo daniela.camargo@iffarroupilha.edu.br Medianeira da Graça Gelati Weyh medianeira.weyh@iffarroupilha.edu.br Thaiane da Silva Socoloski thaiane.socoloski@iffarroupilha.edu.br <p>O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) aprovou, em 30 de outubro de 2018, a Resolução CONSUP Nº 71/2018 que estabelece a Política de Não Violência do IFFar. Essa política tem como princípios: a vinculação com os processos de gestão e cultura organizacional do IFFar voltados às práticas mediadoras e incentivadoras da cultura da paz; a aplicação da Comunicação Não Violenta (CNV) como uma forma de interação e convivência a ser assumida por todos; e o uso das Práticas Restaurativas como metodologia de prevenção de conflitos.</p> <p>No primeiro semestre de 2018, a instituição proporcionou formação para um grupo de servidores atuarem como facilitadores em práticas restaurativas com o objetivo de formar lideranças em Justiça Restaurativa e embasar teoricamente esses sujeitos para a implantação das práticas em diferentes campi. Essa formação está possibilitando a atuação desses facilitadores com Círculos de Construção de Paz, e dos Círculos Restaurativos no Campus Santo Ângelo.</p> <p>Desta forma, as facilitadoras do referido campus vêm desenvolvendo círculos de construção de paz para o acolhimento dos estudantes ingressantes visando conhecê-los melhor, aproximar-se deles e contribuir, assim, para a prevenção da evasão. Além desses objetivos, as práticas em círculos tem possibilitado atender as demandas apresentadas pelos estudantes, tais como: necessidade do cuidado pessoal e de apoio aos estudantes, trabalho voltado ao luto e as perdas, às preocupações e à construção de relacionamentos. Somados a esses enfoques, também vêm sendo realizados círculos restaurativos os quais têm proporcionado o tratamento de diferentes tipos de conflitos.</p> <p>Enquanto proposta institucional, as práticas restaurativas contribuem para a formação integral dos alunos enquanto seres que estão em processo de crescimento e amadurecimento emocional, social e cognitivo. Os círculos de construção de paz possibilitam aos participantes um encontro consigo mesmo e com os outros, numa relação de respeito, empatia e confiança que se dá através da escuta atenta, amorosa e cuidadosa, de forma compartilhada.</p> <p>&nbsp;O trabalho educativo das práticas restaurativas na instituição, por meio dos círculos de construção de paz e círculos restaurativos, têm possibilitado resultados significativos: no estreitamento de vínculos entre alunos e desses com os técnicos administrativos e docentes; na resolução de problemas interpessoais; no respeito às diferenças; assim como no fortalecimento de práticas colaborativas e do diálogo, pressupostos básicos de uma educação humanizadora e para uma cultura da paz.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11493 SIMULAÇÃO DE AULA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE QUÍMICA 2019-07-27T12:38:48-03:00 Fabiane de Andrade Leite fabianeandradeleite@gmail.com Aléxia Birck Fröhlich alexia.b.f10@gmail.com <p>A formação inicial de professores tem sido temática de discussão recorrente nos espaços que buscam qualificar os processos de ensino no Brasil ao longo dos últimos 20 anos, especialmente a partir da aprovação das diretrizes curriculares nacionais em 2015. Buscando atentar às metodologias que contribuem aos processos de formação de professores apresentamos um relato de experiência com o objetivo de promover maior articulação entre a teoria e a prática no processo de formação docente. Partindo do intuito de valorizar as metodologias que proporcionam experiências formativas, desenvolveu-se uma atividade de simulação, com o objetivo de proporcionar aos futuros professores experiências significativas e a compreensão dos desafios e possibilidades do planejamento de ensino, e a sua execução no processo de formação inicial. O contexto do presente resumo é a atividade de simulação de uma aula, desenvolvida em uma turma de nove licenciandos do curso de Química Licenciatura de uma universidade pública no RS, no componente curricular (CCR) de Metodologia e Didática do Ensino de Ciências e Química, no segundo semestre de 2018. A disciplina é ofertada na 4ª Fase do curso, realizada antes dos estágios curriculares, organizada em 60 horas/aula e busca promover espaços da discussão sobre o ensino de Química e de Ciências considerando as particularidades das metodologias de ensino, do planejamento e da avaliação. Cabe destacar, que ao longo das aulas foram apresentadas leituras e discussões de artigos acerca de como planejar aulas para educação básica, a importância dos objetivos e metodologias realizadas. Na atividade cada licenciando elaborou um plano de ensino de um determinado conteúdo previamente sorteado (sendo que a série poderia ser escolhida pelo licenciando), na sequência e, após a análise da professora responsável, os planos seriam executados em um período de 30 minutos na sala de aula, momento em que a aula foi gravada em vídeo e áudio. Ainda, todos os licenciandos participaram do processo na condição de aluno da respectiva série a qual o plano foi elaborado. Experiências como esta proporcionaram momentos de intensa reflexão e reconhecimento da identidade docente, que foram expressos nos diários de bordo. A partir da atividade destacamos que os licenciandos evidenciaram novas perspectivas sobre o trabalho docente conforme expresso: “a sala de aula é um espaço em que ocorrem imprevistos e o professor precisa estar preparado, uma das formas é pela construção de um plano de aula em que estejam claras as intenções do professor”. Portanto, a busca por atividades que contribuam para qualificar o processo formativo, tem sido nosso principal objetivo, considerando nosso envolvimento com a formação inicial de professores. Nesse sentido, reforçamos a importância da atividade de simulação de aula como um importante instrumento que desenvolve nos futuros professores novas perspectivas acerca do trabalho docente tornando a vivência em sala de aula uma experiência marcante para o seu futuro.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11501 PRÁTICA PEDAGÓGICA INTEGRADA E SUAS POTENCIALIDADES NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM AGRICULTURA DO IFFar Campus Santo Ângelo 2019-07-27T12:38:49-03:00 Maria Aparecida Lucca Paranhos carmen.smaniotto@iffarroupilha.edu.br Carmen Smaniotto carmen.smaniotto@iffarroupilha.edu.br <p>Este texto apresenta uma metodologia de ensino desenvolvida pelos Institutos Federais. Trata-se da Prática Profissional Integrada que consiste no desenvolvimento de uma ação pedagógica envolvendo disciplinas da área técnica e da área básica em torno de um tema. Neste caso, “Práticas agroecológicas para o manejo de insetos e plantas daninhas na horta do IFFar Campus Santo Ângelo”, desenvolvida com estudantes do 1º ano do Curso Técnico em Agricultura Integrado ao Ensino Médio. A agroecologia é uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis, proporcionando assim, um agroecossistema sustentável. O Curso Técnico em Agricultura do IFFAr Campus Santo Ângelo deve orientar suas práticas pelos princípios desta ciência. Para tanto, objetivou-se desenvolver conceitos e ações relacionados a práticas agroecológicas, possibilitando aos alunos a compreensão e o uso de técnicas para o manejo de insetos e plantas daninhas. A turma foi organizada em 6 grupos, com 5 alunos em cada grupo. Todos os alunos participaram do plantio e do manejo das hortaliças do início até o final do ciclo. Sob a orientação dos professores, buscaram controlar as pragas com defensivos alternativos, visando a uma agricultura sustentável de base agroecológica. Cada grupo aplicou uma técnica para o controle de insetos e plantas daninhas, acompanhando e registrando o ciclo do cultivo, por meio de imagens e relatórios. Os resultados demonstraram que os alunos desenvolveram uma postura investigativa e crítica diante das práticas, avaliando e posicionando-se sobre os resultados obtidos. Concluímos que essas ações interdisciplinares contribuem para a formação integral dos sujeitos, na perspectiva do Currículo integrado, em que as disciplinas das áreas técnica e básica se voltam para um mesmo objeto de estudo. Além disso, possibilitam a efetivação de comportamentos e posturas que estimulem a comunidade escolar na realização de atividades sustentáveis e que possam melhorar a qualidade de vida da comunidade, tendo como princípio a agroecologia.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11511 INTEGRAÇÃO CURRICULAR: UM MOVIMENTO DE SIGNIFICADOS NA DINÂMICA DA APRENDIZAGEM E NA FORMAÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA CIDADÃ 2019-07-27T12:38:49-03:00 Roberto Preussler roberto.preussler@iffarroupilha.edu.br Cornelia Kudiess corneia.kudiess@iffarroupilha.edu.br Graciele Hilda Welter gradiele.welter@iffarroupilha.edu.br Franciele Meinerz Forigo ranciele.forigo@iffarroupilha.edu.br Raquel Fernanda Ghellar Canova raquel.canova@iffarroupilha.edu.br Rocheli Rockenbach rocheli.rockenbach@iffarroupilha.edu.br <p>Vivemos em um país onde cada pessoa produz, em média, pouco mais de um quilograma de resíduo por dia. Fato que evoca a necessidade da formação de uma consciência sobre o tema. A necessidade de uma vida mais sustentável aliada ao processo de formação dos alunos levou-nos a definir o eixo norteador da Prática Profissional Integrada (PPI) no reaproveitamento de resíduos da indústria moveleira da região para produção de brinquedos pedagógicos. Durante o ano letivo de 2018, professores e alunos da turma do 1º ano do curso Técnico Integrado em Móveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) – Campus Santa Rosa definiram os objetivos da PPI em: (1) conhecer os resíduos originados da produção de móveis para propor uma forma de (re)aproveitamento sustentável; (2) minimizar os custos com o destino final dos resíduos e avaliar a possibilidade da geração de outras receitas; e com os resíduos, (3) experimentar uma possível reutilização para confecção de materiais/jogos didáticos ou brinquedos. Com o envolvimento dos professores das disciplinas de Matemática, Arte, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Informática Básica, Química e Ergonomia, os alunos, organizados em nove grupos de trabalho, viveram um processo educativo que passou pela visita e conhecimento de indústrias moveleiras da região. Sob orientação dos professores, cada grupo de trabalho definiu um projeto que utilizava os resíduos da produção, os laboratórios de ensino e o espaço de produção de móveis da Instituição. Após esse processo, cada grupo prosseguiu com a pesquisa e redigiu um projeto com o intuito de desenhar um protótipo utilizando os resíduos. Na confecção do projeto, foi necessário considerar questões técnicas, ergonômicas, referencial teórico de modo a atender as demandas do projeto particular de cada grupo de trabalho. A pesquisa e a utilização de referenciais teóricos aliados à experiência prática provocaram um movimento de significados no processo formativo dos alunos. Esses, de forma especial, construíram uma aproximação à área de produção do curso, com consciência crítica e responsável as necessidades do contexto e do planeta, produziram brinquedos pedagógicos que serão destinados a entidades e farão crianças felizes.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11512 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: UMA REFLEXÃO SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE BIOLOGIA 2019-07-27T12:38:49-03:00 Inaiara Rosa de Oliveira inaiara.oliveira@iffarroupilha.edu.br Laura Caroline Brikalski dos Santos laurabdossantos0101@gmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>Pretende-se fazer uma reflexão sobre o Estágio Curricular Supervisionado II, no Curso Superior de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Augusto, desenvolvido no 6º semestre do curso. O Estágio foi desenvolvido na disciplina de Ciências, numa escola pública de ensino fundamental. O objetivo foi verificar as contribuições do estágio supervisionado para a formação do professor de Ciências Biológicas. O estudo é documental e se baseia no relatório do estágio e no relatório de avaliação dos professores. Buscou-se analisar as ações que foram realizadas em aulas com os alunos do 8º ano, bem como as metodologias utilizadas, as avaliações e os planos de aula. Os resultados obtidos através das análises, com base em referenciais teóricos, sugerem uma eficácia nas metodologias utilizadas no processo ensino e aprendizagem em Ciências. Constatou-se, também, que existem dificuldades no desenvolvimento do estágio, ressaltando a importância da promoção de debates e discussões sobre o que se refere ao planejamento, acompanhamento e avaliação do estágio supervisionado. O momento histórico no qual vivemos atualmente exige uma reflexão sobre as estratégias usadas em sala de aula para o ensino das Ciências. Nesse sentido, percebe-se que a utilização de diferentes propostas, como metodologias e diferentes formas de avaliação, permitem o desenvolvimento das capacidades e possibilidades pessoais, não só cognitivas, auxiliando no processo de aprendizagem e possibilitando a aprendizagem significativa. O educador deve buscar proporcionar uma aprendizagem que tenha significado, ou seja, uma prática mais contextualizada. Para que isso ocorra, é necessário considerar que cada aluno aprende de um determinado modo, e traz consigo uma bagagem diferente em relação às experiências vividas, que servirão como base para os novos conhecimentos adquiridos. Assim, o estágio de docência é uma das melhores formas de pensar a prática docente, pois coloca o licenciando frente ao exercício da&nbsp;profissão de professor, com as situações reais de uma sala de aula e lhe possibilita a<br>aquisição de conhecimentos, vivência de atividades diferenciadas, observação dos alunos,<br>permitindo uma visão crítica e reflexiva tanto da regência, como da sua formação.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11513 PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 2019-07-27T12:38:49-03:00 Andressa Maiara de Almeida Machado andressa.mnuness@gmail.com Ana Laura Beazi analaurabeazi@gmail.com Inaiara Rosa de Oliveira inaiara.oliveira@iffarroupilha.edu.br <p>PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação e Cultura (MEC) que visa proporcionar aos discentes dos cursos de licenciaturas, uma aproximação com o cotidiano das salas de aula, e conhecer o contexto que cada escola está inserida. A contribuição do PIBID aos discentes em formação é de aproximar a teoria da prática, a universidade das escolas públicas, inserindo o estudante de licenciatura em ciências biológicas mais cedo no universo de sala de aula, sendo essa a formação inicial para a docência. Nesse período de vivência no projeto, desenvolvemos com os estudantes do 3º e 4º ano do ensino fundamental, experimentos científicos, estudamos as partes das árvores e suas funções, trabalhamos com origami e jogos de raciocínio lógico. Os experimentos trabalhados envolveram temas como densidade, condução de nutrientes através dos vasos condutores presentes nas plantas, pressão e equilíbrio. Em respostas a essas atividades, tivemos uma receptividade grande dos estudantes, eles se mostraram curiosos e sempre levantando hipóteses para os resultados dos experimentos. Claro que pensamos em atividades que possam envolver todos, pois temos estudantes com dificuldades de leitura e aprendizagem e um estudante autista. Essas situações impõe o desafio de preparar atividades que permitam interagir de diferentes modos com os estudantes. Mas, todavia, nos capacita para sermos educadores com uma visão mais abrangente das realidades escolares. Também encontramos algumas dificuldades, como, por exemplo, a resistência de alguns professores em liberar seus estudantes e a falta de diálogo entre o professor titular e o bolsista do PIBID. Durante as aulas a dificuldade maior foi fazer com que os estudantes não usem o computador para jogar, pois dividimos as aulas com bolsistas da licenciatura em computação. Explicamos que não é só aula de informática, mas também de ciências. A nossa maior dificuldade é pensar como professor, em preparar algo para atingir o objetivo esperado, ou seja, fazer um planejamento que possa incluir todos. A expectativa é que possamos superar essas dificuldades e nos tornarmos professores com uma visão menos idealizada da sala de aula. Na medida em que precisamos lidar com estudantes com dificuldades de aprendizagem ou muito agitados e, (re)planejar atividades pela falta de alguns materiais ou equipamentos, estamos nos formando para um ambiente real no qual esperamos ser capazes de proporcionar um ensino de ciências, que desperte a curiosidade nos estudantes e contribua para torná-los pensantes e críticos.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11518 A MATEMÁTICA FINANCEIRA E SUA UTILIZAÇÃO NO DIA A DIA DOS TRABALHADORES RURAIS 2019-07-27T12:38:50-03:00 Lucas Ariel Webler lucas.webler9@gmail.com Júlia Gabriela Petrazzini da Silva juliagpetrazzini@gmail.com Nádia Daniela Scherer nadiadaniela20@gmail.com Alexandre José Krul alexandre.krul@iffarroupilha.edu.br <p>Este artigo foi escrito a partir de uma investigação realizada na disciplina de Prática<br>de Ensino de Matemática, durante o segundo semestre do curso de Licenciatura em<br>Matemática, do Instituto Federal Farroupilha – Câmpus Santa Rosa. Trata de uma proposta de<br>ensino e análise que se enquadra segundo D´Ambrosio (1990) em um estudo sobre<br>etnomatemática. Por meio da investigação sobre o uso da matemática financeira entre<br>trabalhadores rurais procurou-se analisar a formação de conceitos e métodos de resolução de<br>cálculos sobre juros simples e compostos, traçando aproximações e distanciamentos entre o<br>conteúdo ensinado em sala de aula e aqueles que são aprendidos nos diversos contextos do<br>cotidiano. O objetivo é compreender quais são os métodos que os agricultores utilizam na<br>resolução de cálculos de juros simples e compostos. Para isto foi realizada uma pesquisa de<br>campo por meio de um questionário composto por dois problemas envolvendo cálculos de<br>juros com uma amostragem de vinte pessoas com idade entre 25 e 60 anos de três cidades do<br>Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, todos os vinte entrevistado eram trabalhadores<br>rurais. Nossa hipótese partiu do entendimento de que os agricultores possuem conhecimento<br>sobre juros simples e compostos, por os utilizarem no seu cotidiano em compras no comércio<br>em geral ou quando fazem financiamentos para comprar máquinas agrícolas ou insumos<br>agrícolas, porém diferentes daqueles conhecimentos ensinados na escola. Percebe-se que os<br>agricultores procuram saber onde pagam uma taxa de juro mais baixa e onde a soma total<br>resultante do montante do juro é mais baixo. Ao receberem o questionário impresso com três<br>cálculos alguns dos pesquisados tiveram um aparente medo ou vergonha para responder as<br>perguntas, pois sabiam que seus métodos para resolver as questões eram diferentes daqueles<br>ensinados na escola. Durante a resolução das questões aconteciam perguntas esporádicas,<br>como por exemplo, se poderiam desenvolver o cálculo de “uma certa maneira como sabiam”<br>ou se precisam desenvolver conforme foi ensinado na escola. Desta interação os resultados<br>alcançados foram que os agricultores mesmo não conhecendo as fórmulas para a resolução de<br>um dos tipos de juros, possuíam saberes sobre suas resoluções, e embora utilizassem um<br>método mais trabalhoso alcançariam o resultado final correto. Com os dados coletados,<br>percebeu-se, que 50% dos entrevistados possuíam apenas o Ensino Fundamental completo ou<br>incompleto. Sendo assim, pelo menos metade dos entrevistados não havia apreendido os<br>cálculos de juros durante sua educação escolar. Muitos aprenderam a lidar com a matemática<br>financeira de maneira prática, e outros por meio de explicações rasas resultante de conversas<br>com amigos e familiares. Os resultados obtidos apontam que os agricultores entrevistados não<br>possuem regras sistematizadas, mas sim se baseiam na união de conhecimentos práticos e&nbsp;saberes culturais do local onde vivem, e destes saberes geram uma matemática funcional para<br>o dia a dia. Deste modo pode-se compreender a importância das investigações da<br>etnomatemática como possibilidade de conhecer e entender as diversas maneiras de aprender<br>como resolver problemas matemáticos, neste caso, envolvendo cálculos de juros através de<br>desafios exigidos pelas necessidades diárias.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11514 PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR PARA O ESTUDO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS SIMPLES 2019-07-27T12:38:50-03:00 Jonas Cegelka da Silva jonas.silva@iffarroupilha.edu.br Raquel Maldaner Paranhos raquel.paranhos@iffarroupilha.edu.br Isabel Krey Garcia ikrey69@gmail.com <p>Nos Institutos Federais, ao mesmo tempo em que é latente o fomento de ações com foco no currículo integrado, é preciso cautela para evitar tornar o ensino médio apenas profissionalizante, contrariando o entendimento de uma formação omnilateral, para o mundo do trabalho. Ainda que o currículo integrado tenha concepções diferentes e mais amplas do que as da interdisciplinaridade, acredita-se que esta é uma via fecunda, com possibilidades concretas de constituir, além de saberes conceituais, os de valores e atitudes, com vistas à formação dos sujeitos em suas múltiplas dimensões. Nesse sentido, este estudo foi estruturado buscando fazer convergirem as disciplinas de física e de sistemas prediais do terceiro ano do curso técnico em edificações integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha, Campus Santa Rosa. Numa perspectiva ausubeliana, o objetivo do trabalho é promover ações didáticas que favoreçam a aprendizagem significativa dos alunos sobre os circuitos elétricos simples. Para isso, foi construída uma Unidade Ensino Potencialmente Significativa (UEPS), cujos passos apontam desde a identificação dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o conteúdo, a elaboração de um projeto elétrico residencial, orientado e avaliado pelas duas disciplinas, até a aplicação de duas avaliações interdisciplinares, ambas elaboradas e corrigidas de forma conjunta pelos professores. Buscando romper com a linearidade dos conteúdos, como aparece nos livros didáticos, um primeiro passo para a elaboração da UEPS foi a reorganização dos conceitos abordados, fazendo um entrelaçamento destes. Os conhecimentos prévios dos alunos foram solicitados e ativados por meio da aplicação de um questionário objetivo, cujas questões abordavam os conceitos de corrente elétrica, resistência elétrica e diferença de potencial elétrico. A partir disso, para o estudo desses conceitos, as aulas foram planejadas conjuntamente por ambos os professores, sendo algumas delas desenvolvidas estando os dois, ao mesmo tempo, na sala, numa aula integrada. Até o momento, os alunos realizaram uma das provas interdisciplinares e iniciaram a construção de um mapa conceitual referente às disciplinas. Ainda que a investigação seja mais ampla, prevendo a reformulação da UEPS para novas abordagens, têm-se elementos importantes que permitem a sua classificação como uma abordagem interdisciplinar que favorece a aprendizagem significativa: (i) o planejamento das atividades implica um diálogo permanente entre os professores; (ii) o estudo dos conceitos tem como foco a construção de um projeto elétrico residencial; (iii) os alunos conseguiram transferir e aplicar os conhecimentos de uma disciplina na outra, fato este evidenciado no desenvolvimento das aulas e na avaliação interdisciplinar e; (iv) ocorreram mudanças na organização das aulas propostas pelos professores.&nbsp; &nbsp;</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11495 O CURRÍCULO INTEGRADO NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS DE AGROPECUÁRIA DOS INSTITUTOS FEDERAIS DO SUL DO BRASIL 2019-07-27T12:38:50-03:00 Daniela Carolina Ernest daniela.carolina.ernst@gmail.com Cintia Beatriz Diehl Güntzel dos Santos cintiaguntzel@gmail.com Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Talita Abi Rios Timmermann talitagaucha@gmail.com Rita de Cássia Camilio ritacamilio@yahoo.com.br Rafael de Souza Timmermann rafatimmermann@gmail.com <p>O presente trabalho, cujo tema concentra-se em discussões acerca das propostas pedagógicas para os cursos técnicos integrados nos Institutos Federais (IFs) da região Sul, teve como principal objetivo a análise de Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs) com um olhar direcionado, principalmente, às concepções de currículo integrado expressas nesses documentos. Para delimitar o universo de coleta de dados, foi selecionado o curso Técnico Integrado em Agropecuária, ofertado pelos seis IFs localizados no sul do país (IFFAR, IFRS, IFSUL, IFC, IFSC e IFPR). Essa pesquisa, desenvolvida no período de julho de 2018 a abril de 2019, deu-se através de análise documental, com abordagem qualitativa, buscando investigar os fenômenos em sua complexidade e contexto natural. Para direcionar e conduzir a análise dos PPCs, foram selecionadas algumas categorias, tais como: (a) justificativa para oferta do curso; (b) os objetivos do curso; (c) a matriz curricular; (d) as concepções pedagógicas que fundamentam cada projeto; e (f) como se dá a integração entre as áreas técnicas e de formação geral. Dessas categorias, duas foram as que concentraram a necessidade de um olhar mais aprofundado: a matriz curricular e as concepções pedagógicas que embasam as propostas. Os resultados dessas análises indicaram que, apesar de todos os pressupostos ideológicos do ensino médio integrado apontarem para a formação integral, voltada para o mundo do trabalho, os projetos pedagógicos, em sua grande parte, demonstram que o que importa na criação desses currículos são as demandas do mercado e do capital, não havendo, de fato, uma preocupação com uma formação para a cidadania crítica e participativa, capaz de tornar os sujeitos dessa modalidade de ensino cultural e socialmente ativos. Esses resultados sugerem que aqueles que efetivamente elaboram os PPCs dos cursos ainda não se&nbsp; apropriaram das bases e premissas do que é o ensino integrado, baseado no trabalho como princípio educativo e na formação do sujeito omnilateral.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11515 FILMES COMERCIAS COMO UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA TRABALHAR COM QUESTÕES DE SAÚDE NO ESPAÇO ESCOLAR 2019-07-27T12:38:51-03:00 Jadi Maria Kowaski jadikowalski@gmail.com Eliane Gonçalves dos Santos eliane.santos@uffs.edu.br Leonardo Priamo Tonello leonardo.priamo.tonello@gmail.com <p>Filmes são instrumentos pedagógicos que auxiliam no ensino de Ciências, facilitando a aprendizagem dos alunos, pois, propiciam discussões e questionamentos que perpassam conteúdos de disciplinas escolares, abordando questões éticas, morais e sociais além de temas polêmicos da atualidade. Pensar o trabalho com filmes pode não ser tão inovador, mas é notório que a utilização desse recurso é pouco explorada no ensino, decorrente da ideia que filmes são recursos utilitaristas, preenchedores de tempo. Pela diversidade de assuntos que apresentam em seus enredos, os filmes, também podem contribuir com discussões sobre questões de saúde, tema atual e que merece uma abordagem mais abrangente no ensino, com enfoque para questões da promoção da saúde e do cuidado de si. Dessa maneira, ensinar sobre saúde em sala de aula de forma crítica, é fomentar o desenvolvimento de cidadãos atuantes e participativos e que possam fazer escolhas corretas e conscientes acerca da sua saúde e da comunidade em que vivem, visando a promoção da saúde – consequentemente uma boa qualidade de vida. Este trabalho faz parte de um projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, que visa fomentar a iniciação científica com estudantes da Educação Básica a partir da interação entre professor e aluno da Escola com um professor universitário. A pesquisa está em andamento, e busca por meio de análise de dois filmes comerciais identificar de que forma a temática Saúde está sendo apresentada nesta mídia e como os filmes podem contribuir para discussões sobre o assunto no espaço escolar. O encaminhamento metodológico ocorreu a partir da seleção dos filmes comerciais “Como eu era antes de você”(2016) e “Intocáveis” (2012), a análise dos filmes acontece durante a exibição do mesmo, com pausas e anotações em caderno de campo das cenas que tem potencial para abordar questões de saúde. A próxima etapa,&nbsp;é realizar a análise das cenas selecionadas a partir do referencial teórico de base referente a saúde e a promoção da mesma. E por fim elaborar um material que possa ser utilizado como subsídio pelos professores e alunos da Educação Básica.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11517 A PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR EM CURSOS DE LICENCIATURAS: ESPAÇO DE ARTICULAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA E A PRÁTICA DOCENTE 2019-07-27T12:38:51-03:00 Analice Marchezan analice.marchezan@iffarroupilha.edu.br Raquel Fernanda Ghellar Canova raquel.canova@iffarroupilha.edu.br Maristela Beck Marques maristela.marques@iffarroupilha.edu.br Josimar de Aparecido Vieira josimar.vieira@sertao.ifrs.edu.br <p>As transformações sociais, científicas e tecnológicas estão ocorrendo em ritmos acelerados, exigindo das pessoas novas aprendizagens ao longo da vida. Neste contexto, a escola como instituição responsável pela educação formal, reconhecida como lugar de ensino-aprendizagem e produção do conhecimento, tecnologia, cultura, passa a ter diferentes desafios, com uma nova perspectiva na formação docente. O tema deste ensaio é a prática como unidade curricular que tem a finalidade potencializar a formação de estudantes de cursos de licenciaturas, relacionando a teoria analisada na academia com as práticas existentes nos espaços escolares. Envolvido numa abordagem qualitativa, este trabalho foi produzido por meio de pesquisa bibliográfica, contando com os autores: Ciavatta (2012), Frigotto (1996), Freire (2000), Pimenta (1999), Demo (1997), Nóvoa (1991), Tardif (2002) entre outros e análise documental da legislação que trata da formação de professores. A Resolução CNE 02/2002 atualizada pela Resolução CNE/CP 02/2015, institui 400 horas de prática como componente curricular ao longo do processo formativo nos cursos de licenciaturas, intituladas como Prática enquanto&nbsp;Componente Curricular (PeCC) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) pela Resolução do CONSUP 13/2014. A concepção da PeCC do IFFar, implica numa organização que baseada na reflexão da atividade docente contribuindo para associar a pesquisa como componente constitutivo da teoria com aplicação na prática. Nos cursos de Licenciatura em Matemática e em Ciências Biológicas, do IFFar Campus Santa Rosa, a concepção do currículo tem como premissa a articulação entre a formação acadêmica e a prática docente. Ao longo dos 08 semestres dos referidos cursos de licenciatura, as PeCCs são desenvolvidas a partir das unidades curriculares articuladoras, intitulados Prática de Ensino de Matemática e Prática de Ensino de Biologia, os quais associam o conhecimento de, no mínimo, duas unidades curriculares do semestre, pertencentes, preferencialmente, a núcleos distintos do currículo, a partir de temática prevista para cada unidade curricular articuladora. Essas unidades, definidas semestralmente realizam o planejamento da PeCC aprimorando a experiência da proposta nos anos anteriores. As PeCCs desenvolvidas no curso de licenciatura em Matemática, contemplam desde o estudo das tendências pedagógicas no ensino da matemática, pesquisa e investigação em educação matemática, tecnologias na formação do professor de matemática para a educação básica, elaboração de propostas de ensino e de materiais didáticos e análise de livros didáticos de ensino fundamental e ensino médio, práticas adaptadas à educação inclusiva no ensino de matemática concluindo com a formação continuada do professor de matemática. No curso de licenciatura em Ciências Biológicas, às PeCCs abrangem a evolução do pensamento científico, reflexão sobre a sexualidade no âmbito escolar, laboratório de ensino de Biologia na educação básica, comportamento animal, elaboração de modelos didáticos voltados para alunos da educação especial, a educação ambiental e, fechando o ciclo com o estudo da evolução dos seres vivos. Em todas essas oito PeCCs, ao longo de cada curso, é fortalecida a vivência dos acadêmicos nos espaços escolares orientados por esses temas. Valorizar, analisar e divulgar estas experiências contribui para a melhoria da qualidade da formação docente.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11496 UMA PROPOSTA PARA INTEGRAÇÃO ENTRE A MATEMÁTICA E AS DISCIPLINAS DO NÚCLEO TECNOLÓGICO DO CURSO TÉCNICO EM COZINHA PROEJA DO IFFAR 2019-07-27T12:38:51-03:00 Vânia Barcelos Furtado vaniabfurtado@hotmail.com Taniamara Vizzotto Chaves taniamara.chaves@iffarroupilha.edu.br <p>O projeto de pesquisa “Uma proposta para integração entre a Matemática e as disciplinas do Núcleo Tecnológico do Curso Técnico em Cozinha Integrado Proeja”, tem como objetivo geral investigar as contribuições para o ensino e a aprendizagem de conhecimentos matemáticos contextualizados, a partir de uma proposta de integração entre as disciplinas de Matemática e do Núcleo Tecnológico do Curso Técnico em Cozinha Integrado na modalidade de Educação de Jovens e Adultos do IFFar. Busca-se investigar e responder a seguinte pergunta: Como promover o ensino e a aprendizagem da Matemática na perspectiva da integração curricular no Proeja? Dentro da perspectiva do currículo integrado entende-se que contextualizar e problematizar os conteúdos teóricos, a partir da prática profissional, é dar oportunidade para a construção de uma aprendizagem significativa, que aplicada ao mundo do trabalho, promova uma formação cidadã que rompa com a educação tradicional, em detrimento de uma educação que oportunize ao discente do Proeja, relacionar teoria e prática. Para isso a pesquisa utilizará como instrumentos de coleta: 1. entrevistas com os docentes envolvidos, para verificar como acontece a integração entre as disciplinas, o planejamento da prática pedagógica e também apontar os conteúdos de matemática, que apresentam dificuldades de contextualização e que estão presentes na prática profissional; 2. questionários com os discentes, para identificar o perfil dos sujeitos da pesquisa, seus conhecimentos prévios sobre os conteúdos, buscando evidenciar como eles reconhecem a importância da matemática e relacionam os conteúdos da disciplina com a área técnica do curso; 3. pesquisa documental, junto ao projeto político pedagógico do curso e ao documento base do Proeja. Considera-se que, para responder à questão central desta pesquisa, pode-se propor uma sequência didática interdisciplinar, que contextualize e problematize conhecimentos matemáticos e atividades práticas. Os autores que embasam esta&nbsp;pesquisa que tem como foco o Currículo Integrado e a Educação Profissional são:&nbsp;Frigotto e Araújo (2018); Ciavatta (2005); Ramos (2008) e Saviani (2003; 2007); em&nbsp;autores que discutem a Educação Matemática como Ubiratan D’Ambrósio (2005) e nas&nbsp;contribuições socioculturais de Paulo Freire (1987;1996).<br><br></p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11548 PRÁTICA (DE ENSINO) COMO COMPONENTE CURRICULAR: ConceitualizAção num contexto de Ciências Biológicas 2019-07-27T12:38:51-03:00 Roque Ismael da Costa Güllich bioroque.girua@gmail.com <p>O presente trabalho tem como objetivo central apresentar e discutir a conceituação (conceitos e ações) que permeiam as práticas de ensino no Curso de Ciências Biológicas. Para tanto apresento a proposta do referido curso implementado na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, bem como o conceito de prática como componente curricular defendido pela Universidade em questão no documento base da Conferência das Licenciaturas UFFS que define a compreensão desta no contexto examinado. O contexto de análise cotejado pelas referências teóricas é posto em perspectiva para defesa da pratica de ensino como sendo um componente curricular que se dá como espaço e tempo de formação de novos professores, que seja de natureza teórica-prática-metodológica-reflexiva, o que por si só já exige complexidade na sua compreensão. Este trabalho se projeta como sendo um exame narrativo, dentro da lógica da pesquisa-formação-ação, pois acreditamos que neste projeto pedagógico a prática é tomada como um exercício do currículo narrativo e para tanto tomamos elementos constituintes desta prática para análise. Na formação em Ciências Biológicas da UFFS são previstos projetos interdisciplinares para execução da matriz curricular ao longo dos quatro anos de formação, sendo cada um desenvolvido semestralmente com coordenação do componente curricular (disciplina) e com temáticas que estão previstas ao longo da matriz de modo a integrar a formação comum, a formação conexa e a formação específica (modos de pensar o currículo da UFFS por domínios). Ademais as práticas de ensino, que no caso de Ciências Biológicas são em número de sete, ocorrem desde o início do curso de modo a compor um repertório/repositório de saberes e fazeres (daí a ideia de ser teórico-metodológica), com interfaces e comunicação com as redes de ensino desde o início do curso (prática) e que são postos em discussão ao longo da formação (reflexiva). Estes elementos que compõem o conceito e a ação nos levam a defesa da ideia de prática (de ensino) como componente curricular, que seja, teórico-metodológico e prático-reflexivo. Esta ConceitualizAção é também defendida desde a política institucional de formação inicial de continuada de professores da UFFS, que nasceu da conferência das licenciaturas como modo de atender/compreender os princípios de orientações das atuais resoluções nacionais que tratam do tema e transformar os projetos pedagógicas das licenciaturas em propostas possam formar professores em tempos contemporâneos, comprometidos com a educação pública e de qualidade, com base na inclusão e que possa repensar modos de gestão para efetivar esta formação.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11654 DO AVANÇO TECNOLÓGICO A UM PASSEIO NO ESPAÇO – SPUTNIK 2019-07-27T12:38:52-03:00 Ana Elize Afonso ALVES anaelize.quimica@gmail.com Thatiane Britto STAHLER thatiane.stahler@iffarroupilha.edu.br <p>Sputnik I foi o primeiro satélite artificial a ser lançado pela URSS na orbita com êxodo. Este fato histórico deu início a um grande avanço tecnológico levando após alguns anos o primeiro homem ao espaço. A partir deste, grandes empresas investiram em novos negócios: os chamados passeios no espaço. A evolução tecnológica trouxe diversas facilidades para a vida. Contudo, este tema é pouco vivenciado nas escola, os alunos fazem uso da tecnologia mas não tem conhecimento de como esta tecnologia surgiu. Diante de um tema que abrange diversas áreas, é de suma importância que os estudantes compreendam quais as influencias que esses avanços tecnológicos propiciaram em seu cotidiano. O objetivo do presente trabalho foi proporcionar aos estudantes um momento reflexivo sobre o avanço tecnológico e o interesse das multinacionais, sendo que para isso foi desenvolvido uma oficina interdisciplinar com os alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola José de Anchieta, localizada no município de Panambi/RS, no qual foram relacionadas as disciplinas de matemática, física, química, geografia e história do currículo escolar. A pesquisa se desenvolveu a partir da abordagem metodológica qualitativa. Para iniciar organizamos uma roda de conversas com esses sujeitos para identificar os conhecimentos que eles já tinham em relação ao projeto Sputnik, mesmo enfrentando a resistência inicial comum a estranhos adentro do ambiente de aprendizagem deles, foi possível perceber que conseguimos despertar o interesse e a curiosidade de todos esses sujeitos que a partir daí passaram a participação da atividade. Após essa atividade foi entregue aos sujeitos um questionário com perguntas semiestruturadas com relação ao tema abordado pela intervenção e sobre o que havíamos discutido durante a roda de conversas. Nosso objetivo com o questionário era levantar conhecimentos vindos de suas experiências acerca da temática discutida, o mesmo não tinha função avaliativa e foi usado como sondagem de conhecimento dos alunos. Obtivemos as mais variadas respostas, mas ficou evidente após a análise que 75% dos sujeitos não sabia nada a respeito do fato histórico e cientifico relacionado com o Sputnik. No mesmo questionário foi perguntado aos sujeitos se eles sabiam de que maneira as tecnologias eram criadas e a partir de que demanda, os mesmos não souberam responder a essa pergunta. Logo após a coleta dos questionários começamos a trabalhar nossa temática, falamos primeiramente sobre a história do lançamento do Sputnik e o contexto em que a mesma aconteceu, conceituamos a Guerra Fria que acontecia entre Estados Unidos e União Soviética e somente então começamos a pontuar todos os avanços tecnológicos que ocorreram por conta da corrida espacial entre essas duas potencias. Avaliamos como positiva essa intervenção já que trabalhamos sobre perspectiva da interdisciplinaridade que resultou em construção de novos saberes por esse grupo de sujeitos. Foi possível rever fatos históricos como a corrida espacial, lançamento do primeiro foguete, satélite, do homem ter pisado na lua, trabalhamos a química com combustível do protótipo que seria lançado, física e matemática para cálculos e explicação dos fenômenos que circundam um lançamento de foguete.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11608 A CONCEPÇÃO DAS FUNÇÕES DE ASSISTENTES DE ALUNOS: (RE) PENSANDO A PARTIR DA FORMAÇÃO INTEGRAL 2019-07-27T12:38:52-03:00 Mateus Lovato Gomes Jardim mateus.jardim@iffar.edu.br Marcele Homrich Ravasio mateus.jardim@iffar.edu.br <p>O ensino integrado, tornando obsoleta a diferença entre a educação intelectual e a educação para o trabalho (também manual), reflexo de uma sociedade desigual e considerando o trabalho em seu sentido ontológico, busca formar sujeitos autônomos e críticos. Os referidos sujeitos das práticas pedagógicas devem abranger a todos, alunos, professores e demais servidores, incluídos os assistentes de alunos da Rede Federal, onde o conceito de ensino integrado tem sido aplicado e/ou construído. Originada no antigo cargo de “inspetor de alunos” nas escolas federais, a função dos assistentes de alunos nunca exigiu nenhuma formação específica e também não foi repensada segundo o conceito de ensino integrado, ainda sendo considerada como mero instrumento de controle disciplinar dos alunos, com base em determinada pedagogia e moral. Contextualizando o cargo ao longo da história e considerando a percepção que os atuais assistentes de alunos possuem de sua função, pretendemos discutir a ação destes servidores no âmbito do ensino integrado (o que é e o que deveria ou poderia ser) e, ao mesmo tempo, construir um produto educacional que auxilie a legitimação funcional, aproximando-nos dos conhecimentos e habilidades para o exercício do cargo sob o ensino integrado e da discussão de uma nova identidade profissional. Para tanto, utilizaremos a técnica de entrevista com uma amostragem de assistentes de alunos do Instituto Federal Farroupilha, bem como pesquisa bibliográfica e documental. Embora, o presente tema nunca tenha sido investigado, a pesquisa bibliográfica auxiliará na identificação destas lacunas e, a documental, na trajetória da carreira, a qual já é referenciada em leis no Brasil desde o século XIX. Como base para a discussão teórica em torno do currículo integrado, utilizamo-nos de autores como Araújo e Frigotto<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>, Pistrak<a href="#_ftn2" name="_ftnref2">[2]</a> e Nosella<a href="#_ftn3" name="_ftnref3">[3]</a> e, igualmente, de Foucault<a href="#_ftn4" name="_ftnref4">[4]</a> para a questão do poder disciplinar. Já no concerne à construção de uma identidade profissional, baseamo-nos especialmente em Monlevade<a href="#_ftn5" name="_ftnref5">[5]</a>.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11519 AS DIFICULDADES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA NO OITAVO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: REFLEXÕES A PARTIR DA PESQUISA REALIZADA NA PRÁTICA DE ENSINO ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR II, DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 2019-07-27T12:38:52-03:00 Kaliandra Pacheco de Lima rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br Kelly Gabriela Poersch rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br Rúbia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br <p>Esta investigação teve o objetivo geral de compreender as possíveis dificuldades de ensino e de aprendizagem da Matemática em turmas de 8º ano do Ensino Fundamental, identificando os motivos que levam os estudantes ao desinteresse e a dificuldade neste componente curricular. Nossa população são escolas públicas estaduais da 17ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que têm um total de 22 escolas. Como amostra, a partir do critério de sorteio, nossa pesquisa foi realizada em 3 escolas estaduais que têm turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. Os sujeitos participantes da pesquisa são 3 professores de matemática (um de cada escola) e aproximadamente 100 estudantes matriculados e que estão frequentando o 8º ano. Trata-se de pesquisa de caráter explicativo, com procedimentos de pesquisa de campo quali-quantitativa. Realizamos questionários com professores e alunos para compreender como ocorrem os processos de ensino e de aprendizagem da Matemática. Como um dos resultados pertinentes analisamos que os estudantes sujeitos da pesquisa possuem entre 12 e 17 anos, percebendo-se uma distorção idade-série já que, 22,9% já reprovaram em Matemática, por diversos motivos, sendo, como principal motivo citado, o&nbsp; fato de não gostarem da disciplina. Na questão sobre a Matemática que eles estudam na escola, mais da metade dos estudantes (43 alunos) responderam que faz parte do seu dia a dia e 7% diz não apresentar nenhuma dificuldade, porém é um dado muito baixo para ser considerado satisfatório. Na questão em que foi perguntado aos alunos se os seus pais os incentivam e acompanham a sua vida escolar a grande maioria respondeu que sim, que este apoio realmente existe. Portanto, esta pesquisa nos mostra que é de suma importância a participação da família no processo de educação, junto à escola. Assim sendo, o professor pode buscar métodos de ensino e instrumentos de avaliação da aprendizagem em que os estudantes possam superar as dificuldades, partir de problemas do cotidiano, compreender o “erro” como potencialidade de aprendizagem, incentivando-os ao estudo e ao gosto pela disciplina de Matemática.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11497 EDUCAÇÃO DE ADULTOS: POTENCIALIDADES DO CURRÍCULO INTEGRADO EM UM CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO 2019-07-27T12:38:52-03:00 Leonardo Matheus Pagani Benvenutti leonardo.benvenutti@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho objetiva socializar os resultados da pesquisa intitulada “Licenciar-se na vida adulta: as implicações da conclusão do Curso de Licenciatura em Computação nas trajetórias de vida dos adultos formados pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha” (BENVENUTTI, 2018), que almejou “[...] compreender a relevância que a participação em um curso superior de formação de professores proporcionou à trajetória de vida dos adultos licenciados.” (Ibid., p. 7). Tal investigação buscou perceber “a influência da formação de professores de computação nos indivíduos que ingressaram a partir do ciclo de vida adulta, numa visão integrada que perpassa a dimensão profissional, sociocultural, humana” (Ibid., p. 56). Deste modo, é possível refletir sobre o currículo do curso em questão, aspectos aproximação e distanciamento de currículo integrado (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2012), em termos teórico-metodológicos na formação dos adultos. A pesquisa foi enquadrada no paradigma interpretativo, na perspectiva qualitativa, através de um estudo de caso situacional (COUTINHO, 2013) com egressos do Curso de Licenciatura em Computação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha <em>Campus</em> Santo Augusto, graduados das turmas de 2011 a 2013, com características de adultez. Quanto ao tratamento dos dados, foi empregada análise de conteúdo (Ibid.) com as seguintes categorias: adulto, formação profissional e formação humana. Através de entrevistas semi-estruturadas nove indivíduos relataram sobre suas experiências profissionais anteriores ao curso de licenciatura, as vivências no período formativo, com os conhecimentos, relações com os atores do ambiente pedagógico, bem como refletiram sobre os encadeamentos desta formação em seus contextos atuais, em que procurou-se perceber nestes sujeitos qualificações em sentido amplo, integral (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2012). A totalidade da amostragem foi classificada como adulta, pois os relatos demonstraram que todos sujeitos possuíam, durante o período formativo, responsabilidades profissionais e familiares distintas de um público jovem, que tem na formação acadêmica sua majoritária responsabilidade. Com relação às experiências nos componentes curriculares do curso, foram pontuadas as dificuldades advindas dos conhecimentos da computação em maior proporção do que os didático-pedagógicos, o que foi em medida superado ao perceber que na atualidade determinados sujeitos atuam como professores de informática ensinando os objetos de conhecimento que outrora lhes foram desafiadores em sua formação. Alguns aspectos de formação humana para além do profissional foram percebidos em relatos de sujeitos que aprenderam a conviver melhor com as diferenças advindas do heterogêneo espaço acadêmico, do sentimento de pertencimento a grupos, como a formação acadêmica ampliou seus horizontes profissionais e filosóficos. É possível considerar, portanto, que na medida em que o currículo integrado é praticado nas licenciaturas, através de esforços de formação crítica, refletida sobre o espaço-tempo que os sujeitos atuam, suas relações familiares, profissionais e a complexidade de informações a que são submetidos, mais condições terão estes sujeitos de construírem suas existências de modo mais integral, idealmente progressista, vocacionado ao ser mais (FREIRE, 2011). Através de uma formação refletida sobre o mundo do trabalho poderão perceber as contradições que vivenciam e direcionar seus esforços às potenciais superações individuais e coletivas.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11609 CONTRIBUIÇÕES E LIMITES DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM UM CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO 2019-07-27T12:38:53-03:00 R Josiana Bazana josiana.bazana@gmail.com Sandra E nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Maria S Ramos maria.ramos@iffarroupilha.edu.br <p>Esta pesquisa, desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em</p> <p>Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), do Instituto Federal Farroupilha, <em>Campus</em> Jaguari, encontra-se em andamento e tem como tema o estágio curricular supervisionado em um curso técnico integrado ao ensino médio. Objetiva identificar as contribuições e limites do estágio curricular supervisionado do curso técnico em química integrado ao ensino médio, do Instituto Federal Farroupilha - <em>Campus</em> Panambi, para a formação integral dos estudantes, por meio das percepções dos sujeitos envolvidos na prática de estágio: o estagiário/estudante, o professor orientador e o supervisor da parte concedente. O estágio é um elemento importante no currículo dos cursos de educação profissional, e se constitui como um momento de aprendizado, de prática profissional em situação real de trabalho, que por meio da integração de conhecimentos teóricos e práticos da formação escolar e do mundo do trabalho, prepara o jovem educando para a vida cidadã e para o trabalho. Assim, o estágio é um ato educativo que visa o aprendizado de saberes próprios da atividade profissional e à contextualização curricular, e que, se bem conduzido, pode tornar-se um espaço para a efetivação da práxis, que contribui para a formação integral dos estudantes. Porém, para que isto ocorra, é fundamental a atuação conjunta dos sujeitos do estágio, com o intuito de desenvolver um trabalho pedagógico integrado que promova a prática e a discussão teórica desta prática, conduzindo o estágio para um fazer refletido, pensado, um fazer transformador. Esta pesquisa é voltada para a natureza aplicada, de abordagem qualitativa, onde a produção de dados está sendo realizada por meio de pesquisa documental, entrevistas com os professores orientadores de estágio do curso, e questionários online utilizando o Google Forms com os egressos do curso, que realizaram estágio e concluíram o curso nos anos de 2016, 2017 e 2018. Estas turmas realizaram estágio curricular supervisionado de 60 horas, conforme determina o Projeto Pedagógico do Curso vigente. Para a interpretação dos dados coletados será usada a Análise Textual Discursiva (ATD), proposta por Moraes e Galiazzi (2016). Por encontrar-se em fase inicial de desenvolvimento, a pesquisa dispõe apenas de resultados iniciais, mas que já apresentam algumas contribuições do estágio na formação dos estudantes. Por meio da integração da teoria e da prática o estágio promove a reconstrução do conhecimento escolar e o desenvolvimento de competências e habilidades próprias da atividade profissional do curso, além do senso de responsabilidade e do trabalho em equipe, que constituem aspectos técnicos e comportamentais importantes para a atuação crítica e autônoma destes sujeitos no mundo do trabalho. Quanto aos limites do estágio curricular no contexto da pesquisa, já foi possível identificar a questão da baixa carga horária do estágio, e a não contextualização curricular em algumas situações. Ao ser concluída, espera-se colaborar com a área do ensino, no contexto da educação profissional e tecnológica, através de um produto educacional que contribua para melhoria do processo de ensino-aprendizagem proporcionado pelo estágio curricular supervisionado no curso estudado, com vistas à formação humana integral dos estudantes.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11653 EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO: DO LUGAR DE QUEM APRENDE PARA O LUGAR DE QUEM ENSINA 2019-07-27T12:38:53-03:00 Elisandra Gomes SQUIZANI elisandra.squizani@iffarroupilha.edu.br Thatiane de Britto STAHLER thatiane.stahler@iffarroupilha.edu.br Daniela Alves ORIQUES daniela.oriques@iffarroupilha.edu.br <p>Tendo em vista a integração de novos espaços educacionais como <em>locus</em> da formação dos licenciandos, a Prática enquanto Componente Curricular (PeCC) no Curso Superior de Licenciatura em Química do Instituto Federal Farroupilha – <em>Campus</em> Alegrete, tem proporcionado experiências a partir da realização de distintas atividades no contexto educativo, propiciando a articulação de conhecimentos construídos ao longo do curso em situações de prática docente. Ela está presente do início ao final do curso, sendo assim, é desenvolvida a cada semestre, com vistas a ampliar o contato do licenciando com a realidade educacional. Envolve distintas disciplinas do curso, a partir de um projeto interdisciplinar, ou seja, busca articular conhecimentos básicos, específicos e pedagógicos. Frente a essas perspectivas, este trabalho visa relatar as principais percepções observadas pelo coletivo formador, no decorrer desse componente curricular em uma turma do quinto semestre. De acordo com o Projeto Pedagógico do Curso, a PeCC V tem como um dos focos, a importância do desenvolvimento de atividades experimentais no ensino de ciências, sendo assim, a proposta desenvolvida nesse componente iniciou com leitura e estudo de três artigos da revista Química Nova na Escola sobre o ensino a partir da experimentação, posteriormente, propôs-se aos licenciandos a construção e aplicação da proposta de ensino com o uso da experimentação. Em um último momento, os estudantes socializaram suas experiências e produziram um artigo relatando suas experiências. Para análise de todo esse processo desenvolvido pelos licenciandos, usou-se a metodologia qualitativa, registrando-se em caderno de bordo as percepções identificadas. Observou-se que esta PeCC possibilitou aos licenciandos não só o reconhecimento e contato com o laboratório de ciências das escolas e seus alunos, permitindo a compressão da realidade escolar, mas também aproximou os licenciandos do “ensinar ciências/química”, a partir da experimentação. Essa aproximação com o ensinar ciências/química a partir da experimentação, constitui-se algo essencial na formação inicial, visto que o licenciando começa a ocupar o lugar do professor, ou seja, o lugar de quem ensina, que se torna diferente de sua própria posição de acadêmico, o lugar de quem aprende. Durante o curso de licenciatura, os estudantes aprendem muitos conceitos científicos com a realização de práticas experimentais, ou seja, possuem o contato com os laboratórios de ciências/química, o que possibilita situações de aprendizagens significativas, mas sempre na posição de aprendiz, de quem aprende, o que constitui uma experiência totalmente distinta, diferente da posição de professor, aquele que ensina por meio de experimentos. Assim, constatou-se que essa mudança de lugar, de quem aprende para o lugar de quem ensina, se tornou um diferencial no processo de formação inicial. Os acadêmicos não só aprenderam para si conceitos que até então não estavam elucidados, mas também, começaram a entender e buscar mediar esses conceitos de forma mais significativa aos seus alunos. Conclui-se por meio dessas observações que a PeCC é um <em>lócus</em> de formação singular, que possibilita além da articulação dos conhecimentos específicos e pedagógicos, a articulação dos conhecimentos teóricos e práticos, essenciais a formação como um todo. &nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11549 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO DE AVES NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2019-07-27T12:38:53-03:00 Michele Santa Catarina Brodt michele.brodt@iffarroupilha.edu.br Gabriel Brutti gabrielbrutti@hotmail.com <p>O ser humano necessita ter experiências em meio a natureza. Uma vida desconectada do mundo natural, podem levar a um conjunto de doenças físicas e mentais. Sendo assim, incluir atividades ligadas ao meio ambiente no processo escolar, melhora a capacidade de aprendizagem do aluno dentro do ensino. O presente resumo relata a experiência do projeto ‘’ENTRE NÓS’’ na Escola de Ensino Infantil Curumim, com a turma do Jardim A, localizada na cidade de Santa Rosa, noroeste do estado do Rio Grande do Sul. O nome “ENTRE NÓS’’ vem justamente da Exposição fotográfica das aves, abrangendo ao total 23 espécies nativas da região. A exposição carrega consigo o intuito de mostrar a grande biodiversidade da avifauna do noroeste do RS, que nos cerca e que muitas vezes passam despercebidas pelos leigos. Com este intuito, o objetivo principal foi ofertar a educação ambiental informal através da observação de aves, canalizando tais atividades, como vínculo da sustentabilidade e outros temas transversais que envolvem a temática ambiental para serem desenvolvidas ao longo do semestre. A fim de contribuir com o desenvolvimento integral das crianças em suas infâncias, a escola pode estabelecer um ambiente onde a criança interaja e troque conhecimento a partir de sua realidade. Participaram do projeto o total de vinte crianças, na faixa etária de três anos, a metodologia das atividades foram todas adaptadas para serem desenvolvidas pela turma, sendo que as oficinas são oferecidas uma a cada quinze dias, no turno da tarde, com duração de aproximadamente 40 min cada uma. Os primeiros encontros foram realizados dentro da sala de aula, com finalidade de ter um maior envolvimento e estabelecer vínculos com a turma para ofertar as futuras práticas fora da sala. Assim, as crianças tiveram contato direto com diversos materiais relacionados a observação e identificação da avifauna: - guias de identificação, - vocalização das aves, - fotografia de tais espécies, - binóculos para observá-las no entorno da escola. Todas as aulas tiveram direcionamento básico a partir da problematização do “como observar”, que envolve o desenvolvimento integral da criança indo além do olhar, envolvendo a escuta, a atenção, a curiosidade, fazendo com que a criança se sinta inserida em meio a natureza, se sentindo pertencente tanto ao local, quanto com a atividade que está sendo realizada. As crianças também confeccionaram seus próprios instrumentos para a observação, como binóculos de materiais recicláveis, preparando-os para as futuras saídas a campo para realizar a observação de aves. Através da prática, as crianças analisaram os diferentes ambientes e os graus de impactos antrópicos que apresentam. Também observaram e compararam as espécies de aves que elas encontraram no entorno da escola e em um pequeno fragmento florestal próximo a mesma, podendo observar não somente a avifauna que ali habita, mas sim, a natureza como um todo. Portanto, este projeto oportunizou que as crianças desenvolvessem não só, apenas uma aproximação com a natureza, produzindo encantamentos e novos entendimentos de mundo, de uma forma simples, mas da coletividade e a importância de se trabalhar em equipe.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11652 CONTRIBUIÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS NO DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO EMANCIPATÓRIO 2019-07-27T12:38:53-03:00 Adão Eurides de Souza Filho adamfilho@hotmail.com Vidica Bianchi vidica.bianchi@unijui.edu.br Anelise de Oliveira Rodrigues anerodrigues0202@gmail.com <p>O presente artigo tem como objetivo apresentar aspectos teóricos e reflexões, oriundas de um trabalho investigativo relacionado com as tecnologias digitais, vinculadas ao currículo emancipatório. O uso de tecnologias digitais na educação é um assunto recorrente e o conjunto de recursos tecnológicos que proporcionam esses novos modos de interação chamamos de TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação). Como TICs compreendemos o uso de computador, <em>tablet</em>, celular, <em>smartphone</em> ou qualquer outro dispositivo que permita a navegação na internet. Estes podem auxiliar ao processo de ensino e aprendizagem quando utilizado de forma estratégica na reestruturação do currículo emancipatório. Para a elaboração desse trabalho foi considerado o estado do conhecimento sobre essa temática. Assim, num primeiro momento, foi constituído de uma análise exploratória. Nesse processo, busquei fazer uma síntese integrativa do conhecimento sobre tecnologia e currículo no processo de ensino e aprendizagem. A busca realizada em periódicos do CAPES com os descritores “Currículo” e “Tecnologia” configurou um total de 2.486 resultados. Devido à enorme quantidade a pesquisa foi refinada, selecionada a opção para mostrar apenas artigos, configurando um total de 2.388 artigos. Também refinado entre os anos de 2013 até 2018 para artigos recentes, configurou um resultado de 1.264 artigos. Lendo apenas os títulos foi percebido que uma grande quantidade não contemplava o assunto da pesquisa. Então foi refinada a busca com os descritores, “Currículo”, “Tecnologia” e “Professores”, o resultado da busca configurou um total de 762 artigos, os quais foram lidos os resumos e descartados os mais distantes da pesquisa. Na leitura realizada dos resumos a fim de encontrar os que tinham maior foco na pesquisa, chegou-se a um total de 10 artigos. Realizando um aprofundamento da análise dos artigos, três destas publicações estudadas conseguiram se conectar com os autores de currículos. Para isso, discutimos sobre a inserção de tecnologias como ferramenta na construção de aprendizagens significativas no currículo, bem como refletimos acerca do currículo escolar. Assim, sugerindo o trabalho interdisciplinar como uma possibilidade de diálogo na construção de saberes. A importância da qualificação dos professores durante sua formação para garantir um currículo com tecnologias digitas e formando cidadãos emancipados.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11550 CURRÍCULO E LETRAMENTO CRÍTICO: A RELAÇÃO LOCAL E GLOBAL NA SALA DE AULA DE LÍNGUA ESPANHOLA 2019-07-27T12:38:54-03:00 Roberta Kolling Escalante rokolesc@gmail.com Cássia Solano Machado solanocassia@gmail.com <p>O objetivo deste trabalho é relatar as práticas de ensino adotadas em uma turma de língua espanhola do 1º ano do Ensino Médio do Programa Residência Pedagógica (PRP) tendo como conceito norteador curricular o Letramento Crítico. À luz de uma perspectiva teórica que compreende a linguagem como prática sociocultural, o Letramento Crítico concebe o conhecimento como algo ideológico, não sendo visto como natural ou neutro, sendo baseado nas regras discursivas de cada comunidade. Nesse sentido, a “verdade” relaciona-se com a realidade, ou seja, é entendida dentro de um contexto localizado e o sentido atribuído ao texto é múltiplo e precisa ser percebido nas relações de poder, com vistas ao desenvolvimento da consciência crítica do aluno. Outro aspecto relevante diz respeito a discussão de um modelo de currículo preocupado com os valores daquilo que é global e do que é local, isto é, a elaboração do planejamento curricular tem como ponto de partida a escola como instância mais local (regional, interior, de uma comunidade), a fim de garantir um senso mínimo de pertencimento e engajamento com o todo (global – universal, exterior), o que resulta na relativização de duas formas de construção de mundo. Como exemplo, apresenta-se como proposta temática ‘a voz das mulheres’, na qual através de gêneros discursivos como manchetes de jornais e canção discute-se questões de identidades e representações femininas e masculinas, além da igualdade e violência de gênero em âmbitos como o esporte, a profissão, entre outros. Nota-se por meio dessas definições, que o olhar crítico resulta em ultrapassar o status quo, desconstruindo uma visão única dos papeis estabelecidos socialmente, o que indica a relevância do trabalho de Letramento Crítico no comprometimento com a expansão do conhecimento de mundo dos alunos em atividades de leitura, comunicação oral e prática escrita. Por fim, a relação entre local e global&nbsp; permite a motivação e participação dos alunos em tópicos de cunho social, no exercício de construção de sentidos das dimensões individual, comunitária e global, de modo a vinculá-las e, sobretudo, analisá-las em suas semelhanças e diferenças.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11610 DA NECESSIDADE DO DEBATE SOBRE O LUGAR E O SENTIDO DA UNIVERSIDADE NO MUNDO ATUAL 2019-07-27T12:38:54-03:00 Franciele Mirian da Rocha fmr.psico@hotmail.com Débora da Silva Ferreira debora_s_ferreira@hotmail.com Walter Frantz wfrantz@unijui.edu.br <p>Este trabalho é fruto de reflexões realizadas por meio de pesquisa bibliográfica e tem por objetivo discutir o lugar e o sentido da universidade no mundo atual. Sabe-se que a universidade é um local no qual se produz conhecimento. Esta é a função que foi socialmente construída e afirmada por mais de dois séculos no que podemos pensar por modernidade. A ciência, nesse viés, sendo uma espécie de Deus, é inquestionável e tudo pode. Porém, não é aceitável a concepção de que os cientistas sejam cânones, entidades superiores às quais se deva inteira adoração. Na verdade, são pessoas que (supostamente) trabalham a serviço da sociedade, pelo bem comum, analisando problemáticas e propondo debates e soluções junto à comunidade humana. Porém, a universidade que se produziu no paradigma moderno está em crise, devido as suas tendências industriais, excludentes e de uma educação que atende aos padrões da globalização neoliberal. Neste meio, os sujeitos modernos se assujeitam aos modos de produção capitalista, pois é mais cômodo, poupando-os da condição/responsabilidade de serem sujeitos de sua própria história. Desponta a necessidade de uma educação reconstruída a partir da releitura dela mesma, tendo em vista as experiências do passado, as oportunidades do presente e o futuro que queremos. Neste ínterim, percebe-se a importância do desconforto gerado pela tomada de consciência das questões da universidade, o que também diz respeito à educação e à ciência. Novas demandas são criadas diariamente e os sentidos e funções da universidade devem ser revistos e revisitados a fim de trazer à baila questionamentos pertinentes ao período em que se vive. Quem está “do lado de dentro dos muros” da universidade tem o dever de, primeiramente, derrubá-los, e, também, buscar soluções para velhos problemas, duvidar daquilo que está posto, convidar a comunidade a participar do diálogo. Por outro lado, dizer que vivemos na era da informação pode muitas vezes trazer a ideia de que a disseminação dos saberes transita democraticamente pelos grupos sociais. Sabe-se que a acessibilidade do conhecimento não é disponibilizada a todos, e em diversos momentos isso é intencional. Conhecimento é poder, no sentido de que abre possibilidades, e não como produção de dominação. Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido (1987), aborda o medo da liberdade, do perigo da conscientização, mostrando que muitos consideram o conhecimento um gatilho para a desordem social. Porém, é de se pensar que se, na história brasileira o povo tivesse acesso ao saber e à participação nos diálogos, a crise moral e política que se instaura hoje não seria tão grave. Sendo assim, pode-se dizer com bastante clareza que, sendo o conhecimento uma relação social argumentativa, seu acesso deve estar disponível a todos. Isso pressupõe que se coloque em questão que tipo de universidade queremos para o futuro e o que estamos fazendo para a realização deste projeto.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11498 DESAFIOS DA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE 2019-07-27T12:38:54-03:00 Sandra Maria Wirzbicki sandra.wirzbicki@gmail.com Barbara Grace Tobaldini de Lima barbara.lima@uffs.edu.br <p>A prática de estágio curricular supervisionado na formação de professores tem como finalidade proporcionar ao aluno de licenciatura uma vivência com a realidade escolar, assumindo a postura de futuro professor. É a partir do estágio que os licenciandos tem a oportunidade de vivenciar o exercício da docência como experiência pedagógica que articula relações conceituais e práticas do contexto escolar com as aprendidas durante o processo formativo na reconstrução de formas apropriadas para atuação docente. Com o intuito de problematizar acerca das vivências dos contextos formativos de ensino de Ciências/Biologia, a experiência aqui relatada trata de propor reflexões acerca das vivências que acompanham os licenciandos (do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS – <em>Campus</em> Realeza), matriculados em uma turma da 9 ª fase no componente de Estágio Curricular Supervisionado em Biologia II, que objetiva “Vivenciar o exercício da docência como experiência pedagógica que articula relações conceituais e práticas do contexto escolar e as aprendidas durante o processo formativo na reconstrução de formas apropriadas para atuação docente”. Para isso, durante algumas aulas proporcionou-se a discussão dos seguintes itens: a) identidade e profissionalização docente; b) ressignificação da prática pedagógica e dos conteúdos científicos e escolares; d) reflexões sobre as situações comuns à prática pedagógica. Referente ao período de observação os licenciandos citaram a diversidade presente em sala de aula no que se refere a aprendizagem de alunos com Transtorno do Déficit de Atenção, Hiperatividade, ou outros distúrbios, o julgamento dos professores sobre alunos que são considerados como “problemáticos”, o descaso de alguns professores com o planejamento/andamento das aulas, bem como, o próprio desinteresse de alunos. A partir da vivência, os licenciandos analisaram que quando o professor adotava estratégias orientadas pela interação, os alunos participavam mais das aulas do que nos momentos em que não havia orientação do professor para as atividades. Esses depoimentos despertaram nos licenciandos algumas inquietações e até mesmo ‘revolta’ no sentido de que os professores inseridos na escola nem sempre cumprem com a tarefa de ensinar. As situações vivenciadas por eles remetem para a necessidade da perspectiva de ensino almejada: dedicação exclusiva dos docentes, planejamento, relações entre conhecimentos científicos e cotidianos, diversidade de estratégias didáticas, dentre outros elementos que podem constituir uma necessária mudança no ensino. Em relação à regência, os mesmos fizeram referência às diferenças comportamentais e de interação com os estudantes construídas na observação, e, um planejamento voltado as vivências/curiosidades que podem ter influenciado na participação dos alunos. As experiências em sala de aula permitiram identificar os limites e as potencialidades do contexto escolar atual, bem como identificar e vivenciar as articulações e aproximações do trabalho realizado no curso de licenciatura com a sala de aula da educação básica. Situações como as sinalizadas por eles são indicativos de outros saberes e necessidades formativas que os futuros professores de Ciências e Biologia podem se deparar no exercício da profissão docente. Ao reconhecer a necessidade da reflexão crítica, propicia-se a construção de novas percepções sobre a docência, tanto para os licenciandos, quanto para as professoras do componente.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11651 EJA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA EM UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA: CONTRIBUIÇÕES DO CURRÍCULO INTEGRADO À FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE 2019-07-27T12:38:54-03:00 Sylvia Messer sylvia.messer@iffarroupilha.edu.br Cátia Keske catia.keske@iffarroupilha.edu.br Fabiana Lasta Beck Pires fabiana.pires@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho descreve analiticamente uma Prática enquanto Componente Curricular ofertada no sétimo semestre da Licenciatura em Química do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) <em>Campus</em> Panambi. Nomeada Prática Pedagógica VII, enquanto componente curricular, articula as disciplinas de Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos e Estágio Curricular Supervisionado em Química no Ensino Médio I por meio do tema Ensino de Química no PROEJA. A proposta consiste no planejamento, desenvolvimento e análise reflexiva de uma intervenção pedagógica junto ao Curso Técnico em Edificações Integrado PROEJA, também ofertado pela referida instituição. Na ação de planejar, o desafio inicial é (re)conhecer o sujeito jovem e adulto do PROEJA quanto as suas singularidades socioculturais, cognitivas e psicoafetivas, <em>pari passu </em>à compreensão do currículo organizado por áreas do conhecimento. Para tanto, além de leituras e estudos de teorizações quanto às temáticas encerradas na discussão, o grupo de licenciandos(as) é orientado a elaborar e desenvolver um questionário ou entrevista semiestruturada com a turma na qual desenvolverá a atividade prática e interage com professores que atuam no referido curso de PROEJA, momento significativo dada a possibilidade de diálogo entre docentes da educação básica (professores do Técnico em Edificações, da Física, das Ciências Biológicas e da Química), em formação inicial (licenciando(as) em Química) e formadores (professores das disciplinas envolvidas). No primeiro semestre do ano de 2018, os professores responsáveis pela área Ciências da Natureza no Técnico em PROEJA desenvolveram o projeto “Casa Sustentável” e, ao compartilhar o planejamento, lançaram à turma de PeCC VII o segundo desafio: abordar conteúdo de Química no contexto da sustentabilidade na construção civil. A partir disso, organizados em quatro grupos, os(as) licenciandos dispuseram-se ao exercício da pesquisa, reconhecendo que era necessário saber para além da Química para propor uma atividade que, dada a exigência dos professores formadores, fosse pautada pelos princípios da relação teoria e prática e da interdisciplinaridade. As proposições visualizadas incluíram recursos e metodologias alternativas, tendo como objeto de estudo tijolo solo-cimento e reciclagem e impacto ambiental do alumínio e sistematizadas em Planos de Aula. Realizadas com turmas de 2º e 3º anos, as práticas, conforme o relato dos(as) licenciandos(as), suscitaram <em>reflexão na ação</em>. Ao analisar a experiência vivida, indicaram que no momento da prática tanto reorganizam procedimentos metodológicos quanto reelaboraram seus conhecimentos, em especial pelos questionamentos e declarações feitas pelos jovens e adultos alunos do PROEJA. Na sequência, foram provocados a <em>refletir sobre a ação</em>, por meio de escrita de relatos reflexivos. Para além do espaço-tempo da PeCC VII, alguns grupos desafiaram-se a <em>refletir sobre a ação-reflexão</em>, compartilhando em eventos acadêmicos-científicos suas vivências. Partindo dessa descrição, o presente trabalho defende o potencial formativo das práticas pedagógicas nos cursos de licenciatura. Pautadas teoricamente em autores como Donald Schön, para desenvolver a ideia de professor reflexivo, e de Marta Kohl Oliveira, Miguel Arroyo, Gaudêncio Frigottoe Marise Ramos quanto à EJA e à EPT, o objetivo é analisar por meio de Análise Textual Discursiva (ATD) dois relatos de experiência publicados por licenciandos(as) da PeCC VII da Licenciatura em Química do IFFar <em>Campus </em>Panambi.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11611 USO DO MAPA CONCEITUAL COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO: UM RELATO DE OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA. 2019-07-27T12:38:55-03:00 Candida Maria Maciel dos Santos candida.santos@iffarroupilha.edu.br Jaqueline Dutra de Oliveira jaqueline.oliveira@iffarroupilha.edu.br Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Renato Xavier Coutinho renato.coutinho@iffarroupilha.edu.br <p>O artigo relata uma experiência de observação, em sala de aula, de prática pedagógica com a utilização de Mapas Conceituais em uma turma do terceiro ano do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado, na disciplina de Biologia, conteúdo de bactérias, do Campus São Vicente do Sul – IFFar. Na prática em questão, após a explanação do conteúdo e realização de atividades com o uso de massa de modelar, aliada a uma experiência anterior em laboratório, na qual os alunos coletaram bactérias e as cultivaram em estufa por 7 dias a uma temperatura de 37ºC, eles fizeram uso de produtos no laboratório, nas placas com as bactérias que supostamente seriam efetivas no combate às mesmas. Após a aplicação dos produtos e novo armazenamento das placas na estufa, a turma retornou para a sala de aula, ocupando seus lugares nas classes. Nesse momento a professora falou sobre o assunto e solicitou a elaboração de um mapa conceitual com o conteúdo estudado. Pode-se perceber que o uso de mapas conceituais são uma ferramenta de uso habitual no contexto em que esses alunos estão inseridos, pois nenhum demonstrou estranhamento em relação ao pedido e imediatamente atenderam à solicitação, buscando o conteúdo em seus cadernos, celulares ou notebook’s, elementos que são de livre uso durante essas aulas. Os mapas conceituais se destacam como uma ferramenta importante no processo de ensino e aprendizagem em todos os níveis de ensino e a teoria que está por trás dessa metodologia é a teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel. O uso de mapas conceituais como instrumentos de aprendizagem no ensino médio integrado sugere uma postura que difere das atividades habituais em sala, onde o professor se utiliza basicamente do quadro ou de data-show, gerando, assim, na maior parte, atividades executadas pelos alunos em seus cadernos. Ao realizar a atividade da criação de um mapa conceitual o aluno sai da sua zona de conforto e busca o conteúdo discutido em sala de aula. Assim, ao buscar o conteúdo, haverá uma fixação menos mecânica e com a participação efetiva do aluno no aprendizado. Dessa forma, observou-se que a elaboração do mapa conceitual proporciona uma melhor fixação dos conceitos que os estudantes já haviam internalizado sobre o assunto debatido anteriormente. É uma importante ferramenta que lhes auxiliará na organização e seleção do conteúdo que deverá ser estudado para a prova, momento em que o mapa organizado por eles mesmos poderá ser consultado.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11505 CYRO MARTINS E CHARLES KIEFER NO CONTEXTO DO CURRÍCULO INTEGRADO NO IFFAR: ANÁLISES A PARTIR DA LÍNGUA PORTUGUESA, LITARATURA BRASILEIRA, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA E HISTÓRIA 2019-07-27T12:38:55-03:00 Kelly de Fatima Castilho kelly.castilho@iffarroupilha.edu.br Jéssica Maria Rosa Lucion jessica.lucion@iffarroupilha.edu.br Maria Aparecida Lucca Paranhos maria.paranhos@iffarroupilha.edu.br <p>Este estudo objetiva analisar uma proposta de uma ação integrada em um contexto de ensino e aprendizagem com vistas à ampliação da formação integral dos alunos. Entende-se que a escola e o currículo podem ser instrumentos de controle social e a composição de um currículo integrado, com elementos da cultura próxima ao aluno, mediada pela literatura, favorece o processo de humanização, socialização e formação de sujeitos autônomos. Os conhecimentos de diferentes componentes curriculares dão suporte para resolver problemas concretos e complexos que exigem compreender fenômenos sob diferentes olhares. Nesse contexto, intensificou-se o contato dos alunos do terceiro ano do curso técnico integrado em Agricultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia Farroupilha, <em>campus </em>Santo Ângelo, com textos literários que abordam problemáticas locais, numa relação com o universal. Estabeleceram-se discussões da Língua Portuguesa e Literatura Brasileira com outras componentes curriculares, como a História, Sociologia e Filosofia. A partir da leitura de obras de Cyro Martins, da “Trilogia Gaúcho a pé”, foram propostas questões sobre o Modernismo brasileiro, mas também sobre aspectos sociológicos, antropológicos, filosóficos que permeiam a obra. Da mesma forma, foram feitas análises a partir da leitura do livro "Quem faz gemer a terra", de Charles Kiefer. Considerou-se para a elaboração dessas propostas, os conceitos de cultura e identidade uma vez que se acredita que a relação com tais ideias promove a significação dos conteúdos trabalhados, em especial a leitura e a escrita. Além destes, em filosofia foram abordadas as questões existenciais que permeiam a vida dos personagens. A literatura, assim como outras linguagens artísticas e culturais, é instrumento de percepção e entendimento da vida cotidiana e dos costumes, dos pensamentos e mudanças sociais. Nesse sentido, pode ser usada como recurso nas aulas de sociologia, filosofia e história para se compreender a realidade social. Nessa perspectiva, trazemos três contextos em que se envolveram, além da disciplina de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, outras disciplinas da área básica e da área técnica. Apostamos na ideia de estudar um mesmo objeto de conhecimento sob diferentes óticas, obtendo, assim, uma compreensão mais ampla. Buscamos, ainda, superar a fragmentação entre o trabalho intelectual e o trabalho manual, uma vez que consideramos de fundamental importância à formação integral dos sujeitos. Evidencia-se que os alunos se apropriaram de informações, repensaram questões culturais e ampliaram de forma considerável as competências em leitura e escrita.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11522 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: ANÁLISES DO PROCESSO FORMATIVO POSSIBILITADO POR OBSERVAÇÕES DE AULA 2019-07-27T12:38:55-03:00 Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br Cláudia Maria Costa Nunes claudia.nunes@iffarroupilha.edu.br Elizangela Weber elizangela.weber@iffarroupilha.edu.br Lucilaine Goin Abitante lucilaine.abitante@iffarroupilha.edu.br Julhane Alice Thomas Schulz julhane.schulz@iffarroupilha.edu.br Analice Marchezan analice.marchezan@iffarroupilha.edu.br <p>Esta produção apresenta algumas discussões sobre aspectos intrínsecos à formação inicial de professores decorrentes de percepções a partir dos estágios curriculares supervisionados do curso de Licenciatura em Matemática, de uma instituição do noroeste do estado do RS. Considerando que o estágio curricular supervisionado oportuniza aos licenciandos o primeiro contato com o universo das escolas de Educação Básica a partir da análise em loco das vivências com os alunos em sala de aula, buscou-se evidenciar as aprendizagens construídas pelos licenciandos no Estágio Curricular Supervisionado I com vistas à constituição profissional docente. Cabe salientar que os estágios curriculares supervisionados perfazem 400 (quatrocentas) horas conforme Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, Resolução nº 48/2010 do Conselho Superior e Resolução 13/2014, distribuída entre os semestres do Curso. Todavia, as análises em questão se referem às produções do Estágio Curricular Supervisionado I, o qual se desenvolveu no 5º semestre do referido Curso. Para as análises foram utilizados alguns excertos das escritas dos licenciandos produzidas nos relatórios de observações de&nbsp;aula de Matemática, realizadas em turmas dos anos finais do Ensino Fundamenta l.<br>Entende-se a importância de estudar a contribuição desta prática com significativa carga<br>horária na organização curricular das Licenciaturas e na formação inicial de professores<br>de Matemática e suas implicações no processo de constituição deste profissional, bem<br>como as aprendizagens que a ele são proporcionadas. O presente trabalho embasou-se em<br>autores que discorrem sobre tal temática, como Pimenta (2012), Zabalza (2014), Marques<br>(2006), bem como nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2001) entre outros. Dessa<br>forma, evidenciou-se que este momento da formação é de extrema importância, visto que<br>os licenciandos demonstraram em seus relatos a pertinência existente entre a teoria<br>desenvolvida no curso de Licenciatura e a prática observada em sala de aula, bem como<br>a materialização das temáticas estudadas e discutidas durante a graduação, se constituindo<br>como um momento de testar, comprovar teorias e reformular conceitos, relações estas<br>que contribuem para a construção da identidade profissional.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11650 Processos de aprendizagem dos alunos do Curso Técnico Integrado em Agropecuária: mediações pedagógicas no contexto da EPT 2019-07-27T12:38:56-03:00 Marcele Homrich Ravasio marcele.ravesio@iffarroupilha.edu.br Tatiana Rosa da Silva tatiana.silva@iffarrroupilha.edu.br <p>A pesquisa vai investigar a problemática das dificuldades de aprendizagem<br>dos alunos do Curso Técnico Integrado em Agropecuária no contexto da Educação<br>Profissional e Tecnológica (EPT). Pressupõe-se que é uma temática muito atual e<br>importante que necessitaria ainda de muitos estudos e reflexões. Ainda, o tema da<br>pesquisa se justificaria pela maneira diferenciada de compreender as questões da<br>aprendizagem na conjuntura do ensino médio integrado. E por considerar os alunos<br>como possuidores de conhecimentos, considerando a importância do meio social no<br>contexto de aprendizagem. O objetivo geral seria a apresentação de hipóteses sobre as<br>dificuldades de aprendizagem dos alunos e as mediações pedagógicas realizadas pela<br>instituição. A abordagem metodológica utilizada foi à qualitativa para descrever a<br>complexidade dos fenômenos educacionais. Tal metodologia possibilitaria uma análise<br>detalhada das peculiaridades da instituição de ensino, a fim de promover mudanças nos<br>sujeitos do processo de aprender. Os tipos de pesquisas desenvolvidas foram: a<br>bibliográfica e a pesquisa ação. A primeira permitiria ao pesquisador utilizar-se de<br>fontes variadas, sem ter a necessidade de se deslocar para obter dados diretamente na<br>fonte. Já a segunda seria válida como estratégia para aprimorar ou desenvolver práticas<br>de aprendizagem, ou seja, a pesquisa ação vai se aprimorar na prática e também<br>investigá-la. Os instrumentos de coleta de dados para a realização deste trabalho foram:<br>as fichas documentais é o questionário. A análise de dados proposta seria a Análise<br>textual discursiva, proposta por Roque Moraes e Maria do Carmo Galiazzi. Sendo uma<br>análise que se utilizaria da escrita como instrumento mediador na construção de<br>significados. Neste contexto, ela realizaria a inter-relação entre as falas dos alunos e os<br>diversos sentidos da cultura, da sociedade e de como produziríamos e reinventaríamos o<br>mundo. Portanto, o trabalho ainda está em andamento, tendo a pretensão de se elaborar<br>um produto educacional. O qual seria a construção de Roteiros de Estudos com os<br>alunos do Curso Técnico Integrado em Agropecuária.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11612 IDENTIDADE E DIFERENÇA NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO A PARTIR DOS ANAIS DA ANPEd 2019-07-27T12:38:56-03:00 Kelly Karine Kreuz kelly.kkk@hotmail.com Fabiane de Andrade Leite fabianeandradeleite@gmail.com Neusete Machado Rigo neusete.rigo@uffs.edu.br <p>A discussão acerca da identidade e da diferença no currículo da educação básica é necessária para construção de escolas inclusivas que promovam uma educação que respeite as diferentes identidades e as diferenças de raça, credo, gênero, sexo e modos de pensar. Nesse sentido, empreendemos um estudo bibliográfico para compreender como identidade e diferença estão sendo discutidas no currículo da educação básica. Como objeto de investigação utilizamos os ANAIS da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) da 31ª (2008) a 38ª (2017) edições, que são produtos de reuniões nacionais. Cabe destacar que nessas reuniões são discutidos temas relacionados ao desenvolvimento da Ciência, da Educação e da Cultura, e todos os trabalhos são organizados em Grupos de Trabalho (GT). Como foco deste estudo buscamos os trabalhos apresentados no GT Currículo (GT12). O filtro de pesquisa para a seleção dos trabalhos foi a presença no título das seguintes palavras: identidade, diferença, diversidade, muticulturalismo e cultura. Nessa busca identificamos 21 trabalhos que apresentavam os descritores escolhidos, com exceção da 33ª edição, realizada em 2010, que não estava disponível no site. A partir da seleção inicial partimos para o processo de análise, para o qual os trabalhos foram lidos na íntegra e a busca ocorreu pelos objetivos dos 21 trabalhos. Por meio da leitura dos trabalhos identificamos que 11 trabalhos tinham aproximação com nosso eixo de pesquisa que é a importância do contexto da identidade e diferença no currículo, dos quais 2 são da 32ª edição, 1 da 34ª edição e 1 da 35ª edição, totalizando 4, que tratam do termo identidade. Dos que tratam sobre o tema da diferença identificamos 1 trabalho na 31ª edição e 1 na 38ª edição. Ainda, consideramos importante incluir trabalhos que envolvam as temáticas multiculturalismo, cultura e diversidade, por entender que há contribuições significativas destes para o foco da pesquisa. Assim, dos que abordam multiculturalismo temos 1 na 34ª edição. Dos que apresentam a temática da diversidade encontramos 1 na 31ª edição. E dos que discutem cultura temos 1 na 34ª edição, 1 na 35ª edição e 1 na 36ª edição, somando um total de 3 trabalhos. Os resultados quantitativos iniciais acenam que em determinadas edições do evento o assunto é mais debatido em detrimento de outras, o que pode instigar novas pesquisas na área. Assim, compreendemos que estas temáticas são pertinentes para a construção de um currículo contemporâneo e as discussões que as edições da ANPED estão apresentando são significativas por se tratar de um dos maiores eventos de discussão do currículo em nível nacional, no Brasil.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11613 OS EFEITOS DO CONGELAMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 2019-07-27T12:38:56-03:00 Letícia Ramalho Brittes leticia.brittes@iffarroupilha.edu.br Adriana Clarice Henning adrianahenning@gmail.com <p>No ano de 2016 foi aprovada a EC 95 (Emenda Constitucional nº 95), também conhecida como Novo Regime Fiscal. Essa emenda constitucional tem por objetivo limitar os gastos públicos pelos próximos 20 anos, ou seja, até 2036, abrindo possibilidade de revisão após 10 anos de implantação. Sendo assim, a maior parte dos gastos do governo será reajustada, no máximo, pelo índice de inflação do ano anterior. Ao congelar o aumento real de investimentos em educação, corre-se o risco de afetar a qualidade do Ensino ofertado e a própria universalização do acesso ao ensino básico completo. Tendo em vista que o ensino básico ainda não é universal e que a população aumenta a cada ano, na prática, essa política representa uma retração na abrangência dos jovens em idade escolar, ou, na melhor das hipóteses, supre-se a necessidade de vagas, mas com o comprometimento da qualidade do ensino. Considerando o vulto de uma política como a efetivada pela EC 95, torna-se fundamental realizar um estudo que mapeie os reais impactos do Novo Regime Fiscal na educação. Os Institutos Federais representam um salto qualitativo na educação brasileira em termos de estrutura física, laboratórios, recursos para atividades práticas e bolsas de ensino/pesquisa/extensão. No entanto, para manter estas condições favoráveis ao ensino de qualidade é necessário que haja investimento público suficiente, a EC 95 limita estes, podendo comprometer a manutenção destes espaços. Buscando analisar os efeitos que a EC 95 poderá provocar no ensino médio integrado da educação profissional e tecnológica, este estudo será realizado através de uma abordagem qualitativa, utilizando de entrevistas semiestruturadas. Optou-se por delimitar o foco dessa análise no âmbito do Instituto Federal Farroupilha Campus Santo Ângelo, considerando sua oferta de ensino médio integrado. As entrevistas semiestruturadas, serão realizadas com gestores, docentes e técnicos administrativos, no intuito de captar suas concepções em relação ao tema pesquisado. Entender como estes sujeitos se veem afetados por uma política tão relevante é fundamental para mostrar como as hipóteses formuladas teoricamente e as constatações no nível macro se manifestam em uma Instituição específica, que é onde ocorre o ensino propriamente. Os objetivos do estudo contemplam analisar os efeitos do congelamento dos gastos públicos no ensino médio integrado da educação profissional e tecnológica, a pesquisa ainda não possui resultados a serem finais mas pela revisão bibliográfica feita até o momento constata-se que os efeitos na Educação como um todo são bastante preocupantes.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11614 EDUCAÇÃO PÚBLICA POPULAR ENQUANTO ESTRATÉGIA DE EMPODERAMENTO DAS CLASSES POPULARES 2019-07-27T12:38:56-03:00 Maickelly Backes de Castro maai_backes@hotmail.com Hedi Maria Luft hedi@unijui.edu.br <p>O estudo tem por objetivo compreender a Educação Popular enquanto estratégia de empoderamento das classes populares. A partir do pensamento freireano, reconhecer princípios de ação que têm as contribuições para a vida dos indivíduos, tendo no horizonte a construção de uma sociedade menos desigual. Metodologicamente a investigação caracteriza-se como bibliográfica e exploratória. O legado intelectual, cultural, político-pedagógico de Paulo Freire se constitui como importante referência para repensarmos a educação e o contexto social na perspectiva do campo popular, ainda mais considerando a conjuntura atual na sociedade brasileira e latino-americana, marcada fortemente pelo revigoramento das ideias e práticas liberais no campo econômico e político. Vivemos em um contexto social e histórico alicerçado em tradições e princípios que fundamentam uma sociedade muito desigual, caracterizada pela dominação e manipulação de interesses patronais em detrimento da população em geral. Por isso, da atualidade, de fazer indagações sobre a educação pública popular, como contraponto a esta investida conservadora dos interesses da classe dominante no campo da economia, da política e em consequência, também na educação. Neste aspecto urge sejam repensados os currículos e as práticas educativas nas escolas, a fim de dar respostas mais humanas, às novas exigências que se apresentam na atualidade. É aí que temos a oportunidade de identificar as boas práticas neste meio educacional, mas também analisar se estas mesmas práticas engendram, efetivamente, um currículo na perspectiva popular. A problemática da pesquisa surge a partir das experiências na docência da Educação Básica, partindo da hipótese que, não há clareza sobre o popular, nas possibilidades de um projeto de educação para o popular. Por isso, justifica-se a realização do estudo pela importância de repensar as práticas educativas e se as mesmas compreendem e viabilizam uma prática que atende as dimensões e necessidades populares. No Brasil a educação pública, é uma realidade para todos no campo formal, legal. Entretanto na prática, uma análise do contexto histórico evidencia que as ideologias, os princípios e o caráter desta forma de ampliação da educação que a “escola para todos” propalada, na verdade deixa a margem um significativo contingente de sujeitos das camadas populares. Embora tenhamos compreensão da evidência de um novo paradigma para a sociedade, os velhos modelos educacionais ainda perduram dentro de um sistema educacional que implora por mudanças nas atitudes e ações docentes e discentes com vistas a acompanhar o processo de remodelação pelo qual passa a sociedade em transição.&nbsp; Por isso, apostamos em estudos de clássicos brasileiros como Freire, pois representa uma potência animadora de um fazer político-pedagógico de formação libertadora, identificado com as causas democráticas, includentes e de justiça social.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11615 SUSTENTABILIDADE: AS PRIMEIRAS PERCEPÇÕES A PARTIR DE UM PROJETO PEDAGÓGICO 2019-07-27T12:38:57-03:00 Rosiclei de Siqueira Camargo Rosiclei.Camargo@iffarroupilha.edu.br Neiva Maria Frizon Auler n.auler@iffarroupilha.edu.br Vantoir Roberto Brancher vantoir.brancher@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho apresenta uma reflexão acerca das concepções sobre sustentabilidade presentes em um projeto de curso de Ensino Médio Integrado, o Curso Técnico de Sistemas de Energia Renovável (SER), ofertado em um <em>campus</em> do Instituto Federal Farroupilha que, constitui-se parte da pesquisa de mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (PROFEPT). A problematização em torno da temática pode oferecer meios para ampliar as ações e compromisso com a Educação Profissional e Tecnológica, ofertada no âmbito dos Institutos Federais, considerando, assim, seu compromisso com o desenvolvimento local e a inclusão social e formação para a cidadania. O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) desse curso não apenas aborda a sustentabilidade como justificativa para sua criação, mas também define essa temática como proposta a ser trabalhada em diferentes disciplinas. Buscando atender tal objetivo, a metodologia utilizada foi uma pesquisa documental tendo como documento o Projeto Pedagógico de Curso do SER, considerando as ementas, o perfil do egresso e as referências bibliográficas indicadas no documento. Para análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva (ATD) delimitando como <em>corpus</em> da análise as informações contidas no Projeto do Curso, conforme já mencionadas. Os discursos presentes foram confrontados com as principais referências teóricas definidas pela pesquisa. De acordo com a&nbsp; análise preliminar, &nbsp;as concepções mais enunciadas (presentes no documento) referentes ao tema sustentabilidade estão relacionadas com: <strong>a viabilidade de manter as condições atuais de desenvolvimento</strong> sem propor mudanças nos paradigmas de consumo; <strong>maneira de conceber a natureza</strong>, que consiste, &nbsp;na manutenção das condições atuais sempre visando o bem estar do homem (antropocentrismo); <strong>meio ambiente como fonte dos recursos </strong>(visão utilitarista) e, com destaque o <strong>discurso da escassez. </strong>Conforme constatamos, a preocupação com a escassez dos recursos acontece em função de não poder manter as condições atuais de consumo e desenvolvimento, caso outras fontes não forem exploradas. &nbsp;Nesse sentido há uma demasiada preocupação com a falta de energia como propulsora do desenvolvimento (numa visão de crescimento econômico e para manter os níveis de consumo), não da vida, expressados na frase “pela existência de difi­culdades crescentes em manter os níveis de consumo atuais”. Este discurso tenta justificar a necessidade do curso e a utilização de energias renováveis para atender as demandas do mercado. A problematização desses discursos contribuirá para uma formação integral, reflexiva e, porque não dizer, contestadora, que permita a formação de cidadãos críticos, para que, através de suas práticas, possam tornar-se <strong>agentes transformadores</strong> da sociedade e do ambiente onde estão inseridos.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11649 EXPLORANDO A FUNÇÃO DO SEGUNDO GRAU ATRAVÉS DE EXPERIMENTO E DO KAHOOT 2019-07-27T12:38:57-03:00 Carolina Hilda Schleger carolina00chs@gmail.com Jeverton Iedo Dörr jevertonidorr@gmail.com Natasha Inês Buche natasha.inesb@gmail.com Tanise da Silva Moura silvatanise18@gmail.com Vanessa Volkweis Rodrigues volkweisvanessa@gmail.com Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br <p>A transposição didática realizada pelo professor sobre o conhecimento científico faz-se necessária, pois propicia a construção do conhecimento do aluno e o processo de aprendizagem, interligando a matemática, que é abstrata, com a realidade. Para tanto, foram desenvolvidas oficinas pelos acadêmicos do Curso em Licenciatura em Matemática, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), do Instituto Federal Farroupilha - <em>Campus</em> Santa Rosa, com alunos do 9° ano do Ensino Fundamental de uma Escola da rede pública do município de Santa Rosa/RS. As oficinas tiveram o objetivo de instigar e despertar o interesse dos alunos pela matemática através de atividades com metodologias diferenciadas como a investigação matemática, jogos, aliadas aos recursos tecnológicos, possibilitando a relação entre a Matemática e situações reais. Na oficina foi realizada uma atividade especial, mediante o experimento da trajetória de um foguete, com o intuito de explorar conceitos de função do segundo grau. As explorações matemáticas realizadas com esta atividade enfatizaram aos discentes a visualização contextualizada da representação gráfica da trajetória do foguete, facilitando a percepção no plano cartesiano, as raízes da função, o vértice, o ponto de máximo, e a representação algébrica da função de segundo grau representada pelo trajeto realizado pelo foguete. Na sequência utilizou-se um jogo online, o Kahoot, com perguntas relacionadas ao comportamento da função de segundo grau em relação aos seus coeficientes, suas representações gráficas e algébricas. Durante as oficinas buscou-se motivar os alunos a enfrentar suas dificuldades na interpretação, a desenvolver estratégias para resolver problemas matemáticos, além de enfocar o desenvolvimento do raciocínio lógico e do conhecimento. Pode-se constatar que estas atividades possibilitaram aos alunos construírem seu conhecimento ao mesmo tempo em que propiciaram momentos de oralidade e trabalho coletivo, através das discussões em grupo e apresentação dos resultados do experimento. Para os bolsistas a vivência proporcionou experiências sobre a atuação do professor, exigindo estabelecer diálogo entre conhecimentos teóricos, didáticos e metodológicos no processo de formação inicial.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11616 SUSTENTABILIDADE: AS PRIMEIRAS PERCEPÇÕES A PARTIR DE UM PROJETO PEDAGÓGICO 2019-07-27T12:38:57-03:00 Rosiclei de Siqueira Camargo Rosiclei.Camargo@iffarroupilha.edu.br Neiva Maria Frizon Auler n.auler@iffarroupilha.edu.br Vantoir Roberto Brancher vantoir.brancher@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho apresenta uma reflexão acerca das concepções sobre sustentabilidade presentes em um projeto de curso de Ensino Médio Integrado, o Curso Técnico de Sistemas de Energia Renovável (SER), ofertado em um <em>campus</em> do Instituto Federal Farroupilha que, constitui-se parte da pesquisa de mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (PROFEPT). A problematização em torno da temática pode oferecer meios para ampliar as ações e compromisso com a Educação Profissional e Tecnológica, ofertada no âmbito dos Institutos Federais, considerando, assim, seu compromisso com o desenvolvimento local e a inclusão social e formação para a cidadania. O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) desse curso não apenas aborda a sustentabilidade como justificativa para sua criação, mas também define essa temática como proposta a ser trabalhada em diferentes disciplinas. Buscando atender tal objetivo, a metodologia utilizada foi uma pesquisa documental tendo como documento o Projeto Pedagógico de Curso do SER, considerando as ementas, o perfil do egresso e as referências bibliográficas indicadas no documento. Para análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva (ATD) delimitando como <em>corpus</em> da análise as informações contidas no Projeto do Curso, conforme já mencionadas. Os discursos presentes foram confrontados com as principais referências teóricas definidas pela pesquisa. De acordo com a&nbsp; análise preliminar, &nbsp;as concepções mais enunciadas (presentes no documento) referentes ao tema sustentabilidade estão relacionadas com: <strong>a viabilidade de manter as condições atuais de desenvolvimento</strong> sem propor mudanças nos paradigmas de consumo; <strong>maneira de conceber a natureza</strong>, que consiste, &nbsp;na manutenção das condições atuais sempre visando o bem estar do homem (antropocentrismo); <strong>meio ambiente como fonte dos recursos </strong>(visão utilitarista) e, com destaque o <strong>discurso da escassez. </strong>Conforme constatamos, a preocupação com a escassez dos recursos acontece em função de não poder manter as condições atuais de consumo e desenvolvimento, caso outras fontes não forem exploradas. &nbsp;Nesse sentido há uma demasiada preocupação com a falta de energia como propulsora do desenvolvimento (numa visão de crescimento econômico e para manter os níveis de consumo), não da vida, expressados na frase “pela existência de difi­culdades crescentes em manter os níveis de consumo atuais”. Este discurso tenta justificar a necessidade do curso e a utilização de energias renováveis para atender as demandas do mercado. A problematização desses discursos contribuirá para uma formação integral, reflexiva e, porque não dizer, contestadora, que permita a formação de cidadãos críticos, para que, através de suas práticas, possam tornar-se <strong>agentes transformadores</strong> da sociedade e do ambiente onde estão inseridos.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11629 INVESTIGANDO O PAPEL DAS METODOLOGIAS EDUCAR PELA PESQUISA E ENSINO POR INVESTIGAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS 2019-07-27T12:38:57-03:00 Roque Ismael da Costa Güllich bioroque.girua@gmail.com Lucas Cabral Silva Rentz lucascsrentz@hotmail.com <p>A forte influência do livro didático na prática docente em Ciências tem grande impacto no desenvolvimento do pensamento dos alunos, deixando de lado por vezes, a formação crítica e a formação de cidadãos mais conscientes dos problemas enfrentados pela sociedade. Neste contexto a preocupação com metodologias de ensino não pode mais se limitar a reprodução e o estudo de teorias já comprovadas, de outra parte deve ser pautada em propostas investigativas para desenvolver com os alunos a capacidade de resolver problemas cotidianos que possam surgir, ampliando assim sua capacidade de atuar no mundo em que vivem. Em contraposição ao ensino tradicional, as propostas de ensino que utilizam a investigação e a pesquisa para ensinar buscam permitir que o discente produza seus próprios conhecimentos gerando autonomia. Para tanto comparamos qualitativamente duas metodologias de ensino de Ciências, categorizando os processos de ensino presentes na estrutura de dois textos de referência. Esta análise foi do tipo documental, baseando-se em: pré-análise, análise descritiva e interpretação inferencial, analisando metodologias tomadas como referências teóricas brasileiras, a saber: Educar pela Pesquisa e Ensino por investigação. No processo de categorização foram utilizadas as seguintes categorias definidas <em>a priori </em>pelo contexto dos textos a serem analisados: i) objetivos do ensino; ii) estratégias de ensino; iii) tempo utilizado; iv) papel do professor; v) conteúdo do ensino. Após a análise foi possível perceber que havia uma grande conversão entre ambas as metodologias comparadas, pois as estratégias de ensino e os demais pontos observados apresentavam uma forte semelhança em termos do que se espera de metodologias de ensino, sendo que as divergências se apresentaram atenuadas, sem grande relevância. Cabe ressaltar que a mediação docente é o foco de ambas as metodologias, na busca da aprendizagem. Foi possível também perceber que ambas visam os mesmos objetivos e tentam estimular a percepção do aluno e quanto aos conteúdos de ensino foi possível perceber que ambas priorizam ampliar o repertório estudado ao longo do processo de ensino, especialmente pelos questionamentos que vão surgindo.&nbsp; Acreditamos que o processo de participação ativa do aluno presente em ambas, porém destacado pela metodologia do Educar pela Pesquisa como sendo necessária para produção da autonomia, se destacou fortemente. A pesquisa/investigação é indispensável ao planejamento e desenvolvimentos das práticas de ensino em Ciências, e assim sendo precisamos avançar no estudo das metodologias de ensino para melhor formar os professores da área.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11551 O DOCUMENTÁRIO CINEMATOGRÁFICO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA 2019-07-27T12:38:57-03:00 Maiara Ilisa Fauth maiihb@hotmail.com Larissa Lunardi larissalunardi@outlook.com Andréa Hepp andreahepp7@gmail.com Antônio Azambuja Miragem antonio.miragem@iffarroupilha.edu.br <p>Esta pesquisa relata a experiência que ocorreu no componente curricular denominado Prática enquanto Componente Curricular (PeCC) no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), <em>Campus</em> Santa Rosa o qual proporcionou a elaboração de recursos didáticos digitais, que possam ser utilizados em sala de aula. O objetivo desta pesquisa foi refletir sobre o processo de produção de materiais didático-pedagógicos audiovisuais (documentário cinematográfico), para serem utilizados nas aulas de Ciências e Biologia. A partir da integração das disciplinas de Anatomia e Fisiologia II, Zoologia III e Metodologia do Ensino de Biologia, desenvolveu-se a PeCC norteada pelo tema “Comportamento Animal”. O produto resultante desta prática foi um documentário e uma vídeo aula, objetos de avaliação do componente curricular. O comportamento animal objeto de pesquisa e de produção do vídeo foi o comportamento parental, realizado pelos pais em relação à sua prole. Após muitas discussões sobre as espécies, foi escolhido um animal nativo e facilmente encontrado na região: o gambá-de-orelha-branca. O processo construtivo do material se deu em quatro etapas. A primeira etapa foi constituída de pesquisa bibliográfica, a fim de fundamentar cientificamente as informações futuramente inseridas nos documentos digitais, as quais compuseram um roteiro cinematográfico (para guiar o documentário). Dentro deste continha, obrigatoriamente: público alvo; objeto (animal/espécie); planejamento estratégico (expedição em campo e produção do material); e storyline ou storyboard (história imaginada). A segunda etapa consistiu, a partir da análise da coleta do material (registros digitais: fotos e filmagens da expedição; produção textual narrativo; trilhas sonoras), o estudo da montagem através de softwares de edição de vídeos. A confecção do material (documentário) foi realizada em software (Microsoft ® Windows Movie Maker 2.1), com a estrutura narrativa e legendas sendo ajustadas após a seleção dos registros que seriam utilizados. Quanto ao material coletado, encontrou-se um gambá na zona urbana do município de Tuparendi, que foi filmado e fotografado para a produção do documentário. Também foram retirados vídeos e imagens da internet para enriquecer a produção audiovisual. Por mais que o enfoque do trabalho fosse o comportamento parental, aproveitou-se para abordar mais sobre todos os comportamentos da espécie e de seu nicho ecológico. Já na terceira etapa, ocorreu a discussão sobre o documento preview (prévia), o qual serviu de objeto intermediário para o ajuste crítico das informações sonoras e visuais para o futuro uso docente. E a quarta e última etapa, promoveu-se uma mostra audiovisual dentro da turma vigente para compartilhamento das produções dos documentários, e avaliação do processo de aprendizagem formativo. O documentário foi narrado pelas autoras/licenciandas, que fizeram a gravação do áudio utilizando uma ferramenta de celular. O produto final tem duração de 9 minutos e 44 segundos. Concluímos que a construção do documentário proporcionou uma nova experiência que pode contribuir para o ensino de Ciências na Educação Básica com enfoque interdisciplinar, percebemos que a inovação com a ajuda da tecnologia é possível, e que pode nos auxiliar durante nossa prática como docentes.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11499 PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA E INCLUSÃO DIGITAL NO CONTEXTO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO 2019-07-27T12:38:58-03:00 Varlei Machado da Rosa varleirosa@aluno.santoangelo.uri.br Ana Giliara Duarte ana.duarte@aluno.iffar.edu.br Suélen Cristiane Santos da Silva suelencristiane0@gmail.com Cristiane da Silva Stamberg cristiane.stamberg@iffarroupilha.edu.br Thaiane da Silva Socoloski thaiane.socoloski@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho cujo tema foi a inclusão digital integra o projeto de Prática<br>Profissional Integrada do ano de 2018 dos alunos de 3º ano do Curso Técnico Integrado<br>de Manutenção e Suporte em Informática no ano de 2018. Considerando-se que os<br>conhecimentos em informática vêm adquirindo relevância crescente na vida das<br>pessoas, saber utilizar pelo menos parte das diversas ferramentas disponíveis nessa área<br>se torna essencial nos âmbitos pessoal e profissional. No entanto, paralelamente a isso, o<br>acesso a esse conhecimento parece não estar se desenvolvendo no mesmo ritmo e ainda<br>requer propostas de ações. A exclusão digital reflete na sociedade de uma forma<br>negativa, trazendo à tona a desigualdade social, cultural e econômica, no momento em<br>que o uso da tecnologia beneficia apenas um grupo de pessoas. O Instituto Federal<br>Farroupilha é uma das instituições que pode se tornar agente nesse processo de combate<br>à exclusão, uma vez que tem como objetivo promover educação profissional,<br>tecnológica e científica, gerando assim oportunidades de ultrapassar desigualdades por<br>meio de ensino, pesquisa e extensão. O presente trabalho, por sua vez, surge para<br>contribuir na inclusão digital por meio de uma ação desenvolvida entre professores e<br>alunos de duas instituições educacionais da cidade de Santo Ângelo. Os objetivos<br>específicos envolvidos foram desenvolver o raciocínio lógico, noções de comunicação e<br>de gestão de pessoas assim como aumentar as competências de liderança individual e<br>em grupo. Para tanto, foi oferecido um curso de Informática Básica ministrado pelos<br>alunos autores deste trabalho para alunos de 8ª e 9º anos que estudam na Escola<br>Municipal de Ensino Fundamental Antônio Manoel, localizada em um bairro vizinho ao<br>IFFar - Campus Santo Ângelo. O curso teve duração de 24h sendo realizado no segundo semestre de 2018, com aulas nas segundas e quartas-feiras à tarde, com tempo estimado<br>para cada encontro de 02 horas. Os conteúdos foram ministrados em aulas expositivas,<br>sendo complementadas por práticas no laboratório de informática e dinâmicas em sala<br>de aula. O programa do curso compreendeu: aulas de edição (utilizando o Writer),<br>ferramenta de apresentação (utilizando o Impress) e planilha eletrônica (utilizando o<br>Calc.). Os aplicativos listados fazem parte do suite LibreOffice e não implicam em<br>custos de licenças, pois se trata de software livre. O objetivo final deste projeto, foi de<br>capacitar os alunos da escola Antônio Manoel para utilizarem as ferramentas previstas e<br>se tornarem usuários conscientes e propagadores do potencial de utilização dessas<br>tecnologias. Com isso, diminuir as desigualdades sociais enfrentadas pelos mesmos.<br>Diante disso, ressalta-se a importância das Práticas Profissionais Integradas na<br>educação, já que proporciona ao aluno, experiências como a citada neste trabalho.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11588 ABORDAGENS SOBRE O ENSINO DE EVOLUÇÃO 2019-07-27T12:38:58-03:00 Gabriela Dellavechia pansera95@gmail.com Maria Cristina Pansera de Araujo pansera95@gmail.com <p>O ensino de evolução tem sido bastante discutido devido aos questionamentos propostos em contraposição a visão criacionista do mundo. Objetivo desta pesquisa é identificar as abordagens do ensino em evolução e como vem sendo realizada nas publicações das bases de dados da CAPES e a BDTD. A investigação relatada foi realizada por meio de buscas, no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD, que armazenam publicações em artigos, teses e dissertações. Na biblioteca de teses e dissertações BDTD, foi realizada uma busca com as palavras chaves: “ensino” e “evolução”, nos últimos cinco anos (2014 a 2018), que resultou em 878 textos, distribuídos entre Dissertações (683) e Teses (195). Posteriormente a busca foi realizada com o descritor “Ensino de Evolução” onde obtivemos 24 textos dos quais 17 Dissertações e 7 Teses.&nbsp; No Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), busquei em assunto avançado, selecionando “no título” “é exato” “ensino de” AND “no título” “é exato” “evolução”, em qualquer ano, o que resultou em 40 textos. Quando selecionei os últimos cinco anos, resultaram 13 textos. A partir dos resultados obtidos no BDTD para ensino de evolução, fiz uma seleção para ler os resumos desses 24 textos encontrados. Dentre essas leituras, escolhi em um primeiro momento um artigo para análise mais específica, juntamente com as&nbsp; pesquisas realizadas na CAPES, em que ocorreu o mesmo viés de seleção, com 3 artigos. Foram: Evolução como eixo integrador para o Ensino de Biologia: relato de uma Unidade Didática, ZANCHETTA, Leonardo Nogueira, 2017. A polêmica instituída entre ensino de evolução e criacionismo: dimensões do público e do privado no avanço do neoconservadorismo, SELLES, Sandra Escovedo (2016); Discursos sobre leitura e Ensino de Evolução na Formação de Professores de Ciências, PALCHA, Leandro Siqueira (2014) e A Evolução do Ovo: quando leitura e literatura se encontram no Ensino de Ciências, PALCHA, Leandro Siqueira, de Oliveira;. BOAVENTURA, Odisséa (2014). Esses artigos apresentam em comum uma preocupação de como as crenças religiosas estão crescendo e interferindo na aceitação da Teoria da Evolução por parte da população brasileira. Juntamente destaca o fato da evolução ser ensinada no final do ensino médio, muitas vezes de forma descontínua e&nbsp; descontextualizada das outras áreas que integram a ciência e a biologia.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11589 RELÂMPAGOS, RAIOS E TROVÕES: PROBLEMATIZANDO FORMAS DE ENERGIA NO ENSINO DE FÍSICA 2019-07-27T12:38:58-03:00 Ana Paula Butzen Hendges abhendges@gmail.com Rosemar Ayres dos Santos roseayres07@gmail.com Eliane Gonçalves dos Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>A partir do Programa Residência Pedagógica – ação que integra a Política Nacional de Formação de Professores e tem por objetivo fomentar o aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de licenciatura, promovendo a imersão do licenciando na escola de educação básica, no transcorrer da segunda metade de seu curso – realizamos intervenções em aulas de Física em duas turmas do 3º ano do Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual. Objetivamos discutir, de forma dialógico-problematizadora, questões acerca da temática Energia Elétrica presentes no mundo vivencial dos estudantes, considerando que com o atual desenvolvimento científico-tecnológico é difícil imaginarmos viver sem essa forma de energia. E, a fim de entendê-la, partimos da primeira manifestação de eletricidade observada pelo ser humano, o relâmpago. Assim, realizamos o estudo dos fenômenos eletrostáticos na atmosfera, o que possibilitou a introdução de conceitos da eletrostática e da eletrodinâmica. Essa atividade foi desenvolvida em três horas-aula em cada turma, tendo como metodologia os três momentos pedagógicos (MP), a fim de construirmos o conhecimento a partir das preconcepções dos estudantes, além de utilizarmos demonstrações simples relacionadas ao estudo. Ao partir da problematização inicial (1º MP): “Raio, trovão e relâmpago são diferentes entre si?”, definimos cada fenômeno. Para a compreensão desses, na organização do conhecimento (2º MP), estudamos o átomo e os seus processos de eletrização, utilizando a demonstração da caneta fixada na parede e do canudo de plástico induzindo pedaços de papéis. – Descrevendo de forma simplificada, é exatamente a interação intensa entre cargas elétricas que ocasiona a formação de uma descarga elétrica, o raio propriamente dito. O relâmpago surge a partir da excitação e<br>1 Licencianda do Curso de Física Licenciatura, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Bolsista do Subprojeto Residência Pedagógica Multidisciplinar (RPM-CAPES). E-mail: abhendges@gmail.com.<br>2 Professora do Curso de Física Licenciatura e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPGEC), UFFS, Colaboradora do RPM-CAPES. E-mail: roseayres07@gmail.com.<br>3 Professora do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, UFFS, Coordenadora RPM-CAPES. E-mail: eliane.santos@uffs.edu.br.<br>desexcitação de partículas do átomo e o som do trovão ocorre pela colisão de uma massa de ar quente com uma massa de ar fria, comprimindo o ar. – Já na aplicação do conhecimento (3º MP), discutimos sobre pessoas atingidas por raios, nos remetendo ao estudo do “poder das pontas”, estabelecendo uma relação com o para-raios. Também, fizemos a demonstração da gaiola de Faraday utilizando peneira de metal, peneira de plástico, canudo eletrizado e pedaços de papéis, sendo esse princípio de blindagem eletrostática utilizada em prédios largos para substituir o para-raios. Com essa metodologia de ensino foi possível identificar a importância de trabalhar com as preconcepções dos discentes e com suas experiências de vida. Além disso, o estudo dos fenômenos eletrostáticos na atmosfera possibilita a criação de diálogos construtivos, visto que, é um assunto de interesse de grande parcela dos estudantes por fazer parte de suas vidas. Assim, consideramos que essa temática associada à metodologia dos 3 MPs proporciona uma melhor compreensão dos fenômenos estudados, gerando ganhos cognitivos nos estudantes, também, auxiliando a nós, professores em constante processo de formação.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11590 A PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR VII: A QUÍMICA NA PERSPECTIVA DO CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:38:58-03:00 Gláucia Oliveira Islabão glaucia.islabao@iffarroupilha.edu.br Elisandra Gomes Squizani elisandra.squizani@iffarroupilha.edu.br Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br <p>Este resumo tem por objetivo apresentar um relato de uma proposta de Prática enquanto Componente Curricular (PeCC), planejada e executada com uma turma do sétimo semestre da Licenciatura em Química, do Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete, durante o primeiro semestre de 2018. A proposta teve como objetivos proporcionar aos alunos o estudo de conceitos acerca do currículo integrado e o planejamento de atividades de regência em Química, através da elaboração de um roteiro investigativo sobre um assunto de físico-química, considerando o currículo integrado, para ser aplicado em uma situação de exercício da docência. Para o desenvolvimento da proposta de PeCC VII com a turma, inicialmente realizou-se a leitura e discussão de três textos, que versavam sobre os referenciais teóricos acerca do currículo integrado, os desafios da sua organização e a proposta para um curso técnico do Instituto Federal Farroupilha. Após a discussão teórica inicial, a turma foi dividida e grupos, onde cada um elaborou um roteiro investigativo de físico-química, considerando os pressupostos do ensino integrado, para ser desenvolvido com uma turma de nível médio ou superior. A área escolhida se deve ao fato da PeCC VII ser ministrada por duas docentes, sendo uma delas também da disciplina de Físico-Química II. Após a aplicação da atividade proposta no roteiro, cada grupo construiu um artigo científico com o registro das experiências ao longo do componente curricular, em especial a construção do roteiro e a aplicação da atividade em situação de regência. Os roteiros elaborados pelos discentes da PeCC VII versaram sobre os mais diversos temas da físico-química e foram desenvolvidos em turmas de segundo e terceiro ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado e de primeiro semestre do Bacharelado em Engenharia Agrícola. Consideramos que a proposta desenvolvida nesta PeCC foi de grande relevância para os licenciandos, uma vez que, mesmo prestes a se formar, não haviam tido nenhuma discussão teórica sobre o currículo integrado nem problematizado sua efetivação na prática pedagógica. Além disso, o componente curricular proporcionou, aos professores em formação, mais uma atividade de regência no ensino médio e a experiência de desenvolver uma atividade para uma turma de curso superior, ambas pautadas nos referenciais do currículo integrado. Os discentes das turmas onde as atividades foram desenvolvidas puderem vivenciar atividades experimentais nas quais os conceitos químicos são postos sob uma perspectiva de contextualização com a realidade em que estão inseridos.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11508 CORRELAÇÕES ENTRE SEGURANÇA NAS ATIVIDADES CONSTRUTIVAS EM EDIFICAÇÕES E AS PRÁTICAS ESPORTIVAS 2019-07-27T12:38:58-03:00 Antônio Azambuja Miragem antonio.miragem@iffarroupilha.edu.br Roberto Preussler roberto.preussler@iffarroupilha.edu.br Valter Antônio Senger valter.senger@iffarroupilha.edu.br <p>A integração de saberes provenientes dos diferentes componentes curriculares é um dos principais desafios da formação dos estudantes da Educação Profissional. A Prática Profissional Integrada (PPI) se apresenta como ambiente para a fusão de conhecimentos capazes de desenvolver e potencializar os processos de ensino e aprendizagem. Nos últimos 3 anos (2017 à 2019), presenciamos um interessante processo evolutivo na condução da PPI do primeiro ano do ensino médio, do Curso de Técnico em Edificações, que merece destaque. Iniciamos, em 2017, o diálogo entre a disciplina de Educação Física e a disciplina de Máquinas, Equipamentos, Ferramentas e Segurança no Trabalho. Soma-se ainda no primeiro ano a disciplina de Informática. O desenvolvimento do pensamento crítico do alunado se deu através do olhar sobre os processos de segurança na prática esportiva. Para tanto, foi proposta uma matriz [6X5], para a realização do trabalho individualmente. A matriz foi capaz de relacionar diferentes locais de prática esportivas e suas interferências climáticas: terrestre, aquática, aérea, frio e calor; com o olhar sobre o indivíduo, a partir do corpo humano: proteções individuais (EPIs) e coletivas (EPCs); bem como, as relações construtivas aplicadas à formação técnica: riscos, perigos, treinamento e prevenção. E ao final do primeiro período (2017), fez-se o registro avaliativo sob a forma de produção textual e material audiovisual. As disciplinas trouxeram em seu arcabouço teórico os conceitos próprios em constante e intenso diálogo interdisciplinar. Pela riqueza de informações proporcionada no processo construtivo da PPI, ocorre o primeiro movimento motivacional agregado. As disciplinas de Matemática, História e Geografia se dispuseram a contribuir efetivamente ao projeto. Em 2018, passamos então para 6 disciplinas integrantes da PPI. Suas abordagens já apareceram no primeiro ano de execução, porém sem o envolvimento dos componentes curriculares. Os documentos finais de avaliação supracitados continuaram os mesmos, porém com qualidade e complexidade visivelmente aumentados. Percebe-se, neste momento, a motivação bilateral, em docentes e discentes, os quais claramente satisfeitos com a qualidade do trabalho produzido conseguiram avaliar a eficiência e eficácia da PPI na formação, muito além da valoração aprovativa. Em 2019, a complexidade almejada foi iniciada pelo acoplamento de mais 4 disciplinas, a saber: Desenho Técnico, Sociologia, Filosofia e Biologia. A partir disto, no novo arranjo disciplinar, a matriz recebe alteração para um modelo [3X5], sem alteração do teor. A condução do trabalho, pelos alunos, passa a ser dupla. Aplica-se neste momento o Diagrama de Ishikawa. Este visa organizar ao longo do tempo a entrada de cada uma das 10 disciplinas, bem como prever todos os processos avaliativos, e seus instrumentais. Na versão 2019, vemos claramente dois importantes fenômenos substanciais: motivação bilateral e sensação de completude. Espera-se que os aspectos particulares de cada componente contribuam para a qualificação da formação profissional e tecnológica, com especial atenção, a agregação&nbsp;voluntária das disciplinas, as quais foram inseridas pela livre motivação dos docentes,<br>movimento não percebido anteriormente. Concluímos que, o modelo de PPI proposto foi<br>eficaz e eficiente, com sentido a prática docente, e reflexos reais, mensuráveis e necessários<br>para a formação discente.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11509 A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO PARA O CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:38:59-03:00 Jéssica dos Reis Lohmann Monteiro jessica.lohmann@iffarroupilha.edu.br Marcele Teixeira Homrich Ravasio marcele.ravasio@iffarroupilha.edu.br <p class="Standard" style="text-align: justify; line-height: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; font-family: 'Times New Roman','serif';">A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão na formação dos discentes carrega a visão da omnilateralidade, ou seja, visa a constituição de cidadãos críticos, conscientes, autônomos e profissionais habilitados a desempenharem suas funções com zelo e ética. A extensão visa a articulação da instituição de ensino com a comunidade externa, onde, os estudantes ao mesmo tempo que dispõem seu tempo, conhecimento e assistência à comunidade, coletam na mesma, informações fundamentais para suas formações, as quais também podem instigar novas pesquisas e descobertas. Nas atividades de extensão, os alunos têm a oportunidade de exercerem suas práticas profissionais, através do trabalho interdisciplinar e coletivo, aproximando-os de seus atuais/futuros trabalhos e revelando saberes únicos, com a articulação da teoria e da prática na tomada de decisões e resoluções problemas. A extensão é educativa, científica e cultural e esse conhecimento da sociedade deve ser vivido diretamente na sua fonte, ou seja, na comunidade, para que os estudantes em formação possam experenciar esse conhecimento, desenvolver diferentes maneiras de percepção do mundo e ainda, sejam capazes de adaptar suas ações, gerando uma comunicação efetiva e transformadora entre os estabelecimentos de ensino e a sociedade, favorecendo a integração social e a ação com base nas demandas de relevância da população. Estas ações na comunidade possuem grande alcance pedagógico e garantem aos aprendizes a experiência de inserção na realidade social, o que não colabora somente para a construção de conhecimentos técnico-científicos, mas também, para formação de uma nova consciência social aos futuros profissionais, possibilitando caminhos para a transformação da sociedade. Com base nisso, a pesquisa em desenvolvimento tem como objetivo a criação de um produto educacional tecnológico que aproxime o ensino da extensão, através do desenvolvimento de um portfólio digital que exponha à comunidade as principais atividades de atendimentos ao público que os discentes do curso técnico em estética integrado do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) do Instituto Federal Farroupilha campus Santo Ângelo estão habilitados a realizarem durante suas formações. Para que a população externa a instituição conheça as habilidades e os trabalhos destes futuros profissionais e, detentora desta informação, a atuação discente na comunidade passe a ser mais significativa, reforçando o projeto pedagógico do curso que visa a formação humana integral dos estudantes. E assim, a caminhada discente seja permeada pelo desenvolvimento ou aperfeiçoamento de saberes, e pela indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, com espaços de reflexões, aprendizagens e contextualizações, em constante ligação e diálogo com a comunidade e suas demandas.</span></p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11591 AS CONCEPÇÕES DE VIOLÊNCIA SEXUAL DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2019-07-27T12:38:59-03:00 Dhenifer Caroline Kraus dheniferkraus@gmail.com Bruna Kern Moura bruninhakern83@gmail.com Artiese Madruga Machado artiesemachadomadruga@gmail.com Eonice Tozin eonicetozin50@gmail.com Rubia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br <p>Esta pesquisa parte da temática de violência sexual, optou-se por este tema para possibilitar diálogos e debates nas escolas de Educação Básica. A pesquisa teve o objetivo geral de identificar e analisar as concepções de violência sexual dos estudantes da Educação Básica. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se de um questionário com 8 perguntas fechadas, sendo que os alunos poderiam marcar mais de uma alternativa, visando identificar as concepções dos estudantes frente o temática proposta. Esta pesquisa em educação caracteriza-se em sua natureza pela abordagem qualitativa, na qual buscou-se aprofundar os conhecimentos sobre violência sexual e como ela atinge crianças e adolescentes. Em relação ao tipo de investigação trata-se de pesquisa bibliográfica, que possibilitou adquirir embasamento teórico. A partir da leitura e investigação nas leis e nas políticas que ajudam a combater a violência sexual pode-se compreender seus conceitos. Também possui em sua tipologia a pesquisa de campo, pois extraímos dados e informações diretamente da realidade do objeto de estudo. A população de pesquisa foram os estudantes de duas turmas do 7° ano (Turma A e Turma B) e do 8° ano (Turma A e Turma B) do Ensino Fundamental de uma escola da Rede Pública Estadual, do município de Santa Rosa, totalizando em 98 alunos. Para a análise dos dados foram construídas categorias <em>a priori</em>, na análise da categoria empoderamento dos sujeitos perante a violência sexual identificou-se que os estudantes percebem a violência sexual, como crime e depositam sua confiança na família e na escola que podem agir juntas, visando a proteção das crianças e adolescentes e a diminuição dos preconceitos, acreditando que a maioria dos adolescentes que&nbsp; passam por essa situação e não contam o que se passa, é por conta do medo. Na outra categoria, atitudes perante a violência sexual percebeu-se que os estudantes têm o conhecimento sobre a quem recorrer quando estiver perante a uma situação de violência sexual, a escola tem um papel fundamental no combate a violência sexual, pois crianças e adolescentes bem informados têm menos risco de sofrer violência sexual, e de identificar situações de risco, visto que a prevenção é a melhor forma de evitar abusos. Enquanto futuros professores através do Estatuto da Criança e Adolescente também somos responsáveis, pela proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Portanto, nesta pesquisa compreendemos que a temática da violência sexual, pode fazer parte dos currículos escolares, inclusive nas aulas de Ciências e Biologia. Concluímos que, ao mesmo tempo que a escola está formando um estudante, ela também está formando sujeitos de linguagem, que são marcados por discursos e por relações de poder.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11592 AS REPRESENTAÇÕES DE MEIO AMBIENTE DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL 2019-07-27T12:38:59-03:00 Leonardo Priamo Tonello leonardo.priamo.tonello@gmail.com Eliane Gonçalves dos Santos santoselianegoncalves@gmail.com <p>Na atualidade, a Educação Ambiental (EA), se caracteriza como uma discussão central no Ensino de Ciências (EC) e nas demais áreas do conhecimento.&nbsp; Daí a necessidade de abordá-la por um viés socioambiental, como um tema transversal e complexo, que visa um meio ambiente saudável e de qualidade de vida para todos os seres que habitam o planeta. Mas, para avançarmos na direção de uma visão socioambiental e comprometida com a vida, é necessário investirmos massivamente na formação de sujeitos conscientes e sensíveis para a mudança de comportamento, atitudes e consciência crítica da realidade, assim, como para o enfrentamento de questões socioambientais. Neste sentido, cabe refletir qual a abordagem ou mais precisamente as práticas pedagógicas que são realizadas no EC, relacionadas à EA. Considera-se, que o trabalho com a EA, é realizada a partir das representações ( naturalista, globalizante e antropocêntrica) que os professores apresentaram de meio ambiente. Aliado a isso, as representações sociais de meio ambiente, podem caracterizar as práticas pedagógicas docentes, relacionados com este tema. Compreendendo que as representações de meio ambiente, determinam e regem as práticas pedagógicas do professor na EA, este trabalho teve por objetivo identificar e refletir sobre as representações de meio ambiente de professores em formação inicial. Esta pesquisa é qualitativa, do tipo documental em Educação. Sendo utiliza para a análise dos dados a Análise de Conteúdo. A população e amostra, foi composta por 12 licenciandos, pertencentes ao programa PETCiências, que apresenta um eixo central, Meio ambiente e formação de professores. O grupo foi inquirido a partir de uma questão central: <em>Prezados, tendo em vista que participamos de um programa de Educação Tutorial que tem como eixo principal Meio Ambiente e Formação de Professores, para você Petiano, o que é Meio Ambiente?, </em>via grupo (fechado) de Facebook. As respostas foram classificadas por categorias <em>a priori</em> de representação de meio ambiente, sendo elas: naturalista; globalizante; antropocêntrica. Respectivamente nestas categorias, os resultados demonstram a ocorrência da representação globalizante (9:12), seguida da naturalista (2:12) e pôr fim a antropocêntrica (1:12). Por meio destes resultados, consideramos uma ampla predominância da representação globalizante, orientando para possibilidade de práticas pedagógicas na EA, mais contextualizada na relação natureza-homem-sociedade, considerando o meio ambiente como um todo (aspecto global), integrando sua complexidade e dimensionalidade, a partir de uma visão holística. Cabe também ressaltar, a importância do programa PETCiências, na formação inicial de professores, com um eixo central, pautado em temáticas como meio ambiente e formação de professores, orientando para o trabalho com EA no EC.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11593 USO DE LABORATÓRIOS E A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS/BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA 2019-07-27T12:39:00-03:00 Larissa da S. Wagner larisilva.larii@gmail.com Diuly F. Leite diullyvianna343@gmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>O trabalho que segue foi desenvolvido durante a disciplina de Prática de Ensino de Biologia IV (Prática enquanto Componente Curricular – PeCC IV), do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, <em>Campus </em>Santo Augusto. Uma das propostas da ementa desta disciplina era discutir a importância de aulas experimentais no ensino de Ciências/Biologia. Na proposta apresentada, havia a sugestão de realizar uma interação com professores de escolas da Educação Básica. Como suporte, foram feitas leituras de artigos acadêmicos, acompanhadas de discussões em sala de aula, para que então estivéssemos minimamente aptos para realizar uma interação mais qualificada com o ambiente escolar. Para isso, foi elaborado um questionário destinado aos professores da área de Ciências/Biologia, com o intuito de saber, particularmente, qual a importância que estes atribuem para experimentação nas suas práticas pedagógicas. Na oportunidade em que foram realizadas as interações com os professores nas escolas de Santo Augusto (Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini - CIEP) e de São Valério do Sul (Escola Estadual de Ensino Médio São Valério), falou-se sobre motivos, justificativas e anseios de usar ou não a metodologia da experimentação. Além do questionário e de conversa realizada com os professores, observou-se alguns equipamentos, mobiliário (bancadas com bicos de Bunsen e banquetas) e vidrarias existentes nos laboratórios, bem como, modelos anatômicos, microscópio, banners, reagentes, rochas, dentre outros. Dois aspectos chamam a atenção: os laboratórios são relativamente bem equipados, mas são utilizados também como sala de vídeo e depósito de alguns materiais, o que denota que não são muito utilizados para aulas experimentais. Analisando as respostas das questões, as professoras das duas escolas atribuem grande importância as aulas experimentais. Todavia, mencionam que poucas vezes realizam experimentos. Justificam pela falta de tempo para planejamento e preparação das aulas, bem como o tempo de aula (geralmente um período de cinquenta minutos). Ainda assim afirmam que quando conseguem realizar aulas experimentais, percebem resultados positivos, conseguindo atingir, segundo seus relatos, uma aprendizagem significativa. Dessa forma, acreditamos que as aulas com atividades experimentais podem se configurar como uma excelente metodologia no ensino das Ciências (química, Física, Biologia, Geologia...) pois, além de propiciar um espaço de troca de saberes e conhecimentos entre professor e aluno, permite significar os conceitos do cotidiano e ressignificar os conceitos escolares.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11594 PRECISAMOS CONVERSAR SOBRE QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES! 2019-07-27T12:39:00-03:00 Thamires Luana Cordeiro thamiresluanac@gmail.com Eliane Gonçalves dos Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>Falar das questões de gênero e sexualidade no atual cenário brasileiro, é quase uma “heresia”. Vivemos um momento de obscurantismo acerca dessas discussões. Mas, como a escola pode omitir-se de pensar e discutir tal assunto? Uma vez que é um espaço plural, marcado pela diversidade de sujeitos, com diferentes culturas, crenças e valores. A partir desta compreensão e do entendimento que a escola é um local que contribui para o desenvolvimento da cidadania, este trabalho teve como objetivo identificar como as questões de gênero e sexualidade são abordadas em um curso de formação inicial de professores do curso Normal.&nbsp; A ação foi desenvolvida com uma turma de ensino médio, Curso Normal, de uma Escola de Educação Básica da região Noroeste do Rio Grande do Sul. Participaram 18 alunas com a faixa etária entre 17 e 22 anos de idade. A metodologia empregada consistiu em uma roda de conversa sobre a temática gênero e sexualidade, e a aplicação de um questionário com perguntas norteadoras referentes ao assunto.&nbsp; A partir do diálogo e da análise das questões, identificamos que as futuras professoras têm dúvidas de como trabalhar com a temática em sala de aula, assim, como citam que as questões de gênero e sexualidade têm uma abordagem periférica na grade curricular do curso. Mas, são unânimes em afirmar a importância de se debater e refletir sobre essas questões, como mencionado nos excertos a seguir: ‘‘<em>Acho que esse assunto é uma coisa que deve ser trabalhado sempre, com conversas, debates, deixando todos colocarem suas opiniões e sempre ensinando os alunos sobre o assunto’’</em>(A2) e ‘‘<em>[...] o quanto antes melhor porque se deixarmos para mais tarde os alunos já vão ter uma opinião formada (e provavelmente preconceituosa)</em> (A9). Sob esse viés, compreendemos a escola como um ambiente fundamental para a construção e a desconstrução de conceitos, e como um lugar onde as pluralidades culturais se encontram, proporcionando ao sujeito a possibilidade de aprender com o outro. A partir da interação na roda de conversa e da análise das respostas &nbsp;obtidas ficou evidente a necessidade de incluir questões de gênero e sexualidade no currículo de formação inicial para que os futuros professores e professoras saibam abordar essas questões em sala de aula para promover um futuro e uma sociedade livre de violência e desigualdades de gênero.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11595 EDUCAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA: IMPLICAÇÕES DO TRABALHO COMO FATOR DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA 2019-07-27T12:39:00-03:00 Rubia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br Alexandre José Krul alexandre.krul@iffarroupilha.edu.br <p>A partir do contexto atual das orientações legais para a educação escolar brasileira, no que se referem as suas orientações para o mundo do trabalho, refletimos sobre as implicações e restrições de compreender o trabalho como categoria de integração social e fator de promoção da autonomia do cidadão. Esta pesquisa pode ser compreendida como uma investigação filosófica sobre a educação, usando da metodologia da pesquisa bibliográfica em alguns dos escritos de Jürgen Habermas.&nbsp; Vivemos em um clima social de incompreensões, indefinições, distorções e variadas interpretações, que geram debates políticos que geram um clima de desconforto e desconfiança acerca dos fins da educação escolar desde os objetivos estabelecidos na Constituição Federal promulgada em 1988 até a atual aprovação da Base Nacional Comum Curricular, em 2018. Percebemos que existem incompreensões sobre as relações entre educação e o trabalho entre os cidadãos em geral, e especificamente entre os professores. Provocamos algumas reflexões sobre a formulação teórica que Habermas desenvolve sobre a teoria do materialismo histórico de Marx, em sua obra Para a Reconstrução do Materialismo Histórico, com o objetivo de enfatizar o potencial da categoria trabalho, e também avançar na reflexão sobre seus limites. Ao modo do que afirma Habermas não temos a pretensão de restaurar ou revolucionar as construções realizadas nos últimos anos a respeito do que podemos denominar de um dos principais pilares em que se sustentam os objetivos da Educação Escolar brasileira: a preparação para o mundo do trabalho. O problema que nos impulsiona é de cunho estritamente filosófico sobre a educação por se tratar de uma análise paradigmática que apresenta um vínculo estreito com a questão da educação escolar que é institucionalmente pertence aos cidadãos e suas relações sociais na esfera de um Estado. O materialismo histórico entende que uma evolução social se alicerça na potencialização das forças produtivas, porém, segundo Habermas as relações de produção não são as únicas formas de integração social, pois as formas históricas em suas dinâmicas de desenvolvimento não se sustentam apenas na dinâmica expressa pelo paradigma do trabalho. Este modo de pensar as relações sociais e a tarefa da educação escolar se sustenta no movimento preeminente da cultura como fenômeno superestrutural. Com base neste argumento Habermas abre uma brecha para investigarmos as atuais circunstâncias da educação escolar brasileira e refletirmos sobre as implicações de uma formação do cidadão em que os processos educativos priorizam a formação tendo em vista as relações de produção, que hoje são influenciadas proeminentemente por uma moral dominadora, que enfatiza a formação do trabalhador para atender as necessidades do mercado.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11596 INTEGRAÇÃO DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E TÈCNOLOGIA 2019-07-27T12:39:00-03:00 Fabio Rossi fabio.rossi@iffarroupilha.edu.br Roni de Mello Peronio roniramada@gmail.com Marcele Teixeira Homrich Ravasio marcele.ravasio@iffarroupilha.edu.br <p>A educação é um tema debatido tanto no âmbito socioeconômico quanto político, desse modo ela pode servir tanto para projetos conservadores, tradicionais, quanto para projetos libertários, comprometido com transformação humana e social. Neste contexto, a Educação&nbsp;confronta os interesses do mercado e sociedade tendo como mediador o Estado. Na contemporaneidade a educação profissional tecnológica assume um papel importante no desenvolvimento econômico, pois essa educação torna-se peça chave para criar, desenvolver ou viabilizar novos produtos e métodos de produção. Entretanto, o capital também expõe suas contradições, trabalhador mal formado representa perda de produtividade, isso porque as novas tecnologias nos meios de produção colocam os trabalhadores nas dependências do conhecimento científico-tecnológico, mas esse conhecimento é distribuído de forma desigual, de acordo com a origem de classe. Neste sentido, verifica-se a importância do conceito de trabalho, ciência, tecnologia e cultura na perspectiva das transformações do trabalho e na elaboração do currículo escolar. Não se trata de uma adaptação às mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho, mas de uma formação integrada entre ensino emancipatório e profissional. O objetivo é debater a perspectiva de uma educação integrada entre trabalho, ciência, comprometida com o desafio de pensar práticas pedagógicas que nos aproxime de uma leitura ampla da realidade. Para atingir o objetivo proposto, utilizou-se a metodologia qualitativa, baseada na pesquisa bibliográfica, visto que essa metodologia é importante na produção do conhecimento científico capaz de gerar a postulação de hipóteses ou interpretações que servirão de ponto de partida para outras pesquisas. Utilizou-se como base, para as leituras, os autores: Ricardo Antunes, Giovani Alves, Marise Nogueira Ramos, Ronaldo Marcos Lima Araujo, Gaudêncio Frigotto, Demerval Saviani. Assim, a perspectiva de uma educação integrada entre trabalho, ciência, cultura e interdisciplinaridade entre conteúdos gerais e específicos assume especial relevância quando direcionada à formação profissional, isso porque lida diretamente com a formação de trabalhadores e seu encaminhamento para o mundo do trabalho. Nesse sentido a educação profissional, que se proponha à educação integral dos sujeitos, deve dotá-los de condições de transformar informações e conhecimentos para uma inserção social consciente e com capacidade de problematização da realidade onde estão inseridos. O embate sobre a educação ocorre no âmbito do Estado em sua relação com a sociedade civil. Assim, entende-se que a Educação profissional necessita de uma mudança de concepções e postura das comunidades escolares, tendo o Estado como garantidor das condições materiais de ensino, dando autonomia aos docentes para que assumem a compromisso político com a educação transformadora, pensando a escola como um projeto de sociedade.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11597 ABORDAGENS CTS E O HIV-AIDS EM LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS: DIFERENTES OLHARES PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DE TEMÁTICAS RELEVANTES 2019-07-27T12:39:00-03:00 Rosemar Ayres dos Santos roseayres07@gmail.com Guilherme Schwan guilhermeschwan@gmail.com Erica do Espirito Santo Hermel ericahermel@uffs.edu.br <p>Livros didáticos (LD) foram utilizados em diversos momentos da história brasileira como instrumentos de reprodução conceitual no ensino de Ciências, fornecendo o conhecimento científico como um produto pronto, acabado, inerte ao contexto social. Assim, procuramos investigar temas específicos contidos em LDs, como HIV-AIDS, inserido como um tema transversal. Nesse contexto, entendendo o LD como parte do currículo muito presente em sala de aula, buscamos discutir de forma crítico-reflexiva a respeito de como se apresenta a respectiva temática nos LDs e sua possível discussão por parte dos professores. O número de portadores do vírus HIV aumentou com o passar dos anos e, também, o avanço por parte da Ciência-Tecnologia (CT) no desenvolvimento de mecanismos de controle da doença, entre eles o desenvolvimento de novos medicamentos antirretrovirais. Desse modo, objetivamos com o trabalho analisar as implicações acerca da CT imbricadas no LD de Ciências e de que forma são apresentadas a professores e, posteriormente, a estudantes, na busca de uma maior problematização e posicionamento crítico-reflexivo no ensino de Ciências diante da AIDS. Esse trabalho é de cunho qualitativo, utilizando-se a Análise Textual Discursiva. Na definição e delimitação do <em>corpus</em> de análise, buscamos LDs de Ciências do 8º ano do Ensino Fundamental, utilizados efetivamente por professores em sala de aula, no município de Cerro Largo, RS, por se tratar do município que abriga a Universidade Federal da Fronteira Sul. Identificamos que todas as escolas do município utilizam o mesmo LD (PNLD 2017). Então, para melhor qualificar a investigação, utilizamos mais dois LD, distribuídos no PNLD de 2014. Como resultados obtivemos as categorias: a) Histórico da doença; b) Síndrome da imunodeficiência adquirida; e c) despertar crítico-problematizador que o LD tem a oferecer diante das aplicabilidades da CT. Observamos um possível descaso por parte dos LDs em relação a problematização sobre como evitar o contágio da doença, por apresentar argumentos de que sempre existe um tratamento em tempos contemporâneos, em que a pessoa infectada leva a vida normalmente. Isso leva a certa despreocupação quanto à prevenção, já que o tratamento estaria garantido, sem maior contextualização/problematização dos riscos posteriores a infecção da doença, criando a falsa ideia de uma perspectiva salvacionista atribuída à CT, ou seja, que ela teria a capacidade de resolução do problema, criando sensações distorcidas de bem-estar social, minimizando a gravidade da doença em todos os seus aspectos. Além disso, também foram apresentados em &nbsp;LDs “boletins epidemiológicos” caracterizando a maior parte dos infectados segundo cor, raça, orientação sexual, (negros, pardos, usuários de drogas, homossexuais, baixa condição de escolaridade), o que pode levar “ao preconceito e à discriminação” a determinados grupos de portadores do vírus, demostrando, assim, uma não neutralidade expressada nesses LDs, que ainda são, muitas vezes, apresentados de forma errônea como um produto livre de interesses ideológicos e valores, portador de verdades absolutas. O discurso nos LDs ainda não demonstra adequadamente o percurso da CT em relação ao tratamento e à possível cura da doença, levando a concepções equivocadas sobre o atual estágio das pesquisas na área.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11598 AS DROGAS PSICOTRÓPICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: ANALISANDO AS IMAGENS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS 2019-07-27T12:39:01-03:00 Cleiton Edmundo Baumgratz cleitonbiobaumgratz@gmail.com Erica do Espirito Santo Hermel eeshermel@gmail.com <p>O uso de drogas pelos seres humanos existe desde a antiguidade, por motivos religiosos, para o tratamento de doenças ou para recreação. Contudo, seu uso indiscriminado pode levar a um prejuízo na qualidade de vida, tanto no nível profissional, quanto no familiar e no social. O livro didático é um dos recursos mais utilizados, quando não o único, para o planejamento anual, determinando a preparação das aulas ou como apoio didático pelos professores em sala de aula, por vezes determinando o currículo. Assim, o presente trabalho tem por objetivo analisar de que forma os livros didáticos abordam as drogas psicotrópicas a fim de refletir sobre possíveis estratégias educativas sobre o tema. Para tanto, o presente trabalho pretende analisar as imagens, e suas possíveis interpretações, sobre drogas psicotrópicas presentes em livros didáticos de Ciências, recomendados pelo Programa Nacional do livro didático, utilizados na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, para averiguar o modo como as imagens sobre o assunto drogadição estão apresentadas. Para análise das imagens foram consideradas a qualidade das imagens, a inserção no texto, as possibilidades de contextualização e a possível indução ou não a interpretação incorreta, o grau de iconografia (fotografia, desenho e diagrama) e de sua funcionalidade (informativa, reflexiva e inoperante). Os livros não apresentam um número considerável de imagens, sendo que o LD3 apresentou o maior número de imagens analisadas (6), seguindo, respectivamente, por LD4, LD1, LD2, entretanto, os LD5 e LD6 não apresentam nenhuma imagem, mesmo sendo encontrado abordagens de drogas psicotrópicas em seus capítulos. A maioria das imagens foi classificada na categoria do grau de iconografia, predominantes a subcategoria fotografia, com funcionalidade predominantemente informativa. Foi observado também muitas imagens semelhantes nos livros didáticos analisados, demonstrando que, muitas vezes, a escolha das imagens que integram os livros didáticos parece padronizada, o que&nbsp;compromete o processo ensino-aprendizagem, pela falta de opções diversificadas para o<br>estudo por parte do aluno. As imagens são divididas em relação a sua forma de<br>apresentação, sendo abordadas em discussões sobre saúde e segurança pública, trazendo<br>informações ou reflexões quanto aos riscos e malefícios da utilização de drogas.<br>Identifica-se que alguns livros apresentam a discussão sobre drogas inseridas em<br>abordagens do corpo humano, como exemplo, o uso de tabaco no capítulo de sistema<br>respiratório. Em outros livros, encontra-se capítulos específicos para essas<br>problematizações, consequentemente a abordagem está fragmentada. Em geral, as<br>coleções analisadas não apresentam abordagem das inúmeras drogas existentes, sendo<br>limitadas as drogas licitas, principalmente em relação a imagens. No entanto, o próprio<br>professor poderia promover essa integração na elaboração de suas aulas, a fim de<br>minimizar essa questão e debater as inúmeras drogas existentes. A imagem, quando bem<br>utilizada pode ser um importante instrumento de uso didático, pois além de chamar a<br>atenção do discente, colabora no seu aprendizado, auxiliando no esclarecimento de<br>dúvidas, que nem sempre o texto principal soluciona. Assim, a imagem torna-se aliada<br>do docente mediando o processo de construção do conhecimento.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11599 Currículos, Ensino e Ecologia no Brasil 2019-07-27T12:39:01-03:00 Eloisa Antunes Maciel elloisamacciell@hotmail.com Roque Ismael da Costa Güllich bioroque.girua@gmail.com Rosangela Inês Matos Uhmann rosangela.uhmann@uffs.edu.br <p>Em 1866 o biólogo Ernest Haeckel formalizou um termo, que ampliou completamente nosso entendimento sobre a relação dos organismos com o ambiente em que se inserem, esta ciência interdisciplinar foi denominada de Ecologia. O ensino desta Ciência ainda é pouco estudado em nosso país e este letramento ecológico, juntamente com a exploração deste no currículo escolar, se fazem necessários para que se possa compreender o verdadeiro papel do ser humano nas suas relações com o meio ambiente. A complexidade de investigações como esta que pautamos neste trabalho possui como finalidade a compreensão das dimensões curriculares &nbsp;acerca do ensino de Ecologia, pois ligar as necessidades da vida na terra ao processo de ensino e formação de professores é tarefa indispensável. À medida que a humanidade foi evoluindo, tanto social, como também tecnologicamente, a Ecologia adquiriu um perfil com maior ênfase nas atividades que pudessem minimizar ou auxiliar de modo preventivo as consequências causadas pela ação humana, aliando equitativamente os meios econômicos, sociais e culturais. No final do século XIX, a Ecologia passou a ser tratada como uma disciplina independente de forma mais abrangente, e em sua maioria, o aspecto curricular desta Ciência se baseava primeiramente em estudar as questões ecológicas em si, e então aprimoraram-se sob uma perspectiva embasada em movimentos socioambientais. O CEB(Congresso de Ecologia do Brasil), organizado pela SEB(Sociedade de Ecologia do Brasil) é um espaço em que os trabalhos da área são apresentados e discutidos, assim buscamos neste trabalho elencar as perspectivas/concepções curriculares que se apresentam nos trabalhos que se adequam ao ensino de Ecologia desde o nível da educação básica até a educação superior publicados no CEB de&nbsp; 2003 a 2015. Para seleção dos trabalhos analisados, utilizamos uma leitura criteriosa de todos os trabalhos, priorizando palavras chaves, títulos e aproximação com o tema em resumos, e após realizamos uma análise mais aprofundada sobre as concepções curriculares. Com base nas teorias tradicionais, críticas e pós críticas de currículo passamos a categorização dos trabalhos. Nesta pesquisa foram encontrados 31 trabalhos que contemplavam a área de ensino de Ecologia, destes 19:31 apresentaram em seu enredo concepções de currículo do tipo tradicional, 10:31 do tipo crítico e apenas 2:31 que enunciavam ideias associadas as teorias pós críticas de currículo. Se faz necessária uma ampliação de pesquisas como essa, que busquem avaliar o papel do currículo e das pesquisas de ensino e sua inserção em questões curriculares de ensino de Ciências/Biologia e de formação de Professores desta área. A forma como é tratado o ensino de Ecologia é de extrema importância, pois envolvem-se as diversas questões ambientais e destacamos que estudos como este auxiliam na melhoria de currículos e práticas de formação o que ressalta a necessidade de elaboração de novas perspectivas de Ensino de Ecologia/Ciências/Biologia que não se restrinjam somente a concepções tradicionais.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11600 REFLEXÃO COLETIVA ACERCA DAS RELAÇÕES ENTRE TEORIA E PRÁTICA EDUCATIVA EM UM GRUPO DE ESTUDOS SOBRE INVESTIGAÇÃO-AÇÃO 2019-07-27T12:39:01-03:00 Andrieli Taís Hahn Rodrigues andrielihahn@colegiodomhermeto.com.br Lenir Basso Zanon bzanon@unijui.edu.br <p>Este trabalho refere-se a uma pesquisa que objetiva analisar a vivência formativa no Grupo de Estudos sobre Investigação-Ação (GEIA), criado no início do ano 2014, vinculado ao PPGEC/UNIJUÍ, abrangendo um sistemático processo de estudo coletivo, que se configura como espaço de formação na interação entre professores e estudantes da graduação e da pós-graduação. Tais estudos têm sido focados na obra intitulada “Teoría Crítica de la Enseñanza: La Investigación-Acción en la Formación del Professorado”, de Carr e Kemmis (1988), ao longo dos últimos cinco anos. Tendo em vista que os participantes frequentam cursos na universidade, em sua grande maioria, cursos de mestrado, doutorado e alguns alunos da graduação, isso implica numa inerente e interessante diversidade de sujeitos, aliada a uma rotatividade por parte dos estudantes.</p> <p>A Pesquisa-Ação como referência ao desenvolvimento de pesquisas disseminou-se com mais intensidade por volta dos anos 2000, tendo como objeto o processo de constituição de um professor reflexivo investigador de sua própria prática, o que possibilita uma qualidade de ser pesquisador e de ser professor na qual o professor parte de uma ação, reflete sobre ela e a reconstrói, com produção de uma sistemática nova realidade; como ação transformação de seu trabalho em pesquisa e de sua prática, em relação de mútua reciprocidade. Nesse contexto, o GEIA possibilita interlocuções com objetivo comum de estudar, partilhar, discutir, ampliar, aprofundar e transformar os entendimentos sobre a Pesquisa-Ação como objeto de investigação.</p> <p>Com a participação nos encontros do GEIA, emergem diversas concepções e entendimentos acerca da Pesquisa-Ação, situados no contexto dos estudos e discussões, sistemática e coletivamente&nbsp;desenvolvidos, instigando diálogos críticos e autorais que possibilitem a transformação, ao mesmo tempo, de teorias e práticas educativas. Os discursos expressos pelos sujeitos participantes dizem respeito a relações dinâmicas que eles mantêm entre teorias e práticas, numa perspectiva crítica, dialética e emancipatória, com potencialidade para instigar mudanças nas condutas, atitudes, hábitos, normas, rotinas que perpassam as relações sociais, históricas, culturais, tendo como referência as teorias e práticas pessoais intrinsecamente implicadas.</p> <p>No decorrer dos encontros, articuladamente com a leituras/discussões da obra, emergem enlaces entre teorias e práticas educativas referentes aos ambientes da sala de aula, sinalizando a importância do professor investigador da prática educativa, dos conhecimentos na/sobre experiências, como análises dos fatos, vivências, diálogos, observações, interações e reflexões.</p> <p>&nbsp;Nesse contexto, os sujeitos expressam seu modo de ser/pensar/agir, vinculando leitura, pesquisa, escrita, reflexão, discussão, ressignificando pensamentos e ações no fazer educativo, a partir de registros em diário de bordo como narrativa de experiências de reflexão sobre práticas formativas em validação e (re) construção, assumindo a Pesquisa-Ação como transformação social, pela reflexão reconstrutiva das teorias e práticas educativas. A Pesquisa-Ação, no contexto do grupo de estudos, permite diálogos críticos com ressignificação da complexa rede de relações e interlocuções na formação inicial e continuada de professores.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11602 UMA ATIVIDADE DE ESTATÍSTICA COM O PROEJA 2019-07-27T12:39:02-03:00 Cristiane da Silva Stamberg cristiane.stamberg@iffarroupilha.edu.br Roselia da Rosa Lütchemeyer roselia.lutchemeyer@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho constitui-se no relato de uma experiência para o ensino de Estatística cujas atividades foram realizadas com uma turma do terceiro ano do Técnico Integrado em Manutenção e Suporte em Informática Modalidade PROEJA do Instituto Federal Farroupilha, Campus Alegrete, envolvendo a disciplina de matemática e abrangendo o conteúdo de Estatística. Inicialmente, procurou-se agregar o conhecimento empírico que os alunos do PROEJA trazem para o ambiente escolar ao conhecimento científico que pode ser desenvolvido, levando o aluno à reflexão e à prática. Para isso, foram apresentadas questões referentes à pesquisa estatística, e à alguns temas, tais como, número de irmãos, mês de nascimento, altura e peso. Esta pesquisa proporcionou o estudo e representação das Tabelas de Distribuição de Frequência, de dados não agrupados assim como, de dados agrupados. Após, foi feito o estudo das Medidas de Posição relacionadas a estes dados. Partindo deste estudo e dos questionamentos, análise e orientação do professor, os alunos exploraram possibilidades de pesquisa a ser realizada com as turmas do PROEJA, visando determinar o perfil do aluno que procura esta modalidade de ensino. Para isso, organizaram um questionário com as turmas, sendo que as questões levantadas foram: Idade. Número de filhos. Renda familiar. Número de pessoas que moram na residência. Escolaridade. Profissão. Tempo que ficou sem estudar. Motivos que levaram a abandonar os estudos. Motivos que os fizeram a voltar a estudar. Cada etapa desenvolvida foi realizada com uma abordagem, o que possibilitou aos alunos novas maneiras de compreensão e apreensão do tema explorado, bem como a ampliação do conhecimento matemático tendo por base os diferentes estudos apresentados. Ao final da pesquisa, comprovaram o que já haviam estudado, quanto à variável de pesquisa, organização de dados, representação gráfica destes dados. Constata-se assim, que além de saber ler e escrever, se faz necessário o saber comunicar-se, tomar decisões, resolver problemas, analisar situações do dia a dia e posicionar-se. E isto passa também pela análise, discussão e posicionamento frente a dados de uma pesquisa. Sendo assim, percebe-se a relevância de um trabalho em que estas atitudes são exigidas. Assim, este trabalho demonstra que a análise, reflexão e interação dos alunos pode enriquecer o processo de ensino e aprendizagem em matemática.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11603 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DE DISCENTES DOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS DO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CAMPUS JAGUARI 2019-07-27T12:39:02-03:00 Ricardo Antonio Rodrigues rianro@gmail.com Fernanda Lavarda Ramos de Souza fernanda-lr@hotmail.com <p>A saúde é um direito fundamental do ser humano, essencial para a efetivação<br>de outros direitos. Tratando da educação em saúde é uma área de conhecimento e<br>prática que reúne conceitos da educação e da saúde e é capaz de produzir vínculos entre<br>o contexto de saúde e as atitudes dos indivíduos, considerando suas percepções dentro<br>do processo de transformação. A educação em saúde tem por objetivo conscientizar as<br>pessoas para a emancipação e responsabilidade no cuidado com a saúde,<br>compreendendo a sua condição de saúde, em um contexto mais amplo e complexo, em<br>intervenções individuais ou coletivas. No espaço educacional, o discente vivencia, no<br>dia-a-dia, situações que permitem a troca de conhecimentos, comportamentos e práticas,<br>através da convivência e das relações interpessoais. Neste contexto, a educação em<br>saúde é estratégia valiosa para que, aliado aos valores e experiências de cada um, sejam<br>trabalhados assuntos relevantes de saúde que influenciem no autocuidado, qualidade de<br>vida e, consequentemente, na formação escolar. Tratando da educação profissional, ela<br>deve ser emancipatória, voltada para a formação integral dos discentes. Devem ser<br>oferecidas possibilidades de o discente pensar e agir para que consiga transformar a<br>realidade. Ele deve ter a formação para o mundo do trabalho, mas necessita também ter<br>a compreensão do contexto e das suas condições de vida. Nesse âmbito, pode-se incluir<br>o processo de educação em saúde, para que os discentes adquiram emancipação e<br>consciência de que seus hábitos de saúde podem influenciar na sua vida pessoal,<br>acadêmica e profissional. Os Institutos Federais devem ser campo de prática de ensino<br>integrado, não somente no que tange à sala de aula, mas também no desenvolvimento<br>dos temas transversais, onde se inclui a educação em saúde. Através de estratégias de<br>ensino das equipes de saúde, deve-se buscar instrumentos que possibilitem a<br>compreensão dos discentes sobre sua condição no mundo, a emancipação e ampliação<br>de suas capacidades para sua formação, para o mundo do trabalho e para a vida.<br>Oficinas, rodas de conversa, projetos de ensino e outras ações podem oportunizar a<br>socialização de conhecimentos e construção de novos saberes, novas formas de pensar e agir,<br>contribuindo para construção do ser omnilateral. Desta forma, pesquisar se as ações de<br>educação em saúde desenvolvidas pelas profissionais de saúde no campus Jaguari<br>sensibilizam os discentes dos cursos técnicos integrados, no entendimento da<br>importância de hábitos saudáveis para sua formação integral, faz-se relevante para que,<br>a partir dos achados, seja possível propor o desenvolvimento de ações atrativas para os<br>discentes que contribuam na emancipação e tomada de consciência dos mesmos, no<br>tocante à importância da saúde no seu processo educativo e qualidade de vida,<br>considerando que todos precisam ser atendidos em todas as suas dimensões.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11604 COMISSÃO DISCIPLINAR DISCENTE DO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO PARA UMA ATUAÇÃO MAIS EFICIENTE 2019-07-27T12:39:02-03:00 Alessandra Medianeira Vargas da Silva alesilva749@gmail.com Taniamara Vizzotto Chaves taniamara.chaves@iffarroupilha.edu.br <p>O presente estudo faz parte da pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) do Instituto Federal Farroupilha – <em>campus</em> Jaguari e tem como tema “<em>A comissão disciplinar discente do Instituto Federal Farroupilha”. </em>Neste sentido, os Institutos Federais de Educação são instituições de ensino técnico pluricurriculares e multicampi, que visam formar para a cidadania, para a vida e atuação em sociedade. Recebem anualmente uma grande diversidade de adolescentes que convivem e estão inseridos em vários espaços dentro destas instituições e que, por vezes, pode gerar conflitos considerando-se as diferenças e a diversidade de opiniões, vivências e conhecimentos. Por isso, é necessário que se criem regras de convivência escolar, pois em todos os momentos da vida, para um convívio pacífico e social, cumprem-se regras. Tais regras estão estabelecidas no <em>“Regulamento de Convivência dos Estudantes do Instituto Federal Farroupilha (IFFar)”</em> e no <em>“Manual para Instauração e o Acompanhamento de Processos Disciplinar Discente”.</em> Contudo, observa-se que em determinados momentos podem existir casos graves de conflitos e/ou indisciplina envolvendo esses adolescentes e, neste contexto, o Regulamento de Convivência expressa que se abra um Processo Administrativo Disciplinar Discente (PADD) para apurar os fatos e assim aplicar as medidas disciplinares cabíveis. Por outro lado, ocorre que em muitas situações os profissionais que fazem parte das comissões disciplinares da instituição, que são os responsáveis por analisar e julgar os casos de conflitos e indisciplina na instituição não encontram soluções prontas nos regulamentos institucionais, dadas as particularidades de cada um dos casos, fazendo com que muitas vezes a tomada de decisões seja conflituosa e carregada de incertezas. Nesta perspectiva, é que se constituiu esta proposta de pesquisa, pois, acredita-se que para que as comissões possam desenvolver um trabalho satisfatório, eficiente, contínuo e padronizado demandam estarem capacitadas para tanto. Assim, a pesquisa tem como objetivo geral proporcionar espaços de formações permanentes para as comissões disciplinares discentes do IFFar, com base em conhecimentos de cunho jurídico e prático procurando qualificar o processo Disciplinar Discente no que se refere à Instauração e Acompanhamento do processo e criar um canal de comunicação entre as comissões do IFFar. Assim, como procedimentos metodológicos será adotada uma pesquisa-ação com abordagem exploratória estruturada em etapas, a partir do caminho investigativo orientado pela pesquisa qualitativa, com amplo levantamento bibliográfico e documental, procurando estabelecer o referencial teórico-metodológico do trabalho. Como produto da dissertação, pretende-se elaborar uma formação para as comissões disciplinares do Instituto Federal Farroupilha a ser realizada com pessoas com notório saber jurídico, que venham a contribuir às demandas e prováveis dúvidas da comissão. Relacionado a isso, está o trabalho pedagógico norteador das comissões, para que os alunos tenham uma educação cidadã com consciência de seus atos e de suas consequências, pois à escola cabe também o papel de formar cidadãos. Por esse motivo, é importante que o processo disciplinar discente seja conduzido por servidores capacitados e que cumpram os princípios da Administração Pública, da Constituição e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tendo em vista que o ECA os protege.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11605 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES E A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 2019-07-27T12:39:02-03:00 Fabiana Ritter Antunes fabiana.25.antunes@gmail.com Karine Bueno do Nascimento karinebueno20@gmail.com <p>Este estudo teve como objetivo problematizar algumas questões relacionadas com a formação inicial e continuada de professores e sua articulação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental e bibliográfica, de natureza qualitativa. Como é de conhecimento, a BNCC é uma política pública educacional de Estado que visa garantir o conjunto de aprendizagens essenciais aos estudantes brasileiros ao longo da educação básica. Para isso, a BNCC configura-se como um documento normativo que implicará nas proposições de currículos das escolas; na formação de professores (inicial e continuada); na produção de materiais didáticos; e, por fim, nas matrizes e exames de avaliação externa. Referente a formação inicial e continuada de professores, o documento deixa claro que uma das primeiras incumbências da União será a revisão da formação inicial e continuada dos professores para esta fique em consonância com a BNCC. Diversas associações, a título de exemplo, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Associação Brasileira de Currículo, Associação Brasileira de Ensino de Ciências, Associação Nacional de História, Associação Nacional de Política e Administração da Educação; bem como diversos autores, tendo como exemplo, Marcos Garcia Neira, Alice Casimiro Lopes, Luiz Fernandes Dourado, Vera Peroni, Theresa Adrião, Luiz Carlos de Freitas, entre outros, destacam, que a BNCC está alicerçada em um currículo limitado pautado pela aparência e falta de criticidade. Some-se a isto, existe a preocupação de que o mínimo, proposto pela base, torne-se o máximo, tanto na oferta de ensino na educação básica, quanto na formação de professores. Frente ao exposto, é imprescindível que a formação dos professores, seja ela inicial e/ou continuada, seja pautada pela criticidade. Desta maneira, é fundamental que a BNCC seja problematizada como um todo, principalmente, com relação aos seus fundamentos pedagógicos e a articulação com as demais políticas públicas educacionais. Deste modo, espera-se que os professores tenham subsídios para refletir sobre esta nova reforma educacional, leia-se projeto educacional proposto pelo Estado. À visto disso, possam organizar seus trabalhos pedagógicos para além do que prevê a BNCC, bem como sejam capazes de argumentarem/resistirem as políticas de responsabilização aos professores sobre questões pertinentes ao âmbito educacional, em especial, aqueles referentes a qualidade da educação. &nbsp;</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11606 A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO TRABALHO DE DOCENTES NOS CURSOS INTEGRADOS A PARTIR DA ANÁLISE DE PROJETOS PEDAGÓGICOS 2019-07-27T12:39:03-03:00 Letícia Ramalho Brittes leticia.brittes@iffarroupilha.edu.br Ingridi Kerlin Tasca ingridiktasca@gmail.com <p>Esta pesquisa é incentivada e apoiada pelo Curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – PROFEPT do Instituto Federal Farroupilha e, conforme seu regulamento, integra-se à linha de pesquisa Organização e Memórias de Espaços Pedagógicos na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), além de alinhar-se ao Macroprojeto 5, o qual trata da organização do currículo integrado na Educação Profissional e Tecnológica. Tem como objetivo principal compreender a relação entre teoria e prática no cotidiano docente de dois cursos técnicos integrados do Instituto Federal Farroupilha – Campus Avançado de Uruguaiana: Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio e Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, a partir da questão de pesquisa que é analisar como os docentes que atuam no ensino médio integrado atribuem sentido as suas práticas pedagógicas na perspectiva do currículo integrado para organização da relação entre teoria e prática no contexto do ensino neste campus. Diante disso, pretende-se investigar por meio de pesquisa qualitativa de caráter explicativo, qual a concepção de ensino pautada nos pressupostos do currículo integrado que os educadores de ambos os cursos possuem e como se articula a relação entre teoria e prática neste contexto, considerando-se o ensino aprendizagem como um processo global e contextualizado de educação. Para isso, serão realizadas entrevistas semiestruturadas com os docentes do quadro efetivo desses cursos, que optarem por participar da pesquisa, as quais serão transcritas e analisadas. A análise dos dados será realizada com base nos pressupostos da análise crítica do discurso, verificar se esses educadores, em conjunto, trabalham na perspectiva de superar a dicotomia há muito existente entre ensino propedêutico, destinado à elite, e ensino técnico, direcionado para o proletariado, a fim de romper com essa divisão de ensino e tornar mais justa e igualitária a educação para toda a sociedade. Diante dos resultados obtidos com essa investigação, pretende-se atuar junto ao grupo docente no sentido de estimular, caso seja necessário, a reflexão dos mesmos sobre a importância da realização das práticas&nbsp;pedagógicas integradas em acordo com os pressupostos de educação integral previstos na<br>concepção de ensino dos Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica.<br>Ressalta-se que a pesquisa está em fase de projeto com previsão de qualificação até o mês<br>de agosto de 2019.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11607 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS: UM ESTUDO CURRICULAR 2019-07-27T12:39:03-03:00 Luana Hilgert Tonin toninhluana@gmail.com Rosangela Inês Matos Uhmann rosangela.uhmann@uffs.edu.br <p>Devido ao caráter holístico, humanista, interdisciplinar e participativo, a Educação Ambiental (EA) contribui para auxiliar no processo educativo, envolvendo educandos e educadores em ações coletivas de fundamental importância para a transformação da realidade. O que requer pensar no cotidiano dos sujeitos escolares e, assim nos materiais didáticos, a exemplo dos livros didáticos de Ciências, com o propósito de torna-los integrantes no processo de ensino voltado às questões socioambientais. Diante deste contexto, esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo analisar teses e dissertações no site do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) em atenção ao descritor da EA em livros didáticos de Ciências. Para tal análise, os trabalhos selecionados foram avaliados com base nas quatro concepções de EA descritas por Lago e Pádua (1985), a saber: ecologia social, ecologia natural, ecologismo e conservacionismo. Dentre as pesquisas analisadas, verificou-se que a minoria utilizou uma abordagem crítica e reflexiva de avaliação da EA em livros didáticos, o que as coloca dentro da concepção Ecologia Social, que leva em consideração a relação homem-natureza e aborda as questões ambientais de forma sustentável. Outros trabalhos, em maior número, apresentaram as outras concepções. Portanto, percebeu-se que a EA ainda é vista, de acordo com os resultados dos trabalhos analisados, como questões ambientalistas e mercadológicas, em que o meio ambiente é visto apenas como um recurso útil ao ser humano. De acordo com as pesquisas, os livros didáticos confundem o seu papel, muitas vezes, como mencionam Martins e Guimarães (2002), pois se limitam a oferecer informações sobre o meio ambiente, dando destaque para a ecologia natural, trazendo temas como fauna, flora, biodiversidade, desmatamento e/ou lixo. Esses temas são de suma importância; no entanto, falta agregar os valores humanos para que se tenha a mudança desejada: sensibilização, percepção e a alteração de postura perante as questões ambientais.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11630 ESCRITA, REFLEXÃO E SOCIALIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS COMO MODO DE (RES)SIGNIFICAR A DOCÊNCIA 2019-07-27T12:39:03-03:00 Vanessa Radiess Neunfeld vane.neunfeld@hotmail.com Judite Scherer Wenzel juditescherer@uffs.edu.br <p>O presente trabalho contempla a importância da escrita, da reflexão e da socialização de práticas de ensino no processo da (res)significação da docência. O trabalho teve como base o Programa de formação continuada, Ciclos Formativos em Ensino de Ciências e Matemática, que é realizado desde 2010 no <em>Campus</em> da Universidade Federal da Fronteira Sul de Cerro Largo. Segundo Güllich, Hermel e Bulling (2015), o programa foi criado para contemplar as diferentes necessidades (formativas, atualização, pedagógica, instrumental) dos professores, sejam eles em formação inicial e/ou continuada. A formação ocorre de modo coletivo envolvendo professores formadores, professores da Educação Básica e licenciandos dos cursos de Ciências Biológicas, Física e Química da Universidade. Os estudos e a pesquisa fazem parte do projeto pois o maior objetivo buscado é desenvolver a autonomia do professor por meio do processo de formação-investigação-ação. Os participantes são instigados a prática da escrita, seja em diário de bordo, na elaboração de relatos de experiência, de capítulos de livros e de trabalhos em eventos. Tal ação tem como prerrogativa a qualificação do processo de reflexão na e sobre as práticas. Segundo Güllich, Hermel e Bulling (2015), a curto prazo esses encontros têm possibilitado a atualização docente e a discussão de práticas. Em médio prazo, conseguiu-se desenvolver estratégias reflexivas e pesquisa das práticas docentes que vão progredindo. Essas diferentes estratégias de escritas que estão sendo desenvolvidas apresentam indícios de resultados que estão sendo construídos. Porlán e Martin (1997) nos dizem que o importante é o professor sair de um simples relato da sua aula e começar a analisar as causas e as consequências. É necessário que o professor escreva no diário de bordo e que também escreva relatos contextualizados para publicizar a sua prática, ampliar a sua visão em sala de aula e assim, mudar o seu fazer pedagógico. De acordo com Güllich e Person (2016), o programa apresenta encontros compartilhados de formação, ou seja, diferentes experiências são socializadas e buscam promover diálogos formativos e qualificar o processo de reflexão. De modo especial neste ano, estamos vivenciando a escrita de relatos individuais, a socialização das escritas e a troca de leitura entre os participantes. Nesse contexto enfatizamos para além da elaboração escrita, a importância dos diálogos compartilhados e, ainda, a&nbsp; troca de leitura entre os participantes visando a formação do leitor crítico e o espelhamento de práticas, que, segundo Güllich e Person (2016) desafiam os participantes de a partir de um texto lido, pensar, se distanciar de suas práticas pedagógicas e se aproximar das do outro, do colega, para externar o seu pensamento e contribuir no processo da escrita do relato e na (res)significação da docência.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11631 USO DE MATERIAIS CONCRETOS E RECURSOS TECNOLÓGICOS NO TRABALHO COM A GEOMETRIA PLANA NO ENSINO FUNDAMENTAL 2019-07-27T12:39:03-03:00 Carolina Hilda Schleger carolina00chs@gmail.com Natasha Inês Buche natasha.inesb@gmail.com Jeverton Iedo Dörr jevertonidorr@gmail.com Tanise da Silva Moura silvatanise18@gmail.com Vanessa Volkweis Rodrigues volkweisvanessa@gmail.com Elizangela Weber elizangela.weber@iffarroupilha.edu.br Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br <p>A matemática é uma ciência que busca desenvolver pensamentos cognitivos e<br>saberes científicos, construindo o raciocínio lógico e o pensamento crítico. Tal concepção<br>moderna da matemática foi sofrendo alterações e aperfeiçoamentos através dos tempos, mas<br>vale destacar que essa ciência é concebida das necessidades dos antigos povos, que por sua<br>vez a praticavam em seu cotidiano, sendo que as descrições simbólicas foram surgindo para<br>melhor denotar os procedimentos matemáticos. Com o intuito de demonstrar que a<br>matemática está diretamente ligada com o mundo real dos alunos, os acadêmicos do Curso de<br>em Licenciatura em Matemática bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à<br>Docência (PIBID), Instituto Federal Farroupilha (IFFar) - Campus Santa Rosa,<br>desenvolveram oficinas com alunos do 8° ano do Ensino Fundamental de uma Escola da rede<br>pública do município de Santa Rosa/RS . Tendo o propósito de explorar conceitos de<br>Geometria Plana adotou-se metodologias que se adequassem a essa perspectiva de ensino,<br>para que os alunos interpretassem situações da realidade relacionadas a matemática . Para<br>tanto, as oficinas foram planejadas de modo a explorar o raciocínio lógico envolvendo o<br>cálculo de área e perímetro, as propriedades das figuras planas, bem como suas definições.<br>Dessa forma, na primeira oficina os alunos foram subdivididos em grupos, na qual realizavam<br>um circuito de atividades com questões sobre figuras planas, descobrindo pistas e<br>deslocando-se por diferentes caminhos, para então encontrar o tesouro escondido. Na segunda<br>oficina, os alunos construíram um Tangram em papel quadriculado a fim de visualizar a área,<br>o perímetro e as variações destas medidas a cada novo recorte, além de identificar as figuras<br>planas obtidas e posteriormente realizar o cálculo da área e perímetro das mesmas. Na terceira oficina, a qual foi realizada nas mediações do IFFar campus Santa Rosa enfocou-se a<br>construção de figuras planas no software GeoGebra , bem como a realização de dobraduras<br>em papéis coloridos para o cálculo e visualização dos conceitos de área e de perímetro. No<br>decorrer das oficinas observou-se a superação das dificuldades apresentadas pelos alunos<br>referente aos conceitos de Geometria Plana, principalmente na diferenciação entre os<br>conceitos de área e perímetro. Vislumbrou-se ainda a satisfação, animação, desempenho e<br>participação dos alunos mediante as atividades propostas. Percebeu-se maior participação dos<br>alunos ao longo das oficinas, uma vez que apresentaram evolução no domínio desses<br>conceitos. Aos bolsistas, a cada oficina percebeu-se a necessidade de incluir no planejamento<br>seguinte explicações para auxiliar nas dúvidas que surgiam por parte dos alunos. Além disso,<br>a vivência dos bolsistas enquanto prática docente proporcionou discorrer sobre a atuação do<br>professor, o qual exige estabelecer diálogo constante sobre conhecimentos teóricos, didáticos<br>e metodológicos no processo de ensino e aprendizagem.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11601 A ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA COMO ESPAÇO INTEGRADOR DO CURRÍCULO E DA FORMAÇÃO ESCOLAR 2019-07-27T12:39:04-03:00 Lenir Basso Zanon bzanon@unijui.edu.br Jacqueline Ramírez jackyyram@gmail.com <p class="Default" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11.5pt;">Neste trabalho, discutimos a potencialidade da Área de Ciências da Natureza (CN) para promover o pleno desenvolvimento humano/social, como princípio ontológico e histórico pela relação trabalho/educação no curso do desenvolvimento humano/social. <em>“</em>O ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o que conhecemos com o nome de trabalho. Podemos, pois, dizer que a essência do homem é o trabalho. A essência humana não é, então, dada ao homem; não é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao contrário, a essência humana é produzida pelos próprios homens, então, assim, ele não nasce sabendo produzir-se como homem. Ele necessita aprender a ser homem, precisa aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do homem é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo, nesse sentido, aprender a ler, escrever e contar, e dominar os rudimentos das ciências naturais e das ciências sociais constituem pré-requisitos para compreender o mundo em que se vive, inclusive para entender a própria incorporação pelo trabalho dos conhecimentos científicos no âmbito da vida e da sociedade”<em>. (SAVIANI, 2007, p.154;160). </em>A carência de identidade do Ensino Médio compromete o desenvolvimento integral para a vida em sociedade, negligenciando o caráter dialético da realidade. “A necessidade de interdisciplinaridade na produção do conhecimento funda-se no caráter dialético da realidade que é, ao mesmo tempo, una e diversa e na natureza da sua apreensão. O caráter uno e diverso da realidade nos impõe distinguir os limites reais dos sujeitos que investigam os limites do objeto de investigação. Delimitar um objeto para a investigação não é fragmentá-lo, ou limitá-lo arbitrariamente. Ou seja, se o processo de conhecimento nos impõe a delimitação de determinado problema, isso não significa que tenhamos que abandonar as múltiplas determinações que o constituem.”. (FRIGOTTO et al, 1995, p. 27). Tendo em conta que todo processo educacional passa por transformações que permitem sua consolidação, desde as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 1998), o currículo escolar está organizado em Grandes Áreas do Conhecimento. Contudo, pouco mudou na prática docente: prevalece o ensino linear e fragmentado, cada disciplina bastando-se a si própria, fechada em seus conteúdos isolados e descontextualizados, em prejuízo à produção de sentidos e significados pelos estudantes, contrariamente à visão da Área como mediadora entre objetos complexos (totalidade) e objetos disciplinares/especializados. Características comuns às ciências que compõem a área permitem organizar e estruturar, de forma articulada, os temas sociais, os conceitos e os conteúdos associados à formação humano-social, na abordagem de situações reais facilitadoras de novas ações. Com essa organização, espera-se que ocorra a apropriação de necessários conhecimentos disciplinares, intercomplementares e transdisciplinares, ou seja, é com os demais componentes disciplinares da área que a Química pode participar no desenvolvimento das novas capacidades humanas. (BRASIL, 2006, p. 103). Isso qualifica o ensino/educação na Área no estudo de problemas socioambientais complexos de maneira integrada, pela compreensão alargada e em profundidade, cada disciplina coparticipando como imprescindível ao conhecimento do todo/parte/todo. </span></p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11646 CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM QUÍMICA ORGÂNICA 2019-07-27T12:39:04-03:00 Elizandra Preichardt elizpreichardt@bol.com.br Andressa Morais Waldow andressabm-@hotmail.com Rosangela Ines Matos Uhmann rosangela.uhmann@uffs.com.br <p>Apresenta-se neste texto reflexões realizadas a partir de uma intervenção didática planejada e executada por meio da inserção de bolsistas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) subprojeto de Química. Pesquisas têm evidenciado a importância do PIBID para o processo de formação inicial de professores, além disso, destaca-se a qualificação do processo de aprendizagem dos alunos da educação básica por meio das intervenções realizadas por meio do PIBID. Nesse sentido, buscamos realizar uma atividade em uma turma de 3º ano de Ensino Médio de uma escola pública do interior do estado do Rio Grande do Sul. A atividade foi planejada e executada com o acompanhamento da professora titular da turma e consistiu na realização de um experimento, que teve como objetivo analisar a presença de carbono na sacarose. Cabe destacar que a professora da turma já havia realizado a inserção do conteúdos introdutórios da química orgânica e, ao trabalhar com os alunos, sentiu a necessidade de realizar uma atividade prática que veio ao encontro do trabalho realizado pelos bolsistas do PIBID Química. A atividade experimental foi realizada de forma demonstrativa, considerando a falta de materiais de segurança a todos, sendo que um dos reagentes utilizados foi o acido sulfúrico concentrado, e os demais foram açúcar e copo de béquer. Na sequência foi distribuído um questionário aos alunos, contendo 6 perguntas de cunho investigativo, com a intenção de analisar o aprendizado dos mesmos acerca dos conceitos trabalhados e também da utilização de conceitos químicos, sendo que de &nbsp;um total de quatorze alunos, &nbsp;nove abordaram algum tipo de conceito químico em suas respostas, sendo que as palavras mais utilizadas foram; desidratação, processo exotérmico, reação e produto. Por meio das respostas identificamos que os alunos começaram a utilizar a linguagem química, os alunos demonstraram que estava entendendo o processo. Assim, podemos aferir que o processo de aprendizagem de conceitos é qualificada por meio da experimentação, ressaltamos a importância da compreensão de conceitos químicos que possibilita ao aluno obter uma visão critica sobre o cotidiano, podendo analisar compreender as reações ao seu redor, e contribuir assim para o construção do conhecimento científico.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11637 A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DE ALTA VIVÊNCIA NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA 2019-07-27T12:39:04-03:00 Bruna da Cruz dos Santos brunadacruz2010@gmail.com Fabiane de Andrade Leite fabianeandradeleite@gmail.com <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: black;">O programa Residência Pedagógica (RP)</span> <span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: #222222; background: white;">é uma das ações que integram a Política Nacional de Formação de Professores e tem por objetivo fomentar o aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de licenciatura, promovendo a imersão do licenciando na escola de educação básica, a partir da segunda metade de seu curso.</span><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: black;"> Nesse sentido, como participantes de um núcleo do programa RP, em uma universidade pública do interior do estado do Rio Grande do Sul, realizamos ações de intervenção em aulas de Ciências em turmas dos anos finais do Ensino Fundamental. Assim, apresentamos um relato de experiência realizado em uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, em que objetivou-se desenvolver nos estudantes argumentos acerca da temática Alimentação Saudável. Compreendemos que trabalhar hábitos alimentares saudáveis na educação básica tem sido temática recorrente e importante de ser abordada no contexto atual de ensino no Brasil. &nbsp;Para tanto, planejamos com a professora titular da turma uma prática educativa, em que focamos problematizar hábitos alimentares saudáveis e algumas doenças causadas pela má alimentação, doenças como a obesidade. A atividade consistia na elaboração de um bolo saudável, sendo que alguns dos ingredientes da receita tradicional foram substituídos por outros mais nutritivos. Substituímos a farinha de trigo tradicional por aveia em flocos finos, o açúcar por açúcar mascavo, o óleo de soja por óleo de coco, além da utilização do fermento químico, ovos, banana e maçã. Por ser um bolo rico em frutas que possuem alto teor de líquidos, não foi necessária a utilização de água ou leite. A atividade foi organizada em quatro momentos, no primeiro momento trabalhamos com questionamentos aos estudantes acerca dos hábitos alimentares, no segundo momento foram apresentadas situações acerca da obesidade e os riscos que causa à saúde e, no terceiro momento levamos os estudantes até a cozinha da escola onde fizemos a confecção do bolo saudável. Os estudantes participaram do processo de confecção do bolo, fosse ajudando a lavar as frutas ou a misturar alguns ingredientes em uma bacia. &nbsp;Após o bolo estar pronto foi feita uma confraternização com eles, para que pudessem provar o bolo e, assim, apreciar o resultado do trabalho. No retorno à sala de aula solicitamos que escrevessem um pequeno relato acerca da atividade, e qual a opinião sobre a substituição dos ingredientes, bem como relatassem a importância de termos hábitos alimentares saudáveis. Com a realização da atividade identificamos a importância de abordar temáticas de alta vivência com os estudantes, além de problematizar situações relativas à saúde, ocasionados pelos maus hábitos alimentares. Assim, consideramos que esse tipo de atividade é tão importante para os estudantes, como também, para nós futuros professores. Como participantes do programa RP percebemos a importância de vivenciarmos ações práticas na escola, pois contribuem para a construção da nossa identidade como futuros professores. </span></p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11638 CURRÍCULO INTEGRADO E VERTICALIZAÇÃO: FORMAÇÃO INTEGRAL QUE TRANSPASSA OS NÍVEIS DE ENSINO 2019-07-27T12:39:04-03:00 Márcia Adriana Rosmann marcia.rosmann@iffarroupilha.edu.br Rudião Rafael Wisniewski rudiao.wisniewski@iffarroupilha.edu.br <p>Por meio de pesquisa documental, analisou-se a Lei 11.892, de dezembro de 2008, a qual institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), no que tange à temática deste texto: a verticalização do ensino e do trabalho docente. Realizou-se ainda, pesquisa bibliográfica sobre currículo integrado, objetivo primeiro, conforme disposto na seção III, art. 7º, inciso I, da lei em análise: “ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos” (BRASIL, 2008). A formação integral objetivada nos IFs passa pelo ensino integrado, pois, consoante Araujo e Frigotto (2015, p. 61), “o essencial é vincular o ensino ao trabalho real dos alunos, valorizando a sua auto-organização e requerendo uma atitude humana transformadora”. A atuação verticalizada é uma forma de garantir um currículo integrado. A seção II, art. 6º, incisos I a IX, da lei de criação dos IFs, trata de suas finalidades e características. O inciso III, portanto, assegura que os IFs devem “promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão” (BRASIL, 2008). Desse modo, muitos <em>campi</em> ofertam cursos de igual área do conhecimento, a qual transpassa três níveis de ensino: Ensino Médio, Superior e Pós-graduação. Isso permite ao jovem ou adulto que realizou um curso técnico integrado ao Ensino Médio ingressar no mundo do trabalho sem precisar parar de estudar, pois pode frequentar um curso superior (tecnológico ou licenciatura) na sua área, possibilitando melhores condições de crescimento pessoal e profissional. A pós-graduação é a oportunidade de ampliar e aprimorar a formação integral dos cidadãos que passaram pelos outros níveis da verticalização dos IFs.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11633 Prática Pedagógica Integrada e suas Potencialidades na Formação do Técnico em Agricultura do IFFar Campus Santo Ângelo 2019-07-27T12:39:04-03:00 Maria Aparecida Lucca Paranhos maria.paranhos@iffarroupilha.edu.br Carmen Smaniotto carmen.smaniotto@iffarroupilha.edu.br <p>Este texto apresenta uma metodologia de ensino desenvolvida pelos Institutos Federais. Trata-se da Prática Profissional Integrada, que consiste no desenvolvimento de uma ação pedagógica envolvendo disciplinas da área técnica e da área básica em torno de um tema. Neste caso, “Práticas agroecológicas para o manejo de insetos e plantas daninhas na horta do IFFar <em>Campus</em> Santo Ângelo”, desenvolvida com estudantes do 1º ano do Curso Técnico em Agricultura Integrado ao Ensino Médio. A agroecologia é uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis, proporcionando assim, um agroecossistema sustentável. O Curso Técnico em Agricultura do IFFAr <em>Campus</em> Santo Ângelo deve orientar suas práticas pelos princípios desta ciência. Para tanto, objetivou-se desenvolver conceitos e ações relacionados a práticas agroecológicas, possibilitando aos alunos a compreensão e o uso de técnicas para o manejo de insetos e plantas daninhas. A turma foi organizada em 6 grupos, com 5 alunos em cada grupo. Todos os alunos participaram do plantio e do manejo das hortaliças do início até o final do ciclo. Sob a orientação dos professores, buscaram controlar as pragas com defensivos alternativos, visando a uma agricultura sustentável de base agroecológica. Cada grupo aplicou uma técnica para o controle de insetos e plantas daninhas, acompanhando e registrando o ciclo do cultivo, por meio de imagens e relatórios. Os resultados demonstraram que os alunos desenvolveram uma postura investigativa e crítica diante das práticas, avaliando e posicionando-se sobre os resultados obtidos. Concluímos que essas ações interdisciplinares contribuem para a formação integral dos sujeitos, na perspectiva do Currículo Integrado, em que as disciplinas das áreas técnica e básica se voltam para um mesmo objeto de estudo. Além disso, possibilitam a efetivação de comportamentos e posturas que estimulem a comunidade escolar na realização de atividades sustentáveis e que possam melhorar a qualidade de vida da comunidade, tendo como princípio a agroecologia.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11634 EDUCAÇÃO E TRABALHO NO MST: PERSPECTIVAS DE FORMAÇÃO DE IDENTIDADE DOCENTE 2019-07-27T12:39:05-03:00 Raquel Folmer Correa raquel.correa@iffarroupilh.edu.br Madalena de Oliveira magdalenaoliveira98@gmail.com <p>Nesse trabalho, considera-se a temática da formação da identidade docente como processo integrado e permanente. Entende-se que a formação de identidade docente é um processo educativo e, como tal, envolve conscientização e testemunho de vida. Conforme Mészáros (2005), as aprendizagens nunca cessam, ocorrem ao longo de toda a vida dos sujeitos. Desse modo, concorda-se com esse autor, tendo em vista sua percepção de que os vínculos entre educação e trabalho são estreitos e inseparáveis, na medida em que se propõem processos educativos constituintes da luta emancipatória dos sujeitos. O objetivo almejado é verificar de que maneira, e em que medida, vivências em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra se relacionam com a formação de identidade docente em um curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC) baseado na Pedagogia da Alternância. Compreende-se a LEDOC como formadora de educadores/as tendo em vista sujeitos semelhantes, companheiros/as (ROCHA e MARTINS, 2007), que, na Pedagogia da Alternância valorizem os conhecimentos prévios da realidade específica de cada sujeito (PACHECO; GRABOWSKI, 2012). Os procedimentos metodológicos utilizados são baseados em metodologia qualitativa, com coleta de dados primários através de diário de campo e resgate de memória social. A coleta de dados está a ocorrer durante o primeiro semestre de 2019. A análise de dados se dará através de referencial teórico metodológico da&nbsp;Análise&nbsp;do&nbsp;Discurso francesa, proposta por Michel&nbsp;Pêcheux (1969). Os resultados preliminares demonstram que as trajetórias de vida e de trabalho de estudantes da LEDOC do assentamento Nova Primavera, situado na comunidade do interior do município de Bossoroca/RS, tem estreita relação com a formação de identidade docente na medida em que as vivências no assentamento (i) valorizam a troca de experiências entre companheiros/as, famílias e docentes, e (ii) procuram formar jovens emancipados/as que tenham condições de defender seus próprios interesses e que busquem superar a exploração do capital. Diante disso, pretende-se prosseguir com a pesquisa aqui apresentada tendo em vista a construção e divulgação de conhecimentos que contribuam com a caracterização e análise das relações entre educação, trabalho e formação docente em contextos específicos.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11635 FORMAÇÃO DE PROFESSORES: COMPROMISSOS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS DO IF FARROUPILHA 2019-07-27T12:39:05-03:00 Samuel Muller Forrati samuel.forrati@gmail.com Eliane de Lourdes Felden eliane.felden@iffarroupilha.edu.br Anderson Daniel Stochero anderson_stochero@yahoo.com.br Douglas Gabriel Schinke douglasschinkedouglas@gmail.com <p>Este estudo apresenta um trabalho de pesquisa em desenvolvimento no Instituto Federal Farroupilha (IFFar) tendo como tema a investigação da formação de professores. O objetivo da pesquisa é oportunizar a participação dos servidores e acadêmicos, em um processo de formação, na perspectiva de definir os princípios epistemológicos, didático-pedagógicos&nbsp; e políticos que precisam sustentar as propostas dos cursos de licenciatura, visando consolidar inovações pedagógicas, como caminho para uma formação docente da melhor qualidade. O problema de pesquisa está assim definido: Quais são os princípios epistemológicos, didático-pedagógicos e políticos que precisam sustentar os currículos dos cursos de licenciaturas dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha, como caminho para garantir uma formação docente da melhor qualidade? A formação de professores é um tema caro e urgente no Brasil, que se reveste de complexidade, daí a necessidade de fortalecer o campo da Pedagogia da Educação Superior (ensinar, aprender, avaliar), examinando elementos de ruptura, ressignificando o campo da formação dos profissionais da educação. A Formação Inicial de professores é uma temática que está sendo investigada, a partir de uma pesquisa bibliográfica e, também,&nbsp; na pesquisa qualitativa, envolvendo profissionais que atuam no ensino superior e estudantes egressos dos Cursos de Licenciatura. O IFFar, assume a formação de professores, como política institucional, desse modo, é indiscutível a necessidade de empreender ações capazes de&nbsp; inovar o processo de formação política, científica e pedagógica dos docentes. A investigação encontra-se em desenvolvimento, mas já é possível apresentar princípios epistemológicos, didático-pedagógicos e políticos que precisam sustentar os cursos de licenciaturas do IFFar, entre eles: a&nbsp; visão integrativa da formação, ou seja, uma organização que favorece a formação do profissional da educação para atuar em diferentes níveis do ensino, articulado aos fundamentos dos Institutos Federais que é a atuação pedagógica verticalizada ( desde a educação básica até a superior). Assim, uma instituição de ensino superior, necessita estruturar um programa de formação,&nbsp; a partir de uma complexidade de elementos: uma substancial formação científica e cultural; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; trabalho articulado com as instituições de ensino, parceria com as escolas para o fortalecimento de uma formação docente de qualidade; utilização das tecnologias da informação e comunicação como ferramentas de apoio para inovar o processo de ensino e aprendizagem;&nbsp; construção de projetos integradores que contemplem a educação do campo; e demais modalidades previstas pela legislação, entre outros. Nesse sentido foi realizado um recorte também em referenciais legais, que apontam a necessária articulação entre teoria e prática, no processo de formação, apoiada no domínio de conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos específicos, segundo a natureza da função. Conclui-se que são inúmeros os pressupostos que sinalizam um caminho para garantir uma formação docente da melhor qualidade. Há uma intencionalidade em constituir o IFFar, como centro de referência em formação docente, reconhecido como espaço compartilhado de&nbsp; estudo, pesquisa e problematização da atuação verticalizada de professores, instituindo cursos de licenciatura com maior densidade acadêmica.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11636 AS REPRESENTAÇÕES DE MEIO AMBIENTE DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL 2019-07-27T12:39:05-03:00 Eliane Gonçalves dos Santos santoselianegoncalves@gmail.com Leonardo Priamo Tonello leonardo.priamo.tonello@gmail.com <p>Na atualidade, a Educação Ambiental (EA), se caracteriza como uma discussão central no Ensino de Ciências (EC) e nas demais áreas do conhecimento.&nbsp; Daí a necessidade de abordá-la por um viés socioambiental, como um tema transversal e complexo, que visa um meio ambiente saudável e de qualidade de vida para todos os seres que habitam o planeta. Mas, para avançarmos na direção de uma visão socioambiental e comprometida com a vida, é necessário investirmos massivamente na formação de sujeitos conscientes e sensíveis para a mudança de comportamento, atitudes e consciência crítica da realidade, assim, como para o enfrentamento de questões socioambientais. Neste sentido, cabe refletir qual a abordagem ou mais precisamente as práticas pedagógicas que são realizadas no EC, relacionadas à EA. Considera-se, que o trabalho com a EA, é realizada a partir das representações ( naturalista, globalizante e antropocêntrica) que os professores apresentaram de meio ambiente. Aliado a isso, as representações sociais de meio ambiente, podem caracterizar as práticas pedagógicas docentes, relacionados com este tema. Compreendendo que as representações de meio ambiente, determinam e regem as práticas pedagógicas do professor na EA, este trabalho teve por objetivo identificar e refletir sobre as representações de meio ambiente de professores em formação inicial. Esta pesquisa é qualitativa, do tipo documental em Educação. Sendo utiliza para a análise dos dados a Análise de Conteúdo. A população e amostra, foi composta por 12 licenciandos, pertencentes ao programa PETCiências, que apresenta um eixo central, Meio ambiente e formação de professores. O grupo foi inquirido a partir de uma questão central: <em>Prezados, tendo em vista que participamos de um programa de Educação Tutorial que tem como eixo principal Meio Ambiente e Formação de Professores, para você Petiano, o que é Meio Ambiente?, </em>via grupo (fechado) de Facebook. As respostas foram classificadas por categorias <em>a priori</em> de representação de meio ambiente, sendo elas: naturalista; globalizante; antropocêntrica. Respectivamente nestas categorias, os resultados demonstram a ocorrência da representação globalizante (9:12), seguida da naturalista (2:12) e pôr fim a antropocêntrica (1:12). Por meio destes resultados, consideramos uma ampla predominância da representação globalizante, orientando para possibilidade de práticas pedagógicas na EA, mais contextualizada na relação natureza-homem-sociedade, considerando o meio ambiente como um todo (aspecto global), integrando sua complexidade e dimensionalidade, a partir de uma visão holística. Cabe também ressaltar, a importância do programa PETCiências, na formação inicial de professores, com um eixo central, pautado em temáticas como meio ambiente e formação de professores, orientando para o trabalho com EA no EC.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11639 O JOGO COMO UMA FERRAMENTA TECNOLÓGICA ASSOCIADA AO ENSINO DA MATEMÁTICA 2019-07-27T12:39:05-03:00 Cristiane da Silva Stamberg cristiane.stamberg@iffarroupilha.edu.br Edson Luis Bruxel edson.bruxel@hotmail.com <p>O presente trabalho refere-se ao projeto realizado na disciplina da Prática de Ensino de Computação, no Curso Superior de Licenciatura em Computação, no Instituto Federal - <em>Campus</em> Santo Ângelo, em que foi escolhido um “Quiz”, jogo de perguntas e respostas sobre o tema determinado pela docente responsável pela disciplina de matemática. Essa atividade foi realizada no segundo ano do Curso Integrado em Manutenção e Suporte em Informática da mesma Instituição. O Jogo vem através do seu conceito mais lúdico facilitar a interação dos estudantes no meio em que estão inseridos e, como consequência buscar novas vivências no ato de ensinar e aprender. O “Quiz de Matemática” realizado foi uma ferramenta mais atual e interativa, que serviu de auxílio na aprendizagem com relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula, atuando como um reforço mais atrativo e que possa ser lembrado com mais facilidade pela interação que as interfaces gráficas geram no jogador, pois foram utilizados recursos tecnológicos. O método utilizado para realizar o levantamento de requisitos deste jogo, foi à técnica de grupo chamada de Brainstorming, na qual se utiliza a geração de ideias no grupo, aproveitamento de várias hipóteses, ocorrendo um encorajamento do pensamento livre sem predefinições (padronização) na parte inicial do desenvolvimento do jogo. Ao analisarmos os desafios da informática na educação e o ensino da computação por meio de ferramentas digitais, percebemos que a escola não é mais o único lugar que pode acontecer a formação humana e, sim um espaço privilegiado no qual os alunos poderão oportunizar uma trajetória rica em diferentes contextos sociais e com uma construção de valores que podem impactar de forma positiva a construção de uma sociedade mais justa e democrática. O computador aliado às novas tecnologias, com vistas a ser utilizada na educação vem romper com o conceito de educação centrada num único saber, voltando-se para o desenvolvimento das capacidades cognitivas do estudante, bem como, mudando as perspectivas atuais sobre o ensino e aprendizagem. Com o desenvolvimento deste “Quiz de Matemática” aprendemos que temos um longo caminho a percorrer como docentes e técnicos, a nossa formação como Licenciados em Computação deve nos proporcionar os meios e os fins para alcançar o desenvolvimento de tecnologias que visem melhorar o ensino e a aprendizagem dos discentes e, auxiliar os colegas docentes na desmistificação do uso das tecnologias em sala de aula. Com esse trabalho, mostramos também, que os IFs possuem um aspecto muito positivo aliado à formação docente, a verticalização, aliada ao tripé ensino como um contexto favorável à qualificação e a oferta dos cursos de licenciatura, com possibilidades de atuação verticalizada dentro da própria instituição, com ações concretas que contribuem para a qualificação do processo formativo.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11640 RELAÇÕES ENTRE CURRÍCULO E PODER: POR UM ENSINO DE TODOS E PARA TODOS 2019-07-27T12:39:05-03:00 Gabriele Panke Scheleski gabriele.scheleski@hotmail.com Raquel Weyh Dattein raquel.dattein@hotmail.com Maria Cristina Pansera de Araújo pansera@unijui.edu.br <p>Intentamos fazer uma reflexão a partir das concepções de currículo apresentadas por Tomaz Tadeu da Silva, em seu livro Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Segundo Silva (2005), o conceito currículo tem sua origem nos Estados Unidos, no período Industrial, a partir do ensinar da leitura e escrita. O currículo tradicional objetivava qualificar a mão de obra com caráter reprodutivista, sem instigar a reflexão ou outros movimentos de aprendizagem. As teorias tradicionais de currículo têm a pretensão de ser neutras, científicas e desinteressadas, porém, bem estruturadas e alicerçadas. As teorias críticas e as pós-críticas, em contraponto, defendem ausência de neutralidade e desinteresse, pois estão imbricadas em relações de poder, cada vez mais, perceptíveis na sociedade. Silva provoca a pensar sobre que conhecimentos, teorias e conceitos; nós professores fundamentamos o ensino aos alunos, e como decidimos quais são mais ou menos importantes. Será que temos algum conhecimento sobre as teorias do currículo?. Entendemos que currículo é um processo de construção conjunta, a partir da identidade dos sujeitos inseridos no sistema educacional, cada um com seus conhecimentos e saberes. Silva (2005) alerta para o cuidado com as teorias do currículo, bem como com sua construção, já que tais ações se constituem permeadas de relações de poder. O autor ainda enfatiza que para a constituição de um currículo com a identidade do grupo de sujeitos, os questionamentos devem seguir em torno de: “o que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado importante, válido, essencial para incluir no currículo?” (SILVA, 2005, p. 14-5). Nesse sentido, o papel da escola é produzir conhecimento e não os reproduzir, conforme pressupõe o currículo tradicional vinculado ao modo capitalista de pensar. No momento em que nos colocamos como sujeitos reflexivos e ativos no contexto curricular, somos capazes de dar outros sentidos aos significados impostos pelos detentores do poder, nos tornando mais autônomos ao mesmo tempo que mais coletivos. Como educadores, temos a responsabilidade de sermos produtores e mediadores de currículos, que dialoguem com os mais diversos cidadãos e conhecimentos envolvidos, neste contexto, numa aposta que ultrapasse as fronteiras das disciplinas escolares e rompa as raízes de poder instauradas.</p> 2019-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11641 CURRÍCULO ESCOLAR: COMPREENSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2019-07-27T12:39:06-03:00 Fabiane de Andrade Leite fabianeandradeleite@gmail.com Ana Paula Hilbig anapaulahilbig@hotmail.com <p>A pesquisa trata de um estudo qualitativo em que buscamos analisar as compreensões, de professores da educação básica participantes dos Ciclos Formativos para o Ensino de Ciências, projeto de extensão vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática (GEPECIEM) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Cerro Largo/RS, acerca do que é currículo. A pesquisa iniciou com a análise do desenvolvimento de Estilos de Pensamentos (EP) de professores que participam dos encontros formativos realizados pelo projeto de extensão. A partir da realização de entrevistas, em que as perguntas visavam atentar sobre a importância dos encontros formativos, as principais metodologias trabalhadas e como a participação no projeto de extensão auxilia na atuação do professor em sala de aula e qualifica o processo de formação e reflexão dos professores. A partir das entrevistas e da contribuição de estudos anteriores já realizados no contexto, identificamos o desenvolvimento de dois EP, sendo um caracterizado como transformador, e outro caracterizado como conservador. A compreensão das categorias de EP dos professores participantes do projeto de extensão contribui para qualificar o processo de formação de professores, em especial, dos cursos da área de Ciências da Natureza da UFFS – Campus Cerro Largo/RS, e possibilita investigar características &nbsp;dos EP quanto a temáticas específicas, como as compreensões acerca do currículo. Assim, realizamos uma busca nas escritas publicadas em relatos de experiência, artigos e capítulos de livros dos professores que se caracterizaram com EP conservador, bem como dos professores com EP caracterizado como transformador. Ainda, foram realizadas entrevistas com questões específicas acerca do currículo: O que você compreende por Currículo Escolar? Quem são os responsáveis pela construção de um currículo escolar? No seu processo de formação em que momentos você participou de discussões sobre o currículo escolar? Como as questões foram realizadas com professores de diferentes EPs, as respostas evidenciaram características que fortalecem a caracterização inicial. Destacamos que um dos professores do grupo com EP conservador relatou que “Currículo é uma seleção de conteúdos das várias disciplinas que compõe os componentes curriculares”, já outro professor do grupo de EP transformador apresenta que “O Currículo Escolar é tudo o que desenvolvemos e realizamos no colégio em função dos alunos e vai muito além de uma lista de conteúdos que são trabalhados em sala de aula durante um ano letivo”. Com isso, depreendemos a importância em mantermos uma vigilância epistemológica com relação ao desenvolvimento do pensamento de professores em processos de formação continuada, pois compreendemos que a forma como o professor pensa reflete nas escolhas que realiza para o trabalho docente.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11642 PERSPECTIVAS DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DO PROEJA DO IFFAR CAMPUS PANAMBI A CERCA DO CURRÍCULO INTEGRADO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES 2019-07-27T12:39:06-03:00 Sandra Elizabete Bazana Nonnemacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Daniela Carolina Ernst daniela.ernst@aluno.iffar.edu.br Cintia Beatriz Diehl Güntzel dos Santos cintia.santos@iffarroupilha.edu.br Ana Rita Kramer da Fontoura ana.fountoura@gmail.com Talita Abi Rios Timmermann talitagaucha@gmail.com Rita de Cássia Camilio ritacamilio@yahoo.com.br <p>Pesquisas educacionais ao longo da última década apontam a importância do Currículo Integrado (CI) para a formação de sujeitos omnilaterais, contudo, ainda existe uma descontinuidade entre o que se ensina e o que se pretende formar com o currículo integrado. Buscando caminhos para a superação dessas dualidades presentes na formação de Jovens e Adultos, estudantes de cursos PROEJA, é que se desenvolveu essa pesquisa de cunho qualitativo e que usou como instrumento a pesquisa de campo. Foram analisados os discursos, numa perspectiva foucaultiana, de professores de Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química). A intencionalidade da pesquisa era de investigar se os professores dessa área de conhecimento conseguiam apontar possíveis caminhos para a implementação do Currículo Integrado em cursos de PROEJA, identificando e tentando entender seus processos formativos iniciais e de educação continuada. Além disso, tentou-se compreender e explicar os limites e reflexões desses professores sobre suas próprias práticas. Para tanto, foram entrevistados no segundo semestre de 2018, 3 professores que trabalham com Ciências da Natureza no Instituto Federal Farroupilha Campus Panambi na modalidade PROEJA, sendo respectivamente um docente de química, física e biologia, porque entendemos que o tempo-espaço da sala de aula é o âmago da implementação desse currículo e esse entendimento pode direcionar para a percepção do conjunto de diferenças que dele fazem parte e assim contribuir para a sua efetiva aplicação. Os resultado das análises apontam para uma multiplicidade de diferentes discursos com uma conotação de identidades que estão sempre à procura da sua finalização, só que nunca se finalizam. Os conhecimentos da área de Ciências da Natureza selecionados para o PROEJA são aqueles valorizados pelo sistema neoliberal que são categorizados, formatados, compreendendo uma rede de sistemas de significação e de sentidos que por si mesmos instituem a diferença. São definidos em meio às relações de luta e poder que acontecem nos espaços escolares, são voláteis, por vezes arbitrários e produtores das mesmas relações de poder e opressão. Ao mesmo tempo, os docentes assinalam que é fundamental para o profissional que atua nessa modalidade de ensino, o comprometimento com a transformação social através de suas práticas e se enxergam como agentes de transformação, quando apontam a necessidade da Instituição (IFFAR) investir em capacitação para a atuação dos mesmos no PROEJA. Acreditam que a oferta de cursos de formação continuada poderiam ajudá-los a perceber as nuances das relações de poder e também, pesquisarem sua própria prática, no sentido da pesquisa-ação-reflexão e com isso, adequando suas atuações às necessidades das diversas realidades presentes na sala de aula.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11643 PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR (PECC) CONTEMPLANDO O ENSINO DA MATEMÁTICA, O FRACASSO ESCOLAR E O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA 2019-07-27T12:39:06-03:00 Rubia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br Franciele Meinerz Forigo franciele.forigo@iffarroupilha.edu.br Paola de Costa decostapaola@gmail.com <p>Esse trabalho relata uma pesquisa realizada por uma acadêmica do 2º semestre do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Farroupilha Campus Santa Rosa, que visou contemplar a ementa da disciplina de Prática enquanto Componente Curricular (PeCC), a qual se refere a vivência de um projeto de pesquisa em investigação matemática. O estudo abordou a relação entre a reprovação, a dificuldade no aprendizado da matemática e o fracasso escolar em turmas de Ensino Médio Integrado de uma Instituição da Rede Federal de Ensino, Básico, Técnico e Tecnológico. Considerando que o fracasso escolar pode decorrer dos mais diversos fatores, extrínsecos ou intrínsecos, o estudo da relação entre o fracasso escolar e o ensino da matemática se fez pertinente para que se possa compreender os reais motivos que levam os alunos à evasão e/ou insucesso escolar, especialmente no Ensino Médio Integrado de uma instituição da Rede Federal de Ensino, Básico, Técnico e Tecnológico. Além de ser caracterizada por seu aspecto qualitativo, tratou-se de um estudo de caso, pois a investigação foi realizada em uma determinada instituição de ensino, em um curso ofertado por esta instituição. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados os documentos fornecidos pela Secretaria de Registros Escolares, do Serviço de Apoio Pedagógico (SAP) e do Centro de Assistência Estudantil (CAE), sendo eles: os boletins dos estudantes, os diários dos professores, atas de conselhos de classe, e atas de atendimento de estudantes. Ainda, para a coleta de dados foi elaborado um questionário, com questões abertas e fechadas, para os estudantes do Ensino Médio Integrado que reprovaram em Matemática. Analisou-se os principais conceitos sobre fracasso escolar trabalhados por diversos autores relevantes para estabelecer os aspectos que mais influenciam nas dificuldades do aprendizado da Matemática e, a partir disso, definiu-se algumas conclusões acerca do tema, para que se possa diminuir os índices de fracasso escolar, tais como maior aproximação aluno-professor, melhor didática e aplicação dos conceitos aprendidos em sala de aula, atendimento multidisciplinar, em especial ao aluno com problemas pessoais e/ou emocionais. Pode-se inferir, diante das pesquisas realizadas e das respostas obtidas através dos questionários respondidos, que alguns estudantes referiram não gostar de estudar a matéria por não entendê-la, pelas aulas serem pouco atrativas e pela falta de aplicabilidade dos conceitos aprendidos em sala de aula no seu dia a dia. Além das contribuições do estudo para a comunidade acadêmica foi possível observar o a construção do processo investigativo pela acadêmica do curso de Licenciatura em Matemática. Nesse sentido, percebe-se que as atividades propostas pela PeCC cumprem com seu objetivo de oportunizar o reconhecimento e a reflexão sobre o campo de atuação docente alinhando à aplicação dos conhecimentos científicos ao desenvolvimento de projetos e metodologias que tragam benefícios a aprendizagem dos estudantes.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11644 UM OLHAR PARA O ENSINO DA ORIGEM DA VIDA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE BIOLOGIA 2019-07-27T12:39:07-03:00 Carol Severo carolsvro@gmail.com Carline Marcieli Sapiezinski carline0409@hotmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>&nbsp;</p> <p>O presente trabalho foi desenvolvido na disciplina de Prática de Ensino de Biologia I, no primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, Campus Santo Augusto. Buscou-se fazer uma reflexão sobre a abordagem do tema “Origem da Vida” em aulas de Biologia no ensino médio. Para além do estudo das teorias de origem da vida, foi realizado um olhar atento para livros didáticos e, na sequência, uma vivência em escolas para entrevistar professores sobre o ensino desses conteúdos na educação básica e, em seguida, elaborar em artigo acadêmico. Foram elaboradas algumas questões semiestruturadas que serviram de fio condutor nas interações com os professores. Optou-se por realizar as entrevistas em duas escolas: Escola Estadual De Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini – CIEP (Santo Augusto/RS) e na Escola Estadual de Ensino Médio Olavo Bilac (Esperança do Sul/RS). As questões centrais giravam em torno de quais conteúdos e metodologias eram utilizadas para ensinar a origem da vida. As respostas das professoras foram organizadas e analisadas, com apoio em referenciais. A professora do CIEP desenvolve os conteúdos sobre origem da vida no terceiro ano do ensino médio, usando livro didático, fazendo leituras e analisando algumas ilustrações. Menciona que “os estudantes sabem falar sobre o criacionismo, mas desconhecem as teorias científicas”. Na Escola Olavo Bilac esse conteúdo é trabalhado no primeiro ano do ensino médio. A professora entrevistada comenta que gosta de “estimular o debate” e para isso questiona os estudantes e promove, com certa cautela, uma discussão sobre os conhecimentos que já possuem (de modo geral o criacionismo). Os conhecimentos científicos “que estão nos livros didáticos são usados para fomentar os debates”. De modo geral, os conhecimentos trazidos pelos estudantes são aqueles ligados à aspectos religiosos, que são (re)discutidos no ambiente escolar, seja pela via da discussão/debate, seja pelas leituras em livros didáticos. Compreendemos que é importante a discussão sobre a temática em questão, independente da metodologia utilizada. Mas, para nós que estamos iniciando um curso de formação de professores, a interação com a escola configura-se como um espaço muito fértil na nossa formação. Compreendemos que serão necessárias muitas experiências como esta, para que possamos “aprender a ser” um bom professor. Além disso, a sistematização das ideias na forma de um artigo acadêmico, configura-se como um exercício de investigação, elaboração e reelaboração de ideias e concepções, importantes na constituição de um professor pesquisador.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11645 CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE RISCO TÁTIL PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA VISUAL 2019-07-27T12:39:07-03:00 Valter Antônio Senger valter.senger@iffarroupilha.edu.br Paulo da Silva dos Santos paulo.santos@aluno.ifarroupilha.edu.br Flavian Lorenzi flavian.lorenzi@iffarroupilha.edu.br <p>O tema inclusão é abordado e trabalhado com certa frequência na atualidade, mas mesmo com ambientes projetados e/ou adaptados para indivíduos com limitações, percebe-se a necessidade de mais pesquisas sobre o sistema tátil, que possa vir a proporcionar uma maior inserção, principalmente no tocante a percepção dos riscos existentes nos ambientes, de maneira que os próprios indivíduos que se utilizam prioritariamente do tato para leitura e identificação possam interagir com o ambiente. Para pessoas ditas “normais”, a leitura e interpretação, se dá de forma visual, seja pela escrita, desenhos ou cores, já para alguns com alguma restrição, suas limitações não impedem a interpretação pelos métodos tradicionais, porém, algumas deficiências limitam a identificação sequer da existência de mapas. Os riscos relacionados as atividades desenvolvidas dentro dos espaços onde os indivíduos que apresentam limitações interagem, devem permitir aos mesmos serem identificados sem a necessidade de um interlocutor, visto que, a inclusão assegura a autonomia de todos os incluídos. Incluir, tornou-se hoje antes de uma obrigação, uma necessidade, visto que, todas as pessoas indiferentes de suas limitações têm o direito a informação. Em se tratando desta realidade, procurando encontrar uma maneira de contribuir com a autonomia e informação a todos, pensou-se no desenvolvimento de um mapa tátil o qual possibilite que qualquer indivíduo seja capaz de identificar e interpretar as informações nele contidos, sem que para isso ocorram distinções a qualquer envolvido que por ventura necessite acessar os ambientes, permitindo conhecer os possíveis tipos de riscos ocupacionais existentes no local a ser utilizado. Nestes termos, foi desenvolvido um projeto-piloto junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFFar), <em>campus</em> Santa Rosa / RS, mais especificamente no Laboratório de Materiais e Tecnologia da Construção (LMTC), onde se vislumbrou a oportunidade de pôr em prática o Mapa Tátil, sendo possível utilizá-lo em situações reais, considerando o fluxo de pessoas, os riscos existentes e a presença de pessoas que apresentam alguma deficiência que fazem uso do mesmo durante as aulas práticas. Com a construção do Mapa Tátil, além da inclusão, possibilitou-se aos discentes e docentes envolvidos, um forte envolvimento no tocante a pesquisa, ensaios, construção, compilação de resultados, busca de soluções e principalmente o crescimento profissional e pessoal, bem como a satisfação em contribuir com a sociedade. Mesmo assim, percebe-se que algumas questões quanto a capacidade háptica dos indivíduos com limitações visuais ainda devem ser estudadas, como forma de auxiliar na interação dos mesmos com o</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11478 PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA 2019-07-27T12:39:07-03:00 Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br Elizangela Weber elizangela.weber@iffarroupilha.edu.br Lucilaine Goin Abitante lucilaine.abitante@iffarroupilha.edu.br Julhane Alice Thomas Schulz julhane.schulz@iffarroupilha.edu.br Cláudia Maria Costa Nunes claudia.nunes@iffarroupilha.edu.br Analice Marchezan analice.marchezan@iffarroupilha.edu.br <p>A Prática enquanto Componente Curricular (PeCC) no Curso Superior de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Farroupilha busca oportunizar, desde o início do curso, vivências que aproximam os estudos teóricos com a prática docente. Nesse sentido, através da integração entre as disciplinas cursadas ao longo de cada um dos semestres, sejam elas da área específica ou pedagógica, os alunos são incentivados a desenvolver projetos, pesquisas, construção de materiais didáticos, utilizar metodologias diferenciadas de ensino e recursos relacionados às tecnologias da informação e comunicação. Estes servirão como aporte para o planejamento de sequências didáticas que, posteriormente, serão desenvolvidas com alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Todo este movimento tem por objetivo oportunizar ao aluno pesquisar, planejar, vivenciar, refletir sobre estas ações e, por fim, sugerir ações que possam aprimorar o processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Dessa forma, os projetos elaborados coletivamente pelos professores que atuam em cada uma das PeCC buscam preparar os acadêmicos para desempenharem sua profissão com responsabilidade, ética e comprometimento, incentivando-os a não aceitar a realidade que os cerca sem atitude, mas com determinação, otimismo e esperança de mudanças, buscando uma formação acadêmica de qualidade pautada no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A presente produção tem por objetivo promover discussões e reflexões acerca das experiências enquanto professores formadores, revelando o quão relevante são as práticas para a formação dos futuros docentes, considerando o desenvolvimento de habilidades e competências na área da Matemática, bem como de saberes docentes ao longo do curso. Assim, pode-se afirmar que as PeCCs são fundamentais para a formação inicial de professores já que se mostram como um componente importante na integração entre ensino, pesquisa e extensão, à medida em que o licenciando desenvolve a pesquisa no âmbito acadêmico mediante o diálogo entre pressupostos teóricos e a prática da sala de aula, exerce o ato de ensinar quando vai para as escolas de Educação Básica experienciar suas ações docentes e compartilha novas propostas de ensino e aprendizagem com os professores de matemática atuantes nestas escolas, exercendo o papel extencionista das instituições de ensino superior, que é levar o conhecimento produzido pela comunidade científica a quem o utiliza na prática.</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11618 A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EAD NO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA – UM RELATO DA EXPERIÊNCIA EM CURSO DO CURSO TÉCNICO EM COMÉRCIO SUBSEQUENTE DO CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN 2019-07-27T12:39:07-03:00 Vívian Flores Costa vivian.costa@iffarroupilha.edu.br Pedro Henrique de Gois pedro.gois@iffarroupilha.edu.br <p>Neste relato expõe-se a experiência, em curso, da institucionalização da Educação à Distância (EaD) promovida pelo Instituto Federal Farroupilha, com o objetivo de apresentar a como o Curso Técnico em Comércio Subsequente, ofertado pelo Campus Frederico Westphalen, vem sendo parte deste processo. No Plano de Desenvolvimento Institucional para o quadriênio 2014-2018 (PDI2014-2018, 2019) a Instituição define como uma de suas Políticas de Ensino, especificamente no referente às ‘Políticas de EaD no IF Farroupilha’, a seguinte definição: “Em busca do referencial de qualidade em seu processo de gestão na EAD (2014 a 2018), a instituição constituirá seu PROJETO INSTITUCIONAL DE EAD” (PDI2014-2018, 2019, p. 83). Partindo desta definição foi proposta uma organização didático-administrativa para que a instituição destinasse recursos, pessoas e uma diretoria específica (Diretoria de Educação à Distância) para promover a institucionalização, voltadas para consolidação de uma política interna de organização da Educação à Distância, formação dos profissionais para atuação nesta modalidade e encaminhamento didático e administrativo dos cursos a serem ofertados. Como parte das iniciativas promovidas neste processo, o Curso Técnico em Comércio foi sugerido como oferta pelo Campus Frederico Westphalen, pensado sob as demandas da comunidade em relação à necessidade de cursos nesta área específica (Gestão), com formato de curta duração e voltado para alunos no nível subsequente, ou seja, para atendimento de alunos com interesse específico em qualificação profissional para complementar suas vivências e experiências no mundo do trabalho. Aliou-se a isso a parceria pregressa com um dos Polos já atendido por convênios anteriores à institucionalização, localizado em Ronda Alta-RS, o que foi complementado pela oferta no campus sede, voltado para a região de Frederico Westphalen, totalizando 100 alunos matriculados nesta primeira edição. Desta experiência em curso, pode-se relatar que se trata de uma experiência desafiadora em termos do atendimento, políticas de permanência e êxito e práticas envolvidas com esta modalidade. Como primeira oferta, o curso tem representado uma experiência de aprendizagem para os professores e equipe administrativa envolvida, sobretudo em relação ao atendimento aos estudantes e aos recursos necessários para viabilidade desta modalidade.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11562 CONTRIBUIÇÕES DA TRANSVERSALIDADE E DA INTERCULTURALIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA 2019-07-27T12:39:08-03:00 Roberta Kolling Escalante rokolesc@gmail.com Eduarda Laís Vorpagel eduardavorpagel@hotmail.com <p>O presente trabalho apresenta um relato de experiência do Programa Residência Pedagógica (PRP), núcleo Língua Espanhola, vinculado ao curso de Letras – Português e Espanhol da Universidade Federal da Fronteira Sul, realizado no primeiro semestre de 2019 com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual na cidade de Salvador das Missões-RS. A Residência Pedagógica proporciona aos residentes uma qualificação da prática pedagógica, já que possibilita maior inserção na escola e um contato mais profícuo com os alunos da Educação Básica e com os demais setores da escola-campo, diferenciando-se dos estágios, em que as práticas são de curta duração e a relação com o ambiente escolar é reduzida. No período inicial do programa, o trabalho foi direcionado à leitura e discussões de textos teóricos que ajudassem na elaboração de materiais didáticos e na compreensão do contexto escolar de forma holística. Também nesse período, estivemos presentes nas escolas, a fim de acompanhar seu funcionamento e observar as aulas das turmas que, posteriormente, iríamos assumir, tendo em vista que o contato com os alunos é essencial na escolha dos materiais a serem trabalhados. Após essa etapa, foi iniciada a preparação das aulas com a turma do sétimo ano, em que para a elaboração dos planos de ensino e de aulas tomamos como base a perspectiva Sociocultural e conceitos como transversalidade e interculturalidade. A transversalidade refere-se a dimensão de aprender sobre a realidade e na/da realidade, não apenas determinados conteúdos a serem considerados em diversas disciplinas escolares, mas um conjunto de valores, atitudes e comportamentos importantes que necessitam ser abordados. Logo, <em>identidade(s)</em> foi escolhido como um tema transversal, a fim de dialogar com os alunos as suas múltiplas identidades, as quais são fragmentadas, inacabadas e reconstruídas em sociedade. Para tanto, utilizamos gêneros discursivos como biografias, perfil com dados pessoais e canção. Outro aspecto relevante a ser ressaltado é a interculturalidade, vista como uma busca contínua pela assunção de atitudes conduzidas pela negociação entre as diferenças (o outro, o diferente, o estrangeiro), isto é, a conscientização de que os nossos valores culturais não são únicos, buscando conhecer, compreender e aceitar aquilo que é diferente das nossas referências. Sendo assim, propusemos o trabalho por meio da esfera literária com dois poemas: <em>Autorretrato</em>, do chileno Pablo Neruda e <em>Autorretrato aos 56 anos</em>, do brasileiro Graciliano Ramos. A partir de um mesmo tema foi possível problematizar o conhecimento sobre a língua espanhola e a cultura-alvo (hispânica) e, ao mesmo tempo, conhecer sobre si mesmo, a cultura brasileira e a língua portuguesa. Por fim, cabe mencionar a relevância do trabalho com temas transversais e a competência intercultural, uma vez que promovem o diálogo autocrítico e levam a uma mudança na forma de abordar determinados conteúdos na escola, desafiando professores em formação inicial a refletirem sobre a necessidade da interdisciplinaridade e o estímulo a educação para a cidadania.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11520 RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: um novo desafio na formação inicial de professores 2019-07-27T12:39:08-03:00 Gustavo Pedroso de Moraes gugamoraes.gm@gmail.com Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmaher@iffarroupilha.edu.br <p>A pesquisa em desenvolvimento apresenta cunho qualitativo e objetiva analisar os documentos e bases legais de formação inicial de professores das últimas décadas, buscando identificar traços que apontam as bases epistemológicas da Residência Pedagógica e sua repercussão na formação de professores. A partir dos dados encontrados, sabe-se que os currículos dos cursos de licenciatura apresentam lacunas e que o país ainda tem muito a melhorar no que se refere à formação inicial de professores. Com o Decreto presidencial nº. 6.755/2009, instituiu-se a Política Nacional para a Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica. O decreto traz a incumbência de ações formativas que articulam formação superior e básica, propondo atividades que incluam os licenciandos no processo escolar. Em 2018, o programa de Residência Pedagógica (RP) coordenado pela CAPES passou a integrar a Política Nacional de Formação de Professores. Na RP o licenciando, a partir da segunda metade da graduação, é incluso na escola de educação básica, acompanhado por um professor da escola e um professor orientador da Instituição Formadora, desempenhando atividades, entre outras, de regência em sala de aula e intervenção pedagógica. Sendo assim, a RP serve para que o licenciando possa reconhecer o trabalho do professor formador e em exercício como uma prática social, analisando, compreendendo e desvendando-o na sua totalidade. Com essa prática, ele passa a conhecer a base epistemológica que estrutura o trabalho escolar e que, portanto, precisa ser analisada, compreendida e desvelada em sua constituição. A RP passa, a ter caráter de estágio, dispensando o acadêmico das disciplinas de estágio, uma vez que eles terão a prática docente vivenciada na comunidade escolar. o que, certamente, produzirá alterações nas matrizes curriculares dos cursos de licenciatura ofertados atualmente. Porém, como é sabido, por ser um programa governamental, há limite de bolsas a serem ofertadas, derivando no primeiro obstáculo, uma vez que a maioria dos licenciandos são trabalhadores, cursam a licenciatura no turno inverso ao de trabalho e o valor das bolsas não permite que abandonem seus postos de trabalho. Além desse obstáculo, há a indisponibilidade de tempo da maioria dos professores da escola de educação básica para acompanhamento e planejamento coletivo, pois estes apresentam altas cargas horárias em sala de aula. Portanto, considerando os aspectos destacados, julgamos que a RP deve ser tema de debate nas comunidades acadêmica e escolar, para que se torne um espaço de desenvolvimento profissional de professores em formação inicial, continuada e de formadores.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11523 TRAJETOS FORMATIVOS E SABERES DOCENTES: RESSIGNIFICANDO A DOCÊNCIA DE BIOLOGIA NA EPT 2019-07-27T12:39:08-03:00 Willian da Silva Medeiros wsm1903@gmail.com Vantoir Roberto Brancher vantoir.brancher@iffarroupilha.edu.br Neiva Maria Frizon Auler n.auler@iffarroupilha.edu.br <p>Esta investigação, desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT do Instituto Federal Farroupilha, e do grupo de estudos MAGMA4, tem por objetivo investigar como se constituem os trajetos formativos, os saberes docentes dos professores de Biologia atuantes na Educação Básica, Profissional e Tecnológica – EBPT de um Instituto Federal de Educação no Rio Grande do Sul. A partir disto, buscamos compreender de que modo a mobilização destes elementos repercutem nas práticas educativas destes profissionais. Diante deste panorama, problematizamos: quais são e como se constituem os trajetos formativos e os saberes docentes de professores de Biologia na EBPT e quais as repercussões da mobilização destes em suas práticas pedagógicas? De modo específico, buscamos compreender as representações da docência, bem como conhecer as práticas educativas que fundamentam o fazer pedagógico dos professores de Biologia desta modalidade de ensino. O percurso metodológico elaborado para a abordagem dos objetivos propostos nesta investigação se baseia nos pressupostos da pesquisa qualitativa, que se fazem mais adequados por se tratar de um estudo que busca compreender fenômenos do campo educativo e entender os sujeitos como seres que se integram em um sistema de significações e intenções. Cabe ressaltar que os dados de natureza quantitativa não serão descartados durante a elaboração desta investigação, mas, se busca compreender estes fenômenos não apenas em seu espectro visível, todavia também, no âmbito das significações das ações e vivências, um lado não visível às tabulações, métricas e equações. A amostra será composta por professores de Biologia que atuam em dois cursos integrados da área das ciências agrárias da EBPT distribuídos em sete unidades de um Instituto Federal de Educação no Rio Grande do Sul. A coleta de dados será realizada através de entrevistas semiestruturadas previamente agendadas com os sujeitos da pesquisa, as quais serão gravadas em áudio e transcritas. A análise dos dados coletados será realizada através da Análise de Conteúdo Categorial-Temática. A fim de oferecer respaldo legal e ético para a realização desta investigação, serão adotados os princípios da Resolução 466 do Conselho Nacional de Saúde-CNS, entendendo o respeito à dignidade humana, sua liberdade, autonomia e a proteção aos participantes desta pesquisa como elementos intrínsecos ao desenvolvimento deste estudo. A partir dos conhecimentos produzidos neste estudo buscamos a criação de um espaço virtual de formação permanente para professores de Biologia da EBPT. Acreditamos que a pesquisa possa trazer contribuições ao processo de formação dos participantes ao proporcionar, através das “narrativas de si” destes profissionais, momentos de ressignificação de trajetos, percepções e práticas. Cabe salientar que esta investigação está ainda em fase de organização teórica e metodológica.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11524 ABORDANDO A CONVERSÃO DE MEDIDAS COM AUXÍLIOS DE JOGOS DIDÁTICOS 2019-07-27T12:39:08-03:00 Júlia Gabriela Petrazzini da Silva juliagpetrazzini@gmail.com Andreia Belter uni.deiabelter@gmail.com Fernando Feiten Pinto fernando.fei7en@gmail.com Ivana Letícia Damião ivanacr727@gmail.com Elizangela Weber elizangela.weber@iffarroupilha.edu.br Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br <p>O presente resumo caracteriza-se como relato de experiência vivenciada no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), apresentando reflexões sobre as atividades desenvolvidas, com turmas do oitavo e nono ano do Ensino Fundamental. Através de uma avaliação diagnóstica ancorada nos pressupostos da engenharia didática e vinculando-os a atividades recreativas, fomos possibilitados a identificar dificuldades dos alunos relacionadas a conversão de medidas. Tal avaliação contava com diferentes conceitos descritos no Plano de Estudos das turmas, nos quais constavam trabalhos com a conversão de medidas ao longo das séries anteriores. Fundamentados nos resultados da avaliação realizada, desenvolveu-se intervenções mediante oficinas pedagógicas com o objetivo de promover a aprendizagem e construção do conhecimento acerca das conversões de medidas, interligando-as com situações do cotidiano. Para tanto, utilizou-se a metodologia de aula expositiva e dialogada com auxílio de jogos didáticos, vinculando as grandezas mais utilizadas, como a massa, tempo, distância e capacidade, com suas respectivas unidades de medidas e a conversão entre elas. Os jogos didáticos foram utilizados com o intuito de explorar conversões, identificar as equivalências entre as unidades de medidas e observar as diferenças entre as grandezas abordadas. Para facilitar o entendimento e otimizar o tempo na realização das conversões, foi construído um quadro manipulável, na qual os prefixos eram os mesmos e mudava-se o radical conforme a grandeza a ser abordada. A avaliação diagnóstica realizada inicialmente foi de grande valia para a análise das lacunas nos conhecimentos relacionados ao conteúdo em estudo, concedendo indícios das abordagens necessárias. As exposições introdutórias relativas às grandezas e unidades de medidas, vinculadas a acontecimentos do cotidiano, facilitaram a compreensão dos alunos e justificaram os processos de conversão. Os jogos didáticos possibilitam um movimento diferente no processo educativo e, consequentemente, contribuíram para a assimilação dos conceitos, diferenciação das grandezas, percepção da equivalência dos diferentes prefixos para um mesmo radical. Evidenciou-se uma evolução no entendimento dos alunos acerca das conversões quando precisavam multiplicar ou dividir os valores, buscando encontrar outro valor equivalente. A partir das intervenções realizadas, pode-se perceber um crescimento enquanto professores em formação, tendo oportunidades de&nbsp;experimentar diferentes metodologias e, desta forma, observar suas potencialidades de acordo com o objetivo da aula. Além disso, evidenciou-se as lacunas nos conhecimentos dos alunos, advindos dos ano anteriores, levando-nos a repensar estratégias para contornar esta situação visando o crescimento cognitivo dos mesmos.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11525 USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ARRANJO SIMPLES 2019-07-27T12:39:09-03:00 Jeverton Iedo Dörr jevertonidorr@gmail.com Tanise da Silva Moura silvatanise18@gmail.com Marcos da Silva msilva205119@gmail.com Claudia Maria Costa Maria Costa N claudia.nunes@iffarroupilha.edu.br Julhane Alice Thomas Schulz julhane.schulz@iffarroupilha.edu.br Mariele Josiane Fuchs Mariele Josiane Fuchs Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br <p>O uso de tecnologias digitais em sala de aula tem promovido mudanças significativas no ambiente educacional, auxiliando professores no processo de ensino. Ampliaram-se as possibilidades de construção de conhecimento devido à possibilidade de todos terem acesso à informação e o celular, que até então era visto apenas como instrumento para a perturbação escolar, pode ser considerado como ferramenta para auxiliar o professor em prol da educação e do avanço dos alunos em relação aos conteúdos que foram ou serão abordados. Com o intuito de explorar a Matemática em Jogos online, foi planejada uma sequência didática pelos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Matemática, do Instituto Federal Farroupilha - Campus Santa Rosa, onde posteriormente ao ato de planejar, esta foi colocada em prática com uma turma do 2º ano do Ensino Médio de uma Escola Estadual de Ensino, com 9 alunos, no Município de Santa Rosa-RS. A oficina teve como objetivo verificar o conceito de arranjo simples no jogo da Senha Online e utilizar as propriedades de arranjo para facilitar o uso do mesmo, tendo como metodologia o uso de jogos e a modelagem matemática. Neste jogo, o jogador deve adivinhar a senha secreta: em cada partida uma senha secreta diferente é disponibilizada, que é uma sequência de pinos coloridos. O papel do aluno é fazer chutes sucessivos, e para cada chute receberá dicas dizendo quão perto está da resposta. Ganha a rodada se conseguir acertar a resposta, senão vai tentando até descobrir a resposta. Ao descobrirem a resposta na primeira jogada, foi analisada em conjunto com os alunos a existência e a aplicação de conceitos de arranjos. Na segunda jogada os alunos receberam um gabarito para anotar as respostas e calcular de acordo com os cálculos oriundos do jogo. Nestas duas jogadas foi observado que os alunos no primeiro momento demonstraram a compreensão dos conceitos a partir do jogo e maior cuidado na escolha da possível senha , sendo que no segundo momento, se teve um maior número de registros pelo aspecto dos alunos terem uma maior compreensão do número de possibilidades da possível senha. Em um questionário que receberam ao final da prática, uma das respostas referentes à questão “Qual sua opinião sobre a oficina realizada?”, foi: “Foi uma oficina descontraída e dinâmica, que nos auxiliou a desenvolver habilidades ao resolver contas matemáticas”. Percebeu-se a partir da prática realizada e do questionário que é de grande importância ter aulas mais dinâmicas a fim de estimular os alunos a construir&nbsp;conjecturas acerca dos conceitos, que aliados a metodologias diferenciadas e ao uso das tecnologias promove uma aprendizagem mais significativa que estimula a construção do conhecimento, possibilitando também a investigação e maior autonomia no processo de aprendizagem. Além disso, enquanto estudantes de Licenciatura pode-se dizer que a realização desta prática de ensino possibilitou uma aproximação com a realidade escolar, sendo essa experiência de suma importância para nossa formação inicial e consolidação do ser professor.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11526 INTERLIGANDO SABERES A PARTIR DO JOGO TANGRAM NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 2019-07-27T12:39:09-03:00 Rosélia Lutchemeyer roselia.lutchemeyer@iffarroupilha.edu.br Cristiane da Silva Stamberg cristiane.stamberg@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho é resultado de uma experiência vivida na formação continuada de professores, realizadas pelas professoras de Matemática do Instituto Federal farroupilha-Campus Santo Ângelo. Dentre as formações realizadas, uma delas foi para professores que atuam nos anos iniciais no ensino fundamental do município de Santo Ângelo, com uma proposta de discutir temas que pudessem estabelecer relações entre a matemática e o português. Como a matemática está presente em nosso cotidiano, seja na resolução de problemas ou aplicada como instrumento para construção de novos conhecimentos e tecnologias, sabemos que é nos anos iniciais do ensino fundamental, em que são constituídas as bases para a formação matemática e do português e nessa fase, portanto, que o ensino e aprendizagem dessas disciplinas necessitam de uma abordagem mais significativa. Partindo dessa ideia, o planejamento e a organização da formação aconteceram a partir da construção do Jogo Tangram. O objetivo principal da utilização desse recurso é mostrar que jogos e materiais manipulativos nas aulas oferece ao aluno a oportunidade de experimentar novas formas de aprendizado. O material, &nbsp;apesar de sua simplicidade tem a capacidade de representar uma grande variedade de objetos de diversos formatos, exigindo astúcia e reflexão para que as peças possam ser formadas, além disso possibilita trabalhar diversos conceitos matemáticos. Por isso, ao mesmo tempo em que apresenta facilidade de organização há a dificuldade em resolvê-los, o que garante o desafio. O importante para se jogar Tangram é possuir imaginação, paciência e criatividade. O trabalho com o tangram foi explorado a partir dos seguintes momentos: 1) Construção do tangram a partir de dobraduras; 2) Indicação de figuras diversas que podem ser montadas utilizando o tangram; 3) Representar figuras geométricas, tais como retângulos, quadrados, trapézios, triângulos; 4) Relacionar o tangram com frações, partindo da área de cada peça com relação ao todo, e em relação à uma determinada peça; 5) Representação de um texto utilizando as peças do tangram e as figuras construídas a partir delas. Constatou-se através da oficina, que ao realizar esse trabalho, cabe a cada docente a busca incessante pela competência educacional, baseada na força que esse verbo, <em>ensinar,</em> exige, isto é, mais do que apenas conhecimento sobre o conteúdo da matéria. E uma das maneiras de aprender é através da prática, relacionando o conteúdo com o seu cotidiano, contudo, o Jogo Tangram contribuiu para o crescimento do raciocínio lógico geométrico, em que o interessante é que todo docente dê o verdadeiro valor a esse jogo, fazendo dele o seu aliado para as aulas, sendo elas de forma específica ou interdisciplinar.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11619 A CARIJADA E O PENSAR SOBRE O CURRÍCULO 2019-07-27T12:39:09-03:00 Gabriella Machado Koschevis gabriellamachado633@gmail.com Maria Aparecida Lucca Paranhos maria.paranhos@iffarroupilha.edu.br <p>&nbsp;</p> <p>A Carijada consiste na produção artesanal de erva-mate. A proposta da Carijada objetiva reviver uma prática cultural dos povos originários, os guarani, e também dos primeiros colonizadores da região das Missões. Possibilita um olhar sócio histórico-cultural aos Povos Indígenas e a sua herança cultural através do consumo e produção da erva mate. Apostamos neste projeto como uma possibilidade de integração da comunidade acadêmica com um grupo social vulnerável de Santo Ângelo: a comunidade M’byá Guarani, ao mesmo tempo em que temos a possibilidade de repensar o currículo do Curso Técnico Integrado em Agricultura, uma vez que são desenvolvidas diversas práticas curriculares em torno do evento. A ação desencadeia, além da produção de erva-mate, um processo de re-encontro com práticas culturais, tais como a contação de causos e a roda de viola, assim como a troca de ideias, a socialização de pesquisas e experiências em torno da erva-mate. A metodologia empregada é a Pesquisa Socioantropológica e Pesquisa Participante. O processo de produção da erva leva em torno de dois dias e consiste no corte, sapeco, organização dos feixes, disposição dos feixes no carijo, pilagem da erva. Este projeto alia-se ao ensino, por meio do estudo e contextualização que se dá em vários momentos: análise de variados gêneros textuais, como a lenda, letra de música, poema, receita, notícia, reportagem, dentre outros. Também são explorados documentários, entrevista com indígenas da Aldeia Iacã Ju, bem como produções textuais dos alunos. Foram desenvolvidas pesquisas sobre o índice de cafeína da erva-mate e foi explorado o uso da erva-mate na culinária, como em bolo e suco, objetivando explorar a culinária com ingredientes ligados à cultura e identidade local e incentivar a produção e o consumo de alimentos saudáveis. A erva-mate produzida foi compartilhada entre os participantes e também revertida para a comunidade dos indígenas da aldeia Iacã Ju, para realizar práticas religiosas e no uso diário. A Carijada se constitui um espaço-tempo de intercâmbio de ideias, valores, experiências que promovem o respeito à identidade e à inclusão uma vez que a comunidade indígena participa de todo o processo, interagindo com alunos, servidores e comunidade. Nesta proposta, busca-se valorizar uma cultura ancestral, de raiz indígena, em fase de extinção, mas que é a base histórica da produção do chimarrão, bebida símbolo do Rio Grande do Sul. Por meio de diversas práticas pedagógicas, busca-se a formação integral dos sujeitos, para além do respeito e valorização do passado, se propõe à formação de uma sociedade mais sensível, solidária e voltada à preservação de sua história e sua cultura.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11527 Atividades práticas como ferramentas de ensino e de aprendizagem nas aulas de Botânica do Ensino Médio 2019-07-27T12:39:09-03:00 Silviane Koch silvianekoch@yahoo.com.br Andréia Winder andreiawinder@yahoo.com.br <p>As atividades práticas promovem aprendizagens que a aula teórica, muitas vezes não suficientes. Neste sentido reforça-se o compromisso do professor, e também da escola, em planejar atividades para a formação do aluno de forma plena e humanizadora. De acordo com a necessidade do planejamento realizado pelo professor, a realização de atividades práticas se faz necessária para a efetiva aprendizagem. Assim, esse estudo teve por objetivo desenvolver uma didática alternativa visando o aprimoramento no processo de ensino e de aprendizagem em relação ao estudo das plantas. A atividade foi realizada na Escola Técnica Estadual 25 de Julho, localizada em Ijuí, com alunos do 3º ano do ensino médio noturno, durante a imerso do residente. Inicialmente, foram feitas perguntas de maneira a levantar os conhecimentos espontâneos dos alunos. Utilizou-se as seguintes perguntas: “Os fósseis mais antigos demonstram que as plantas apresentavam folhas?” “A ausência de folhas limitava o crescimento da planta?” “Qual a importância das folhas?” “As folhas podem possuir diferentes formas e tamanhos?” Após foi sistematizado com aula teórica, foi abordado a função, estrutura e classificação das folhas. Posteriormente, foram realizadas duas atividades práticas, na qual abordou-se as folhas simples e compostas. Em folhas simples, os alunos tiveram que desenhar, identificar as partes da folha e classificar de acordo com a filotaxia (alterna ou oposta). Em folhas compostas, alunos foram estimulados a observar, desenhar e classificar as folhas em palmada (bifoliolada, trifoliolada, polifoliolada), pinada (paripinada, imparipinada), bipinada e tripinada. Nesse sentido, constatei a importância de trabalhar aulas práticas associadas ao conteúdo teórico de botânica, para que seja promovida uma aprendizagem mais significativa, com maior envolvimento e interesse dos estudantes em assimilar o assunto. Percebeu-se o quanto é necessário a adoção de metodologias criativas e inovadoras pelos docentes de maneira a incentivar o gosto dos alunos pela aprendizagem, pois nessa fase, eles estão vivenciando descobertas também em seus estudos, e a disciplina de Biologia tem o poder de despertar a curiosidade que existe dentro de cada um, basta que nós, futuros professores, usemos de métodos diferenciados capazes de ajudá-los neste processo.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11528 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA: AS INTERFACES DE UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA EM AÇÃO 2019-07-27T12:39:10-03:00 Eliane de Lourdes Felden eliane.felden@iffarroupilha.edu Douglas Gabriel Schinke douglasschinkedouglas@gmail.com Bianca Wagner Soares biancabdnn@gmail.com Paulo César Dutra dutrapaulocesar16@gmail.com Kauany Rafaela de Oliveira kakaurafaela@gmail.com Márcio Adriano Rosa da S Silva marcioesporte@gmail.com <p>Esse trabalho tem como tema central “A política de formação de professores no Instituto Federal Farroupilha: as interfaces de uma experiência pedagógica em ação”. Há uma intencionalidade em apresentar um relato de experiência de proposta pedagógica assumida pelo Instituto Federal Farroupilha (IFFar), com o objetivo de formar professores para o exercício competente da docência, visando contribuir para qualificar a educação no Brasil. A Instituição assume como política a formação de professores e, assim, nos cursos de licenciatura há uma proposta de desenvolvimento em todos os semestres da Prática Enquanto Componente Curricular(PeCC). Trata-se de um espaço garantido pelas diretrizes institucionais, tendo como objetivo de oportunizar experiências significativas aos acadêmicos&nbsp; com a finalidade de articular os conhecimentos construídos no curso em situações da prática profissional docente. As inúmeras ações desenvolvidas pelos estudantes possibilitam uma aproximação com gestores, professores, discentes das escolas públicas e privadas do município em que se insere a instituição e região. A PeCC proporciona o desenvolvimento de projetos envolvendo esses protagonistas das instituições educacionais, a partir da socialização de novas metodologias e materiais didáticos, traduzindo-se em importante <em>locus</em> da formação&nbsp; profissional. Esse componente curricular está presente em todos os semestres dos cursos de licenciatura e destinam-se ao contexto da prática de ensino da área específica de cada curso bem como, na gestão escolar e educacional. Essa prática possui uma carga horária expressiva em todos os semestres e necessita articular os conhecimentos da área básica específica e pedagógica do currículo, com foco na formação e atuação docente. A metodologia utilizada está pautada em pesquisa bibliográfica, pesquisa qualitativa e pesquisa-ação. Algumas ações que tem sido concretizadas são: visitação e pesquisa nas instituições de ensino, com a realização de entrevistas com os profissionais da educação, observações em aula, estudos dirigidos e outros. No IFFar <em>Campus</em> Santo Ângelo o curso de Licenciatura em Computação&nbsp; está sendo ofertado desde 2017, e a PeCC tem sido efetivada de forma interdisciplinar em que componentes curriculares ofertados no semestre se articulam garantindo um abordagem dos núcleos da área básica pedagógica e específica. No Curso de Licenciatura em Computação a PeCC tem se constituído em espaço que instiga a compreensão do campo profissional docente, a partir da análise do contexto educacional brasileiro e o estado da arte sobre a Informática na Educação e o Ensino de Computação (Teorias e Metodologias), aliado ao compromisso com a construção da identidade do Licenciado em Computação. Portanto, a PeCC tem se traduzido em um movimento de pesquisa pela necessária inserção das Tecnologias Educacionais em contextos escolares e não-escolares, a partir da elaboração de propostas para a educação.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11529 PRÁTICA ENQUANTO COMPONENTE CURRICULAR (PeCC) NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ARTICULAÇÕES EXPERIENCIAIS POSSÍVEIS NA PeCC I 2019-07-27T12:39:10-03:00 Clarines Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br Márcia Adriana Rosmann marcia.rosmann@iffarroupilha.edu.br Soni Pacheco de Moura soni.moura@iffarroupilha.edu.br <p>Este resumo descreve o trabalho realizado pelos professores formadores que atuam no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFFar, Campus Santo Augusto, mais precisamente no primeiro semestre, com as disciplinas de Prática enquanto Componente Curricular (PECC), Metodologia Científica (MC) e Leitura e Produção Textual (LPT). A PeCC é articuladora dos conhecimentos básicos, específicos e pedagógicos e perpassa o curso, totalizando 400 horas. É desenvolvida a partir dos componentes curriculares intitulados Prática de Ensino de Biologia I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, em cada semestre do Curso, respectivamente, e se articula ao conhecimento de no mínimo duas disciplinas de distintos núcleos da matriz curricular, em cada semestre, a partir da temática prevista para cada componente curricular articulador. Ela se constitui num espaço-tempo de reflexão crítica acerca da formação e do trabalho docente. Possibilita ao acadêmico vivenciar atividades teórico-práticas, no que tange o contexto social e de atuação, além de contribuir na construção dos seus saberes e na constituição das suas identidades. Desse modo, os acadêmicos são estimulados às leituras sobre a atuação teórico-prática do professor de ciências do ensino fundamental e ciências biológicas do ensino médio e instigados a visitar uma escola, conversar/entrevistar um professor dessa área, com o objetivo de compreender sua atuação, especialmente no que tange a temática da PeCC I: o conteúdo sobre a Origem da Vida. A partir disso, os acadêmicos elaboram um artigo científico, valendo-se dos referenciais bibliográficos indicados pelas disciplinas envolvidas e a análise dos dados coletados com a observação não participante e o questionário. As disciplinas envolvidas, Leitura e Produção Textual e Metodologia Científica, dão suporte igualmente teórico, além de técnico-prático. A primeira aborda o conceito do gênero textual artigo, enquanto a segunda, auxilia com a elaboração do projeto de pesquisa e a formatação de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ambas acompanham o processo de construção dos artigos até o seminário de apresentação. A experiência de articular as três disciplinas mencionadas é possível e exitosa. Ao final, muitos artigos são retomados e encaminhados para apresentação em eventos e/ou outras formas de publicações. Por fim, cabe ressaltar que esse trabalho coletivo possibilita a formação docente pela e para a pesquisa, onde os professores formadores e os acadêmicos em formação vivenciam o “ser pesquisador”, tão importante e imprescindível nos dias atuais, cuja ciência e tecnologia estão em curso ascendente nos mais diversos&nbsp;setores da sociedade e em todas as áreas do conhecimento.&nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11620 A EDUCAÇÃO INTEGRAL AMEAÇADA POR PROJETOS EDUCACIONAIS TECNICISTAS 2019-07-27T12:39:10-03:00 Evandro Both evandro.both@iffarroupilha.edu.br Letícia Ramalho Brittes leticia.brittes@iffarroupilha.edu.br <p>A educação brasileira historicamente foi marcada pela dualidade, sendo que à elite era ofertada uma educação integral, visando o desenvolvimento intelectual enquanto que à classe trabalhadora a educação era estritamente técnica, buscando formar mão de obra para satisfazer as necessidades das classes dominantes. Esse modo prevaleceu desde o Brasil Colônia até o início do século XXI. No início do século XX, em 1909, surgem as primeiras escolas técnicas, as Escolas de Aprendizes e Artífices, que tinham como objetivo, ensinar um ofício às classes mais pobres da sociedade, que encontravam-se em péssimas condições de vida nas primeiras décadas após a abolição da escravidão no Brasil. No decorrer desse século, a educação técnica e profissional foi adotando novas características em cada momento histórico. Na Era Vargas as características do ensino técnico se adequaram a nova forma de organização social. Nos anos 1950 a crescente industrialização do país exigiu a formação mais qualificada de técnicos, modificando a estrutura educacional do ensino técnico e profissional. Em 1971 se tornou compulsória a matrícula no ensino técnico em todo o segundo grau, o que durou até 1982, quando a classe média brasileira exigiu o fim desse modelo educacional, pois não queriam a formação técnica de seus filhos, mas sim uma educação que possibilitasse seguir os estudos nas universidades. A partir da criação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Rede), em 2008, essa realidade começou a mudar. Nas instituições que fazem parte da Rede, buscou-se desenvolver uma educação integral, principalmente no ensino médio integrado, rompendo com a lógica da educação tecnicista que era desenvolvida nas escolas técnicas e agrotécnicas, até então. Nos últimos anos, quando a Rede estava em processo de consolidação, os movimentos contrários à lógica de ensino integrado, aproveitando a insatisfação, por parte de várias parcelas da sociedade, com os governos progressistas que governaram o Brasil durante 13 anos, intensificaram propostas de reformas do ensino médio. Nesse contexto são apresentadas e aprovadas as propostas do novo ensino médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além da apresentação do projeto Escola Sem Partido (ESP). O novo ensino médio e a BNCC apresentam perspectivas de educação notadamente tecnicistas, uma vez que ameaçam a educação integral e pretendem desenvolver uma educação em que o ensino médio proporcione ao estudante escolher entre seguir uma carreira acadêmica ou seguir os estudos preparativos a uma profissão laboral. Na conjuntura de recessão econômica por qual passa o país, a parcela mais empobrecida da população buscará a profissionalização com a finalidade de trabalhar após a conclusão do ensino médio. Assim, a educação brasileira retrocederá à lógica dualista, reservando o ensino propedêutico às elites e classe média alta, enquanto que a educação profissional, sem uma perspectiva de formação integral, fique reservada às classes mais pobres. Ligado a isso, o projeto ESP tem por objetivo evitar que temas políticos sejam debatidos em sala de aula, deixando que a escola se torne o centro de formação de cidadãos críticos. Isso pode levar a educação integral a se extinguir nas instituições de ensino brasileiras.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11621 INGRESSO DE JOVENS NO ENSINO MÉDIO: PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO NOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS 2019-07-27T12:39:10-03:00 Itagiane Jost itagiane.jost@iffarroupilha.edu.br Marcele T. H. Ravasio Marcele.ravasio@iffarroupilha.edu.br <p>Os estudantes que frequentam o ensino técnico integrado à educação profissional do Instituto Federal Farroupilha – <em>Campus</em> São Vicente do Sul são oriundos de diversas cidades e carregam consigo culturas, linguagens e variados contextos sociais. A partir disso, o presente estudo em andamento no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – PROFEPT tem como objetivo construir um roteiro institucional de acolhimento aos estudantes ingressantes com a finalidade de promover a sua inserção nos cursos técnicos integrados. Considerando o ano letivo de 2019, os jovens ingressantes serem oriundos de mais de quarenta cidades, muitos saindo pela primeira vez da casa dos pais para residir na moradia estudantil ou em pensões próximas à instituição o presente estudo se justifica pela ausência de orientações institucionais de acolhimento e pela carência de materiais científicos que tratam da temática. São jovens que estão numa fase permeada por uma série de transformações biológicas, psíquicas e sociais, levando a transformações no corpo, alterações de humor e várias outras mudanças tão importantes para o sujeito, e o ambiente ao qual está inserido tem grandes implicações. Além disso, essa etapa de ensino exige uma organização bastante rigorosa de responsabilidades o que é dificultado quando o estudante não reside com a família. Assim é importante percebê-lo na sua integralidade como um sujeito com emoções e sentimentos e não apenas no aspecto cognitivo. Essa pesquisa está caracterizada como pesquisa-ação seguindo uma abordagem qualitativa, tendo como sujeitos 305 estudantes do primeiro ano do ensino médio integrado dos cursos técnicos em Administração, Agropecuária, Alimentos e Manutenção e Suporte em Informática do IFFar - <em>Campus</em> São Vicente do Sul. Como ferramenta para coleta de dados se utilizará da observação participante com registro em diário de campo e de relatos escritos de estudantes sobre suas percepções das práticas de acolhimento institucional. Para os dados se utilizará análise textual discursiva a partir dos estudos de MORAES e GALIAZZI, VYGOTSKY (2007), BLOS (1998) e MOURA (2015).</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11622 PROTAGONISMO INFANTIL: A CRIANÇA COMO PESQUISADORA 2019-07-27T12:39:10-03:00 Laércio Francesconi proflaercio2010@hotmail.com <p>O presente estudo foi desenvolvido com crianças de 4 e 5 anos de idade na rede municipal de ensino de Ijuí. Partindo do pressuposto que o interesse pelo assunto da pesquisa deve partir da criança, a turma do Pré 1 realizou uma pesquisa sobre dinossauros. Primeiramente foi realizados momentos de conversa em sala de aula e, após a pesquisa, teve encaminhamentos para que os alunos trouxessem material de casa relacionado com tema, às rodas de conversa tiveram o intuito de que todos os alunos se apropriassem do tema para que depois pudessem realizar a pesquisa investigativa fora da sala de aula. A pesquisa a ser realizada fora da sala de aula com suas famílias tinha por objetivo inserir as famílias das crianças para que assim todos pudessem ter uma participação ativa em todas as partes da mesma. Ao propor que as crianças realizem a pesquisa as tornamos protagonistas e nos colocamos como mediadores lhes proporcionando momentos que possam realizar a socialização de descobertas feitas em conjunto com as famílias. Entendo por protagonismo infantil, no contexto de realização da pesquisa, o reconhecimento e olhar para as diferentes formas de participação ativa, criativa e espontânea das crianças durante os processos de construção, registro, documentação e realização da investigação. A partir do momento em que o pesquisador se dispõe a investigar junto às crianças, precisa sair do papel de um adulto que detêm o conhecimento, que confronta hipóteses, confirmando o já sabido, ou que antevê e pressupõe conclusões prévias. É importante estar disponível para construir e descobrir junto às crianças, possibilitando que participem e exerçam seu<span style="text-decoration: line-through;">s</span> protagonismo<span style="text-decoration: line-through;">s</span>, entendendo a pesquisa como uma produção coletiva, em termos de registros, delineamentos e direcionamentos éticos e metodológicos. Após as pesquisas realizadas em casa com suas famílias, as crianças traziam os dados coletados para a escola onde, em roda de conversa e com o auxilio do professor, socializavam suas descobertas para turma. Como a família esteve inserida ativamente na pesquisa ao fim do projeto todas se reuniram para que as crianças lhes apresentassem as descobertas feitas. Vale considerar que a diversificação e combinação de instrumentos e técnicas ajudam elucidar hipóteses, questões ou problemáticas de pesquisa. As ferramentas metodológicas utilizadas foram: a observação participante, a entrevista, produção de desenhos e elaboração de histórias pelas crianças, registros audiovisuais, atividades lúdicas (desenhos, pinturas, recorte e colagem de revistas, dramatizações, situações de faz-de-conta), dentre outras.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11623 INVESTIGANDO A ALIMENTAÇÃO COM OS ALUNOS 2019-07-27T12:39:11-03:00 Thaís Kinalski thaiskinalski@hotmail.com Laércio Francesconi Proflaercio2010@hotmail.com <p class="Default" style="text-align: justify;">Este trabalho tem a finalidade de relatar a experiência vivida pelos autores, professores da Escola Municipal Fundamental Dr. Pestana do município de Augusto Pestana/RS e Escola Municipal Fundamental Davi Canabarro de Ijuí/RS, nos meses de junho a agosto de 2018, durante o estudo da alimentação com turmas de quarto ano, sendo um de seus conteúdos específicos. A escola é um espaço de busca de conhecimentos, um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha um papel fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação. Uma alimentação rica e balanceada é hoje preocupação mundial. Sendo o ambiente escolar um importante agente formador de hábitos, consideramos pertinente trabalhar o tema alimentação na qualidade de vida. A escola deve orientar seus alunos para a prática de bons hábitos alimentares para que possam atingir o equilíbrio para um bom crescimento e desenvolvimento, bem como manter as defesas necessárias para uma boa saúde. Os objetivos do projeto foram identificar tipos de nutrientes e suas funções; valorizar a alimentação adequada para a manutenção da saúde, bem-estar, do crescimento e do desenvolvimento do organismo; conhecer os hábitos saudáveis de alimentação e os nutrientes essenciais para uma alimentação balanceada; orientar os alunos ao consumo de produtos saudáveis, conhecendo sua composição, verificando os cuidados na hora da compra dos produtos; e, observar o prazo de validade e de consumo dos alimentos industrializados. Atividades ricas, significativas e criativas aconteceram no decorrer desta vivência. Primeiramente reconhecemos os alimentos como fonte de energia e materiais para o crescimento e a manutenção do corpo saudável. Logo mais conhecemos como é composta uma alimentação saudável e identificamos situações que apresentam hábitos saudáveis de alimentação e hábitos não saudáveis de alimentação. Explorando tudo sobre a alimentação, identificamos e classificamos os alimentos quanto a sua origem (animal, vegetal e mineral) e conhecemos os nutrientes que compõem os alimentos e a sua importância para a saúde. Bem como, identificamos os cuidados com os alimentos relacionados a sua conservação e a manutenção da saúde. A partir desta abordagem, foi apresentado os grupos de alimentos e sua forma de organização na pirâmide alimentar. Surgiu uma discussão sobre alimentação equilibrada e questões abordando qual o grupo de alimentos dentre os apresentados na pirâmide que eles consomem em maior quantidade e outras práticas para ter uma vida saudável. A seguir, foi comentada com os alunos, a importância da pirâmide para que as pessoas se alimentem de forma balanceada e que os alimentos mais saudáveis são os que se encontram próximos a base da pirâmide e por essa razão, podem ser consumidos em maiores quantidades. Com esses momentos de aprendizagem percebeu-se o envolvimento dos alunos no desenvolvimento do projeto e as mudanças de atitude em relação à alimentação saudável.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11624 A CONSCIÊNCIA DOS DISCENTES E DOCENTES SOBRE O SIGNIFICADO DE CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:39:11-03:00 Ricardo Antonio Rodrigues rianro@gmail.com Cássia Mazzanti cassiamazzanti@gmail.com Rita Mendes da Silveira mendesritinha8398@gmail.com <p>O objetivo deste é relatar os resultados parciais do projeto de Pesquisa financiado pelo CNPq sob o título de “O papel da Consciência do Professor no Ensino de Ciências Humanas e Ciências da Natureza no Ensino Profissional e Tecnológico”. O tema central do projeto é a Consciência do Professor como condição para a consciência do discente, à luz do teórico Edgar Morin, na obra Ciência com Consciência. O objetivo é identificar, num primeiro momento, embasados na epistemologia da complexidade, se os docentes que atuam nos cursos técnicos são/estão imbuídos do espírito teórico e prático do que significa o Currículo Integrado, posteriormente refletir e analisar se isso impacta nas atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas aos Cursos Técnicos. A Metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, num primeiro momento, onde as discentes juntamente com o orientador leram e debateram o livro Ciência com Consciência, de Edgar Morin e as bases conceituais e legais sobre Currículo Integrado. Foi enviado aos docentes e discentes dos cursos Técnicos via Google Forms um questionário simples com questões de múltipla escolha e questões abertas para identificar a percepção sobre a principal motivação que leva um estudante a fazer um Curso Integrado no Instituto Federal. Também foi questionado sobre a relação entre as disciplinas básicas e técnicas para a formação discente. Notamos nas respostas discentes, onde mais de 50% do total de discentes do campus responderam ao questionário. 96% dos que responderam são do Curso Técnico em Sistemas de Energia Renovável, desses, 72%&nbsp; destacaram que sua motivação para estudar no IFFAR é o fato da instituição ser federal e possuir ensino de qualidade. Dos docentes, pouco menos de 50% do total que atuam nos cursos técnicos responderam o formulário e desses praticamente todos corroboraram as respostas discentes. A questão sobre motivação tinha três alternativas – O que motiva alguém fazer o curso técnico no IFFAR?: a) o Currículo Técnico Integrado; b) Porque o IFFAR é uma instituição federal com ensino de qualidade; c) Para ter uma melhor preparação para o ENEM. Nenhum docente e nenhum discente destacou o Currículo Integrado como elemento motivacional para se estudar no IFFAR. Quando questionados sobre como deve ser a relação entre disciplinas básicas e técnicas, docentes e discentes destacaram que as técnicas merecem um destaque especial. Com base nessas informações e nas leituras que embasaram a pesquisa, notamos à luz da noção de consciência, de Edgar Morin que nem os docentes e nem os discentes envolvidos no processo formativo dos cursos técnicos, identificam o que é educação omnilateral, uma educação para todos em todas as suas dimensões, tampouco relevaram conhecer a base da EPT que é o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico. Por fim, notamos um distanciamento abissal entre as bases conceituais e legais do Currículo Integrado e a práxis, talvez por falta de formação e mais informação sobre o sentido e o significado do Currículo Integrado para a Educação Profissional e Tecnológica.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11531 OS JOGOS COMO FERRAMENTAS DIDÁTICAS PARA PREENCHER LACUNAS NA APRENDIZAGEM DE FRAÇÕES 2019-07-27T12:39:11-03:00 Andreia Belter uni.deiabelter@gmail.com Fernando Feiten Pinto uni.deiabelter@gmail.com Ivana Letícia Damião ivanacr727@gmail.com Júlia Gabriela Petrazzini da Silva juliagpetrazzini@gmail.com Elizangela Weber juliagpetrazzini@gmail.com Mariele Josiane Fuchs mariele.fuchs@iffarroupilha.edu.br <p>Os números fracionários estão presentes em várias situações de nosso cotidiano e para utilizá-los de maneira correta faz-se necessário termos domínio de suas propriedades. Este resumo relata as atividades desenvolvidas pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), tendo em vista os jogos e aulas dinâmicas como alternativas para a construção da aprendizagem significativa. As oficinas pedagógicas enfocadas nesta produção foram desenvolvidas em uma escola da rede pública estadual do município de Santa Rosa/RS, tendo como público alvo os alunos do 7° ano do Ensino Fundamental, com finalidade de retomar o conteúdo de frações já trabalhado no turno regular de ensino, utilizando-se de uma metodologia expositiva e dialogada. Buscou-se auxiliar os alunos na identificação dos conceitos básicos de frações, através do uso de dobraduras, onde cada aluno recebeu doze tiras de papel e em cada uma era representada geometricamente uma fração, desde um meio até um doze avos. Visando experienciar algumas situações envolvendo o conceito de frações foi proposto o jogo “Círculo de Frações”, bem como análise de objetos do cotidiano dos educandos, tais como imagens de pizzas e subdivisão de um bolo, o qual foi dividido entre os discentes, pibidianos e a professora supervisora relacionando os conceitos implícitos neste processo de divisão das partes. Ao explorar o conceito de mínimo múltiplo comum e as operações com números fracionários foi utilizado um jogo de tabuleiro que consiste em uma trilha matemática com 16 perguntas envolvendo frações, com vistas as suas representações, mínimo múltiplo comum e as quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão). Mediante as experimentações realizadas evidenciou-se a necessidade de compreender a relevância do uso de jogos e atividades diferenciadas na construção da aprendizagem dos alunos, neste caso, com destaque para alguns conceitos de fração, especialmente mínimo múltiplo comum e operações básicas, baseada na ludicidade, no desenvolvimento cognitivo e raciocínio lógico. Além disso, foi possível constatar a importância de atividades diferenciadas como potenciais da prática docente, com vistas a assimilação dos conceitos pelos alunos. Ademais, enquanto bolsistas do subprojeto Pibid, socializou-se aprendizados que tiveram nas oficinas, dentre eles, a experiência na construção do planejamento, uma vez que, nem sempre as atividades planejadas ocorrem de acordo como o idealizado pelo professor, ou seja, muitas vezes, determinada atividade não atinge o impacto&nbsp;esperado em seu desenvolvimento, havendo necessidade de adequar e refletir sobre o&nbsp;planejamento, buscando sempre a construção da aprendizagem significativa.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11532 UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR NO ESTUDO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 2019-07-27T12:39:11-03:00 Neusa Maria John Scheid scheid.neusa@gmail.com Cláudia Elizandra Lemke claudinhalemke@hotmail.com <p>O currículo integrado (CI) <span style="text-decoration: line-through;">é</span> possibilita a compreensão de problemáticas da realidade do cotidiano do estudante, por meio da conexão entre a teoria e a prática como princípio educativo, direcionando e orientando a prática pedagógica dos docentes. Através do CI ocorre o reconhecimento do aluno como um sujeito presente na sociedade em que vive. Nessa direção, a escola propicia o atendimento das necessidades sociais dos alunos e propõe conteúdos e aprendizagem significativa com envolvimento da comunidade, colaborando para o enriquecimento coletivo. Esta pesquisa objetivou apresentar práticas curriculares interdisciplinares desenvolvidas a partir da disciplina Fisiologia do Exercício, como uma proposta de CI. A compreensão e aplicação dos conceitos dessa disciplina dependem de interações, da capacidade de estabelecer relações para cada situação à qual nosso corpo é submetido; assimilar as modificações dos sistemas cardiorrespiratório, endócrino e muscular de acordo com o dia a dia e resolver questões individuais seja para a promoção da saúde, seja para o bem-estar. Ao se trabalhar na fisiologia do exercício integrada numa proposta interdisciplinar compreende-se que os diversos sistemas orgânicos e de produção de trabalho físico estão presentes de forma contínua, simultânea e interativa em nosso corpo. A metodologia fundamentadora para esta pesquisa foi <span style="text-decoration: line-through;">é</span> o Estudo de Caso. Na investigação, foram exploradas práticas curriculares desenvolvidas na proposta interdisciplinar das disciplinas de Educação Física e de Ciências em uma escola municipal de Santo Ângelo-RS, com 36 alunos do de 8º ano do ensino fundamental. O ponto de partida foi a utilização dos conhecimentos das disciplinas para resolver problemas ligados a atividade física para a promoção da saúde. Para isso, foram utilizados documentários sobre saúde, obesidade, atividade física, realizadas leituras complementares de artigos de jornais e revistas locais que tratavam sobre o assunto e como encerramento das atividades foi proposto uma caminhada comunitária e verificação de fatores como índice de massa corporal (IMC), frequência cardíaca de repouso de toda a comunidade que participou do processo. Assim, os alunos aproximaram-se do contexto social de sua comunidade, relataram problemas, dúvidas sobre a atividade física e saúde, e potencializaram suas interações sociais por meio de aprendizado, reconhecendo a fisiologia do exercício como um importante fator para a ser trabalhado para a compreensão dos processos do corpo humano durante o exercício.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11533 PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA APLICADA AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NO CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS 2019-07-27T12:39:12-03:00 Melissa Walter melissa.walter@iffarroupilha.edu.br Paula Michele Abentroth Klaic paula.klaic@iffarroupilha.edu.br <p>A Prática Profissional Integrada (PPI) nos cursos técnicos subsequentes visa agregar conhecimentos por meio da integração entre as disciplinas do curso, incentivando a pesquisa como princípio educativo e promovendo a interdisciplinaridade e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão através do incentivo a inovação tecnológica. No Curso Técnico em Alimentos Subsequente do Instituto Federal Farroupilha Campus Santa Rosa desenvolveu-se o projeto de PPI intitulado Desenvolvimento de Projeto Agroindustrial, com os alunos do quarto semestre do curso, integrando os componentes curriculares: Planejamento e Desenvolvimento de Projetos; e Desenvolvimento de Novos Produtos. Objetivou-se proporcionar aos alunos uma visão prática das etapas relacionadas à implantação de uma agroindústria, incluindo o desenvolvimento do produto a ser comercializado, fluxograma de processo, legislação, registro, análise do produto e análise financeira do projeto, buscando incentivar o empreendedorismo e a inovação tecnológica através do desenvolvimento de novos produtos. Os professores apresentaram o projeto aos alunos no início do semestre letivo, explicando as etapas de desenvolvimento do mesmo. Inicialmente foram apresentados e desenvolvidos conhecimentos teóricos em cada componente curricular, embasando os alunos para a realização das atividades práticas propostas. A prática se constituiu na definição do tipo de produto a ser desenvolvido, devendo este atender a proposta de inovação, preocupando-se com o apelo nutricional/funcional do produto. A partir dessa definição, os alunos criaram três formulações para o produto, as quais foram produzidas no Laboratório de Alimentos, passando posteriormente por avaliação sensorial. Após o desenvolvimento do produto os alunos elaboraram o projeto de implantação de uma agroindústria para produção e venda do produto desenvolvido, levando em consideração a legislação vigente. O desenvolvimento do projeto de PPI permitiu a integração entre os componentes curriculares envolvidos no projeto, assim como a articulação entre&nbsp;todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. A PPI foi uma metodologia de<br>ensino importante para promover a aprendizagem da área técnica permitindo também<br>aos alunos adquirir habilidades relacionadas à raciocínio, desenvolvimento da<br>autonomia e da curiosidade intelectual, incluindo a investigação, a reflexão, a análise<br>crítica, a imaginação e a criatividade para desenvolver novos produtos, investigar<br>causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções<br>tecnológicas.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11535 A PRÁTICA PROFISSIONAL NO PROCESSO FORMATIVO DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: CONCEPÇÕES E SENTIDOS 2019-07-27T12:39:12-03:00 Josimar de Aparecido Vieira josimar.vieira@sertao.ifrs.edu.br Maristela Beck Marques maristela.marques@iffarroupilha.edu.br <p>A preocupação central deste ensaio é com a prática profissional prevista nas diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional técnica de nível médio e que deve constituir o currículo deste nível e modalidade de ensino. Essa atividade intrínseca ao currículo de cursos de educação profissional requer a integração teórico-prática por meio da efetivação da pesquisa como princípio pedagógico e do trabalho como princípio educativo. Diante dessas considerações, analisa-se os conceitos da educação integral relacionados com os princípios do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP), com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento desta ação integradora nos ambientes de aprendizagem. Buscou-se elucidar a indagação: Que relações são possíveis de serem estabelecidas entre os fundamentos da prática profissional prevista nas diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional técnica de nível médio e os conceitos de educação integral presentes nos princípios do EMIEP? Para isso, duas indagações foram delineadas: Como se caracteriza a concepção de educação integral? Quais as singularidades do EMIEP? e qual o sentido da prática profissional diante da concepção da educação integral e as singularidades do EMIEP? Constituído numa abordagem qualitativa, foi produzido por meio de pesquisa bibliográfica e análise documental, envolvendo os autores: Ciavatta (2012), Frigotto (2018), Kuenzer (2006), Machado (2010) Ramos (2018) Moura (2010) Saviani (2007) entre outros. As repercussões indicam que a prática profissional, prevista nas organizações dos cursos, indicam a possibilidade de ação metodológica, devendo estar continuamente relacionada aos fundamentos científicos e tecnológicos, orientada pela pesquisa como princípio pedagógico possibilitando ao estudante enfrentar o desafio do desenvolvimento da aprendizagem permanente. Este espaço curricular pode se constituir como oportunidade de construção de metodologias integradoras compatíveis com os princípios da interdisciplinaridade, da contextualização e da integração entre teoria e prática, no processo de ensino e aprendizagem, potencializando a indissociabilidade entre educação e prática social, entre pesquisa e o princípio educativo do trabalho efetivando assim a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no currículo de cursos de educação profissional.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11536 INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: CONTEXTOS, LIMITES E POSSIBILIDADES 2019-07-27T12:39:12-03:00 Josimar de Aparecido Vieira josimar.vieira@sertao.ifrs.edu.br Taiane Lucas Pontel taiane.pontel@caxias.ifrs.edu.br <p>A pesquisa, em suas mais diversas abordagens, vêm conquistando espaço como metodologia alternativa nos processos de ensino-aprendizagem no ensino médio integrado à educação profissional (EMIEP). A intenção desta atividade na formação técnica parece ser a de adequá-la ao desenvolvimento científico e tecnológico global que exige uma formação mais condizente com o contexto social, econômico e cultural do país. Este ensaio apresenta recorte de uma pesquisa de mestrado que está sendo desenvolvida cujo tema remete-se à iniciação científica no EMIEP. Tem a finalidade de analisar aspectos do desenvolvimento da pesquisa como princípio científico tendo como referência a presença da iniciação científica no EMIEP, destacando limites e possibilidades para a sua realização na formação técnica. Foi produzido numa abordagem qualitativa por meio da pesquisa bibliográfica, envolvendo os autores: Barbosa; Moreira; Moura (2010), Cruz; Santos; Santos (2017), Bianchetti; Oliveira (2018), Zancan (2000), Moraes; Fava (2000), Massi; Queiroz (2010), Demo (2011), Barros; Elia; Filipecki (2006), Heck (2012), Bernardes; Grochoski (2013), Alves; Lindner (2017); Arantes; Peres (2015), entre outros. Por se tratar de tema extenso, a produção incidiu numa breve explanação histórica da iniciação científica brasileira na educação básica com destaque para algumas diretrizes educacionais que regulamentam e incentivam esta metodologia. Analisou-se alguns conceitos a partir das ideias de autores e instituições que investigam a temática, assim como sua importância para a formação pessoal e profissional, assim como algumas experiências realizadas que têm a pesquisa como princípio científico e educativo e as formas de implementação no EMIEP. As repercussões do trabalho indicam que o desenvolvimento da iniciação científica no EMIEP vem enfrentando algumas dificuldades no&nbsp; processo de implementação, sendo necessário rever aspectos relacionados à ampliação e divulgação junto à comunidade escolar. Consta que seu papel é relevante para a inclusão social, sendo necessário para isso sua expansão e amplitude. A iniciação científica ainda é incipiente no EMIEP como estratégia de ensino-aprendizagem e conta com entraves para sua disseminação, necessitando ampliação de investimentos em programas já existentes e estabelecimento de ações desta natureza em instituições que ainda não as praticam.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11537 PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: COMPARTILHANDO UMA EXPERIÊNCIA DO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO 2019-07-27T12:39:12-03:00 Graciele Hilda Welter graciele.welter@iffarroupilha.edu.br Neidi Kunkel neidi.kunkel@iffarroupilha.edu.br Raquel Maldaner Paranhos raquel.paranhos@iffarroupilha.edu.br <p>Os Projetos Pedagógicos dos Cursos Integrados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar)&nbsp; abarcam, em sua organização curricular,&nbsp; a Prática Profissional Integrada (PPI). Conforme esses documentos, a PPI visa: articular conhecimentos por meio da integração entre as disciplinas do curso; aprofundar o entendimento do perfil do egresso e áreas de atuação do curso; aproximar a formação dos estudantes com o mundo do trabalho. Nesse sentido, compreende diferentes situações de vivência, aprendizagem e trabalho, tendo a pesquisa como princípio pedagógico. Este trabalho constitui-se como um relato de experiência da PPI desenvolvida no Curso Técnico em Edificações Integrado – IFFar <em>Campus</em> Santa Rosa, no ano de 2017. O objetivo desta reflexão é demonstrar que a PPI se constitui como um elemento peculiar de integração que favorece a construção do conhecimento por meio do trabalho interdisciplinar. Essa PPI foi desenvolvida com estudantes do terceiro ano e teve por tema: “Levantamento das diferentes patologias ocorridas em instalações hidrossanitárias: causas e soluções”. Esse tema teve origem no fato de que a maior incidência de patologias ocorre em serviços destas instalações. Por isso essa PPI visou realizar um diagnóstico das diferentes patologias oriundas dos serviços de instalações hidrossanitárias existentes em edificações do campus. O trabalho conjunto de três disciplinas possibilitou a construção de diversos conhecimentos. Na disciplina de Patologia das Edificações os alunos foram orientados a analisar as patologias encontradas e a estudar a causa do surgimento e as possíveis formas de resolução do problema. O componente curricular Instalações Prediais foi responsável por trabalhar as medidas preventivas das patologias identificadas. E nas aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira foram redigidos um resumo e um pôster, os quais foram apresentados em um evento científico. Em relação à metodologia utilizada, destaca-se que, num primeiro momento, os alunos formaram grupos e cada grupo ficou responsável pela análise de uma edificação do campus, no que compete a patologia relacionada ao serviço de instalações. Após esse levantamento inicial, os estudantes tiveram que demonstrar, através de um croqui esquemático, o local da incidência da patologia na edificação. Fotos e esboços foram necessários para esclarecer essa tarefa. A partir disso, foram calculados indicadores para retratar numericamente a incidência dessas patologias. Com esses dados, foi possível identificar as duas&nbsp;edificações&nbsp;mais acometidas da patologia de infiltração: o refeitório e o ginásio de esportes,&nbsp;sendo que,&nbsp;posteriormente, foi efetivado um plano de manutenção predial,&nbsp;quando as mesmas foram&nbsp;parcialmente&nbsp;resolvidas.&nbsp; Para finalizar a atividade, foi realizado um seminário para compartilhar as pesquisas realizadas. Os professores, em conjunto, avaliaram os trabalhos da PPI, considerando critérios de desenvolvimento da pesquisa, texto escrito e seminário. Após esse processo, os alunos apresentaram os pôsteres na Mostra de Educação Profissional e Tecnológica (MEPT) do&nbsp; IFFar - <em>Campus</em> Santa Rosa, uma experiência única, muito motivadora para estudantes da educação básica. &nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11538 PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO CAMPUS SANTA ROSA 2019-07-27T12:39:12-03:00 Catia Regina Züge Lamb catia.lamb@iffarroupilha.edu.br Raquel Maldaner Paranhos raquel.paranhos@iffarroupilha.edu.br Gerusa Lazarotto gerusa.lazarotto@iffarroupilha.edu.br Rafaela Pereira Rodrigues rafaela.rodrigues@iffarroupilha.edu.br Renata Rotta renata.rottas@iffarroupilha.edu.br <p class="Default" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No Instituto Federal Farroupilha são desenvolvidas as Práticas Profissionais Integradas (PPI), que tem como objetivo articular os conhecimentos construídos nos diferentes componentes curriculares do curso, aliados ao mundo do trabalho. Neste sentido, os professores planejam as atividades a serem desenvolvidas no projeto da PPI, em conjunto, visando à integração entre as diferentes áreas do conhecimento, proporcionando ao aluno ampliar saberes na sua formação profissional. Neste contexto, vem sendo desenvolvida, no segundo ano do curso Técnico em Edificações Integrado, uma PPI envolvendo os componentes curriculares de Topografia, Geografia, Desenho Assistido por computador e Conforto das Edificações. Tem como objetivos apresentar aos alunos metodologias de análise de um terreno e do entorno, despertando uma visão crítica a respeito dos condicionantes espaciais, físico-climáticos, socioculturais, estéticos, econômicos e legais que norteiam as decisões do projetista. Os alunos, observam por meio de uma visita (acompanhados por professores), as formas de uso e ocupação do solo do entorno do terreno a fim de compreender e mapear o local. informações estas que são utilizadas para subsidiar a elaboração do projeto. Para isso foram organizados questionários pelos alunos com enfoque nas questões de moradia, segregação sócio-espacial e políticas habitacionais. Os dados obtidos nos questionários fizeram parte da identificação/mapeamento de pontos da infraestrutura do bairro e sua graficação em planta. O levantamento topográfico foi realizado num terreno real durante uma atividade da disciplina de Topografia, fazendo-se uso de estação total, prisma, balizas, mira, nível, trena. Com os dados obtidos no levantamento, os alunos realizaram os cálculos das áreas e perímetros do terreno. Após a realização dos cálculos, se fez uso de <em>software </em>de desenho para realizar a graficação da área do terreno, assim como a localização deste no bairro. Por fim, os alunos analisaram os condicionantes físico-climáticos presentes na área de estudo e que se relacionam ao projeto arquitetônico de uma residência, como: orientação solar, paisagem/visuais, barreiras naturais ou edificadas que poderão interferir na iluminação e ventilação, direção e intensidade dos ventos, materiais e cores de paredes, calçadas e ruas do entorno, presença de árvores e áreas gramadas no lote e entorno. Os resultados alcançados foram socializados através de seminário em sala de aula para a turma e os docentes das disciplinas envolvidas no desenvolvimento da PPI. As informações geradas a partir da PPI servem de referência para proposta de projeto a ser formulada na disciplina “Projetos Integrados”, no terceiro ano do curso. Características como segregação sócio-espacial e políticas habitacionais facilitaram a compressão na escolha do tipo de projeto a ser realizado para o terreno escolhido, assim como a valorização imobiliária local. Esta PPI já vem sendo realizada há alguns anos e se observou que ela traz aos alunos uma clareza quanto aos conhecimentos necessários para a elaboração de um projeto arquitetônico, além de proporcionar uma integração de conhecimentos relevantes a seus fazeres na sua formação profissional.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11539 ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM MANUAL DE RELATÓRIO DE ESTÁGIO PARA CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO 2019-07-27T12:39:13-03:00 César Augusto González cesar.gonzalez@iffarropilha.edu.br Luciane Figueiredo Pokulat luciane.pokulat@iffarroupilha.edu.br <p>O trabalho apresenta o relato da construção e da implementação de um manual para o relatório do estágio curricular supervisionado do curso técnico em agropecuária integrado de um <em>campus</em> do Instituto Federal Farroupilha, desde a perspectiva dos professores que o elaboraram. A necessidade de construção de um manual para a elaboração do relatório de estágio se revelou quando os professores do curso perceberam que as exigências em relação aos estagiários do curso integrado se davam com base nas referências que cada professor importava de suas respectivas formações. Com efeito, um professor formado em Agronomia fazia exigências diferentes daqueles professores formados em Língua Portuguesa. Essas diferentes exigências causavam problemas com relação a como o aluno era orientado na construção de seu relatório, como o aluno construía o seu relato e como o texto era avaliado. Como resultado, os relatórios apresentados eram textos de baixa qualidade, que não atingiam os objetivos de reflexão sobre as atividades realizadas pelos estagiários. É bem verdade que há orientações institucionais acerca de relatórios de estágio; contudo, essas orientações são genéricas, a fim de que possam dar conta de todos os níveis e todas as modalidades de ensino ofertadas pelo IFFar. Nesse sentido, os alunos de cursos integrados de nível médio, ainda com limitado letramento acadêmico, tinham dificuldades em empregar essas orientações de maneira adequada. Com isso, na condição de professores de Língua Portuguesa, percebemos uma oportunidade de organizar o processo por meio da elaboração de um manual que orientasse especificamente os alunos do curso em questão. Esse processo, que começou em 2016, vem sendo revisado desde então. O objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência da construção e implementação desse manual, a fim de mostrar seus limites e suas possibilidades. Para atingir esse objetivo, recordamos o processo de elaboração do manual e discutimos nossas avaliações acerca de seu emprego por parte de alunos e de professores. Ao longo do processo de elaboração do manual, estivemos em constante contato com os professores do curso técnico integrado em Agropecuária, em particular com os profissionais das áreas de Agronomia e de Veterinária. Isso nos permitiu calibrar as demandas acerca dos relatórios de estágio para o ensino médio integrado. Por exemplo, incluímos no manual a possibilidade de que o relato seja feito em primeira pessoa do singular, ainda que isso não seja comum na esfera acadêmica. Com o manual pronto, o distribuímos entre alunos e professores. Em sala de aula, como professores de Língua Portuguesa, realizávamos parte do trabalho de leitura do manual e de produção do relatório com base nas orientações do manual, o que garantiu a organização do processo e a qualificação dos textos. No entanto, percebemos limites no que tange a implementação efetiva das orientações do manual, pois avaliamos que ainda falta a alguns atores envolvidos a devida apropriação desse material, o que provoca relativas dificuldades e reaviva a possibilidade de que os relatórios do estágio voltem a apresentar problemas. A nosso ver, isso revela um problema institucional, que como tal deve ser atacado.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11625 A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SEUS DESDOBRAMENTOS SOBRE O PROCESSO FORMATIVO PRECONIZADO PELO CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:39:13-03:00 Adriana Toso Kemp adriana.kemp@iffarroupilha.edu.br Marcos José Andrighetto marcos.andrighetto@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho discute a Reforma do Ensino Médio no Brasil, à luz do conceito de formação, cuja base epistemológica remonta à Paideia grega e à Bildung originária do pensamento iluminista alemão. Trata-se de pesquisa teórico-conceitual com o objetivo de contribuir para a compreensão dos desdobramentos dessa Reforma no processo educacional das novas gerações. Pensar a temática da formação humana demanda reconhecer que o processo formativo não se restringe à preparação profissional, embora esta seja importante, mas à vida em todos os seus aspectos. A perspectiva de formação aqui defendida alinha-se, portanto, com a concepção de currículo integrado, que representa um esforço constante de análise crítica rigorosa cujo objetivo é a formação integral de sujeitos preparados para viver e trabalhar no contexto contemporâneo. Isso demanda a formação de sujeitos que, para além de sua capacitação técnica, sejam dotados de uma racionalidade alargada e virtudes éticas produzidas intersubjetivamente com vistas ao desenvolvimento de uma cidadania planetária. À luz do conceito clássico de formação, pode-se observar que o currículo proposto para o ensino médio brasileiro a partir da Reforma do Ensino Médio (REM) não só implica sua redução ao aspecto instrumentalizador, como também uma precarização dessa instrumentalização. A REM não só reduz essa etapa da formação ao aspecto instrumental, mas reduz a instrumentalização a um currículo mínimo direcionado aos testes padronizados em âmbito nacional e internacional, focado nos interesses do capital. Ao cursar um itinerário formativo, o estudante de ensino médio ficará alheio a todas as demais áreas de conhecimento. Inviabiliza-se, desse modo, o acesso desses sujeitos ao legado da tradição sócio-histórica, cultural, científica e tecnológica da humanidade. Também são comprometidas a capacitação para a leitura crítica do mundo e a potencialização da habilidade de leitura e interpretação, capacidades indispensáveis à formação de sujeitos e não à mera instrumentalização para sua inserção no mercado de trabalho. Formação humana para um mundo humano não pode prescindir da técnica, do aparato científico e tecnológico, mas não pode se reduzir a ser transmissão de modos de fazer, sejam eles manuais e/ou intelectuais. Promover a desarticulação entre as áreas de conhecimento, como ocorre com a REM, não é apenas excluir um conjunto de disciplinas em favor de outro. Excluir ou desmerecer determinadas áreas na escola é uma estratégia de esvaziamento do sentido crítico da formação. A concepção de educação que perpassa a REM no Brasil está muito mais atrelada à visão de que o ensino é uma prática técnica instrumental do que um processo de formação de subjetividades. Entretanto, a educação nunca deixa de ser subjetivadora. Ela sempre está produzindo subjetividades. O que ocorre é que se trata, no contexto da REM, da produção de subjetividades reduzidas aos interesses do mercado e não subjetividades alargadas, com capacidade e embasamento teórico-científico que constitui o instrumental necessário para tomar as próprias decisões e agir no contexto social, para além de meramente repetir ideias e operar certos equipamentos técnicos no trabalho.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11541 O USO DO MATERIAL CONCRETO E DA LUDICIDADE COMO FERRAMENTAS PARA O APRENDIZADO EM MATEMÁTICA 2019-07-27T12:39:13-03:00 Cristiane da Silva Stamberg cristiane.stamberg@iffarroupilha.edu.br Marilia Boessio Tex Vasconcellos marilia.vasconcellos@iffarroupilha.edu.br Rosélia Lutchemeyer roselia.lutchemeyer@iffarroupilha.edu.br Sônia Scheleski sonia.scheleski@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho relata as experiências relacionadas ao projeto de ensino desenvolvido no Instituto Federal Farroupilha-Campus Santo Ângelo, as quais são propostas pedagógicas que visam auxiliar o aprendizado na disciplina de Matemática dos alunos, os quais encontram mais dificuldades nessa disciplina. O projeto de ensino tem como ponto inicial a construção de materiais concretos para contribuir nas dificuldades matemáticas dos alunos com baixo rendimento em relação aos conhecimentos matemáticos no contexto da educação básica, também a assistência exclusiva aos estudantes incluídos da instituição, empregando atividades com materiais concretos, proporcionando melhor entendimento dos conceitos e habilidades de raciocínio lógico, utilizando de jogos associados a disciplina, motivando os alunos a uma maior aprendizagem na parte prática e teórica da matemática com técnicas para a estimulação visual. A maior parte das nossas experiências são apresentadas através de informações visuais e materiais manipulativos. Com esse entendimento, o projeto na disciplina de Matemática, com atividades de materiais concretos o conhecimento da disciplina torna-se mais efetiva. Este projeto constitui-se numa estratégia didática, facilitadora do processo de ensino aprendizagem da disciplina. Sendo assim, as atividades pedagógicas contribuem com recursos que possibilitam colocar em prática ações educativas que, além do fazer pedagógico mais lúdico, permitem aos alunos a participação sempre de forma ativa, atribuindo maior significado aos conteúdos matemáticos, de forma simples e concisa. É fundamental a estimulação dos alunos com dificuldades de aprendizagem, nesse sentido, o grupo de professores que atuam no projeto, facilitam o conhecimento da área de matemática com a inserção de materiais diversificados, ajudando os alunos a vencer obstáculos em sua aprendizagem. Assim, acreditamos quem este projeto, possa aumentar a possibilidade de auxiliar o desenvolvimento dos estudantes, uma vez que o processo é mais rápido e mais próximo dos alunos que possuem dificuldades de aprendizagem. Esse projeto também desperta o interesse e auxilia a produção de conhecimentos mais ligados as dificuldades expressas pelos estudantes, trazendo de forma divertida o conhecimento e curiosidades da Matemática.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11542 PRÁTICAS E USOS DE MÍDIAS: UM ESTUDO DE CASO COM DOCENTES DA REDE PÚBLICA 2019-07-27T12:39:13-03:00 Ana Laura Arnhold analaura_arnhold@hotmail.com Jamile Tábata Balestrin Konageski jamilek_moon@hotmail.com Maria Cristina Pansera de Araújo pansera@unijui.edu.br <p>Este estudo objetiva compreender por meio de um questionário <em>online</em> com perguntas abertas e fechadas as implicações nas práticas pedagógicas do uso de diferentes mídias por docentes do 3º Ano do Ensino Médio Noturno de uma escola da rede pública estadual do município de Ijuí (RS). Os oito docentes participantes são de diferentes áreas do conhecimentos, a citar: matemática, física, língua portuguesa, educação física, química, língua inglesa, história, geografia e filosofia e compõe o quadro permanente de profissionais da educação do Rio Grande do Sul. A escolha por este grupo de pesquisa, se deu ao fato, desses docentes desenvolverem suas práticas de ensino de maneira interdisciplinar, articuladas a perspectiva do currículo integrado. A pesquisa buscou problematizar a condição da escola e a fluência digital dos docentes, a respeito de suas práticas pedagógicas na convergência com Mídias e Tecnologias. O aporte teórico fundamenta-se nas compreensões sobre os diferentes tipos de mídias e suas implicações na educação. Optou-se por um estudo de caso de abordagem qualitativa e quantitativa na coleta e análise dos dados. Os resultados indicam um cenário desafiador para a educação pública brasileira, de acordo com os dados obtidos: 1) O principal fator limitante, no uso das mídias e de mudanças significativas nas práticas pedagógicas dos docentes, é a falta de conhecimento, que implica na constituição do conhecimento docente para/com as mídias, seja na formação inicial e/ ou continuada; 2) A Internet e o Computador auxiliam positivamente na elaboração e construção do planejamento dos docentes; 3) A falta de recursos tecnológicos nas escolas é um grande entrave na democratização do uso das mídias e das TIC; 4) A autonomia do professor na aprendizagem das mídias e, por fim, 5) O papel e o lugar dos cursos sobre mídias ofertados pelas respectivas Coordenadorias de Educação. A pesquisa indica a necessidade de propor alternativas, que ampliem o acesso a diferentes formas de construção do conhecimento, tornando a aprendizagem significativa e democratizando o acesso à educação, a partir de maiores investimentos em infraestrutura e na formação inicial e continuada de professores, e de políticas públicas para a inclusão digital são fundamentais para a construção de relações igualitárias na sociedade. Mudanças efetivas nas práticas pedagógicas não decorrem do fato de a escola possuir recursos tecnológicos, como computadores, acesso à Internet, mas sim, de que maneira essas tecnologias modificam a construção do conhecimento.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11543 METODOLOGIAS DE ENSINO DE GENÉTICA: FORMAÇÃO E DOCÊNCIA 2019-07-27T12:39:14-03:00 Roque Ismael da Costa Güllich bioroque.girua@gmail.com Eduarda da Silva Lopes eduardalopes.bio@gmail.com <p>Atualmente, no Brasil, sabemos que existem diversos tipos de inovações, sejam elas tecnológicas ou científicas e estas fazem parte dos currículos nas escolas públicas para favorecer o conhecimento dos estudantes. No entanto, grande parte dos alunos, em certas circunstâncias, não contextualizam os conceitos aprendidos no ensino da Biologia, mais precisamente nos conteúdos de Genética, pela grande dificuldade que encontram na aprendizagem nessa área. A literatura da área aponta para o fato de que os conteúdos relacionados à Genética que são trabalhados nas escolas públicas, geralmente são classificados como difíceis e, por parte dos alunos, como sendo um conteúdo desinteressante, pois eles não conseguem fazer a associação entre os conceitos científicos e as situações cotidianas. Desta forma, resolvemos analisar os resumos publicados na seção de ensino dos Congressos Brasileiros de Genética (CBG), para verificar quais são as metodologias de ensino que mais frequentemente são utilizadas como estratégias didáticas e, com isso, dar uma visão panorâmica do ensino de genética brasileiro. Por meio de uma pesquisa e análise documental, produzimos resultados, observados em 38 trabalhos analisados, os quais foram retirados da plataforma online de publicação dos trabalhos dos CBG, da Sociedade Brasileira de Genética (SBG). Diante disso, observamos que há uma grande incidência de Jogos didáticos como metodologia mais produzida dentro das salas de aula (9:38), seguido por Atividades práticas (8:38), Modelos didáticos (4:38), Questionários (3:38), Livros didáticos (3:38), Filmes (2:38), Textos (2:38), Recursos didáticos para a Educação Inclusiva (2:38), Seminários (1:38), Atividades lúdicas (1:38), Softwares (1:38), Palavras cruzadas (1:38) e Vídeos (1:38). Diante desse panorama, podemos destacar que as metodologias adotadas para ensinar Genética são as mais variadas possíveis, de tal forma que o ensino de Genética possa ser ressignificado de uma disciplina tradicional à uma disciplina inovadora em suas estratégias de ensino, que busca o melhor do ensino e da aprendizagem. É importante destacar que a maior parte dos trabalhos são de Ensino Superior (34:38) desenvolvidos no contexto de programas de Iniciação à Docência em Ciências/Biologia o que demonstra a grande preocupação da SBG com a formação inicial de professores da área de Ciências. Como o ensino de Genética é complexo, muitos professores buscam novas estratégias para facilitar a aprendizagem dessa disciplina. Na perspectiva de formação de professores de Ciências e Biologia, podemos articular pesquisas e práticas de ensino de Genética de modo que professores e futuros professores possam melhorar os índices de aprendizagem dessa área no contexto brasileiro.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11626 A CONSCIÊNCIA DOS DISCENTES E DOCENTES SOBRE O SIGNIFICADO DE CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:39:14-03:00 Ricardo Antonio Rodrigues rianro@gmail.com Cássia Mazzanti cassiamazzanti@gmail.com Rita Mendes da Silveira mendesritinha8398@gmail.com <p>O objetivo deste é relatar os resultados parciais do projeto de Pesquisa financiado pelo CNPq sob o título de “O papel da Consciência do Professor no Ensino de Ciências Humanas e Ciências da Natureza no Ensino Profissional e Tecnológico”. O tema central do projeto é a Consciência do Professor como condição para a consciência do discente, à luz do teórico Edgar Morin, na obra Ciência com Consciência. O objetivo é identificar, num primeiro momento, embasados na epistemologia da complexidade, se os docentes que atuam nos cursos técnicos são/estão imbuídos do espírito teórico e prático do que significa o Currículo Integrado, posteriormente refletir e analisar se isso impacta nas atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas aos Cursos Técnicos. A Metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, num primeiro momento, onde as discentes juntamente com o orientador leram e debateram o livro Ciência com Consciência, de Edgar Morin e as bases conceituais e legais sobre Currículo Integrado. Foi enviado aos docentes e discentes dos cursos Técnicos via Google Forms um questionário simples com questões de múltipla escolha e questões abertas para identificar a percepção sobre a principal motivação que leva um estudante a fazer um Curso Integrado no Instituto Federal. Também foi questionado sobre a relação entre as disciplinas básicas e técnicas para a formação discente. Notamos nas respostas discentes, onde mais de 50% do total de discentes do campus responderam ao questionário, que 96% dos que responderam são do Curso Técnico em Sistemas de Energia Renovável, desses, 72% destacaram que sua motivação para estudar no IFFAR é o fato da instituição ser federal e possuir ensino de qualidade. Dos docentes, pouco menos de 50% do total que atuam nos cursos técnicos responderam o formulário e desses praticamente todos corroboraram as respostas discentes. A questão sobre motivação tinha três alternativas – O que motiva alguém fazer o curso técnico no IFFAR? a) o Currículo Técnico Integrado; b) Porque o IFFAR é uma instituição federal com ensino de qualidade; c) Para ter uma melhor preparação para o ENEM. Nenhum docente e nenhum discente destacou o Currículo Integrado como elemento motivacional para se estudar no IFFAR. Quando questionados sobre como deve ser a relação entre disciplinas básicas e técnicas, docentes e discentes destacaram que as técnicas merecem um destaque especial. Com base nessas informações e nas leituras que embasaram a pesquisa, notamos à luz da noção de consciência, de Edgar Morin,&nbsp; que nem os docentes e nem os discentes envolvidos no processo formativo dos cursos técnicos, identificam o que é educação omnilateral, uma educação para todos em todas as suas dimensões, tampouco relevaram conhecer a base da EPT que é o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico. Por fim, notamos um distanciamento abissal entre as bases conceituais e legais do Currículo Integrado e a práxis, talvez por falta de formação e mais informação sobre o sentido e o significado do Currículo Integrado para a Educação Profissional e Tecnológica.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11544 O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 2019-07-27T12:39:14-03:00 Matheus de Almeida Leite matheusaleite999@gmail.com Lucas Muller Dornelles lucas_m_dornelles@hotmail.com Yuri Leonardo Nunes dos Santos nunesyurisantos@gmail.com Aureo Vinícius Duarte Alonso Rocha vinnyciusd@gmail.com Adão Caron Cambraia adaocam@gmail.com <p>O texto tem como objetivo relatar a atividade desenvolvida na Prática do Ensino da Computação IV do Curso de Licenciatura em Computação, que promoveu interações de Licenciandos com alunos da Educação Básica e potencializou uma relação dialética entre teoria e prática. A atividade proporcionou uma análise reflexiva de como atividades de computação desplugada contribuíram no desenvolvimento do raciocínio lógico nos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para isso, foram planejadas diversas atividades desplugadas, tais como: 1) Sistemas numéricos - formando números binários (introdução à informática); 2) Jogo das bandeiras – álgebra de boole (introdução à informática); 3) Pintando pixels – sistema RGB de construção de imagens (introdução à informática); 4) Detecção de erros (sistemas operacionais); 5) Cidade enlameada (teoria da computação); 6) Seguindo instruções - os alunos desenhavam seguindo instruções de um colega (algoritmo e programação de computadores); 7) Batalha naval (estrutura de dados); 8) Jogo das laranjas (redes de computadores); 9) Caça ao tesouro (autômatos finitos). Para entender se as atividades possibilitaram o desenvolvimento do raciocínio lógico foi proposto a execução de um jogo lógico, com marcação do tempo no início e no final das atividades. Ao planejar e desenvolver as atividades, o professor se prepara para situações adversas que podem acontecer na aula, por exemplo, não conseguir desenvolver todas as atividades, pois, dificilmente, os alunos chegam com o mesmo nível de conhecimento para aula e cada um traz a sua bagagem de vivências, o que torna cada processo de aprendizagem único, exigindo um movimento de planejamento e improvisação por parte do docente. O processo reflexivo desencadeado proporcionou: a) conhecer uma possibilidade de ensinar ciência da computação sem computadores; b) criação de atividades lúdicas para o ensino da computação; c) a necessidade de transformar o conhecimento da computação em algo que os alunos compreendam; d) potencialização do raciocínio lógico na EJA. Os resultados possibilitaram perceber que 88,89% dos alunos melhoraram o tempo de execução no teste realizado, trazendo indícios de que aprimoraram o raciocínio lógico.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11545 RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO SISTEMA PRISIONAL 2019-07-27T12:39:14-03:00 Jéssica Donini jessicadoninii@gmail.com Jéssica Berg jehberg21@gmail.com Claúdia Nunes claudia.nunes@iffarroupilha.edu.br <p>O Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) apresenta uma normativa instituída pela Lei nº 7.210, de 1984, prevê a assistência educacional ao preso e internado, sendo obrigatório o ensino fundamental a esta clientela, proporcionando uma oportunidade de contemplar o diploma. Enquanto componente curricular, da instituição de ensino, Instituto Federal Farroupilha campus Santa Rosa, esta prática, foi desenvolvida na unidade prisional da cidade com turmas do Bloco A, denominadas de turma I e II, constituída pelo Ensino Médio e Ensino Fundamental. Após conversa<span style="text-decoration: line-through;">ção</span> com a professora regente de ciências da unidade, surgiu o interesse e a disponibilidade de exibir os modelos anatômicos de poríferos (esponjas do mar) e cnidários (anêmonas do mar e água viva) esses, criados pelo Subprojeto de Iniciação à Docência - PIBID pela mesma instituição de ensino. Foi necessário realizar ajustes, como forma de não infringir as normativas exigidas do Presídio. Fez-se necessário o desuso de arames e alfinetes, optando pelo uso de e.v.a e cola quente, e a permissão na utilização de balões. Na chegada, ocorreu procedimentos de segurança, onde os materiais foram vistoriados e dada a permissão para adentrar na sala de aula. Juntamente com a professora regente da turma, aguardamos a chegada Turma I, sendo essa, composta por dezenove alunos, com idades variadas, sentados dispersos na sala de aula. Iniciamos a prática reorganizando a sala em círculo, possibilitando diálogo, manuseio e visibilidade dos modelos. Recordamos o vídeo que trouxe características que definem os filos, este já trabalhado pela professora. Os modelos anatômicos, proporcionaram uma interação da turma com a temática, potencializando a prática. Convidamos todos para dinâmica do balão, onde cada aluno encheu o seu e jogou-o para cima, após, cada um pegou um balão contendo ou não uma pergunta sobre o assunto, sob a orientação, o estouraram. Os que possuíam a pergunta deveriam ler em voz alta, e juntamente com a turma discutir a resposta. A turma seguinte, Turma II composta por vinte e cinco alunos, com idades variadas, sentaram-se em círculo. Manteve-se o mesmo padrão de atividade, com exposição dos modelos anatômicos, retomada dos conceitos e características que compõem os filos. Reproduziram a dinâmica do balão com as mesmas perguntas. Percebeu-se que a Turma&nbsp; II, permitiu discussões mais contextualizadas que a Turma I, porém, os argumentos e criticidade dos mesmos permeio um decorrer de aula promissor com contextualização de acordo com a argumentação das turmas. Concluímos que<span style="text-decoration: line-through;">,</span> foi de suma importância a atividade aqui descrita para o processo de ensino-aprendizagem tanto para os alunos desta modalidade, quanto para as acadêmicas. De acordo com Freire (1995, p. 127) quem tem, “[...] o amor na educação é aquele que luta por aquilo que acredita”. É necessário que entendamos que a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem suas particularidades e diferenças, nas quais devem ser atendidas e respeitadas, com dedicação e o amor.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11546 A AUTOMEDICAÇÃO, HÁBITOS E RISCOS PARA A SAÚDE 2019-07-27T12:39:14-03:00 Dienifer P. PIPPI pippidienifer@gmail.com Ramona R. S. REIS ramonareis@hotmail.com Thatiane de Britto STAHLER thatiane.stahler@iffarroupilha.edu.br <p>Esse relato foi desenvolvido a partir da proposta apresentada pela disciplina de Prática Pedagógica enquanto Componente Curricular (PeCC IV), do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Farroupilha <em>Campus</em> Panambi – RS, que teve como objetivo desenvolver intervenções em espaços formais, buscando a interdisciplinaridade, com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da 6ª etapa. Frente a isso, elaborou-se um projeto intitulado “Os riscos da automedicação”, visando a conscientização relacionada ao uso indevido de medicamentos. Após a escolha da temática do projeto, as licenciandas realizaram a revisão bibliográfica acerca do tema e elaboração escrita do projeto. Em seguida foi desenvolvida a intervenção na Escola Estadual de Ensino Médio Pindorama do município de Panambi-RS, a qual contempla ensino fundamental, ensino médio e modalidades de EJA, com alunos oriundos de vários bairros. Esta instituição foi escolhida por ser uma escola tradicional e acolhedora do município. A turma escolhida para realização do projeto foi a 6ª etapa da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo principal foi conscientizá-los sobre importância da consulta médica, a maneira correta de se adquirir um medicamento, quais os perigos e riscos da automedicação, onde também foram orientados sobre a importância das tarjas, buscando incluir o ensino interdisciplinar. Para essa reflexão, a metodologia utilizada desenvolveu-se por meio de um caráter descritivo e expositivo. A prática foi desenvolvida através de diálogos com auxílios de questionários, inicial e final, slides, resumos do tema trabalhado, vídeos e a socialização de um bingo referente à automedicação. As atividades foram realizadas pensando em mostrar para os alunos como é importante saber sobre a automedicação e seus riscos, pelo fato de não ser um assunto muito trabalhado em sala de aula. Observou-se que a turma é participativa, interessada, colaborativa e cheia de curiosidades, o que proporcionou uma situação de aprendizagem significativa para a turma. Assim, pode-se concluir que a realização da prática pedagógica foi positiva para a formação docente, ampliando conhecimentos em um contexto interdisciplinar, por meio da relação dos conhecimentos englobados pelas seguintes disciplinas: matemática, português e química.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11547 MODELOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE BIOLOGIA CELULAR: UMA REVISÃO CONCEITUAL 2019-07-27T12:39:15-03:00 Mariane Beatriz Karas marianekaras@gmail.com Karine Rudek rudekkarine@gmail.com <p>O currículo é a prática educacional contínua que ocorre através da transformação de conhecimentos cotidianos em saberes científicos, por isso, esse relato refere-se a uma atividade de revisão sobre a temática citologia. A célula é a unidade básica da vida, é nela que ocorrem as reações químicas essenciais para a manutenção do metabolismo dos seres vivos. Contudo esses processos e reações ocorrem a nível microscópico, assim, o entendimento desses acontecimentos limita-se a imaginação, o que os torna relativamente abstratos.&nbsp; Levado em consideração a relevância do estudo das células e a importância de um ensino significativo, optou-se por planejar uma atividade extraclasse, com objetivo de revisar o conteúdo de biologia celular através da representação de diversos tipos celulares. A referida atividade foi desenvolvida com 83 alunos do Ensino Médio do Colégio La Salle Medianeira, na cidade de Cerro Largo – RS.&nbsp; Em busca de um processo de ensino e aprendizagem significativo e compreensível, diversas metodologias podem ser empregadas. Observações em microscopia proporcionam a visualização das células em escala real, evidenciando diferentes cores, tamanhos e formatos, e comprovando que existem diversos tipos celulares. Contudo, os microscópios ópticos não permitem a visualização de todas as estruturas celulares. A fim de ultrapassar essas barreiras e tornar o ensino mais palpável achamos conveniente investir nos modelos didáticos. Após o planejamento, os alunos foram convidados a construírem representações celulares. Para isso, inicialmente, receberam uma proposta explicativa sobre o desenvolvimento da atividade, na qual deveriam usar ingredientes tridimensionais e comestíveis para representar as diferentes organelas e estruturas celulares. Acreditamos no potencial desta modalidade de ensino que é utilizada principalmente no estudo de estruturas microscópicas, pois permite e representação em maior escala daquilo que não é possível visualizar a olho nu.&nbsp; A partir da construção de modelos didáticos, diversas competências e habilidades puderam ser trabalhadas a fim de propiciar a construção significativa dos conceitos. Além de competências e habilidades, o planejamento permitiu a estruturação dos <em>conteúdos procedimentais</em> (construção dos modelos didáticos), <em>conceituais</em> (Teoria Celular, modelos e tipos de células; membrana celular: estrutura, composição, funções e propriedades; transporte de substâncias através da membrana; meio intracelular: Citoplasma, citoesqueleto, organelas), e <em>atitudinais</em> (diálogo, cooperação, responsabilidade, tolerância, interesse, curiosidade, observação, flexibilidade, entre outros). Após dois meses de orientações, organizados em grupos ou individualmente os alunos socializaram suas células comestíveis. Foram feitas 22 representações dos seguintes tipos celulares: células procariontes: tradicional, <em>Vibrio cholerae </em>e<em> Escherichia coli</em>; células eucariontes: animal tradicional, ameba, neurônio, paramécio, <em>Saccharomyces serevisiae,</em> euglenófita, vegetal, óvulo e espermatozoide. As representações foram avaliadas por Professores da área, através de um diálogo com os alunos. Foi possível concluir que a atividade permitiu uma melhor compreensão do conteúdo através de uma prática executada pelos alunos, onde eles foram ativos na construção dos conhecimentos, através da pesquisa, do diálogo, interação e produção da representação. Utilizando materiais acessíveis e de forma lúdica, a atividade movimentou os alunos e quebrou paradigmas, permitindo a reconstrução e ressignificação dos conceitos de biologia celular.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11552 Inclusão e Diversidade: Um Desafio na Aprendizagem 2019-07-27T12:39:15-03:00 Geovana Sarturi geovanasarturi@gmail.com Dionéia wandscheer Lagasse dioneiawlagasse@hotmail.com Daniela Medeiros daniela.medeiros@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho relata uma experiência vivenciada no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) campus Panambi, durante o 2º semestre de 2018, na disciplina Prática Pedagógica (PECC VI), na qual propusemos um projeto de intervenção que tinha por objetivo ensinar ecologia para pessoas com deficiência, tendo seu público alvo alunos da EJA da Escola de Educação Especial Girassol, da APAE/Panambi/RS.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Essa proposta surgiu da referida disciplina (PECC VI) integrando outras duas, Ecologia e Diversidade e Educação Inclusiva, de forma interdisciplinar. Seu objetivo era ensinar ecologia de modo significativo e participativo, atendendo as especificidades do público envolvido.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A turma possuía 15 alunos, os quais apresentavam idades diferentes entre si e várias especificidades, como deficiência intelectual e ou múltipla, autismo, síndrome de down e deficiência física.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A prática foi desenvolvida no IFFar Campus Panambi, no qual os alunos foram recebidos no auditório com um cenário montado. No primeiro momento apresentamos dois vídeos curtos, intitulados “O Que Comem os Animais Carnívoros, Herbívoros e Onívoros?” e “Carnívoros, herbívoros e onívoros - Ciências para crianças”, que tratavam de interações tróficas e cadeia alimentar, enfatizando a classificação alimentar dos animais, de maneira simples e ilustrada para que eles pudessem compreender.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Após assistirmos os vídeos, os alunos foram estimulados a interagir de forma a classificar os hábitos alimentares dos animais. Para isso, usamos as imagens de vários animais silvestres, sendo que cada uma era apresentada a eles juntamente com questionamentos sobre o mesmo, se ele era herbívoro, carnívoro, insetívoro, detritívoro e os seus hábitos de vida no seu ambiente natural.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Em seguida os alunos foram convidados a se aproximar da mesa onde estavam dispostos os animais taxidermizados para fazer a identificação dos mesmos. Foram questionados sobre esses animais, se já avistaram na natureza e/ou o que pensam e sabem sobre o assunto. Também puderam entrar em contato com os mesmos e fazer observações, quanto a sua anatomia, pelagem, coloração.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Para finalizar essa prática os alunos, de forma participativa, colocaram os animais em seu <em>habitat </em>natural que estava montado no cenário, um lugar de floresta com terra e outro com água.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Ao final foi feita uma conversa com todos para avaliar suas percepções e opiniões sobre a prática. Acreditamos que esta ação foi válida, pois era nítido o interesse e participação de todos. Houve muita interação no momento de colocar os animais em seus <em>habitats</em> e a exploração da diferença de um animal para outro, quanto à textura da pelagem, cor, anatomia no geral. Assim, a partir de diferentes modos de expressão e construção do conhecimento, percebemos que o que foi proposto foi acessível a todos, de modo a respeitar e explorar as diferentes especificidades</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11553 ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL 2019-07-27T12:39:15-03:00 Rafael de Ramos Lutz rafaelderamoslutz@gmail.com Dayana Rambo Dutra dayanarambo75@gmail.com Jaine Viana jaineviana2011@gmail.com Adão Cambraia adao.cambraia@iffarroupilha.edu.br <p>O trabalho é uma produção dos alunos do 2º semestre do Curso de Licenciatura em Computação do IFFAR - Campus Santo Augusto, no componente curricular de Prática do Ensino da Computação II. O ensino da computação, na atualidade, se tornou essencial, principalmente o uso das TICS (Tecnologias de Informação e Comunicação) no processo da aprendizagem, pois vivemos em um mundo cercado de smartphones, computadores e máquinas com grande capacidade de processamento, assim como o grande volume de informações que existe na internet. O presente trabalho é uma análise da incorporação da cultura tecnológica na escola, pautando-se na pesquisa in loco e no Projeto Político Pedagógico (PPP). Primeiramente, procuramos entender a concepção do diretor a respeito da importância da construção coletiva do PPP, de forma a superar a ideia de fazê-lo apenas para cumprimento de tarefas burocráticas. O PPP precisa ser vivenciado por todas as pessoas envolvidas com o processo educativo da escola (VEIGA,1998, p.1). Visitamos e estudamos o PPP da escola Municipal Professor Oniro Solano Bones, localizada no município de Bom Progresso, no qual possibilitou a compreensão de como funciona a organização da escola, tendo como foco a construção da parte que diz respeito ao ensino da computação, informática na educação, internet e tecnologias. O fundamento dessa análise teve como base o ensino do pensamento computacional, e para melhor compreensão do que se passa nos laboratórios de informática, pois, não consta no PPP nenhuma atividade envolvendo esse conhecimento, o que leva a entender que o laboratório é utilizado apenas para recreação. Também a situação é precária dos computadores. Além de ler e estudar o PPP da escola, foi aplicado também questionários com perguntas sobre o uso do laboratório de informática e a organização da escola, sendo aplicado através do Google Forms, o que permite uma fácil interpretação dos resultados, assim como a aplicação do formulário. Após a realização do presente trabalho, obtivemos os dados que precisávamos para entender como ocorre o desenvolvimento do pensamento computacional na escola em questão.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11555 AULA PRÁTICA SOBRE: O PROCESSO DE FILTRAÇÃO EM DIFERENTES TIPOS DE SOLO 2019-07-27T12:39:15-03:00 Andressa Corcete Hartmann andressahartmann06@gmail.com Tainá Griep Maronn taina.maronn7@gmail.com Eliane Gonçalves Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>Nos dias de hoje, cada vez mais se faz necessário a utilização de diferentes recursos didáticos nas aulas de Ciências, para que os alunos aprendam com mais facilidade. A utilização de diferentes recursos didáticos têm grande relevância na aprendizagem dos alunos. Esta aula prática teve como objetivos proporcionar um melhor entendimento sobre os diferentes tipos de solo, também enfatizar a importância das aulas práticas para que os alunos tenham uma maior compreensão dos conteúdos abordados nas aulas de Ciências. O presente trabalho apresenta uma atividade prática sobre a permeabilidade do solo, desenvolvida com alunos do 6° ano do Ensino Fundamental, sendo proporcionada pelo componente curricular Estágio Supervisionado III: Ciências do Ensino Fundamental, em duas escolas distintas, sendo uma localizada na cidade de São Pedro do Butiá e a outra em Roque Gonzales. Para a realização dessa atividade os alunos foram divididos em grupos com 3 componentes, e posteriormente cada grupo utilizou 3 garrafa PET, em seguida estas foram cortadas ao meio e deixadas em forma de funil, posteriormente, foi tirado a tampa da garrafa e adicionado uma pequena quantidade de algodão. Subsequente a isso foi adicionado três tipos de solo em cada garrafa, os solos que utilizamos foram o arenoso, argiloso e o humífero, em uma garrafa, foi colocado os dois solos junto, em cima de cada amostra foi derramado um copo de água. A partir dessa atividade foi possível observar a movimentação da água pelos diferentes tipos de solo, assim como, realizar uma discussão porque em alguns solos a água passa com mais facilidade do que em outros. A partir desse experimento, também questionamos os alunos sobre qual é a importância das matas ciliares em nascentes e nas encostas dos rios. Esta atividade foi realizada com muito êxito e participação de todos os alunos, ao corrigirmos o relatório também percebemos que foi considerada válida para o entendimento dos alunos. Durante esta atividade identificamos ainda que os alunos ficaram curiosos para saber os resultados como também nos questionaram bastante durante a realização da mesma. As aula práticas se forem bem organizadas e planejadas são fundamentais para os processos de ensino e aprendizagem dos conteúdos.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11554 A IMPORTÂNCIA DA AULA EXPOSITIVA DIALOGADA NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA 2019-07-27T12:39:15-03:00 Andressa Corcete Hartmann taina.maronn7@gmail.com Tainá Griep Maronn andressahartmann06@gmail.com Eliane Gonçalves Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>A aula expositiva dialogada é uma estratégia que caracteriza-se pela exposição de conteúdos com a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio dos mesmos, sendo o professor o mediador para que os alunos questionem, interpretem e discutam o objeto de estudo. O presente trabalho constitui da análise de uma aula expositiva dialogada realizada com a turma do 1° ano do ensino médio na Escola Pedro José Scher localizada na cidade de São Pedro do Butiá.&nbsp; Sendo desenvolvida pelo componente curricular Prática de Ensino em Ciências/Biologia III: Metodologia e Didática do Ensino de Ciência e Biologia, na qual foi abordada a temática acerca dos Biomas, mais especificamente o “Bioma Taiga”.&nbsp; Logo, que começamos abordar a temática já surgiram vários questionamentos por parte dos alunos, também estes apresentaram-se interessados e curiosos para saber mais sobre o Bioma Taiga, durante toda a aula conseguimos manter um diálogo entre professores e alunos. A aula teve como objetivo analisar como os alunos interagem quando abordamos este tipo de metodologia. Apesar da aula expositiva dialogada ser considerada um método tradicional e por várias vezes até sendo considerada como ultrapassada por parte de alguns professores, esta apresenta fundamental relevância no ensino, uma vez que permite um diálogo entre professor e alunos, havendo espaços para questionamentos, críticas e discussões. Essa modalidade de aula propicia ao aluno a obtenção e organização de dados, a interpretação e análise crítica, a comparação e a síntese do conteúdo apresentado. Cabe ressaltar que neste tipo de aula é necessário um bom planejamento, pois o professor é o responsável por mediar o diálogo com a turma, como também são necessários a utilização de outros recursos nestas aulas dentre os quais recursos audiovisuais, datashow, entre outros para.&nbsp; Sendo assim a aula expositiva dialogada vem com o intuito de deixar os alunos entrar em ação sendo o professor o mediador destes diálogos. Além disso, esse tipo de aula leva em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, e a partir deste iniciar ou continuar um determinado conteúdo, é possível ainda nestas aulas relacionar os conteúdos abordados com o cotidiano dos alunos, para assim sistematizá-los. Dessa maneira, isso acaba facilitando o ensino e aprendizagem dos alunos, pois é trabalhado o conhecimento popular agregado ao conhecimento científico.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11556 CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA DESENVOLVIMENTO DE SITUAÇÃO DE ESTUDO 2019-07-27T12:39:16-03:00 Bruno Guilherme Sczmanski Roesler b.roesler@hotmail.com Ezequiel Marques Barbosa eze_marques007@hotmail.com Maria Cristina Pansera de Araújo pansera@unijui.edu.br <p>As dificuldades de aprendizagem escolar podem ser entendidas como obstáculos encontrados por alunos no período de escolarização referente à captação ou assimilação dos conteúdos propostos. Uma das soluções pode ser a reorganização do currículo do Ensino de Ciências, em diálogos interdisciplinares com outras áreas da educação básica. A proposta denominada “Situação de Estudo”, elaborada e desenvolvida nos componentes curriculares de Estágio em Ensino de Ciências e de Biologia propõe repensar o currículo instigando novas formas de produzir conhecimento, a partir de problemáticas do cotidiano dos alunos. Isto facilita a interação pedagógica para construção da interdisciplinaridade conceitual e de aprendizagem significativa, além de dinamizar e articular a interrelação de saberes, temas, conteúdos, conceitos-procedimentos, valores e atitudes. Neste sentido, os professores são sujeitos transformadores, reflexivos e pesquisadores de sua própria prática, e devem ter ciência de que os alunos também são indivíduos únicos, com conhecimentos próprios do ambiente e da cultura em que vivem. Para o desenvolvimento da Situação de Estudo, denominada “Consciência Ecológica”, para o Estágio em Ensino de Ciências do Ensino Fundamental, foi necessária a mobilização de conhecimentos específicos aprendidos durante o curso de licenciatura, em que a centralidade está no conceito de “meio ambiente”. A elaboração de um Mapa Conceitual, que facilitasse a identificação dos conceitos-chave, foi realizada de modo que a interação de conteúdos e conceitos pudesse ser visualizada, desde as interações possibilitadas nas descrições, análises e entendimentos propostos com o tema. Os conceitos de biodiversidade, energia, conscientização ambiental, fatores abióticos e bióticos, materiais, substâncias constituíram aspectos relevantes ao ensino do tema, bem como as possibilidades de articulação na área de Ciências da Natureza. Ainda convém salientar, a escolha de um conjunto de atividades práticas e teóricas intencionais, desde um contexto conhecido pelos alunos, escola e comunidade, que precisam ser explicados e compreendidos desde os conhecimentos científicos. A Situação de Estudo, no seu modo interativo e dinâmico, constitui outra maneira de trabalhar em sala de aula. As atividades propostas visam muito mais que a simples “transmissão” de conteúdos, mas a construção de aprendizagens com base no cotidiano dos alunos, que servem como instrumento para a formação de cidadãos conscientes para que possam compreender o espaço em que vivem.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11557 ATIVIDADE PRÁTICA PARA SENSIBILIZAR ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO PARA O ORGANISMO 2019-07-27T12:39:16-03:00 Vanusa Zimmer de Moura vanusa.zimmer.de.moura@gmail.com Camila Terezinha Limberger cahlimberger@gmail.com Eloisa da Silva Pauletti Elo_pauletti@hotmail.com Eliane Gonsalves dos Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>Atividades práticas têm um importante papel social e educacional a cumprir, contribuindo na geração de conhecimentos, auxiliando na compreensão de processos naturais, complexos e colaborando na formação de cidadãos críticos e atuantes em sociedade. Neste resumo apresentamos uma atividade prática realizada em uma escola do município de Cerro Largo com alunos do Ensino Fundamental II, sendo oportunizada pelo componente curricular de Prática de Ensino em Ciências/Biologia IV: Laboratório de Ensino de Ciências. A referida atividade teve como objetivo apresentar a partir de um experimento, os males que o tabaco causa ao organismo e destacar a importância de não iniciar o seu consumo. O desenvolvimento da atividade aconteceu em duas etapas, primeiramente, foi realizada uma apresentação sobre o tabagismo e as consequências do uso ao organismo e ao meio ambiente. No segundo momento, a turma participou da atividade prática no pátio da escola, usamos um modelo didático para simular o sistema respiratório, o qual foi confeccionado utilizando uma garrafa pet (2L) com água, na parte superior com a tampa furada colocamos um cigarro aceso e na parte inferior foi feito um furo para a retirada da água. À medida que a água baixava, a fumaça entrava e ficava presa na garrafa. Em seguida, retiramos a tampa e colocamos um guardanapo de papel, assopramos no furo da parte inferior da garrafa para a fumaça sair e passar pelo filtro (guardanapo). Essa atividade visou demonstrar as tragadas de cigarro feitas por um fumante com a possibilidade de visualizar a fumaça que entra no sistema respiratório, no guardanapo ficaram presas parte das 4700 substâncias tóxicas diferentes presentes na fumaça do cigarro. Ao debater sobre a simulação, reforçamos com os alunos os malefícios do tabaco à saúde, e que a Organização Mundial da Saúde apresenta uma lista com várias doenças causadas pelo cigarro sendo a mais grave o câncer de pulmão. Após a realização da atividade os alunos relataram que em suas famílias havia fumantes, estavam surpresos porque não sabiam que poderiam ser fumantes passivos e sofrer com os males do cigarro. Concluímos que a construção do modelo para abordar questões sobre o tabagismo atingiu os objetivos propostos, ao promover a reflexão do grupo para os males que o cigarro faz ao organismo, e que a educação escolar tem um papel importante na prevenção, sensibilização e orientação, já que devemos agir como mediadores no processo de formação do sujeito, tendo como objetivo formar cidadãos conscientes, capazes de tomar decisões e fazer escolhas sem influências de outros, principalmente em relação ao uso de cigarro.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11560 CONTRIBUIÇÕES DO ENSINO DE CIÊNCIAS SOBRE O PROCESSO DE COMPOSTAGEM E OS BENEFÍCIOS AO MEIO AMBIENTE 2019-07-27T12:39:16-03:00 Luciane ROOS lu-roos@hotmail.com Ramona R. S. REIS ramonareis@hotmail.com Dienifer P PIPPI pippidienifer@gmail.com Fabiana[ PIRES fabiana.pires@iffarroupilha.edu.br <p>Este relato foi desenvolvido a parir de uma experiência vivenciada na disciplina Prática Pedagógica enquanto Componente Curricular (PeCC) III, do Curso de Licenciatura em Química, do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) - <em>Campus</em> Panambi, que teve como proposta desenvolver o ensino de química a partir do cotidiano dos estudantes. Frente a isso, elaborou-se um projeto intitulado “Sustentabilidade e Meio Ambiente”, visando a promoção da educação ambiental com crianças e adolescentes. Para o desenvolvimento desta atividade, a Escola Estadual Ensino Médio Pindorama do município de Panambi – RS, disponibilizou o ambiente escolar para a realização desse projeto com alunos do 9º (nono) ano do Ensino Fundamental, com idade entre quatorze e dezessete anos, na disciplina de Ciências da Natureza. Após a escolha da temática do projeto, as licenciandas realizaram a revisão bibliográfica acerca do tema e elaboração escrita do projeto. O projeto se desenvolveu em três momentos. No primeiro momento ocorreu a sensibilização dos estudantes acerca do cuidado que deve-se ter com o meio ambiente e aplicação do questionário, a fim de diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos envolvidos. Em um segundo momento, foram explanados os seguintes conteúdos: a importância da reciclagem de resíduos orgânicos, sustentabilidade e compostagem, diminuição dos impactos ambientais, resíduos que podem ser utilizados, como ocorre o processo de compostagem, fertilizantes do solo e seus benefícios às plantas e nutrientes. No último momento, juntamente com os alunos, realizou-se a produção de uma mini composteira, com o objetivo de demonstrar que é possível o reaproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos domiciliares, e que este pode ser transformado em fertilizante para o solo. Nesta atividade prática foi utilizado garrafa pet, areia e resíduos orgânicos coletados em casa. A mini composteira foi deixada na sala de aula para que os alunos acompanhassem o processo de transformação dos resíduos orgânicos em composto orgânico. Também, aplicou-se novamente o questionário, com vistas a verificar os conhecimentos aprendidos durante intervenção. Os questionários antes e após a intervenção foram analisados e constatou-se que a atividade desenvolvida contribuiu de forma significativa para os estudantes, pois observou-se que 87% dos estudantes apresentaram um desempenho satisfatório em relação ao tema abordado.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11561 A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO A PARTIR DA PERSPECTIVA DO TRABALHO ENQUANTO PRINCÍPIO EDUCATIVO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 2019-07-27T12:39:17-03:00 Celso Augusto de Oliveira Cristofoli da Silva celso.silva@ifpr.edu.br Ricardo Antonio Rodrigues ricardo.rodrigues@iffarroupilha.edu.br <p>Saviani (2007) nos diz que o vínculo Educação e Trabalho é ontológico-histórico. Somente o homem trabalha e educa. Para sobreviver às intempéries da natureza o homem necessita aprender a desenvolver técnicas e habilidades para adaptar-se e modificar o meio natural, ou seja, desenvolver a sua humanidade. Neste processo também forma, porque transfere as técnicas desenvolvidas na produção da sua existência as gerações futuras, configurando assim um processo formativo. Desta forma, é imperativo o papel social que desempenha um professor para formar cidadãos críticos e que possuem um papel social importante na sociedade a partir da educação. Como Ramos (2008) nos aponta, os educandos devem compreender que somos seres de trabalho e que todos devemos atuar no mundo do trabalho com uma consciência emancipatória. Entretanto, para que esse docente seja capaz de abordar e trabalhar questões transformadoras na formação de um cidadão na perspectiva do trabalho enquanto princípio educativo, deve-se reconhecer que ele próprio deva possuir uma formação que lhe ofereça subsídios para estabelecer uma prática orientada nesse horizonte. Nesse sentido, o desenvolvimento desta pesquisa, que está sendo realizada no programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica – PROFEPT em nível de mestrado profissional, tem como norte investigar situações pertinentes às práticas educativas na educação profissional e tecnológica e no ensino médio integrado. Para sistematizar a investigação, a metodologia será a pesquisa qualitativa através da pesquisa participante pelo fato do pesquisador encontrar-se imerso no ambiente a ser observado. Pretende-se aprofundar o estudo na relação entre educação integral e trabalho enquanto princípio educativo, buscando compreender como tais conceitos estão alinhados e presentes na prática educativa e nos processos de ensino aprendizagem dos sujeitos da pesquisa – professores e alunos do Instituto Federal do Paraná, Campus Foz do Iguaçu – na perspectiva de uma educação que se aproxima das bases conceituais que orientam a educação profissional e tecnológica. O resultado deste trabalho tem como objetivo a elaboração de um o produto educacional com aplicabilidade imediata, que partindo da análise dos dados tem como proposta um curso de formação para docentes em EPT organizada em módulos: a) Bases da EPT: Fundamentos epistemológicos da Educação e do Trabalho; b) Relação professor/aluno: pressupostos éticos e metodológicos. Assim sendo, partindo do trabalho enquanto princípio educativo, do conceito de práxis no desenvolver do trabalho pedagógico e dos aspectos alteridade e ética enquanto orientadores da relação do processo de ensino/aprendizagem no âmbito da educação profissional e tecnológica integrado ao ensino médio é caminhar para se praticar uma educação emancipatória.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11558 TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA COMO PROPOSTA METODOLÓGICA NAS AULAS DE CIÊNCIAS 2019-07-27T12:39:17-03:00 Karine Rudek rudekkarine@gmail.com Mariane Beatriz Karas marianekaras@gmail.com <p>A temática central do presente trabalho é a leitura de Textos de Divulgação Científica (TDC’s) nas aulas de ciências. Parte-se do entendimento que os TDC’s auxiliam no processo da apropriação da linguagem científica qualificando com isso o aprendizado. A presente prática foi desenvolvida na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Afonso Rodrigues, interior do município de Salvador das Missões. O objetivo desta ação foi de usar a hora da leitura de forma a auxiliar nas aulas e Ciências, pensando na leitura de TDC’s sendo que estes apresentam um discurso cotidiano devido à presença de diferentes formas de contextualização, um vocabulário que torna o texto mais acessível ao público em geral, neste caso Ensino Fundamental. Fazendo com que os alunos se envolvessem na aquisição do vocabulário científico. Os TDC’s são considerados importante recurso didático, uma vez que abordam temas atuais de forma contextualizada, dinâmica e reveladora de alguns aspectos da natureza da atividade e da comunicação científica. Desta forma, pensando nas novas visões do ensino que objetivam a formação de cidadãos críticos e participantes na sociedade, os TDC’s complementam os materiais tradicionais como o livro didático, como uma opção didática a mais, uma nova estratégia de ensino para contextualização do conteúdo abordado criando relações entre os conceitos científicos e o cotidiano. Pensar no currículo é ir além do conteúdo, são todas as experiências e vivências alcançadas pelos professores em formação. A ação foi planejada durante a organização do material para o ano letivo. A proposta de inserir durante as aulas de Ciências a leitura de textos de divulgação cientifica, foi introduzida semanalmente da seguinte forma, uma das três horas aula com todas as turmas do Ensino Fundamental. Esta ação se mostrou de grande relevância para o Ensino de Ciências, os alunos apresentaram interesse pelas leituras e uma participação efetiva dos alunos nas socializações que realizávamos após as leituras, uma vez que relacionavam os assuntos com o cotidiano, favorecendo a troca de saberes. Usamos jornais locais, revistas científicas, artigos publicados em eventos entre tantos outros. &nbsp;A proposta de uso de TDC’s associado às estratégias de leitura, mostrou ser um caminho viável para a valorização da leitura nas escolas, além de ser uma ponte entre os conteúdos científicos e temas relacionados ao cotidiano. &nbsp;Grande potencializador para o desenvolvimento do hábito literário, favorecendo a formação de sujeitos-leitores. Vale destacar que os encontros dos Ciclos Formativos em Ensino de Ciências ofertados pelo grupo de pesquisa GEPECIEM da Universidade Federal da Fronteira Sul de Cerro Largo, colaboram significativamente na formação continuada dos professores da região missioneira trazendo propostas para (re)pensar a ação docente.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11563 BIBLIOTECA EM AÇÃO: INICIAÇÃO CIENTÍFICA– APRENDENDO CIÊNCIAS 2019-07-27T12:39:17-03:00 Polyana Foletto Prauchner polyprauchner@gmail.com Diuly Fernanda Leite Vianna diullyvianna343@gmail.com Daniela Cristina Paulo d’Acampora daniela.dacampora@iffarroupilha.edu.br <p>A literatura aponta as bibliotecas como espaços com importante potencial para a formação dos indivíduos no contexto escolar, tendo como objetivo principal prepará-los para a sociedade da aprendizagem. O estudo pretende socializar através do projeto de ‘’Biblioteca em Ação: Iniciação Científica - Aprendendo Ciências’’ com a premissa de um processo educativo, cultural e científico articulando o ensino, a pesquisa e a extensão, envolvendo docentes, discentes e técnico-administrativos em educação através de ação voltada à comunidade, articulada e sensível às suas demandas. A ação foi idealizada almejando através dela despertar a curiosidade e aprofundar os conhecimentos dos alunos de 7º, 8º e 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental São João do município de Santo Augusto. Na primeira etapa os alunos conheceram e pesquisaram no acervo físico da biblioteca através do sistema Pergamum. A pesquisa virtual e em bases educacionais foram estimuladas e os alunos desafiados a sistematizar seus estudos em modelo de trabalho acadêmico minimamente estruturado baseado na ABNT. Na segunda etapa foram realizadas atividades nos laboratórios de Informática, Zoologia, Química e Alimentos. Além disso, os estudantes da educação básica participaram de diversas atividades, tais como: elaboração de um painel com esquemas e figuras; construção de Modelo Didático em Porcelana Fria e manuseio de exemplares de animais de diferentes filos. Também foi proporcionada vivências em uma oficina do projeto “estudar pra valer” na qual foi construída uma tabela de otimização de tempo para estudos. Desse modo, acredita-se que o as ações desenvolvidas sensibilizem e instiguem os alunos de forma lúdica e reflexiva para o ensino de Ciência e Biologia, com o subsídio da Biblioteca. Além de ter proporcionado uma participação muito efetiva dos estudantes, o desenvolvimento do projeto auxilia na criação de métodos de aprendizagem, tornando o âmbito escolar mais significativo, bem como, estimula professores a utilizar a pesquisa, e dinamização das metodologias, as quais acabam se tornando relevantes para a educação escolar, pois sempre estará preocupado com a realidade e os problemas locais.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11564 LUDICIDADE E INCLUSÃO: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE ADAPTADA PARA O ENSINO DA FOTOSSÍNTESE A ESTUDANTES COM SÍNDROME DE DOWN 2019-07-27T12:39:17-03:00 Alissandra de Oliveira dos Santos alioliveiradossantos@gmail.com Andressa Vargas de Souza andressa.vargas98@gmail.com Juliani Natalia dos Santos juliani.santos@iffarroupilha.edu.br Camila Copetti camila.copetti@iffarroupilha.edu.br <p>O debate sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais ainda é inicial no Brasil contudo, movimentos nacionais e internacionais buscam cada vez mais ampliar as discussões na busca por uma política de inclusão. Em razão das necessidades apresentadas e dos debates realizados a educação no Brasil teve de ser remodelada para que esses estudantes também pudessem ter direito a uma educação de qualidade que lhes permitissem vivenciar o ambiente da sala de aula de forma exitosa. A inclusão se tornou uma discussão necessária nos cursos de formação inicial de professores pois, é neste momento que o futuro professor precisa refletir sobre as realidades encontradas nas escolas, e pensar em estratégias que possam auxiliar alunos com NEEs<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> em seus processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, unindo conceitos aprendidos entre teoria e prática no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFFAR – <em>Campus</em> Santo Augusto, a partir da disciplina de Prática de Ensino de Biologia VI, articulada com as disciplinas de Diversidade e Educação Inclusiva e Fisiologia Vegetal, foi elaborado um jogo didático denominado “Trilha Ecológica”, tendo por objetivo auxiliar o aluno com Síndrome de Down na aprendizagem de conceitos sobre fotossíntese. O jogo era composto por 17 “casas” e o requisito básico era ser alfabetizado. Ao jogar o dado, o aluno poderia se deparar com perguntas relacionadas à fotossíntese, penalidades ou benefícios. Para a criação do jogo, foi realizado um estudo sobre a forma como as pessoas com Síndrome de Down aprendem e quais são as suas maiores dificuldades na aprendizagem de Ciências, especialmente no conteúdo de fotossíntese, para posteriormente realizar a adaptação necessária. Deste modo, o jogo foi desenvolvido com materiais de fácil aquisição e baixo custo. O jogo se propunha a partir de materiais com texturas e coloridos prender a atenção desse público e, de forma lúdica, ensinar conceitos de fotossíntese. Pode-se perceber que o jogo apesar de ter sido desenvolvido para atender aluno com Síndrome de Down, pode ser utilizado com qualquer aluno que esteja aprendendo tais conceitos. Com isso, podemos concluir que o jogo não somente é uma ferramenta de aprendizagem, como transforma as salas de aula em ambientes de descontração, aprendizado e inclusão possibilitando uma constante troca de saberes entre os envolvidos. Desta forma, o jogo cumpriu seu objetivo de, através da ludicidade, incluir alunos com necessidades educacionais especiais (Síndrome de Down) proporcionando-lhes o aprendizado sobre conceitos da fotossíntese e a socialização com os demais colegas.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Necessidades Educacionais Especiais</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11565 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA PERMEADA PELO LER ESCREVER 2019-07-27T12:39:18-03:00 Clarines Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br Maria Aparecida Lucca Paranhos maria.paranhos@iffarroupilha.edu.br <p>Reconhecemos o professor como um sujeito epistêmico, que (re)constrói conhecimento. Nesse trabalho, busca-se compreender significados que acadêmicos do IV Semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, <em>campus</em> Santo Augusto, atribuem à escrita produzida a partir das interações que aconteceram ao longo da disciplina e, também, a partir de uma vivência no ambiente escolar. Pretende, ainda, verificar se estabelecem relação com sua futura prática docente enquanto professor-pesquisador. Os acadêmicos interagiram com escolas, observaram os ambientes diversos, mas focalizaram os olhares nos laboratórios de Ciências. Dialogaram com professores sobre aulas experimentais e organizaram suas percepções na forma de um artigo acadêmico. Ao final do processo, foi solicitado que escrevessem sobre o significado desta escrita na sua formação docente. Os dados obtidos foram analisados a partir da Análise Textual Discursiva, estruturada em três momentos distintos: <em>unitarização, categorização e comunicação.</em> A partir das análises, trabalhou-se com as seguintes categorias: <strong><em>Leitura como fator propulsor de escritas:</em></strong> exerce o poder de formação, de ampliação e aprofundamento de compreensões. A leitura como trabalho dialógico e polifônico. <strong><em>Escrita como processo:</em></strong> uma escrita qualificada é o resultado de “uma prática constante, persistente, refletida, num processo de crescente aprimoramento”. É complexo e demanda, além de leituras, uma organização do pensamento que se dá durante a escrita. <strong><em>Escrita como inauguração do próprio pensar: </em></strong>a escrita introduz um novo modo de pensar e do fazer docente, possíveis de problematizações do contexto formativo. Ao se aproprierem da escrita, autorizam-se a protagonizar a criação/elaboração de propostas pedagógicas, a partir das leituras feitas. A leitura e a escrita são atividades complementares, uma vez que se retroalimentam e possibilitam a constituição do professor-pesquisador. A leitura potencializa o alargamento de horizontes conceituais e simbólicos, além de instrumentalizar o professor para problematizar sua prática e perceber aspectos ao seu entorno que carecem de investigação, autorizando-se a interferir no currículo estabelecendo relações e conexões com o entorno social dos sujeitos envolvidos. A escrita, por sua vez, exerce a função de organizadora e sistematizadora desse pensar. Esses processos possibilitam que os docentes sejam capazes de protagonizar práticas pedagógicas que transponham a mera reprodução de conteúdos e avancem nas problematizações e na busca de explicações para elas, na perspectiva da construção de conhecimentos. As três categorias que emergiram das análises indicam que os alunos reconhecem a relação da leitura e da escrita com a sua constituição como um professor-pesquisador. Nas escritas analisadas, foi possível reconhecer atitudes reflexivas e investigativas sobre as vivências dos licenciandos nas suas práticas nas escolas que serviram como espaços de investigação.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11566 EMPREGABILIDADE DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA GEOMETRIA ANALÍTICA 2019-07-27T12:39:18-03:00 Fernando Feiten Pinto fernando.fei7en@gmail.com Andreia Belter uni.deiabelter@gmail.com Mateus Dalla Rosa Schiavo schiavomateus@gmail.com Ma. Elizangela Weber elizangela.weber@iffarroupilha.edu.br <p>Na contemporaneidade, a educação, de modo geral, vem sofrendo importantes mudanças quanto às metodologias tradicionais de ensino, proporcionando e exigindo dos profissionais da educação espaços para novos métodos que primam pelo entendimento integral e interdisciplinar dos educandos. Neste contexto, o ensino da matemática, tem a tecnologia como uma importante aliada no processo de construção do conhecimento. Apesar de certa resistência por parte de alguns educadores, os benefícios da utilização de recursos tecnológicos vêm sendo comprovados cada vez mais através de pesquisas e experimentações, podendo ser introduzido de forma gradativa de acordo com os objetivos de cada conteúdo previamente delimitados. Com o intuito de analisar a inserção de tecnologias e/ou de outras metodologias no ensino da Geometria Analítica, realizou-se no componente curricular de Prática Enquanto Componente Curricular (PECC), no segundo semestre do curso Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Farroupilha – <em>Campus</em> Santa Rosa, um questionário em duas escolas públicas da rede estadual de ensino, de dois municípios distintos da região Noroeste. Tendo como intuito avaliar o conhecimento matemático dos discentes, no que diz respeito à parte algébrica, geométrica e interpretativa do referido conteúdo. A pesquisa teve como principal objetivo compreender as dificuldades enfrentadas pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, mediante a aprendizagem da Geometria Analítica em consonância com a utilização de meios tecnológicos. Para tal análise, foram aplicados dois questionários, um deles de caráter descritivo para os docentes, a fim de verificar a perspectiva quanto às metodologias e a abordagem de recursos tecnológicos no ensino da Geometria Analítica. O outro questionário, destinado aos alunos, o qual teve ênfase no processo de aprendizagem, a fim de apontar os obstáculos e as respectivas percepções quanto ao conteúdo de Geometria Analítica. Os resultados da pesquisa foram expressos de maneira quali-quantitativa, mensurando os dados através de gráficos comparativos e descrições explicativas, tecendo algumas considerações sobre o ensino e a aprendizagem do referido conteúdo nas escolas analisadas. Através dessa pesquisa pode-se identificar algumas dificuldades dos discentes, entre as quais se destaca o quesito interpretativo e representação geométrica, para além dos cálculos algébricos, representando uma grande lacuna no desenvolvimento cognitivo. Em contraponto, dentre os professores, identificou-se a predominância de metodologias tradicionais, sem o aporte tecnológico. Vale ressaltar a importância da utilização dos recursos tecnológicos como um suporte as aulas de Matemática. Evidenciando-se que a utilização de aplicativos e <em>softwares</em> que abordam a Geometria Analítica torna-se uma ferramenta importante no processo de aprendizagem, instigando os alunos a visualizar geometricamente os conceitos estudados.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11568 O uso de jogos didáticos para abordar Infecções Sexualmente Transmissíveis com alunos do EJA 2019-07-27T12:39:18-03:00 Laura Souza Flores laurinhasf36@hotmail.com Tailine Penedo Batista tailinepenedo@outlook.com Eliane Gonçalves dos Santos eliane.santos@uffs.edu.br <p>O presente trabalho faz uma análise do papel dos jogos didáticos como<br>estratégia facilitadora para o processo de ensino e aprendizagem de alunos da turma T6<br>da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola do município de Cerro Largo-<br>RS. O jogo didático foi proposto à turma para trabalhar com a temática Infecções<br>Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Pesquisadores da área do ensino apontam que os<br>jogos didáticos pelo seu caráter lúdico, têm sido uma das estratégia mais utilizadas para<br>que os alunos compreendam os conteúdos escolares. As Infecções Sexualmente<br>Transmissíveis (IST), são um sério problema de saúde pública, além do que as ISTs<br>estão entre as principais facilitadoras da transmissão do HIV, o vírus da<br>Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e os jovens estão mais vulneráveis a esta epidemia.<br>Diante desta situação, torna-se importante que a Escola aborde e trabalhe mais<br>pontualmente com esta questão, como forma de sensibilizar e alertar sobre os riscos das<br>ISTs, em especial da AIDS. Considerando o papel social da escola na formação cidadã e<br>humana dos sujeitos, é indispensável o trabalho de sensibilização e informação dos<br>alunos para o cuidado de si e do outro. Portanto, nesse processo de sensibilização é<br>importante enfatizar com os alunos acerca do uso de preservativos durante as relações<br>sexuais, uma vez que previne o contágio por alguma IST ou mesmo uma gravidez<br>indesejada. Compreendemos que o uso de jogos didáticos é uma excelente ferramenta<br>didática para mobilizar os alunos e motivá-los a interagir e aprender. Este trabalho<br>apresenta uma atividade realizada durante uma intervenção proporcionada em um<br>componente curricular de Prática de Ensino. A proposta da atividade prática, consistiu<br>na utilização de um jogo didático, em que os alunos participaram de forma ativa da aula.<br>Para o desenvolvimento da atividade foi realizada primeiramente uma roda de conversa<br>como os alunos, posteriormente foi apresentado o jogo, o qual era composto com placas<br>com símbolos. Cada aluno recebeu uma placa que continham símbolos que<br>representavam pessoas saudáveis e outros com alguma IST. Para iniciar o jogo foi<br>colocado uma música, os alunos deveriam relacionar-se uns com os outros e ir anotando<br>o símbolo do colega com quem interagiu. Ao final, foi feita a discussão sobre os<br>símbolos presentes nas placas, evidenciando assim que quando há uma relação com<br>alguém contaminado sem o uso do preservativo a pessoa saudável tem grandes<br>probabilidades de se contaminar também. O diálogo se faz necessário para que os<br>alunos realizem a sistematização do assunto tratado, relacionando a atividade com a<br>importância do cuidado de si, bem como a prevenção contra as ISTs. A realização da<br>atividade foi muito construtiva, pois os alunos participaram ativamente da aula e<br>demonstraram interesse, e o entendimento do que estava sendo trabalhado. Abordar<br>temas como ISTs a partir do lúdico, da interação que os jogos didáticos proporcionam,<br>contribui com os processos de ensino e de aprendizagem dos sujeitos no ambiente escolar.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11569 O TRIPE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 2019-07-27T12:39:18-03:00 Uianes Luiz Rockenbach Biondo biondouianes@gmail.com Adão Caron Cambraia adao.cambraia@iffarroupilha.edu.br Rosa Branca Tracana rtracana@ipg.pt <p>A Licenciatura em Computação do Instituto Federal Farroupilha é um curso de formação de professores, que desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão. Este texto apresenta as percepções de um licenciando sobre as contribuições para a formação docente perante a participação nesses projetos. O ponto inicial parte da do ingresso e envolvimento com o curso de Licenciatura, que perpassa por participações comprometidas no espaço de sala de aula, ao vivenciar a vida acadêmica e seus desdobramentos. O Licenciando em Computação será um professor de Computação. Assim, o ensino perpassa por disciplinas variadas desde a: Computação, Matemática, Pedagogia, Filosofia, Psicologia, etc. A pesquisa está presente na Licenciatura em Computação, que proporcionou-me a participação em um projeto de pesquisa sobre o desenvolvimento profissional docente (DPD) no referido curso, que permitiu investigar&nbsp; posturas critico-reflexivas sobre a prática docente, analisando a formação do professor formador desde o primeiro semestre, por meio das práticas enquanto componente curricular (PeCC) e dos estágios curriculares supervisionados. No decorrer do processo investigativo construímos diferentes desdobramentos: como um projeto de menor abrangência, em que realizamos uma pesquisa de cooperação internacional com Portugal, durante um mês realizamos uma parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, analisando o DPD nesse contexto, cruzando com categorias produzidas na formação de professores no Brasil. Por meio desses desdobramentos propomos um projeto de extensão para desenvolver com escolas de Educação Básica no Brasil e em Portugal, nas regiões de abrangência dos Institutos. Assim, proporcionamos extensão vinculada à pesquisa, pois, nos propicia a possibilidade de refletir sobre a prática em diferentes espaços, na universidade e na escola. Alguns autores representam essa ligação como a figura de tripé, onde sem uma das bases (ensino, pesquisa e extensão) não há sustentação para o todo. Entendemos, no processo formativo desencadeado que a pesquisa “oxigena” o ensino. A extensão promove a socialização do conhecimento produzido, que retorna reconfigurada aos processos de pesquisa, reiniciando um ciclo virtuoso de formação de professores pautada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11570 A FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO 2019-07-27T12:39:18-03:00 Juliana Vani julinha.cv@hotmail.com Fabiana Regina da Silva julinha.cv@hotmail.com <p>As instituições escolares são lugares favorecidos para a troca de vivências, de conhecimentos e de aprendizagens educativas. Nesse espaço o educador, através de sua prática pedagógica pode, além de aperfeiçoar seus conhecimentos, ainda proporcionar aos demais colegas a oportunidade de discutirem, compreenderem e ressignificarem seus saberes. A formação pedagógica, ou a formação continuada assim compreendida acontecerá à medida que a gestão escolar viabilizar e demandar junto com os colegas esses momentos, onde educador de qualidade é educação de qualidade, e qualidade na educação se refere a professores sabedores de conteúdos, pensando metodologias, desenvolvendo pesquisas e trabalhando de forma transdisciplinar e interdisciplinar. No momento que o professor ensina, continuará buscando, se desafiando, pesquisando, se questionando, se indagando, investigando e pesquisando. Estará mostrando caminhos, possibilidades, atitudes e análises críticas. Ao ensinar também vai estar buscando, aprendendo e utilizando novas ferramentas e as diferentes informações, educar e, educando, ensinando e aprendendo. Através da dialogicidade, das reflexões, das discussões entre os educadores, nos encontros ou no próprio ambiente escolar, à formação continuada deixa de ser vista como uma obrigação, e sim passa a ser compreendida como meio para a realização de aprofundamentos teóricos e metodológicos, das práticas, e também como uma auto avaliação dos educadores e dos espaços escolares. A formação pedagógica continuada, quando desenvolvida nas instituições escolares, possibilita os educadores em conjunto planejar, explorar, estudar, discorrer, replanejar suas metodologias, sempre buscando práticas pedagógicas que qualifiquem ainda mais o desenvolvimento de suas aulas e consequentemente a educação como um todo. Portanto a formação pedagógica é um momento no qual o professor tenta convencer-se de alguma coisa, e tenta convencer os outros também, ou seja, ensinamos e aprendemos, seja através de trocas de experiências, ou com exemplos, modelos e vivências, e, estar aberto às mudanças e transformações são necessidades constantes na vida profissional do educador, e a busca constante da qualificação é um grande desafio, o educador necessita aceitar, compreender que enquanto forma também se forma.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11571 TECNOLOGIAS DIGITAIS: Desafios impostos na formação de professores nas Escolas Públicas do Município de Panambi /RS 2019-07-27T12:39:19-03:00 Sandra Elisabet B. Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Sirlei R. Koslowski sirlei.koslowski@iffarroupilha.edu.br Camila Bataglin camila_baratto@yahoo.com.br <p>O tema vem refletir as tecnologias digitais no ambiente escolar, tencionando a imersão na cultura tecnocientífica, pois, vivemos a era do algoritmo, da inteligência artificial, da biotecnologia, da robótica, do poder da técnica e do encantamento pelas tecnologias digitais, sendo inseridos numa nova cultura e linguagem. Vidas de comunidades inteiras são compartilhadas, via espaço cibernético, ao qual muitas vezes os próprios integrantes não têm acesso e paralelamente sua identidade cultural se perde no mundo globalizado. O desafio apresentado ao gênero humano pelas tecnologias digitais é indubitavelmente muito maior do que qualquer outra invenção criada anteriormente pelos seres humanos. Nesse contexto, em que a perda da identidade dos sujeitos, por estar à mercê de códigos, induções e manipulações sociais, é uma inquietude da humanidade, cabe problematizar qual o espaço e o papel da escola e do conhecimento&nbsp;na contemporaneidade.&nbsp;Por acreditarmos que&nbsp;este é um tempo que exige&nbsp;a reflexão e o diálogo nos espaços escolares&nbsp;é que propomos encontros com professores de escolas de Educação Básica&nbsp;do município de Panambi/RS como possibilidade de organizar&nbsp;Comunidades Aprendentes.&nbsp;São os processos coletivos de estudo, diálogo e reflexão e a postura de professores pesquisadores da nossa prática que devem auxiliar na compreensão de&nbsp;como a escola se comporta diante deste cenário, enredado pelas tecnologias digitais para a construção de um sentido em relação ao mundo hiperconectado em que vivem os nossos alunos.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11572 WEBFÓLIO: PROPOSTA PEDAGÓGICA DE INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS 2019-07-27T12:39:19-03:00 Paula Vanessa Bervian paulavanessabervian@gmail.com <p>O trabalho objetivou refletir sobre a utilização do webfólio como instrumento cultural de desenvolvimento cognitivo na formação inicial de professores de Ciências que potencia a constituição dos conhecimentos tecnológicos pedagógicos de conteúdo (TPACK<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>). A sua implementação, como proposta pedagógica, que integraliza as tecnologias digitais (TD) na formação de licenciandos dos cursos de Ciências Biológicas e Química de uma Universidade Federal<a href="#_ftn2" name="_ftnref2">[2]</a>, foi desenvolvida de 2015 a 2017. O webfólio é um diário de bordo virtual, no qual os licenciandos, por meio de diferentes formas de registros (texto, imagens, sons, vídeos, esquemas...) de atividades desenvolvidas, refletem sobre elas. O uso do webfólio promoveu processos reflexivos sobre a utilização das TD, na formação, no currículo e na docência destes licenciandos. Este instrumento se tornou potente para avaliação formativa dos licenciandos e de auto-avaliação. Na ótica da abordagem histórico-cultural, o webfólio é instrumento cultural que desenvolve e molda a constituição dos futuros professores, pois propicia reflexão sobre o processo formativo bem como domínio e apropriação da TD utilizada. As ferramentas da <em>web</em> 2.0 para a elaboração dos webfólios pelos alunos foram: <em>OneNote</em>, <em>Google sites</em> e <em>Wix, </em>com suas potencialidades e limites. O <em>OneNote</em> foi proposto por ser uma ferramenta de autoria colaborativa, com potencial para atividades individuais e coletivas, formado por blocos de notas acessados na versão para <em>PC</em>, dispositivos móveis e via <em>Web</em>, sincronizando os registros entre os dispositivos e permitindo o compartilhamento dos blocos. O <em>Google site</em>, pelas facilidades de edição, mecanismo de compartilhamento e permissão para acesso resguardando a privacidade do registro das memórias dos licenciandos, pois permite escolher com quem compartilhar os registros. O uso do <em>Wix</em> foi proposto por três licenciandos, que optaram em construir seus webfólios utilizando esta ferramenta, o que foi expandida para os demais. A escolha de outras TD constituiu movimento formativo de autonomia e reflexão dos licenciandos no desenvolvimento do TPACK. Os webfólios propiciaram a constituição dos conhecimentos de professor e necessidade da integração das TIC ao currículo e da constituição do TPACK no ensino de ciências. Estas potencialidades foram reconhecidas pelos licenciandos que também consideraram o webfólio como uma estratégia de ensino possível para a Educação Básica.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a>Sigla do termo em língua inglesa, <em>Technological pedagogical content knowledge</em>, amplamente conhecida e utilizada nas publicações científicas.</p> <p><a href="#_ftnref2" name="_ftn2">[2]</a>Nos respectivos componentes curriculares, semestralmente: Prática de Ensino em Ciências/ Biologia V: Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências e Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências e Química.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11573 CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM FORMAÇÃO INICIAL PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL ACERCA DA EXPERIMENTAÇÃO, DA CIÊNCIA E DO ENSINO 2019-07-27T12:39:19-03:00 Roque Ismael da Costa Güllich roquegullich@uffs.edu.br Daniele Bremm bremmdaniele@gmail.com <p>Pesquisas vêm demostrando que as atividades experimentais não estão sendo realizadas de maneira satisfatória, no sentido de contribuir efetivamente para o processo de ensino e aprendizagem de Ciências. Os professores de Ciências compreendem sua importância para a aprendizagem, mas não possuem compreensão acerca da teoria e sobre os objetivos da experimentação. Este trabalho objetiva analisar as concepções e as inter-relações entre Experimentação, Ciência e Ensino de professores de Ciências em formação inicial, participantes do Programa de Educação Tutorial (PETCiências). Os resultados são advindos da análise temática do conteúdo de narrativas com base na seguinte questão: Qual o papel da experimentação no ensino de Ciências? Estas narrativas foram produzidas por 16 licenciandos e foram submetidas à análise de conteúdo para melhor compreender as concepções dos investigados. Podemos constatar a presença de cinco concepções de experimentação no ensino de Ciências, sendo estas: contextual-investigativa (5:16), sinônimo de motivação (4:16), comprovação da teoria (3:16), complementação da teoria (2:16) e demonstração (2:16). &nbsp;A experimentação é compreendida como concepção contextual- investigativa, entre os licenciandos que participam a mais tempo do PETCiências. Assim, pode-se inferir que a formação inicial é muito importante, bem como a aprendizagem da experimentação dentro desta, pois por meio dela o licenciando aprende/contextualiza os fundamentos de uma abordagem experimental e investigativa. Analisando as concepções de Ciência emergiram: tradicional (8:16), hermenêutica (6:16), crítica (2:16), sendo que a concepção tradicional prevaleceu. Em relação ao ensino também emergiram três concepções sendo estas: significação de conhecimentos (5:16), processo dialógico de construção de saberes (4:16), sendo que a maioria dos licenciandos concebe-o como um processo de transmissão de conhecimento (7:16), isso nos faz perceber que mesmo o ensino de Ciências tendo sofrido grandes mudanças a maioria dos Professores em formação inicial, ainda possuem uma visão tradicional de Ciências, em parte advinda de sua formação escolar e de sua experiência como alunos no ensino superior. Compreendemos que as concepções podem refletir na forma como os professores atuam, pois a perspectiva de ensino como transmissão de conhecimento também interfere na concepção de experimentação, que acaba sendo mais fechada e tradicional, pouco investigativa e contextual, sendo que as concepções de ensino são reflexos de todas as concepções que fazem parte da constituição do professor, pois estão inter-relacionadas. Podemos verificar que as concepções de Ciência e de Ensino ainda estão em nível mais tradicional, porém apresentam certa tendência a evolução para perspectivas mais transformadoras e contextuais. Percebemos também a importância da reflexão sobre a própria prática, que por meio da escrita narrativa e do diálogo formativo favorece o desenvolvimento das concepções de Experimentação, Ciência e Ensino, assim como o papel do PETCiências como coletivo, que permite a inserção dos licenciandos nas escolas, sendo que nestes espaços os mesmos podem contextualizar suas aprendizagens em Ciências. Acreditamos que a experimentação precisa ser abordada de modo contextual e investigativo desde a formação inicial, pois assim os professores vão também contextualizar a Ciência que ensinam e desta forma, o ensino de Ciências tende a adquirir novos significados.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11576 O USO DE FILMES NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA ABORDAR QUESTÕES DE GÊNERO NA CIÊNCIA 2019-07-27T12:39:19-03:00 Eloisa da Silva Pauletti Elo_pauletti@hotmail.com Vanusa de Moura vanusa.zimmer.de.moura@gmail.com Eliane dos Santos Gonçalves eliane.santos@uffs.edu.br <p>O fascínio pelo cinema e a ideia de educar pelas telas não é algo novo. Desde os primórdios da sua criação a mídia cinematográfica tem sido considerada um instrumento de divulgação de ideias, costumes, hábitos. Partindo deste pressuposto percebemos que o cinema se insere mais facilmente no cotidiano dos sujeitos. A partir das suas histórias e dos diferentes conhecimentos veiculados pelos filmes, é possível utilizá-lo como um instrumento pedagógico no ensino. Neste resumo, apresentamos uma atividade desenvolvida com os acadêmicos da primeira fase do Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul, a partir de um filme comercial. O referido foi utilizado para debater e refletir sobre questões de gênero na Ciência e discriminação racial. &nbsp;A metodologia empregada consistiu em uma abordagem acerca do papel das mulheres na Ciência. Para tanto os acadêmicos foram instigados a buscar no site Pioneiras na Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a biografia de uma pesquisadora e posteriormente apresentá-la aos colegas, a atividade teve como finalidade dar visibilidade as pesquisas e as mulheres que fazem Ciência no Brasil. Em um segundo momento, a turma participou de uma sessão com o filme&nbsp; “Estrelas além do tempo”, o qual teve como objetivo suscitar uma reflexão sobre a questão da invisibilidade das mulheres na Ciência. Foi entregue aos acadêmicos um roteiro com questões norteadoras para desencadear o debate pós filme. Após a sessão fílmica os alunos apontaram para as dificuldades que as mulheres, as três personagens do filme, enfrentaram para conseguir se inserir no meio acadêmico e profissional, o quão difícil era ser mulher e negra em um país marcado pela segregação racial nas décadas de 50 e 60 do século XX, ao mesmo tempo que estabeleceram um paralelo com os tempos atuais. Para os acadêmicos as mulheres já conquistaram mais espaços, mas ainda não o suficiente, pois há muitas barreiras e preconceitos em relação as mulheres nos diferentes segmentos da sociedade. Os professores em formação também abordaram questões relacionadas a não neutralidade da Ciência e as relações sociais evidenciadas no enredo fílmico. Concluímos que os filmes comerciais têm potencialidades para debater diferentes temáticas no ensino de Ciências em sala de aula e instigar a visão crítica dos sujeitos.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11577 MAPEAMENTO DE UM TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM AULAS DE QUÍMICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES 2019-07-27T12:39:19-03:00 Camila Carolina Colpo camilacolpo@hotmail.com Judite Scherer Wenzel juditescherer@uffs.edu.br Mariana Boneberger Behm mariana.behm@uffs.edu.br <p>O presente relato contempla uma estratégia de leitura de um Texto de Divulgação Científica (TDC) realizada no Componente Curricular (CCR) de Química para a Educação Básica, de um curso de licenciatura em Química do interior do Estado do Rio Grande do Sul. O uso de TDC tem sido apontado como aliado junto ao ensino de Ciências, pois traz em seu modo de escrita os conceitos científicos dialogados com exemplos do cotidiano. O TDC escolhido foi: <em>Tudo isso vira Plástico,</em> publicado na Revista Planeta e a estratégia de leitura adotada consistiu na realização do mapeamento do TDC. Tal mapeamento tem sido apontado por Ferreira e Queiroz (2011) como alternativa para qualificar o uso do TDC em contexto escolar, pois auxilia o professor na identificação de aspectos relevantes do texto. No mapeamento considera-se o conteúdo apresentado, sendo este subdividido em: a) conteúdos de Química (ou de outro componente curricular), de Fronteiras e Temas Transversais; b) Temática do texto, características da Ciência e contexto e, c) a forma do mesmo (a estrutura, a linguagem e os recursos visuais). A atividade foi desenvolvida com os licenciandos, matriculados no CCR de Química para a Educação Básica. A prática consistiu na apresentação do que é e como se faz o mapeamento, na leitura &nbsp;do TDC e, em seguida na divisão da turma em grupos para a elaboração do mapeamento. Quanto aos conteúdos específicos de Química foram destacados: Polímeros, Compostos Orgânicos, Química Verde e Propriedades físico-químicas dos materiais. No item Fronteiras, coube destaque para a Bioquímica, vida marinha e economia. Como Temas Transversais os licenciandos destacaram: reciclagem, sustentabilidade, educação ambiental e ecoeficiência. No que se refere à temática abordada nos textos aparecem os plásticos e a sustentabilidade. Para as características da atividade científica, os licenciandos apontaram a necessidade de estudos que promovam a diminuição do impacto ambiental a partir de inovações tecnológicas, com isso, trouxeram à tona questões controversas sobre a temática, considerando o contexto social, político e econômico frente ao uso, produção e descarte de plásticos. Sobre a forma do texto destacaram a sua estrutura dissertativa em tópicos; as imagens ilustrativas e; a linguagem foi considerada científica, porém de fácil entendimento, sendo um texto informativo apresenta os conceitos explicados com um diálogo de aspectos da nossa realidade. Isso possibilita qualificar o diálogo da química com o cotidiano tornando os conteúdos com significado. Dessa forma, consideramos, a importância de trazer para o contexto da formação inicial de professores o TDC, a fim de oportunizar aos professores em formação um olhar para esse modo de linguagem, tendo em vista, ampliar as formas e os instrumentos de leitura a serem levados em suas salas de aula com atenção para as fronteiras e os temas transversais que qualificam a abordagem do conteúdo químico. &nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11578 OS SABERES DOCENTES E A FORMAÇÃO CONTINUADA 2019-07-27T12:39:20-03:00 Gustavo Medeiros da Silva Gustavo.medeiroz.7@gmail.com Jeferson Moroni Martins Balbueno jefersonb05@gmail.com Norlon Fabio Barroso Christofar norlonbarroso@gmail.com Maria Teresinha Verle Kaefer Maria.kaefer@iffarroupilha.edu.br <p>O referido trabalho é resultado de uma proposta de PECC-Prática Enquanto Componente Curricular e a disciplina de Saberes docentes, tratando-se e de uma pesquisa qualitativa, que tem como objeto de estudo os saberes docentes e formação continuada. As escolas municipais, estaduais e federais do município de São Borja são o campo de pesquisa. Os sujeitos dessa investigação são professores destas redes, nas áreas de Ciências Exatas e Humanas. Para o desenvolvimento da mesma, foi realizada uma entrevista semiestruturada. Na esfera municipal, foi entrevistada uma professora do ensino fundamental - anos iniciais, licenciada em Pedagogia e que atua em uma escola situada na zona rural. Na esfera estadual, foi entrevistada uma professora de Ciências da Natureza que atua no Ensino Médio, sendo essa Mestre em Educação. E na esfera federal, uma professora de Física que atua no Ensino Médio Profissionalizante e Ensino Superior, cuja formação inclui doutorado em Educação. A pesquisa tem como principal finalidade compreender o conceito de saberes docentes e as relações com a formação continuada. Os conceitos pesquisados, a partir das experiências, e conhecimentos adquiridos na formação acadêmica e na prática pedagógica, a saber: saber profissional, saber curricular, saber disciplinar e os saberes da experiência. Ao final da pesquisa, constatou-se que, 100% dos entrevistados entendem que os saberes experiências, aqueles advindos da prática pedagógica, que, segundo Tardif (2014), se dão nas relações com seus pares, e no confronto com os saberes dos diferentes campos de atuação, bem como, produzidos na experiência, tornam-se subjetivos. Ainda, afirmam que os saberes experienciais são os que se destacam no cotidiano docente: “a gente aprende com a prática”, reiterando assim, a importância dos mesmos na constituição docente. Também foi possível constatar que o docente com maior formação acadêmica, possui mais clareza dos conceitos referentes ao tema abordado e a sua importância. De igual modo, compreende a diferenciação conceitual e de inserção desses conceitos na prática docente, relacionando os conhecimentos à teoria aprendida na formação acadêmica e ressignificando-os. Há também que considerar o fato de os professores valorizarem mais a prática e ignorarem, por vezes, a produção científica, recusando-se a produzir conhecimento como pesquisador, resultando em uma desvalorização da própria profissão. Os profissionais saem da universidade desvinculando-se dos saberes lá adquiridos e quebrando o ethos acadêmico entre educadores. Mais uma vez, fica clara a necessidade de haver a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, desencadeando a necessidade de formação continuada.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11579 A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA: DADOS PRELIMINARES DE PESQUISAS BRASILEIRAS 2019-07-27T12:39:20-03:00 Franciele Siqueira Radetzke francielesradetzke@gmail.com Roque Ismael da Costa Güllich bioroque.girua@gmail.com <p>A temática da presente pesquisa problematiza o Ensino Superior (ES) tendo como recorte a área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CNT), uma vez que neste nível de ensino são construídas as bases que formam professores e constituem o fazer pedagógico da sala de aula na Educação Básica.&nbsp; Tal investigação delineia-se como uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo bibliográfica. Para a busca de dados investigou-se o Instituto Brasileiro de Informação e Tecnologia (IBICT) destacando-se Teses e Dissertações sobre a óptica dos principais enfoques da pesquisa, a saber: Docência/Educação/Ensino Superior; Pedagogia Universitária; Didática Superior e Docência Universitária. Foram destacadas 276 Dissertações e 240 Teses e desse montante recortadas 8 teses e 6 dissertações que se remetiam especificamente ao ES na área de CNT, com seguintes descritores: CNT; Ciências/Naturais/da Natureza/Biológicas; Biologia; Física e Química. O objetivo central da investigação foi o de alcançar uma visão panorâmica sobre o ES na área das CNT com olhar para as temáticas mais recorrentes, sendo elas: Identidade Profissional (6:14), Saberes Docentes (1:14), Prática Docente (7:14), Processos Formativos (2:14) e Concepções de Docência (2:14), no que também podemos destacar que alguns trabalhos acadêmicos (teses e dissertações) se remetiam a mais de uma temática. A produção dos resultados analisados a partir dos trabalhos remetem a trabalhos acadêmicos de 1996 a 2018. Os estudos acerca do ES na área de CNT têm sido desenvolvidos com maior intensidade nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Quanto às temáticas dos trabalhos analisados: i) em Processos Formativos destacamos a falta de ações de formação continuada com necessidade de atividades que possibilitem problematizar, vivenciar, refletir e pesquisar sobre a atividade docente; ii) sobre Identidade Profissional observamos o processo de construção de sujeitos como profissionais docentes problematizando desafios acerca do fazer pedagógico; iii) quanto aos Saberes Docentes são problematizados os saberes, conceitos e práticas mobilizados; iv) &nbsp;em relação a Prática Docente são investigadas diferentes abordagens metodológicas desenvolvidas com o intuito de compreender suas potencialidades em contexto de ensino; &nbsp;e, v) em Concepções de Docência estão discutidas as concepções acerca da docência implícita na formação dos professores universitários e seus reflexos na prática docente. As temáticas não são excludentes, pelo contrário se inter-relacionam ao retratarem compreensões de ensinar e de aprender indiciando o processo de reflexão e de formação continuada como modo de qualificar ações no ES e no Ensino de Ciências como um todo.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11580 O PROJETO “CONHECER PARA PRESERVAR” NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 2019-07-27T12:39:20-03:00 Ana Laura Arnhold analaura_arnhold@hotmail.com Jamile Tábata Balestrin Konageski jamilek_moon@hotmail.com Maria Cristina Pansera de Araújo pansera95@gmail.com <p>O projeto “Conhecer para Preservar” foi idealizado com o intuito de promover a aproximação da comunidade com o conhecimento cientifico da biodiversidade e da preservação ambiental, por meio de exposições temporárias no Museu Antropológico Diretor Pestana, em Ijuí. Elas são desenvolvidas por estudantes – bolsistas e voluntários do PET e do PIBID Biologia– e professores do curso de Ciências Biológicas da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) desde 2008, com diferentes temáticas. O presente trabalho caracteriza-se como relato de experiência a partir da observação e vivência das atividades atribuídas ao projeto “Conhecer para Preservar”, no ensino e extensão. Os estudantes da licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas, que participam do projeto, são encarregados do planejamento, montagem e tutoria da exposição, sendo essas atividades importantes na formação dos educadores. &nbsp;As exposições são realizadas uma vez por ano, com cerca de dois meses de duração, e são destinadas ao público em geral e às escolas de educação básica. A escolha das temáticas é influenciada pela sua relevância para a educação ambiental e abordagem interdisciplinar, possibilitando trabalhar conceitos das mais diversas áreas. De 2008 a 2018, as exposições foram compostas pelo acervo científico cedido pela universidade, e por alegorias e modelos pedagógicos produzidos pelos acadêmicos, a partir de materiais recicláveis e de baixo custo. O material escrito, utilizado na composição da exposição, foi elaborado pelos acadêmicos com supervisão dos professores, na elaboração do material didático, enviado para as escolas visitantes. A responsabilidade de planejar, desenvolver e monitorar um evento científico e pedagógico, proporcionou – e ainda proporciona – uma experiencia enriquecedora, na formação do professor de Ciências e Biologia e na formação do biólogo. A monitoria das visitações também possibilitou a alguns acadêmicos o contato inicial com as escolas, e também a fortalecer o vínculo com aqueles que já estavam atuando em escolas através de estágios e bolsas. A produção de material escrito também estimulou os acadêmicos a planejarem, selecionarem e discorrerem sobre os conceitos fundamentais que eles iriam abordar na orientação dos visitantes. Portanto, o Projeto “Conhecer para Preservar” não visa apenas abordar a educação ambiental no sentido amplo, mas possibilita que os acadêmicos de Ciências Biológicas da UNIJUÍ tenham vivencias formativas quanto a atuação profissional.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11581 ANÁLISE DE UMA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM JOGOS LÓGICOS DE TABULEIRO NA PRÁTICA DOCENTE EM ESCOLAS DA REGIÃO NOROESTE DO RS 2019-07-27T12:39:20-03:00 Ricardo Perez Ribas rpribas@gmail.com Raquel da Silva de Paula depaula.raquel410@gmail.com Rúbia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br <p>A pesquisa contribuiu na análise de efeitos na prática docente do aproveitamento do professor participante de uma formação continuada em Jogos Lógicos de Tabuleiro, oferecida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Instituto Federal Farroupilha - Campus Santa Rosa (IFFAR) em 2014. A pesquisa foi exploratória e contribuiu com dados qualitativos e quantitativos, sem análise estatística dos mesmos para possibilitar a obtenção de informações abrangentes e significativas. A coleta de dados foi um questionário de perguntas abertas e fechadas, e instrumentos como entrevista não estruturada e visitações in loco em algumas escolas também serviram de obtenção de informações. Abordou-se em 2018 uma amostra de 22 dos 45 professores participantes da formação em 2014, provenientes de diversas áreas de atuação (educação infantil, educação especial, ensino fundamental – anos iniciais e anos finais: matemática, educação física, ciências, letras e artes) e que ainda permanecem atuando em 15 escolas que os indicaram para a formação na época. Neste trabalho, foi possível refletir e compreender sobre diferentes e relevantes aspectos relacionados à formação, e sobre fatores característicos de contextos escolares que influenciaram a atuação docente ulterior à formação. O suporte para análise dos dados foi a confrontação das informações obtidas com as referências teóricas que tratam de benefícios e dificuldades de uma formação continuada de professores e o uso dos jogos lógicos de tabuleiro em escolas.</p> <p>Constatou-se que a formação continuada em jogos lógicos teve uma aceitação prevalente entre os professores participantes, e estes manifestaram ciência e percepção dos benefícios educacionais quanto ao desenvolvimento cognitivo, potencialização das habilidades, oportunidade de multidisciplinaridade e consequentemente possibilidade de melhora na aprendizagem. A apreensão do conhecimento foi decorrente da atratividade do formato do curso, da conjugação de teoria e prática, e da temática que mesclava a novidade com a cultura precedente em jogos. Identificaram-se situações distintas nas escolas quanto à continuidade da aplicação dos jogos devido a conciliações e contraposições entre as atuações docentes e as circunstâncias encontradas em seus ambientes escolares. Aspectos positivos como a existência de apoio escolar, e aspectos negativos como a ausência de suporte técnico, dentre outros, condicionaram a efetividade pedagógica dos jogos lógicos proposta pela formação continuada e interferiram na avaliação da implementação do conhecimento pelos diferentes sujeitos do ambiente escolar (professores, gestores, alunos).</p> <p>Não se encontrou uma uniformização dos ambientes escolares, tampouco de planos de aula ou de ações educativas entre docentes que participaram da formação, o que atesta a implementação distinta e diversa dos jogos em cada escola. Mesmo assim, as constatações demonstram uma ressignificação da prática docente quando esta se vale de diferentes maneiras do recurso dos jogos, sob variados níveis de aprofundamento do conhecimento e em quanto tempo perdurou estes contextos pedagógicos.</p> <p>Este trabalho, portanto, se limitou a problematizar as consequências de uma formação continuada em jogos lógicos. A intenção de análise e reflexão foi de apresentar algumas constatações relevantes como possibilidades de se oportunizar novos estudos mais aprofundados e específicos.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11582 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A CONSTRUÇÃO DE PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NO ENSINO DE BIOLOGIA 2019-07-27T12:39:21-03:00 Horacio Rodrigo Souza Rodrigues horacio.r.sr@gmail.com Cláudia Maria da Costa Nunes claudia.nunes@iffarroupilha.edu.br Luciane Carvalho Oleques luciane.oleques@iffarroupilha.edu.br Rodrigo Bruno Santolin rodrigo.santolin@iffarroupilha.edu.br Michele Santa Catarina Brodt michele.brodt@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho relata a construção das propostas pedagógicas de intervenção d@s acadêmic@s do curso de licenciatura em ciências biológicas, sétimo semestre, do campus de Santa Rosa do Instituto Federal Farroupilha. Estas intervenções serão realizadas ainda neste semestre em turmas de ensino fundamental e&nbsp; médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas escolas de abrangência da 17ª Coordenadoria Regional de Educação do RS, tais intervenções consistem em observações e prática em sala de aula. Esta atividade desenvolve-se no Componente Curricular Prática de Ensino de Biologia VII (PEC VII), sendo construída de maneira integrada nas disciplinas de Geologia,&nbsp; Educação de Jovens e Adultos, Ecologia e Estágio Supervisionado III e que tem por temática a educação ambiental.</p> <p>A EJA é uma modalidade de ensino ofertada às pessoas que não tiveram acesso à educação escolar na idade própria conforme garante a Constituição Federal de 88 no artigo 208 e na&nbsp; Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, Lei 9394/96 em seus artigos 37 e 38.</p> <p>Quanto a Educação Ambiental, entende-se ela como ferramenta para a formação de sujeitos capazes de criar alternativas para a resolução da atual crise ambiental, que nossa sociedade está vivenciando. Esta crise deve ser pensada não só através de seus fatores ecológicos/físicos/biológicos (também abordados na através de aula expositiva e dialogada sobre problemas ambientais e mudanças climáticas), mas principalmente sociais, como decorrência da apropriação desigual dos recursos naturais e explicitada principalmente nas situações de injustiça ambiental sofrida pelos grupos mais vulneráveis socioambientalmente. Esta perspectiva tem sido abordada no componente curricular PEC VII, através de aulas dialogadas, focadas na leitura e discussão em conjunto de textos sobre a temática. A intenção desta abordagem é a construção de propostas vinculadas a uma educação ambiental crítica, transformadora, emancipatória e com compromisso social.</p> <p>Para que esta perspectiva seja alcançada, também abordou-se em aulas dialogadas as diferentes formas de conhecimento. O intuito desta abordagem é a valorização do conhecimento tradicional e do saber ambiental não acadêmico. Para orientar a construção das propostas, apresentou-se como metodologia orientadora para as intervenções, leituras e diálogos sobre trechos da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. Nesta obra, fala-se da necessidade da construção do conteúdo programático baseado em temas geradores, a partir da realidade dos sujeitos, com vistas a provocarem os sujeitos da intervenção a identificarem as suas situações-limite e vislumbrar os inéditos viáveis da sua relação como o meio ambiente.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A turma está construindo as propostas organizada em cinco grupos. Cada um deles tem que conhecer as diferentes organizações curriculares que a EJA pode adotar, bem como os perfis destes alunos, considerando que até então o contato enquanto docentes em formação ocorreu apenas em turmas da oferta regular da Educação Básica. Até o presente momento quatro dos grupos já realizaram a observação e definiram seus temas os quais são: a dengue, a alimentação (soberania alimentar), a cadeia produtiva dos alimentos (agroecologia e&nbsp; produção convencional) e as mudanças climáticas.</p> <p>Espera-se que essa metodologia ativa e vivencial leve os estudantes a enriquecerem suas aptidões para a atuação em Educação Ambiental.</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11583 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: UM OLHAR PARA A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO 2019-07-27T12:39:21-03:00 Andressa Caroline Simionato Stöhr andressasimionato0@gmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho traz uma reflexão sobre uma prática desenvolvida nas disciplinas de Estágio Curricular Supervisionado I e II, no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, em uma turma de sétimo ano de uma escola pública de ensino fundamental, no município de Crissiumal- RS e possui o intuito de fazer um olhar para a relação entre professor e aluno no ambiente escolar. Através do estágio supervisionado, o licenciando começa a vivenciar à docência, nesse caso realizada em duas etapas: 15 horas de observação no 4º semestre e 20 horas de docência no 5º semestre do Curso, na mesma turma no ensino fundamental. É nesse momento que o futuro docente começa se familiarizar com o ambiente escolar, incluindo o contato com alunos, pais, professores, funcionários, equipe diretiva e coordenações pedagógicas. No diálogo com todos esses segmentos, tem início a construção da sua identidade docente, num processo de formação e crescimento contínuo. O objetivo da observação em sala de aula foi analisar a prática docente e a forma como o professor de ciências conduz suas aulas, os recursos didáticos que utiliza, se realiza ou não atividades experimentais, além de observar o comportamento dos alunos durante as aulas. Um aspecto que foi bem significativo para mim foi a relação entre o professor e os alunos. Durante as observações feitas, percebi que a relação entre professor e aluno é de extrema relevância. Uma aula, na qual há ensino e aprendizagem, só se concretiza quando professor e aluno interagem, de modo respeitoso. Porém, esta relação não deve incluir a imposição por parte do professor, e sim estabelecer uma interação dialógica. O aluno é um sujeito (inter)ativo no processo de aprendizagem, sendo o educador fundamental neste processo, visto que cabe a ele a responsabilidade de negociar os significados aos conceitos escolares e, assim, controlar os movimentos de apropriação conceitual. Nas observações que aconteceram durante os estágios, percebeu-se que o professor se mostrou preocupado com a aprendizagem dos estudantes, sempre se colocando a disposição para sanar dúvidas e ajudar no que fosse necessário para o melhor entendimento dos conteúdos pelos alunos Como estagiária, o desejo de fazer diferente é grande, ainda mais quando os olhos dos futuros alunos pedem por algo diferente. Eles esperam que uma professora nova venha com ideias fantásticas, que reformule a forma de “dar aula”, ainda que isso nem sempre seja possível. Assim, a vivência dessa interação com a escola, configura-se como uma forma de crescimento tanto quanto acadêmica como futura docente.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11584 DISCUTIR GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: RESPONSABILIDADE DE QUEM? 2019-07-27T12:39:21-03:00 Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br Adriana Toso Kemp adriana.kemp@iffarroupilha.edu.br <p>Esse trabalho tem o objetivo de refletir sobre questões de sexualidade e diversidade de gênero a partir de interações realizadas na formação inicial de professores de Ciências/Biologia, em aulas de Prática de Ensino de Biologia II, no segundo semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha, Campus Santo Augusto. A ementa da referida disciplina propõe uma discussão sobre a sexualidade no âmbito escolar, levando-se em conta aspectos biológicos, emocionais e psicológicos. As ações aconteceram em três momentos distintos: aulas (com leituras diversas e projeção de documentários), interações nas escolas (estabelecendo diálogos com professores) e elaboração de um artigo. Ao final da disciplina, os acadêmicos foram convidados a responder à questão: “no seu entendimento, a área de Biologia/Ciências tem responsabilidade na discussão das questões de gênero e sexualidade? Justifique.” Os dados produzidos foram organizados e analisados com base na metodologia da Análise Textual Discursiva. Compreendemos que as discussões sobre gênero e diversidade sexual são de responsabilidade da área de Ciências/Biologia. Todavia, as demais áreas/disciplinas escolares também têm responsabilidade na discussão dessas temáticas, pois essas questões vão além do aspecto biológico, uma vez que se inscrevem na cultura e são produtoras de subjetividades. Percebeu-se, ao analisar as respostas dos acadêmicos, que suas concepções ainda estão fortemente ancoradas no enfoque da anatomia e da fisiologia de sistemas, doenças e prevenção. A dimensão afetiva e prazerosa da sexualidade praticamente não é mencionada. Assim, fica claro que para abordar adequadamente essas temáticas no processo formativo escolar os professores precisam ter conhecimento teórico-conceitual. Entretanto, é imprescindível, também, que estejam suficientemente sensibilizados para desenvolver um trabalho formativo, não meramente informativo. Nesse sentido, é imprescindível que a trajetória de formação dos sujeitos professores seja atravessada pela compreensão teórica e político-cultural da multiplicidade da sexualidade, dos gêneros e dos corpos. Faz-se necessário, portanto, nos cursos de formação de professores um rigoroso trabalho de aprofundamento teórico-conceitual e metodológico sobre o tema gênero e diversidade sexual, uma vez que somente pelo estudo é possível que os futuros professores se apropriem da fundamentação científica necessária à adequada abordagem do tema, sem negligenciar a igualmente importante sensibilização desses sujeitos para desenvolver o debate, sob pena de desconsiderar as dimensões afetiva e cultural da sexualidade.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11585 A PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA PERSPECTIVA DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES 2019-07-27T12:39:21-03:00 Amanda Laís dos Santos amandalaisantos@gmail.com Judite Scherer Wenzel juditescherer@uffs.edu.br <p>O presente resumo apresenta um recorte de uma pesquisa sobre a formação inicial de professores de química que objetiva visualizar de que forma a Prática como Componente Curricular (PCC) tem sido inserida junto à formação inicial de professores de química. Realizamos uma revisão bibliográfica nos anais do Encontro Nacional do Ensino de Química (ENEQ) do ano de 2006 à 2016 e selecionamos os trabalhos que contemplaram os termos “formação inicial de professores”, “formação inicial docente” e “formação inicial” no título e/ou nas palavras chave. Com esses critérios, foram filtrados 50 trabalhos, que mediante análise foram (sub)divididos em cinco focos temáticos: Compreensões acerca da Docência, Linguagem e Comunicação Científica, Questões sócio-ambientais na Formação Docente, Recursos Didáticos e Legislação/Estrutura Curricular. No presente resumo atenção para a discussão acerca da estrutura curricular dos cursos de licenciatura e a PCC. A problemática abordada está vinculada às reformas curriculares decorrentes das diretrizes nacionais (2001, 2005, 2015) para a formação de professores que destinam 400 horas da formação para a PCC. Essa orientação pressupõem que a prática não fique restrita a uma disciplina isolada, mas que perpasse todos os Componentes Curriculares do Curso. Tais exigências das reformas curriculares têm se desdobrado em formas mais amplas de superação do modelo da racionalidade técnica, que se mostrou “incapaz de atender às necessidades formativas dos profissionais” (MALDANER, 2014, p.22). Coube, portanto, aos Cursos de Licenciatura redefinirem sua organização de modo a proporcionar um “repensar” do perfil do professor em formação, não mais como um mero técnico aplicador de conhecimentos externos a ele e ao seu trabalho, mas como sujeito da construção e reconstrução do conhecimento, possibilitando a interação teoria/prática. A revisão bibliográfica realizada apontou que houve um destaque positivo no decorrer da formação inicial de professores, em atenção aos desafios reais que a acompanham no sentido da implementação das 400h de PCC e, os licenciandos sentiram-se mais preparados para a docência entretanto, há ainda desafios quanto a relação escola universidade e a compreensão acerca de como realizar a PCC, seja por meio de projetos, de seminários, ou de algumas cargas horárias distribuida no decorrer dos diferentes componentes curriculares.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11586 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE PELA PRÁTICA DO ENSINO DA COMPUTAÇÃO 2019-07-27T12:39:22-03:00 Adão Caron Cambraia adao.cambraia@iffarroupilha.edu.br Uianes Luiz Rockenbach Biondo biondouianes@gmail.com <p>A Investigação sobre o Desenvolvimento Profissional do Docente nos Institutos Federais (IF) é algo em aberto. De um lado, devido à recente criação destas instituições e a exigência da Lei nº 11.892 de 29 de dezembro de 2008 em ofertar 20% de Licenciaturas faz com que ainda não existam grupos de pesquisa constituídos sobre formação de professores. De outro, pela necessidade de uma recriação da prática curricular em que os professores se assumam como sujeitos ativos, articulando os diferentes núcleos formativos do curso. Com estas justificativas, criamos no curso de Licenciatura em Computação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha - Campus Santo Augusto - um grupo de estudos para formação de professores na recriação curricular denominado Desenvolvimento Profissional Docente na Licenciatura em Computação (DPDLiC), que tem como base teórica nos autores que defendem a pesquisa-ação crítica e emancipatória para promover o DPD, tais como: Carr e Kemmis (1988), Contreras (2012) e Garcia (1999). Trata-se de um grupo de pesquisa-ação composto por professores da Licenciatura em Computação. Diante disso, o objetivo é analisar o Desenvolvimento Profissional Docente (DPD) em rede na recriação da prática curricular em um Curso de Licenciatura em Computação. A pesquisa3 foi desenvolvida fazendo uma análise de encontros de estudo coletivo. Esses encontros foram organizados de forma presencial com participação e interação no ciberespaço, com vistas a proporcionar uma participação ativa dos professores no planejamento e recriação do currículo. Foram analisados oito encontros (gravados e transcritos), as postagens no ciberespaço e também um livro de relatos de experiência sobre a prática profissional desenvolvida no curso. Utilizamos a Análise Textual Discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2013) para analisar os materiais produzidos, tendo três categorias emergentes: (i) características do DPDLiC; (ii) recriação curricular no movimento formativo vivenciado; (iii) Desenvolvimento Profissional Docente por meio da pesquisa-ação crítica e emancipatória. Da primeira, emergiram três subcategorias: “interação licenciatura/educação básica”; “escrita hipertextual na construção de autonomia”. Da segunda categoria emergiram três subcategorias: “interdisciplinaridade”; “projeto integrador com abordagem temática”; “currículo integrado”. A terceira categoria é a espiral da pesquisa-ação que emerge de forma a promover um DPD conjugado com a recriação curricular, intrinsecamente, ligada, com o ‘DPD em Rede’. Por meio dos relatos de experiência selecionamos indícios do DPD ao promover estudos de recriação curricular. Assim, sugerimos a continuidade do DPDLiC para construir novas concepções e dinâmicas, qualificando cada vez mais o curso de Licenciatura em Computação.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11587 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR POR MEIO DE ATIVIDADES SOCIAIS: RELAÇÃO ENTRE CONCEITOS COTIDIANOS E CONCEITOS CIENTÍFICOS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE ESPANHOL 2019-07-27T12:39:22-03:00 Roberta Kolling Escalante rokolesc@gmail.com <p>Este trabalho objetiva discutir conceitos cotidianos e científicos a partir das experiências entre docente orientadora e residentes do Programa Residência Pedagógica (núcleo Língua Espanhola) na organização da matriz curricular da Educação Básica por meio de Atividades Sociais, entendidas como um conjunto de ações mobilizadas por um grupo com objetivos em comum para satisfazer necessidades dos sujeitos na vida que se vive. Ao compreender a relevância de Atividades Sociais como ir ao médico (esfera cotidiana), participar de Feira de Ciências (esfera acadêmica), ler um jornal (esfera jornalística) e fazer teatro (esfera literária) no currículo, leva-se em conta a vivência de valores, eixos temáticos e projetos integrados que alunos e escolas desejam desenvolver associados a distintos gêneros discursivos (bula, poster, editorial, romance) necessários a atuação e formação crítica dos estudantes, uma vez que, ao participar delas, precisam observar os papéis que assumem, suas consequências, motivações e formas de atuação em cada uma delas. Nesse sentido, através das contribuições da perspectiva sociocultural de Vygotsky e Leontiev, faz-se a reflexão e análise das principais dificuldades apresentadas por professores em formação inicial no duplo movimento entre conceitos cotidianos (não instruídos, espontâneos) e científicos (formais, simbólicos e mediados por outros conceitos) na elaboração de uma proposta de ensino tendo por base as necessidades coletivas e individuais de aprendizagem e de participação efetiva dos alunos na sociedade, as quais pressupõem conexão com diferentes áreas de conhecimento. Logo, as narrativas dos residentes sugerem o desenvolvimento tradicional de formação docente, que pouco valoriza e relaciona as situações teóricas com as práticas de sala de aula, isto é, com insuficiência de conceitos científicos internalizados. Contudo, a fim de que as práticas pedagógicas sejam mais adequadas à formação de conceitos científicos, nota-se a importância do futuro professor realizar reconceitualizações e, notadamente, desenvolver novas maneiras de pensar que se ampliem para outras áreas e para situações que ultrapassem a sala de aula, o que remete a urgência de avaliação dos componentes curriculares da&nbsp; licenciatura, no intuito de superar a dicotomia teoria-prática.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11617 ESTUDO DAS POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO IF FARROUPILHA - CAMPUS SÃO VICENTE DO SUL 2019-07-27T12:39:22-03:00 Jaqueline Dutra de Oliveira jaqueline.oliveira@iffarroupilha.edu.br Renato Xavier Coutinho renato.coutinho@iffarroupilha.edu.br <p>A pesquisa sobre as políticas de assistência estudantil no Instituto Federal Farroupilha – campus São Vicente do Sul tem como objetivo analisar quais os impactos que essas políticas têm na trajetória acadêmica dos discentes do ensino médio integrado, devido ao público heterogêneo que é atendido nessa instituição. A história da educação profissional e tecnológica mostra que sua organização sempre foi distinta de acordo com as classes sociais, formação para os dirigentes e formação para o povo (como uma forma de assistencialismo). Nesse sentido, os Institutos Federais são instituições novas que vem reconfigurando essa modalidade da educação, buscando a ruptura da dualidade educacional. A educação ofertada nesses institutos tem papel relevante na sociedade e na sua transformação, pois oferece um ensino de qualidade, gratuito, que tem como objetivos norteadores uma educação emancipadora, democrática, o trabalho como princípio educativo e a formação humana integral. A característica principal dos Institutos Federais é o ensino médio integrado, que tem importante função social, pois permite a formação básica e técnica integradas, baseada numa formação integral, completa, que prepara o estudante para a leitura de mundo e para a sua atuação como cidadão. Por isso, o estudo dessas políticas no campus de São Vicente do Sul, justifica-se pela necessidade do conhecimento sobre a temática, e para refletir quais os seus impactos na trajetória acadêmica, na permanência e êxito dos discentes do ensino médio integrado. Essa pesquisa está sendo realizada por meio da análise das legislações federais, dos regulamentos, ações, políticas e programas que são desenvolvidos tanto no âmbito do Instituto Federal Farroupilha, quanto do campus, para auxiliar na reflexão que necessita ser contínua. Essa é uma pesquisa documental exploratória, qualitativa, de cunho social, pois visa construir novos conhecimentos sobre uma determinada situação da realidade social. Diante disso, espera-se que essa pesquisa possa servir para auxiliar no entendimento mais amplo das políticas de assistência estudantil e sobre seus impactos no percurso acadêmico dos discentes e para o fortalecimento do ensino médio integrado e sua função social, que luta pela formação humana integral e a ruptura da educação dual.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11627 A HISTÓRIA DA CIÊNCIA EM DOCUMENTOS CURRICULARES BRASILEIROS 2019-07-27T12:39:22-03:00 Luana Taís Vier luanavier1@gmail.com Fabiane de Andrade Leite fabianeandradeleite@gmail.com <p>No cenário educacional é crescente a discussão acerca do uso de História da Ciência (HC) na educação básica como forma de proporcionar aos alunos uma maior compreensão acerca dos fatos que contribuíram para evolução científica e tecnológica. Nesse sentido, em estudos já realizados identificamos que a HC não tem sido apresentada aos alunos, em especial na área de Ciências da Natureza (CN), que tem sido a que os alunos apresentam maiores dificuldades de compreensão. Como possibilidade de superar esses problemas surge a importância da abordagem histórica no ensino de Ciências, que, segundo Chassot (2006, p.32), “[...] é uma facilitadora da alfabetização científica do cidadão e da cidadã”. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar documentos curriculares nacionais, sendo eles: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) quanto a perspectiva da utilização de HC nas séries finais do ensino fundamental. Um estudo maior acerca do currículo escolar brasileiro traz à tona um grande abismo entre o que se promulga legalmente e o que se realiza no contexto escolar, ou seja, historicamente grandes mudanças foram propostas pela legislação educacional, porém o que se percebe é que estas mudanças pouco têm transformado a sala de aula. Para o processo de pesquisa, realizamos, num primeiro momento, uma leitura crítica do documento da BNCC do ensino fundamental, aprovado em 2017, a fim de identificar alguma referência sobre a história da ciência na parte correspondente a área de CN, tanto no texto em si como nas suas competências e habilidades. Em seguida analisamos o documento dos PCN de 1998 da área das CN, correspondente aos anos finais do ensino fundamental, com o mesmo objetivo. Ao analisarmos ambos os documentos curriculares nacionais em relação as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos, identificamos que: nos PCN de 1998 são apresentadas 9 temáticas que abordam aspectos históricos como, por exemplo, a evolução celular, combustíveis e máquinas térmicas, fontes e transformações de energia, estas são temáticas em que há sugestão de trabalho com aspectos históricos no decorrer do texto. Na BNCC do ensino fundamental identificamos 15 temáticas com apresentação de abordagens históricas, sendo que todas as temáticas apresentadas nos PCN também são abordadas na BNCC. Assim, por meio do processo de análise dos documentos curriculares acenamos que existe um avanço em relação a proposição de uso de conteúdos relacionados à HC ao longo dos últimos 20 anos. Nesse sentido, compreendemos que precisamos nos manter vigilante quanto ao uso da temática na educação básica, considerando a importância da HC para o desenvolvimento crítico dos estudantes.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11655 POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA A PARTIR DE PESQUISA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO 2019-07-27T12:39:22-03:00 Maiara Krebs Segatto maiara.k_segatto@hotmail.com Noemi Boer noemiboer@gmail.com <p>Na perspectiva de Falk e Dierking (2003), construir conhecimento é algo realizado de forma continua em nossas vidas, seja de maneira formal em sala de aula, assistindo televisão, lendo revistas ou praticando esportes. Todo novo conhecimento constituído depende do que já sabemos, e a busca por novos saberes nos transforma. Diante de tudo que aprendemos, muito é buscado por motivação pessoal, são aprendizados de livre escolha, guiados por necessidades e interesses, assim descobrimos o que é relevante em nossas vidas. Perante o exposto, o referente trabalho corresponde a uma pesquisa com o objetivo de analisar as principais dúvidas e curiosidades de 78 alunos do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal Farroupilha – Campus de Santo Ângelo com relação aos cuidados especiais na área da estética e saúde tendo como foco principal o tecido tegumentar e seus anexos. A pesquisa é de caráter descritivo, de abordagem qualitativa e transversal. Os dados, foram coletados por meio de uma questão aberta, com posterior análise dívida em três fases apontadas por Bardin (2016) como: pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação. Também foi utilizada estatística descritiva simples com cálculo de percentual por categoria de respostas. Após a análise dos resultados que mostram o interesse dos jovens pesquisados sobre assuntos relacionados a estética facial como acne, hiperpigmentação, oleosidade, olheiras e câncer de pele, sobre temas correspondentes a estética capilar e curiosidades em geral sobre a área. A organização e explanação dos conteúdos com maior relevância para os participantes da pesquisa foram organizados para a elaboração de um Almanaque Informativo. O propósito do trabalho é fornecer material simples e conteúdos relevantes para a educação de jovens com relação a promoção da saúde da pele e promovendo a popularização do conhecimento cientifico. Definições de Alferes e Agustini (2008) justificam a relevância do trabalho quando argumentam que o desenvolvimento da vulgarização das noções cientificas estabelece importância para a divulgação da ciência, sendo visto como um instrumento relevante para a sociedade, pois, conseguinte com a popularização dos saberes científicos, o conceito de ciência pode ser afetado e transformado. Contudo, conclui-se que, entre os participantes da pesquisa, há a preocupação com a estética e a saúde, no entanto faltam informações corretas a respeito dos cuidados e da utilização adequada de produtos de proteção e tratamento.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11656 DOCENTE DO CURSO DE DIREITO: UMA ANALISE SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO 2019-07-27T12:39:22-03:00 Carina Deolinda da Silva Lopes lopesdeo@hotmail.com Franceli B. Grigoletto Papalia franpapalia@gmail.com <p>O presente estudo apresenta uma análise do trabalho pedagógico dos professores dos cursos de direito, os quais geralmente são formados bacharéis em Direito, com práticas profissionais diferenciadas, tais como advogado, juiz, promotor, delegado de polícia, procuradores, defensores públicos, entre outras, não possuindo formação especializada para a docência. Neste passo, o que se irá analisar é como o trabalho pedagógico é desenvolvido somente com formação acadêmica e experiências do cotidiano desses profissionais. O curso de Direito é um dos cursos mais procurados junto às instituições de ensino superior e os profissionais que trabalham na docência destes, devem buscar oferecer um Curso voltado para as práticas e exigências do mercado de trabalho, mas também para a formação de um ser humano sensíveis aos anseios da justiça. Neste passo, como é corriqueiro nos cursos de Direito a maioria dos professores reproduzirem o modelo de aula que conheceram durante suas experiências como discentes e desprezam qualquer tipo de metodologia de ensino capaz de desenvolver o raciocínio crítico dos alunos e a preparação para os novos desafios da vida profissional. A temática da pesquisa é referente ao trabalho pedagógico dos professores dos cursos de Direito, observando as práticas que estes desenvolvem no que tange trabalho pedagógico em suas aulas. Para tanto, a metodologia que será utilizada na presente pesquisa será a bibliográfica, evidenciando também conhecimento empírico das pesquisadoras. O método científico se pauta no hipotético-dedutivo, o qual analisa a questão problema, hipóteses e teses, a fim de fomentar conclusões. Assim, como é debatido, esta visão de um ensino jurídico baseado apenas em experiências da rotina de trabalho não caber mais dentro do modelo de sociedade atual e globalizada em todos os sentidos, onde as exigências atuais do mercado de trabalho estão em constante mudanças. Necessário é realizar uma análise dos pontos que ainda estão dificultando desenvolvimento concreto trabalho pedagógico no âmbito do ensino do Direito e também o papel do docente neste processo.&nbsp; Desta forma, observa-se que é preciso acabar com as fronteiras que não permitem que os estudos jurídicos possam ser analisados de forma compartilhada, o que, ocorrendo irá dar início à formação de profissionais diferenciados e nisso o trabalho pedagógico dos professores é de suma importância.&nbsp; A pretensão da pesquisa é dar continuidade a análise da necessidade de um trabalho consciente dos professores e a sua práxis diante de um curso como o Direito, e se com este direcionamento podem ocorrer mudanças significativas no ensino-aprendizagem e a perspectiva de uma mudança pedagógica do Curso referido.&nbsp; O trabalho docente e a visão de uma aprendizagem de forma correta e capacitada que busque envolver de alguma forma as disciplinas do curso jurídico, é um desafio para os professores, como instrumento e formadores de cidadãos críticos e reflexivos, constituindo-se em atitudes que envolvem o saber em diversos universos do conhecimento.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11657 O USO RACIONAL DA ÁGUA: COMPREENDENDO O CONCEITO VOLUME 2019-07-27T12:39:23-03:00 Bruna Maiqueli Epple epplebruna@hotmail.com <p>O presente relato resulta de ações desenvolvidas em um Estágio Curricular Supervisionado: Matemática em Modalidades Diferenciadas de Ensino, do curso de Matemática Licenciatura de uma universidade do noroeste do estado do Rio Grande do Sul. O referido estágio desenvolveu-se com uma turma de sexto ano de uma escola da rede pública do município de Ijui – RS, o qual considerou a temática proposta pela escola, “Sustentabilidade”, entendendo-a como uma maneira de ver e agir no mundo que considerara a inter-relação entre o econômico, social e o ambiental. Considerando o ensino da matemática delimitou-se dentro da grande temática “Sustentabilidade” o estudo do uso racional da água. O objetivo deste relato é compreender os sentidos e significados produzidos por alunos do sexto ano a partir do tema “o uso racional da água” acerca do conceito volume. A atividade proposta foi a construção de um cubo com capacidade de 1 litro e após a construção os alunos mediram a quantidade de água gasta em 1 min em uma torneira da escola, utilizando o cubo construído como padrão para quantificar o volume gasto. Apresentou-se aos estudantes a ideia de que a torneira e o chuveiro de uma residência apresentam a mesma vazão, ou seja, gastam a mesma quantidade de água em um mesmo tempo e, a partir de então, questionou-se os estudantes quanto ao tempo de banho e a quantidade de água gasta por dia. A partir desta ação, ao questionar os alunos em relação a quantidade de água consumida no banho, muitos perceberam que gastam muita água, o que consequentemente gera maior custo financeiro e maior impacto ambiental. Através desta atividade, além de proporcionar entendimentos do conteúdo matemático, houve uma sensibilização para a conscientização sobre a importância de utilizar a água potável de forma racional. Entende-se que desta forma a atividade proposta possibilita ao aluno a construção de conhecimento através da experiência e reflexão, além de mobilizar entendimentos matemáticos que lhes possibilitam fazer escolhas socioambientais de maneira consciente. No âmbito do estudo, estas escolhas puderam ser repensadas para superar o desafio do uso racional da água, beneficiando a sociedade e meio ambiente a longo prazo. Discutir e refletir sobre sustentabilidade a partir da matemática pode contribuir na formação do pensamento sistemático e contextualizado, bem como na aproximação entre a matemática e demais disciplinas que costumam abordar o tema com maior frequência.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Uso racional da água, matemática, volume</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11477 POLÍTICAS PÚBLICAS DE LÍNGUA INGLESA NO BRASIL E NA RÚSSIA: SEMELHANÇAS GLOBAIS E DIFERENÇAS REGIONAIS IMBRICADAS NO CAMPO DO CURRÍCULO INTEGRADO 2019-07-27T12:39:23-03:00 Tamara Angélica Brudna da Rosa tamara.rosa@iffarroupilha.edu.br <p>Este artigo é fruto de um relato de experiência em conjunto com resultados parciais de um projeto de pesquisa desenvolvido no IFFar, <em>Campus </em>Panambi, nos anos de 2017 e 2018, e do projeto de tese em andamento na Unijuí, relacionados ao ensino e aprendizagem da Língua Inglesa (LI) em contextos universitários. Nesse contexto, o significante crescimento do ambiente acadêmico internacional tem posto novos desafios e cenários para educadores, estudantes e gestores. Portanto, este texto tem o objetivo de relatar ações preconizadas pelas políticas públicas inerentes à LI em particular, da BNCC e da Reforma do Ensino Médio do Brasil bem como as observadas na Rússia, dialogando com a literatura especializada que tem sido incorporada nas proposições dos sujeitos agentes que preconizam os pressupostos teóricos relacionados ao currículo integrado no IFFar, <em>Campus</em> Panambi, em comparações e conexões com as ações vivenciadas na Tomsk State University, na Rússia. Nesse sentido, foram investigadas alusões e ou ausências da ideia de currículo integrado apresentadas em documentos oficiais, como BNCC e Reforma do Ensino Médio, bem como Projetos Pedagógicos de Cursos ofertados na instituição do Brasil e da Rússia. A partir disso, foram analisadas implicações dessas políticas públicas sobre o tema na instituição brasileira observando o cenário atual das políticas públicas em contraste com o cenário euro-asiático. Além disso, como contraponto, as políticas públicas foram interpretadas em consonância com as políticas linguísticas da LI, considerando o ecossistema linguístico de cada instituição. Para tanto, a fundamentação teórica ancorou-se nos pressupostos de Calvet (2007), Dörnyei e Muir (2016), Moscovici (2012), Proshina (2005, 2008, 2014), Rajagopalan (2015), Pennycook (2017) e Vigotski (2001). Indubitavelmente, a conceitualização acerca de currículo integrado e as práticas pedagógicas imbricadas neste contexto no Brasil, precisa ser revista não somente em relação a Línguas Estrangeiras mas como um compromisso educacional, o qual deve ser assumido e compreendido por toda comunidade escolar.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11480 CURRÍCULO INTEGRADO, PROJETOS PEDAGÓGICOS E ENSINO MÉDIO INTEGRADO: o estado da arte no contexto dos mestrados 2019-07-27T12:39:23-03:00 Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br Cintia Beatriz Diehl Güntzel dos Santos cintiaguntzel@gmail.com Daniela Carolina Ernst daniela.carolina.ernst@gmail.com Ana Paula dos Santos Agertt ana.agertt@iffarroupilha.edu.br <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; background: white;">Este trabalho nasceu a partir da elaboração do projeto de pesquisa de mestrado com o tema “Ensino Médio Integrado: as propostas pedagógicas dos cursos técnicos nos Institutos Federais da região Sul”. Para avaliar a relevância que essa pesquisa teria em termos de produção acadêmica, considerou-se a necessidade de um levantamento de dados referente ao estado da arte no universo dos mestrados acadêmicos e profissionais sobre o assunto em questão. Realizar esses levantamentos possibilita ao pesquisador uma visão mais ampla sobre seu campo de pesquisa, com um olhar sobre o que vem sendo produzido para um determinado tema. Este texto, portanto, trará os elementos provenientes de uma pesquisa de cunho bibliográfico, que teve como objetivo principal verificar a produção acadêmica em nível de mestrado (acadêmico e profissional), que tivesse algum tipo de relação com a elaboração ou desenvolvimento de projetos pedagógicos para o ensino médio integrado e desenvolvimento do currículo integrado. Como instrumento de busca foi utilizado o Catálogo Nacional de Teses e Dissertações, da Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior (Capes). Para delimitar a pesquisa, foram utilizados os descritores “Currículo Integrado”, “Ensino Médio Integrado ao Técnico” e “Projetos Pedagógicos”, sendo considerados apenas os trabalhos defendidos nos anos de 2015 e 2016, últimos anos disponíveis para busca quando a pesquisa foi empreendida. Isso resultou em um total de oito dissertações, que foram analisadas uma a uma, trazendo uma série de contribuições e possibilitando uma visão sobre as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas em torno do tema. Com isso, destaca-se que não foram encontradas pesquisas que trouxessem orientações com relação à elaboração de projetos pedagógicos de curso para o ensino médio integrado, mas muitas podem contribuir nesse sentido a partir das reflexões que fazem sobre esses documentos, além de proporcionarem um olhar sobre como o currículo integrado vem sendo desenvolvido em diferentes instituições e em diversas regiões do país.</span></p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11482 A COMPREENSÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO A PARTIR DA NÃO FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO 2019-07-27T12:39:23-03:00 Lauren Slongo Braida laurenslongo@yahoo.com.br Maristela Cristiane Heck laurenslongo@yahoo.com.br Raquel Weyh Dattein raquel.dattein@hotmail.com <p>Temos o objetivo, neste texto, de realizar uma reflexão referente ao currículo integrado, seus conceitos, relações e contribuições de Edgar Morin. Entendendo que Morin (2014) tem seus estudos voltados a fazer críticas à fragmentação do conhecimento e as consequências reais para a vida prática, as contribuições dessas críticas para o currículo integrado, merecem ser analisadas. Entende-se que o currículo integrado preza por converter em relevantes e significativos os conteúdos culturais, enfatizando-os nos centros escolares. Essa interligação mostra como a não fragmentação do conteúdo, prezando pelo “todo” e não pelo específico e delimitado estudo de uma disciplina a parte é fundamental para a aprendizagem e desenvolvimento humano. Existem várias denominações aceitas para este tipo de currículo, entre elas currículo interdisciplinar, globalizado, transversal, coerente, centros de pesquisa e métodos de projetos. Essas denominações existem a partir das diversas maneiras de interpretarmos esse tipo de currículo e sua implementação nas Instituições Educacionais. De acordo com concepções e modalidades variadas e pensando diferentes meios educativos e sociais, a questão da integração aponta uma ampla trajetória na educação e no que historicamente sabemos sobre currículo. Relaciona-se, também, a ideia de inovação e novos meios educacionais, visando renovação e a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, é necessário pensar também, que a não fragmentação do conhecimento auxilia para a compreensão do “todo”. Aproximar a realidade do aluno na escola e ensinar através dela, favorece o desenvolvimento cognitivo de forma ampla, no entanto será possível observar individualidades e possíveis causas de comprometimentos na aprendizagem. Nisso, busca-se compreender o conceito de currículo integrado, seus benefícios a educação, primando pelo entendimento de que os saberes não devem ser fragmentados e compartimentados. Segundo Morin (2014) podemos enxergar as coisas mais interdisciplinares em termos globais ou planetários, a conexão entre os fenômenos do cotidiano e que isso tende a ampliar cada vez mais. A grande questão da perspectiva tradicional é que os problemas essenciais da vida não podem e nem são parceláveis, e a fragmentação do conteúdo torna tudo mais inapreensível, talvez não será possível entender o “tecido junto”, que significa entender o complexo, o todo, mas é preciso tentar. Enfocamos, assim, a necessidade de termos uma educação mais libertária e qualitativa, no entanto para que isso aconteça é preciso que ajam mudanças no modo de pensar a educação.</p> 2019-07-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11481 SAÚDE MENTAL E O CONTEXTO ESCOLAR: PERCEPÇÕES DE UM ESTUDO DE CASO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 2019-07-27T12:39:24-03:00 Fabiane do Amaral Pacheco fabidamaral@gmail.com Sandra Elisabet Bazana Nonenmacher sandra.nonenmacher@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho de pesquisa tem como tema a saúde mental no contexto escolar.<br>A saúde mental de estudantes tem sido tema recorrente nas pesquisas, no entanto a<br>população adolescente, que tem registrado significativos índices de transtornos mentais,<br>não tem recebido a mesma atenção que os estudantes da graduação e da pós-graduação.<br>Submetidos às exigências da vida escolar e a fase adolescente, os alunos da Educação<br>Profissional e Tecnológica (EPT) podem estar submetidos a agentes estressores,<br>levando a situações de sofrimento/adoecimento mental. Por isso, esta pesquisa apresenta<br>como objetivo geral investigar as possíveis causas de sofrimento/adoecimento mental<br>relacionadas ao contexto escolar de estudantes dos cursos técnicos integrados da EPT a<br>fim de auxiliá-los no enfrentamento dessas dificuldades. Trata-se de um estudo<br>descritivo quanto ao objetivo e sua abordagem será qualitativa. A pesquisa, que deverá<br>ser desenvolvida durante o ano letivo de 2019, foi aprovada pelo Comitê de Ética em<br>Pesquisa do Instituto Federal Farroupilha e terá a coleta dos dados realizada no Campus<br>São Vicente do Sul do mesmo Instituto. O instrumento de coleta será um questionário<br>composto por questões mistas (fechadas e abertas) a ser respondido pelos estudantes das<br>turmas de terceiro ano do ensino médio integrado, nos cursos Técnico em<br>Administração, Técnico em Agropecuária e Técnico em Manutenção e Suporte em<br>Informática. A escolha pelas séries finais dos cursos técnicos motiva-se pela<br>possibilidade de avaliar as experiências dos estudantes ao longo de todo um ciclo, desde<br>o ingresso na instituição até a etapa final do curso. Concluída a coleta de dados, sua<br>análise será realizada por meio da análise de conteúdo. Embasando-se na reflexão sobre<br>a análise dos dados e visando atender um dos objetivos específicos da pesquisa, será<br>elaborado um produto educacional que possa ser disponibilizado a fim de auxiliar a<br>Instituição nas problemáticas relacionadas a saúde mental dos estudantes. Considerando<br>que os alunos se deparam com grandes desafios, responsabilidades e inseguranças, que<br>podem constituir-se como fatores de risco à sua saúde mental, durante a trajetória<br>estudantil na EPT, acredita-se que os benefícios desta pesquisa começam pelos indivíduos respondentes que terão, ao responder ao questionário, a oportunidade de compartilhar suas experiências escolares e os possíveis reflexos na sua saúde. Assim<br>como os benefícios se estendem a todos os estudantes dos cursos técnicos integrados,<br>quando a partir dos resultados da pesquisa poderão ser traçadas estratégias de<br>enfrentamento das dificuldades encontradas no contexto escolar que poderão ser causas<br>de sofrimento/adoecimento desses estudantes.</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11504 O QUE ACONTECERIA SE AS ABELHAS FOSSEM EXTINTAS? PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO INTEGRADO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA 2019-07-27T12:39:24-03:00 Neiva Maria Frizon Auler n.auler@iffarroupilha.edu.br Cilene da Silva Bettega cilenebettega@gmail.com <p>No contexto do ensino de biologia, inserido nos currículos dos cursos de nível médio/integrados, ofertados pelos Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica há uma série de desafios a serem superados tendo em vista que o mesmo tem se caracterizado ainda com um viés disciplinar e tecnicista. A forma fragmentada com que esses conteúdos de ensino são abordados limitam-se, na maioria das vezes, ao ensino de conceitos com a finalidade de cumprir currículos (vencer programas). A busca de temas/problemas vivenciados pela comunidade em que estão inseridos os estudantes, permeados pela por aquilo que Freire chama de diálogo e problematização, podem instrumentalizar a constituição de currículos em torno daquilo que o autor denominou de temas geradores, constituídos na maioria das vezes por problemas complexos, não abarcáveis pela fragmentação curricular. Assim, partindo de um questionamento com base na situação descrita, podemos trazer uma importante problematização. O que aconteceria se abelhas fossem extintas? A presente pesquisa, traz à tona a problemática envolvida no que aconteceria com meio natural caso as abelhas fossem extintas, a aproximação com a realidade se torna mais evidente quando fatos envolvendo a morte em grande quantidade destes insetos acorre dentro da territorialidade onde residimos, trabalhamos e estudamos, tratando-se do nosso meio natural. Outras questões ainda interferem nesta ocorrência, como o papel social dos indivíduos, a relevância e a influência da ciência e da tecnologia em torno destes acontecimentos, as causas e consequências na vida humana e no meio. O objetivo principal desta pesquisa se pauta em avaliar o processo educativo, no âmbito de um Curso Técnico Integrado em Agropecuária da EPT, estruturado em torno da temática polinização feita pelas abelhas e consequências de sua possível extinção. A metodologia conta com análise documental do Projeto Pedagógico do Curso, ponto inicial da pesquisa, com vistas nas ementas das disciplinas em busca de articulações com o problema de pesquisa. Uma vez identificada a presença ou ausência destas, o próximo passo foi planejamento de atividades abrangendo os conteúdos (multidisciplinares) necessários para compreensão da temática e implementação destas junto aos estudantes (etapa da pesquisa ainda em andamento). A avaliação das atividades assim como do percurso contará com registros no diário de campo do pesquisador e dos estudantes participantes da pesquisa. Os registros serão submetidos à analise textual discursiva (ATD). O fechamento deste trabalho segue caminhos por hora indeterminados, mas que buscarão o redimensionamento das práticas propostas.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11510 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA REALIZADA NO 3º ANO DO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO 2019-07-27T12:39:24-03:00 Luciane Figueiredo Pokulat luciane.pokulat@iffarroupilha.edu.br George Rodrigo Souza Gonçalves george.goncalves@iffarroupilha.edu.br Rodrigo Luís Melz rodrigo.melz@iffarroupilha.edu.br Fernando de Cristo fernando.cristo@iffarroupilha.edu.br Janine da Rosa Albarello janine.albarello@iffarroupilha.edu.br <p>Este trabalho apresenta o relato de uma experiência de Prática Profissional<br>Integrada – PPI – ocorrida, ao longo do ano de 2018, no terceiro ano do Curso Técnico<br>em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFFar - Campus FW. O objetivo do relato<br>é compartilhar uma proposta que, apesar de suas limitações, entendemos que foi<br>importante para contribuir com os objetivos do curso pelo fato de a PPI em questão<br>atentar ao perfil do egresso de um Técnico em Informática, aproximando-o do mundo<br>do trabalho. A PPI realizada integrou cinco diferentes disciplinas: Trabalho de<br>Conclusão de Curso (TCC), Tópicos Avançados em Informática, Língua Portuguesa e<br>Literatura Brasileira, Matemática e Empreendedorismo. Ao longo do terceiro ano, os<br>alunos do Técnico em Informática devem realizar um trabalho de conclusão de curso -<br>TCC – o qual consiste em desenvolver um produto relacionado aos conteúdos da área<br>técnica do curso. Partindo desse trabalho desenvolvido pelos professores da Tecnologia<br>da Informação, o professor de Empreendedorismo elencou todos os serviços e produtos<br>que haviam sido desenvolvidos pelos alunos, desafiando-os para que organizassem um<br>Plano de Negócio, a fim de comercializar o produto criado. Durante as aulas de Língua<br>Portuguesa, os alunos leram e refletiram sobre o processo composicional e temático de<br>um texto que se enquadra no gênero “Plano de Negócios”. Durante a construção do<br>Plano, foram realizados os cálculos de viabilidade econômica e detalhados os passos<br>para abertura de um empreendimento que visasse à comercialização dos itens<br>concebidos. Para a elaboração dos cálculos contou-se com os conhecimentos da<br>disciplina de Matemática. Os resultados foram apresentados em um texto gravado em<br>vídeo e reconhecido como Pitch, no qual os alunos tinham o tempo de 5 minutos para<br>apresentar o seu produto e explanar sobre a viabilidade econômica e importância social<br>do mesmo. O Pitch é um gênero de apresentação rápida concebido justamente para esse<br>contexto de demonstrar a ideia de negócio e o potencial financeiro, com o objetivo de<br>atrair sócios-investidores para essa proposta. Tanto os Planos de Negócio gerados<br>quanto os pitchs gravados foram avaliados pelos professores envolvidos no processo.<br>Quanto às limitações percebidas, destacamos o fato do engessamento do modelo<br>utilizado de Plano de Negócio, que restringiu a criatividade dos estudantes. Esse projeto<br>de PPI será reaplicado no ano letivo de 2019, prevendo uma maior liberdade de criação,<br>porém, mantendo os requisitos básicos esperados em um Plano de Negócio. Entre os<br>resultados obtidos destacam-se o alto grau de envolvimento dos alunos com a<br>metodologia proposta e o ganho substancial de conhecimento envolvido no processo de<br>transformar um trabalho de conclusão de curso em um plano de negócios. Destaca-se<br>também, a percepção da qualificação dos alunos, com habilidades adquiridas no<br>decorrer do curso, onde construíram uma formação integral com competências<br>necessárias para atuarem como Técnicos em Informática, compreendendo as demandas<br>da profissão, estando preparados para atuarem em suas realidades, explorando o uso das<br>tecnologias e recursos com responsabilidade social.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11574 AS CONCEPÇÕES DE VIOLÊNCIA SEXUAL DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2019-07-27T12:39:25-03:00 Artiese Madruga Machado artiesemachadomadruga@gmail.com Dhenifer Kraus dheniferkraus@gmail.com Bruna Kern Moura bruninhakern83@gmail.com Eonice Tozin eonicetozin50@gmail.com Rúbia Emmel rubia.emmel@iffarroupilha.edu.br <p>Esta pesquisa parte da temática de violência sexual, optou-se por este tema para possibilitar diálogos e debates nas escolas de Educação Básica. A pesquisa teve o objetivo geral de identificar e analisar as concepções de violência sexual dos estudantes da Educação Básica. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se de um questionário com 8 perguntas fechadas, sendo que os alunos poderiam marcar mais de uma alternativa, visando identificar as concepções dos estudantes frente o temática proposta. Esta pesquisa em educação caracteriza-se em sua natureza pela abordagem qualitativa, na qual buscou-se aprofundar os conhecimentos sobre violência sexual e como ela atinge crianças e adolescentes. Em relação ao tipo de investigação trata-se de pesquisa bibliográfica, que possibilitou adquirir embasamento teórico. A partir da leitura e investigação nas leis e nas políticas que ajudam a combater a violência sexual pode-se compreender seus conceitos. Também possui em sua tipologia a pesquisa de campo, pois extraímos dados e informações diretamente da realidade do objeto de estudo. A população de pesquisa foram os estudantes de duas turmas do 7° ano (Turma A e Turma B) e do 8° ano (Turma A e Turma B) do Ensino Fundamental de uma escola da Rede Pública Estadual, do município de Santa Rosa, totalizando em 98 alunos. Para a análise dos dados foram construídas categorias <em>a priori</em>, na análise da categoria empoderamento dos sujeitos perante a violência sexual identificou-se que os estudantes percebem a violência sexual, como crime e depositam sua confiança na família e na escola que podem agir juntas, visando a proteção das crianças e adolescentes e a diminuição dos preconceitos, acreditando que a maioria dos adolescentes que&nbsp; passam por essa situação e não contam o que se passa, é por conta do medo. Na outra categoria, atitudes perante a violência sexual percebeu-se que os estudantes têm o conhecimento sobre a quem recorrer quando estiver perante a uma situação de violência sexual, a escola tem um papel fundamental no combate a violência sexual, pois crianças e adolescentes bem informados têm menos risco de sofrer violência sexual, e de identificar situações de risco, visto que a prevenção é a melhor forma de evitar abusos. Enquanto futuros professores através do Estatuto da Criança e Adolescente também somos responsáveis, pela proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Portanto, nesta pesquisa compreendemos que a temática da violência sexual, pode fazer parte dos currículos escolares, inclusive nas aulas de Ciências e Biologia. Concluímos que, ao mesmo tempo que a escola está formando um estudante, ela também está formando sujeitos de linguagem, que são marcados por discursos e por relações de poder.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11475 ALINHAVOS DA DIVERSIDADE COMO MEIO DE INTEGRAÇÃO DO CURRÍCULO: A EXPERIÊNCIA DO NEABI NO IFFAR CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN 2019-07-27T12:39:25-03:00 Luciane Figueiredo Pokulat luciane.pokulat@iffarroupilha.edu.br Mariane Martins Rapôso mariane.raposo@iffarroupilha.edu.br Graciela Fagundes Rodrigues graciela.rodrigues@iffarroupilha.edu.br Rita Rosane Dias dos Santos rita.dias@iffarroupilha.edu.br Lucimauro Fernandes de Melo lucimauro.fernandes@iffarroupilha.edu.br <p>O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – NEABI – integra um conjunto de ações dentro da proposta político-pedagógica de diferentes universidades e institutos federais. O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) também se engaja nesta proposta, tendo em cada um de seus <em>campi</em> uma Coordenação de Ações Inclusivas (CAI) que, entre outros núcleos, agrega os indivíduos que no contexto compõe o NEABI. Estes indivíduos propõe movimentos de reflexão e conscientização acerca desta temática. Neste sentido, seu propósito é a construção de espaços de elaboração e implementação de atividades de ensino, pesquisa e extensão que priorizem a inclusão e a valorização da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nos diferentes âmbitos educativos da mesma. Desta feita, busca-se estabelecer meios para a construção da cidadania e da consciência crítico-reflexiva dos estudantes sobre suas vivências e sobre a realidade da região que os circunda em relação às estruturas ligadas às relações étnico-raciais estabelecidas. Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas das ações promovidas pelo NEABI/IFFar <em>campus </em>Frederico Westphalen focando em seu viés enquanto proposta metodológica e pedagógica de temática transversal e sua interação com os currículos dos diferentes cursos que são oferecidos pela Instituição. Desta forma, também se torna objetivo deste trabalho destacar o papel do núcleo enquanto ferramenta de provocação de movimentos reflexivos sobre os contextos originais dos alunos, assim como da valorização de identidades étnico-raciais dos sujeitos da Instituição. Objetiva-se ainda construir espaços de resistência, empoderamento e afirmação de identidades e sua contribuição para os processos educativos e formativos dos entes envolvidos. Após realizar a retomada das ações realizadas, são analisados os percursos destas enquanto meios para construção de ligações e nexos dos currículos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio e as variadas representações étnico-raciais da sociedade circuncidante. Tais ações também são analisadas enquanto atendimento ao proposto pela legislação nas leis nº 10.639/2003, nº 11.645/2008, e às resoluções e pareceres CNE/CNB a elas relacionadas. Considerando as questões apresentadas, é possível vislumbrar a concepção político-pedagógica das ações em questão, permitindo que se analise seu alcance e sua pertinência enquanto ação educativa da Instituição. A partir desta visualização, é possível delinear a direção futura dos projetos do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Farroupilha <em>campus</em> Frederico Westphalen. Consequentemente, alinhavam-se propostas ações de ensino, integradas à sala de aula ou não, e extensão, através das quais se apresenta a heterogeneidade das individualidades ao mesmo tempo em que os alunos podem criar suas próprias formas de compreensão através de atividades de pesquisa e produção de conhecimento.</p> <p>&nbsp;</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11476 A PRÁTICA PROFISSIONAL NO PROCESSO FORMATIVO 2019-07-27T12:39:25-03:00 Maristela Beck Marques maristela.marques@iffarroupilha.edu.br Josimar de Aparecido Vieira josimar.vieira@sertao.ifrs.edu.br <p>A preocupação central deste ensaio é com a prática profissional prevista nas diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional técnica de nível médio e que deve constituir o currículo deste nível e modalidade de ensino. Essa atividade intrínseca ao currículo de cursos de educação profissional requer a integração teórico-prática por meio da efetivação da pesquisa como princípio pedagógico e do trabalho como princípio educativo. Diante dessas considerações, analisa-se os conceitos da educação integral relacionados com os princípios do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP), com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento desta ação integradora nos ambientes de aprendizagem. Buscou-se elucidar a indagação: Que relações são possíveis de serem estabelecidas entre os fundamentos da prática profissional prevista nas diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional técnica de nível médio e os conceitos de educação integral presentes nos princípios do EMIEP? Para isso, duas indagações foram delineadas: Como se caracteriza a concepção de educação integral? Quais as singularidades do EMIEP? e qual o sentido da prática profissional diante da concepção da educação integral e as singularidades do EMIEP? Constituído numa abordagem qualitativa, foi produzido por meio de pesquisa bibliográfica e análise documental, envolvendo os autores: Ciavatta (2012), Frigotto (2018), Kuenzer (2006), Machado (2010) Ramos (2018) Moura (2010) Saviani (2007) entre outros. As repercussões indicam que a prática profissional, prevista nas organizações dos cursos, indicam a possibilidade de ação metodológica, devendo estar continuamente relacionada aos fundamentos científicos e tecnológicos, orientada pela pesquisa como princípio pedagógico possibilitando ao estudante enfrentar o desafio do desenvolvimento da aprendizagem permanente. Este espaço curricular pode se constituir como oportunidade de construção de metodologias integradoras compatíveis com os princípios da interdisciplinaridade, da contextualização e da integração entre teoria e prática, no processo de ensino e aprendizagem, potencializando a indissociabilidade entre educação e prática social, entre pesquisa e o princípio educativo do trabalho efetivando assim a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no currículo de cursos de educação profissional.</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11503 ENSINO TÉCNICO INTEGRADO E CURRICULARIZAÇÃO DA PESQUISA E DA EXTENSÃO: INTERFACES E DESAFIOS 2019-07-27T12:39:25-03:00 Pedro Henrique de Gois pedro.gois@iffarroupilha.edu.br Rodrigo Luís Melz rodrigo.melz@iffarroupilha.edu.br <p>Neste trabalho temos como objetivo discutir a proposta de curricularização da pesquisa e da extensão no Curso Técnico em Administração Integrado do Instituto Federal Farroupilha - Campus Frederico Westphalen (IFFar - FW). Neste sentido, a provocação aqui lançada se pauta na seguinte questão: como articular a demanda de promover a integração de disciplinas, áreas de conhecimento e de saberes com a proposta de curricularizar a pesquisa e a extensão? Diante do Projeto Político Pedagógico do Curso (PPC, 2018, p. 14) já observamos a seguinte definição: “Os estudantes do Curso Técnico em Administração Integrado são estimulados a participar dos projetos e atividades na área de ensino, pesquisa e extensão, os quais poderão ser aproveitados no âmbito do currículo como atividade complementar, conforme normativa prevista neste PPC”. Neste sentido, é importante ressaltar que a proposta de curricularização se trata de algo posterior a vigência do atual PPC do curso (IFFAR, 2019), encaminhada por meio de Instrução Normativa ainda em construção pelo IFFar. Observamos nas reuniões de discussão sobre o assunto e na construção da proposta-piloto sobre o tema aspectos relacionados às práticas já desenvolvidas na instituição, tal como os projetos individuais de docentes e grupos de pesquisa, o desenvolvimento das Práticas Profissionais Integradas (PPI), a realização de visitas técnicas e o envolvimento nas mostras científicas como momentos já articulados dentro das atuais práticas e que se já se aproximam da proposta da curricularização. É interessante ressaltar que, neste processo, as pró-reitorias envolvidas e o Grupo de Trabalho formado para desenvolver a Instrução Normativa (IN, 2019) e auxiliar no processo de desenvolvimento da curricularização, tem por desafio em particular integrar as disciplinas técnica e básica e sua aproximação com a comunidade: como se aproximar ou desenvolver práticas de pesquisa e de extensão articuladas com as práticas de ensino? Como tornar essa prática algo contínuo e não pontual e compartimentado como a proposta de PPI atualmente realizada? Como se dará a prática docente para organizar esses elementos em meio a sua carga horária e quanto a registros acadêmicos? Estas são algumas questões em aberto, observadas a partir da reflexão em torno da proposta de curricularização nos cursos integrados, além de desafios evidenciados no esforço ainda em construção de, efetivamente, inserir os diferentes componentes curriculares e os professores em suas temáticas específicas de modo integrado à esta nova proposta. Neste sentido, para além da noção de integração como formação acadêmica e relação com o mundo do trabalho, expresso como: “A concepção do currículo do Curso Técnico em Administração Integrado tem como premissa a articulação entre a formação acadêmica e o mundo do trabalho, possibilitando a articulação entre os conhecimentos construídos nas diferentes disciplinas do curso com a prática real de trabalho, propiciando a flexibilização curricular e a ampliação do diálogo entre as diferentes áreas de formação” (PPC, 2018, p. 25), temos uma nova preocupação: integrar a formação científica e em extensão de forma também integrada a formação acadêmica e relacionada ao mundo do trabalho.</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11490 ASSESSORIA PEDAGÓGICA PARA O TRABALHO DOCENTE À LUZ DA FORMAÇÃO INTEGRAL 2019-07-27T12:39:26-03:00 Liliane Krebs Bessel Müller liliane.muller@iffarroupilha.edu.br Marcele Teixeira Homrich Ravasio marcele.ravasio@iffarroupilha.edu.br <p>Dentre as finalidades, características e objetivos dos Institutos Federais de&nbsp; Educação (IFs), destaca-se a oferta de educação profissional e tecnológica em todos os níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos para atuação profissional. A concepção de educação profissional e tecnológica que orienta as ações de ensino, pesquisa e extensão nestas instituições de ensino está alicerçada na integração entre ciência, cultura e tecnologia enquanto elementos indissociáveis a vida humana. Reafirma-se, neste contexto, a formação integral, considerando que a formação humana, cidadã, precede a qualificação para o trabalho e, a preocupação dos IFs, enquanto política pública, com um projeto de sociedade e com a transformação social (PACHECO, 2009). O setor responsável pela orientação para o trabalho docente e por promover ações de apoio, formação e qualificação no campo didático- pedagógico, nos IFs, é o Setor de Assessoria Pedagógica – SAP. Os IFs são instituições novas, ainda em fase de consolidação, expansão e de constituição e fortalecimento de identidade, neste contexto, percebe-se, no cotidiano institucional, a importância da&nbsp; formação continuada e das orientações com relação aos aspectos pedagógicos que organizam, acompanham, avaliam e norteiam as ações do ensino na instituição. A proposta de pesquisa que se propõe tem como objetivo construir ferramentas ou dispositivos que orientem e/ou contribuam para o trabalho docente à luz da formação integral, e para tanto, buscar-se-á identificar as demandas dos docentes com relação as orientações didático- pedagógicas e a formação para trabalhar com o currículo integrado na tentativa de compreender a seguinte questão de pesquisa: de que forma a assessoria pedagógica pode contribuir para o trabalho docente com vistas a sustentação da proposta pedagógica do IFFar, contribuindo para a qualificação das práticas pedagógicas e o processo de ensino e aprendizagem na perspectiva de um currículo integrado? Com relação ao método estão sendo utilizados a pesquisa documental e foi aplicado um questionário sondagem que se encontra em fase de categorização e análise. O público alvo são os docentes que atuam nos cursos ofertados no <em>campus </em>Santo Ângelo, público assessorado pelo SAP de atuação da pesquisadora. A análise, ainda incipiente, tem demonstrado que o projeto pedagógico institucional, com algumas ressalvas, constitui a base das diretrizes e dos projetos pedagógicos de curso, que precisam refletir nos Planos de Ensino e nas demais atividades de ensino. As respostas do questionário, ainda em análise, denotam a necessidade de constituição e/ou fortalecimento da relação teoria e prática no <em>campus. </em>Para tanto está sendo construído material textual, em formato de produto educacional, com objetivo de apoiar as diretrizes institucionais referentes ao currículo integrado.</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11502 A EXPERIÊNCIA DA CURRICULARIZAÇÃO DA PESQUISA E DA EXTENSÃO NO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA - CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN 2019-07-27T12:39:26-03:00 Rodrigo Luís Melz rodrigo.melz@iffarroupilha.edu.br Pedro Henrique de Gois pedro.gois@iffarroupilha.edu.br Marceli Pazini Milani marceli.milani@iffarroupilha.edu.br Bruno Batista Boniati bruno.boniati@iffarroupilha.edu.br <p>Este texto tem como objetivo apresentar a curricularização da extensão e da pesquisa em implementação no Instituto Federal Farroupilha – Campus Frederico Westphalen (IFFar–FW). Mediante o trabalho das pró-reitorias, de um Grupo de Trabalho constituído e de propostas-piloto elaboradas pelos campi da instituição foi iniciado um trabalho que visa atender o Plano Nacional de Educação 2014-2024 (PNE2014-2024, 2019). Este documento orientador para promoção de políticas educacionais brasileiras determina as diretrizes para a curricularização da extensão nos currículos de cursos superiores, prevendo uma carga horária mínima de 10% da total dos cursos para este fim, iniciativa confirmada pela portaria nº 1350 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (IFFAR, 2019). Na experiência proposta pelo IFFar, há ainda um desafio mais amplo assumido pela instituição: promover a curricularização da extensão também nos cursos técnicos de nível médio, visando fortalecer a indissociação entre ensino, pesquisa e extensão. No campus Frederico Westphalen, como participante das primeiras propostas iniciadas em 2019, foram selecionados os Cursos Técnico Integrado em Administração e o Bacharelado em Medicina Veterinária. No Curso Técnico Integrado em Administração, que teve o ingresso de sua primeira turma em 2019, foram planejadas ações de curricularização para os três anos de curso, em construção conjunta com professores de diferentes áreas do conhecimento. No primeiro ano os alunos visitarão organizações de diferentes setores (público, privado e terceiro setor) e atuarão, principalmente, com a pesquisa, através de análise das especificidades de cada tipo de organização. Com base nos diagnósticos realizados, no segundo ano os estudantes desenvolverão atividades de extensão, como implementação de melhorias nas organizações&nbsp;visitadas. Já no terceiro ano, a proposição é que os alunos elaborem pesquisas com base em<br>sua experiência de estágio obrigatório e também desenvolvam extensão à comunidade através<br>de oficinas e minicursos ofertados em eventos como feiras regionais, mostras de ciências e<br>ações de divulgações de cursos do IFFar. Já no curso de Medicina Veterinária, a existência de<br>ações de extensão e de pesquisa em número significativo no curso, facilita à adequação do<br>mesmo a proposta de curricularização. O Colegiado do Curso fez um estudo detalhado dos<br>componentes curriculares presentes em cada um dos semestres, e para cada um deles foram<br>estruturadas propostas de projetos, os quais serão desenvolvidos dentro da PPI (prática<br>profissional integrada), e terão caráter de extensão e/ou pesquisa.<br>Cabe ressaltar que o IFFar já possui experiências exitosas com as PPI’s, metodologia que visa<br>a integração dos saberes de modo a aproximar o perfil do egresso do curso com o mundo do<br>trabalho. O projeto-piloto visa além de adequar-se com exigências legais, proporcionar a<br>todos os estudantes a oportunidade de acessar a pesquisa e a extensão dentro da carga horária<br>das disciplinas, no espaço pedagógico hoje destinado à PPI. O desafio está posto aos cursos<br>que integram o projeto-piloto: de que forma implementar essa verdadeira ruptura com o<br>tradicional modelo de ensino e promover sua indissociação com pesquisa e extensão e ao<br>mesmo tempo garantir a integração das diferentes disciplinas?</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11506 MONITORIA DE BIOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROJETO DE PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA NO ENSINO MÉDIO 2019-07-27T12:39:26-03:00 Leonardo Bahry Escobar bahryysco@gmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>O presente trabalho é um relato de experiência de monitoria nas atividades desenvolvidas no Projeto de Prática Profissional Integrada (PPI) em uma turma de primeiro ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, tendo em vista a integração das disciplinas de Agricultura Geral, Zootecnia Geral, Biologia e Geografia envolvidas no eixo dos recursos naturais. Desta forma objetivou-se habilitar os alunos a terem noções e avaliar os constituintes de vegetação, habitação, relevo e formação de solos de cada mesorregião do estado do Rio Grande do Sul. As ações da monitoria constituíram-se na participação efetiva em atividades extraclasses, aulas práticas, ressignificação dos conteúdos estudados em sala e auxílio no preparo de material didático para a execução do projeto, ou seja, confecção de maquetes caracterizando cada mesorregião do estado. Nesse contexto, a monitoria teve um papel muito importante na dinamização do projeto, visto que o monitor ficou encarregado de articular e dialogar com todos os docentes envolvidos e, a partir desses diálogos, orientar o desenvolvimento das ações na perspectiva da integração das disciplinas. Ainda que os professores participantes, individualmente, desenvolvessem atividades referentes à PPI, o monitor mediava ações, tendo assim a visão de todo o projeto. Os encontros com os estudantes aconteciam semanalmente, mas sempre eram demandados pela professora de Biologia. Quando havia a necessidade de discutir conceitos específicos de outras áreas, havia um diálogo com os demais professores participantes, para que estes fizessem as intervenções necessárias à continuidade do Projeto. Assim, a vivência da monitoria pode se configurar como um espaço de cooperação mútua que propicie ao licenciando diferentes experiências pedagógicas capazes de estabelecer articulações entre teoria e prática. E, com isso, contribuir para uma formação inicial mais qualificada, visto que o acadêmico interage com estudantes e com professores da educação básica. Por fim, afirma-se a importância da monitoria em atividades pedagógicas, as quais abrem caminhos para novas perspectivas na formação do futuro professor. Neste sentido, a monitoria auxilia na preparação de profissionais qualificados a assumirem o processo de ensinar e de aprender.</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11507 CURRÍCULO INTEGRADO COMO POTENCIALIZADOR DOS PROCESSOS DE ENSINO E DE FORMAÇÃO PARA O ENSINO 2019-07-27T12:39:26-03:00 Marli Dallagnol Frison marlif@unijui.edu.br Tamini Wyzykowski tamini.wyzykowski@gmail.com Jaqueline Cacenote Maieron jaquelinecacenotemaieron@gmail.com Micheli Rohr michelirohr@hotmail.com <p>Neste artigo focalizamos os movimentos de um grupo de professores em exercício, da universidade e da escola básica que, via Situação de Estudo (SE), pretendeu incorporar os princípios da contextualização e da interdisciplinaridade ao Programa de Formação Continuada de Professores e ao currículo do Ensino Médio (EM) não como uma ação isolada, mas como um projeto mais amplo de escola e de sociedade. Trata de uma pesquisa que acompanhou as ações de um grupo de professores durante a produção da SE “Energias necessárias à sustentabilidade da vida humana”, para seu posterior desenvolvimento junto a uma turma de estudantes da 2ª série do Ensino Médio. A SE é uma proposta curricular que se mostra capaz de tratar aspectos do domínio vivencial dos estudantes, da escola e da sua comunidade imediata como conteúdo do aprendizado científico e tecnológico promovido pelo ensino escolar, com superação da visão superficial sobre como o conhecimento científico se relaciona com o conhecimento cotidiano. O estudo foi desenvolvido em uma escola pública estadual, localizada no município de Ijuí e envolveu professores que, no ano de 2018, atuavam nas disciplinas de Sociologia, História, Filosofia, Português, Metodologia da Pesquisa, Química, Física, Biologia e Matemática. Nesse processo, destacamos a importância de se trabalhar com temas da vivência cotidiana dos estudantes e relacionados a problemas sociais e que possibilitem introduzir os conteúdos escolares, de forma articulada e contextualizada. Enfatizamos o papel da escola na produção do conhecimento científico escolar e a importância desse conhecimento para que sejam promovidas mudanças de atitudes e concepções em relação a visão de mundo e de sociedade. A pesquisa é qualitativa e se insere na modalidade Pesquisa-Ação. Os dados foram produzidos a partir dos encontros de estudo e de planejamento da SE, os quais foram gravados e, posteriormente transcritos. Resultados revelam que um ensino que contempla as características da SE, norteado pelos princípios da contextualização e da interdisciplinaridade oferece oportunidades mais frutíferas para que os estudantes se apropriem do conhecimento científico escolar e, com isso, se constituam sujeitos mais bem desenvolvidos em termos de possibilidades de ação/intervenção e de tomada de decisões mais conscientes quando solicitados. Indicam, ainda, que um ensino que traz como intencionalidade a busca pela compreensão de situações que dizem respeito à vida dos estudantes e professores favorecem o diálogo entre as áreas do conhecimento, possibilita o aprofundamento dos conteúdos escolares, cria espaços de interação e de diálogo entre os alunos e entre alunos e professores o que favorece o processo de negociação de significados conceituais. Ademais, o estudo revelou que a inclusão do professor em processos dessa natureza, desperta nele sentimento de bem-estar docente, desenvolve a sua autonomia em relação à proposição de um currículo mais integrado e estimula para o estudo. Com isso, qualificam-se os processos de ensino, de estudo e de formação para o ensino.</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11540 A ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA DA PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA NO IFFar - CAMPUS SANTA ROSA 2019-07-27T12:39:27-03:00 Analice Marchezan raquel.canova@iffarroupilha.edu.br Raquel Fernanda Ghellar Canova raquel.canova@iffarroupilha.edu.br Maristela Beck Marques maristela.marques@iffarroupilha.edu.br Josimar de Aparecido Vieira josimar.vieira@sertao.ifrs.edu.br <p>Na história da educação brasileira, é possível perceber em vários momentos, que a principal finalidade da educação profissional foi formar mão de obra para o mercado do trabalho, preparando especialmente grupos para exercerem atividades ligadas ao trabalho manual. Nos últimos anos, a proposta do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP) vem contrariando esta tendência, compreendendo o trabalho como princípio educativo e defendendo a integração entre o ensino médio e a educação profissional, como aporte para o rompimento da dualidade histórica da educação profissional brasileira, que vem perpetuando a separação entre o trabalho manual e intelectual. O percurso formativo precisa ser desenvolvido como um processo, na perspectiva que a ação didática se torne parte de um conjunto organizado e articulado. Partindo desse princípio, a prática profissional, vista como atividade intrínseca ao currículo de cursos de educação profissional que preconizam a integração teórico-prática, está regulamentada atualmente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) como Prática Profissional Integrada (PPI). Sua previsão consta nos Projetos Pedagógicos de Cursos de nível médio nas formas integrada e subsequente, e nos cursos superiores de bacharelado e de tecnologia. Diante dessas considerações, este trabalho, produzido numa abordagem qualitativa, relata o desenvolvimento das PPIs no IFFar - <em>Campus</em> Santa Rosa, assim como alguns resultados alcançados. As PPIs no IFFar, segundo a Resolução CONSUP 102/2013, têm como objetivo articular os conhecimentos construídos nas diferentes unidades curriculares. Nesta metodologia, os professores planejam juntos a integração entre os diferentes conhecimentos, possibilitando ao estudante ampliar seus saberes e seus fazeres na formação e futura atuação profissional. Essas práticas não se resumem a ações isoladas ao longo do curso, sendo planejadas no coletivo no início do semestre/ano letivo. O projeto da PPI é elaborado a partir do perfil de egresso de cada curso, respeitando o número mínimo de componentes curriculares envolvidos; ou seja, nos cursos técnicos integrados são envolvidos no mínimo quatro componentes curriculares contemplando, necessariamente, a área básica e a área técnica; já nos cursos técnicos subsequentes, no mínimo dois componentes curriculares e, nos cursos superiores, no mínimo, três. Para o planejamento da PPI, são realizadas reuniões para cada uma das turmas, com a presença de todos os professores que atuam no curso, Coordenação do Curso, Coordenação Geral de Ensino, Direção de Ensino e o Setor de Assessoria Pedagógica, onde é elaborado o Projeto da PPI, anexando-o, posteriormente, aos planos de ensino dos componentes curriculares envolvidos. Após esses procedimentos, o referido projeto é apresentado aos estudantes. No desenvolvimento da PPI, são realizadas novas reuniões entre os professores como forma de verificar o andamento do projeto e alinhar a orientação junto aos estudantes. A avaliação também deve ser integrada, uma vez que o resultado da PPI deve ser avaliado por todas as disciplinas envolvidas. Esses resultados são diversos e relevantes para a comunidade local e regional. São apresentados de diferentes maneiras (artigos, resumos, projetos, mobiliários, maquetes, protótipos, etc.), contribuindo para a melhoria do processo de formação profissional de estudantes e professores.</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11559 DIAGNÓSTICO SOBRE O ENSINO DO TEMA ABORTO EM UMA ESCOLA FEDERAL DE ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA/RS 2019-07-27T12:39:27-03:00 Gabriel BRUTTI gabrielbrutti@hotmail.com Artur CAMPOS arturcampos789@gmail.com Gabriele STROCHAIN gabiii1315@gmail.com <p>É visto que, hoje em dia, no Brasil, o aborto é um problema de saúde pública.<br>Mesmo assim, esse tema ainda é tratado como um grande tabu por grande parte da sociedade.<br>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define a sexualidade como um tema transversal,<br>que deve ser tratado nas escolas. Dentro desse contexto, e tendo em vista que o aborto<br>também relaciona-se com a sexualidade, este trabalho de pesquisa teve como objetivo geral<br>realizar um diagnóstico sobre como o tema aborto é realmente abordado nas salas de aula,<br>assim como quais são as consequências e possíveis relações desta abordagem para com os<br>conhecimentos gerais dos alunos sobre o tema. Para a realização do levantamento de dados,<br>foi aplicado um questionário online com questões de base quali-quantitativa, abrangendo 17<br>perguntas, entre elas abertas e fechadas sobre a temática. Em relação à natureza deste<br>trabalho, este caracteriza-se como uma pesquisa de campo, uma vez que a extração dos dados<br>se deu diretamente pela intervenção dos autores na realidade dos alunos pesquisados. A<br>população estudada foi de 107 alunos, de 4 turmas de Ensino Médio de uma Instituição<br>Federal de ensino localizada no município de Santa Rosa - RS. Para obter uma melhor<br>homogeneidade nos resultados, é importante salientar que foram selecionadas somente 8 das<br>17 questões impostas. Partindo desse pressuposto, na análise dos dados, as perguntas foram<br>subdivididas em 2 categorias: Perfil do aluno e Tema aborto na escola. Para verificarmos o<br>perfil de cada aluno, suas opiniões e conhecimentos gerais, foi perguntado a eles o seu gênero,<br>as suas concepções sobre o início da vida humana, o seu entendimento sobre o que é aborto,<br>em quais casos o aborto é permitido no Brasil, e quais seriam as suas ações ao se encontrar em<br>uma situação hipotética de gravidez indesejada. Já para a segunda categoria, foi perguntado<br>aos alunos principalmente a respeito de seus interesses em aprender mais sobre o tema, tanto<br>na escola quanto em outros meios e, por fim, foi perguntado a eles sobre como o tema era<br>trabalhado na escola. De forma geral, a conclusão, referente a nossa hipótese principal, é que<br>o aborto não é comumente um tema muito abordado em sala de aula e, quando é abordado,<br>geralmente é apresentado aos alunos de forma superficial. Em contraponto a essa afirmação,<br>ainda foi observado que o interesse dos alunos pelo tema é muito alto, principalmente na parte<br>do público feminino. Para tanto, torna-se visível a necessidade da intervenção da escola, cujo<br>um dos deveres é promover um ensino de qualidade, independente da temática.</p> 2019-07-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11492 A REDAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA COMO RESULTADO DA PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA 2019-07-27T12:39:27-03:00 Rita de Cássia Fumagalli rita.fumagalli@iffarroupilha.edu.br Marieli da Silva Marques marieli.marques@iffarroupilha.edu.br Andressa Falcade andressa.facalde@iffarroupilha.edu.br <p>A instituição da Prática Profissional Integrada (PPI) nos currículos dos cursos superiores do Instituto Federal Farroupilha é uma das formas de garantir a qualidade na formação de seus alunos. O objetivo da PPI é promover a integração entre a formação teórica e profissional e os componentes curriculares. Este trabalho, relata a experiência realizada no primeiro semestre de 2018 da primeira turma do curso superior de Bacharelado em Agronomia do IFFAR campus Santo Augusto. As disciplinas envolvidas foram Leitura e Produção Textual, Informática e Química Aplicada e o objetivo foi a redação de Projeto de Pesquisa sobre o tema água. A escolha do Projeto de Pesquisa justifica-se por conseguir integrar leitura, escrita e conhecimentos da língua; possibilitar a utilização de atividades diversificadas e diferentes suportes de exercícios; estimular a aprendizagem. Cada disciplina, dentro suas especificidades, contribuiu para o desenvolvimento da proposta e no final do semestre houve a apresentação dos projetos de pesquisa num seminário. No decorrer do semestre realizou-se trabalhos em grupo e várias práticas de produção textual. Verificou-se com isso o grau de dificuldade dos estudantes no desenvolvimento da mesma, constantes erros gramaticais e a desinformação a respeito de temas atuais. O que reforça a hipótese da ausência da prática da leitura e escrita, de um conhecimento prévio básico. Por outro lado, constatou-se um grande interesse e empenho por parte dos estudantes na realização das atividades.&nbsp; Fato que se comprovou através da evolução da produção escrita dos estudantes, na linguagem, estrutura e desenvolvimento de argumentos. Levando em consideração que o texto além de apresentar uma boa estrutura, deve também conter argumentos convincentes, as aulas alternaram-se em exposições sobre a estruturação textual e exibição de áudio- visuais de temas da atualidade seguidos de debates sobre os mesmos.&nbsp; Nesse sentido, a temática da água foi abordada numa visão integrada: importância da água para manutenção da vida; usos da água; política de gestão de recursos hídricos; padrões de qualidade; poluição e degradação dos recursos hídricos. Nas aulas de química estudou-se suas propriedades físico-químicas singulares, o porquê de ser considerada o solvente universal, a reação de autoionização da água, as formas de tratamento e purificação da água, etc. Além de aulas expositivas, artigos sobre a água e a exibição do documentário “Home”, seguido da produção de uma resenha sobre o mesmo, foram utilizados. Nas aulas de informática os estudantes colocaram em prática ferramentas de edição de textos, organização de apresentação em multimídia, a pesquisa na internet, política de acesso e uso de informações entre outras. A partir disso, os grupos escolheram um assunto relacionado ao tema água e escreveram um projeto de pesquisa. Dessa atividade, resultou 06 projetos que posteriormente foram apresentados em um seminário para toda a turma, além dos docentes envolvidos.</p> 2019-07-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11479 JÚRI SIMULADO: EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR NO IFRS – CAMPUS FARROUPILHA 2019-07-27T12:39:28-03:00 Daniela de Campos daniela.campos@farroupilha.ifrs.edu.br Osmar Lottermann osmar.lottermann@farroupilha.ifrs.edu.br Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa elisangela.caldas@farroupilha.ifrs.edu.br <p>A presente comunicação tem como objetivo discorrer sobre uma experiência<br>de ensino realizada com turmas do Ensino Médio de um curso técnico na modalidade<br>integrada, o Júri Simulado. Trata-se de uma prática de ensino que se apresenta como<br>uma estratégia que possibilita a construção do conhecimento reflexivo e crítico através<br>do desenvolvimento da argumentação, do incentivo ao trabalho em equipe, criatividade<br>e ludicidade. Os alunos são divididos em três grupos, quais sejam, acusação, defesa e<br>jurados. Os grupos são definidos por sorteio e, nos grupos da Acusação e da Defesa são<br>indicadas duas testemunhas, além de advogado de defesa/promotor e um assistente para<br>cada caso. A formulação e socialização das ideias entre os componentes dos grupos são<br>realizadas após sua divisão. Cada grupo conta com professores orientadores que<br>auxiliam os grupos na pesquisa, definição de estratégias e construção dos argumentos. A<br>avaliação da atividade é feita de forma compartilhada com todos os docentes das áreas<br>proponentes da ação, bem como uma reflexão sobre a metodologia empregada com os<br>alunos participantes.<br>A atividade aqui descrita, ocorrida no IFRS – Campus Farroupilha, enseja romper com<br>um tipo de organização curricular tradicional das áreas do conhecimento procurando<br>articular uma visão mais abrangente e vinculada com a realidade, explorando a<br>concepção de currículo integrado como proposta que requer o abandono da<br>memorização e do ensino descolado da realidade social. Nesse sentido a discussão está<br>centrada nas vivências do aluno que participa do processo de elaboração do<br>conhecimento e se coloca como sujeito atuante e atento aos diversos fatores que<br>permeiam a realidade. A ação desenvolve-se há cinco anos, envolvendo professores de distintas áreas do<br>conhecimento e vem sendo aperfeiçoada, tendo em vista as avaliações realizadas com as<br>turmas participantes. Percebe-se que, para além dos temas desenvolvidos na atividade,<br>os alunos são instados a aperfeiçoar habilidades de trabalho em grupo, com foco na<br>cooperação e na autonomia na busca de conhecimentos que fundamentem seus<br>argumentos.</p> 2019-07-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11658 AULAS EXPERIMENTAIS NA COMPREENSÃO DE CONCEITOS DE CIÊNCIAS 2019-07-29T12:09:00-03:00 Andressa Vargas de Souza andressa.vargas98@gmail.com Alissandra de Oliveira dos Santos alioliveiradossantos@gmail.com Clarinês Hames clarines.hames@iffarroupilha.edu.br <p>A utilização de experimentos nas aulas de Ciências pode auxiliar no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que facilita a interação pedagógica. Entretanto, existem algumas dificuldades para que as aulas experimentais ocorram, seja pela falta de infraestrutura nas escolas, pela falta de tempo ou porque alguns professores estão desmotivados. Deste modo, para verificar se os professores desenvolvem aulas experimentais, foi realizada uma entrevista semiestruturada com duas professoras que ministram a disciplina de Ciências em duas escolas públicas do município de Santo Augusto. A entrevista tinha por objetivo verificar a importância que o professor atribui às aulas experimentais no ensino e aprendizagem dos conceitos de ciências. Além disso, verificar como essas aulas são desenvolvidas no ambiente escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa desenvolvida na disciplina de Práticas no Ensino de Biologia IV do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Farroupilha- <em>Campus</em> Santo Augusto. Para preservar a identidade das professoras entrevistadas, neste trabalho elas serão citadas com Ana e Beatriz. Analisando os dados obtidos nas entrevistas percebemos que a escola da professora Ana não possui laboratório, mas a mesma destacou que realiza “<em>experimentos para complementar as discussões e fazer com que os alunos se apropriem do conhecimento científico desenvolvendo o pensamento crítico”</em>. Na escola que a professora Beatriz ministra suas aulas há um laboratório, mas que não é utilizado. Entretanto, a professora destaca que realiza “<em>experimentos mais simples, com materiais de fácil aquisição para que eles possam ser realizados dentro da sala de aula”.</em> Quando questionadas se atribuem importância à realização de aulas experimentais ambas as respostas foram positivas. A professora Ana destacou que <em>“as aulas experimentais despertam o interesse pela Ciência e melhoram a aprendizagem dos conteúdos científicos” </em>e a professora Beatriz que <em>“a experimentação ajuda os alunos a entender melhor os conteúdos propostos, de uma forma dinâmica, já que muitos alunos ficam animados quando fazem aulas diferenciadas”.</em> Assim, depreende-se que ambas atribuem importância a realização de aulas experimentais, mesmo em meio as dificuldades encontradas nas escolas. Percebeu-se que a falta de um laboratório não limita as professoras na realização de atividades experimentais. Esses podem contribuir, de modo&nbsp;muito significativo, na mediação pedagógica e (re)elaboração conceitual em Ciências Naturais.</p> 2019-07-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11575 UM ESTUDO SOBRE OS CURSOS DE LICENCIATURA DO IFFAR - CAMPUS SÃO BORJA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS RELATIVAS AO CURRÍCULO INTEGRADO NAS PRÁTICAS ENQUANTO COMPONENTES CURRICULARES 2019-08-21T19:31:09-03:00 Helena Floriano Bloos helenafbsb@gmail.com Daiane Rosa Chuquel daianechuquel21@gmail.com Vinicius Souza Marques viniciusmarques74@gmail.com Taniamara Vizzotto Chaves taniamara.chaves@iffarroupilha.edu.br Maria Terezinha Verle Kaefer maria.kaefer@iffarroupilha.edu.br <p>O projeto de pesquisa intitulado “Um estudo sobre os Cursos de Licenciatura do IFFar Concepções e práticas relativas ao currículo integrado”, foi pensado tendo como base a necessidade de avaliação das práticas desenvolvidas no âmbito dos Cursos de Licenciatura do IFFar, concernentes ao período de 2014 a 2018. A necessidade da pesquisa justifica-se considerando que no ano de 2013 os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura do IFFar foram reorganizados em termos de conhecimentos específicos, formação pedagógica e práticas pedagógicas integradas presentes nas matrizes curriculares e alinhados na perspectiva de unificação dos currículos na instituição. Neste sentido, a partir desta nova configuração dos PPCs, as primeiras turmas ingressaram na instituição no ano de 2014, e no ano de 2017, aconteceu a conclusão das mesmas. Com base no exposto, considerando-se as práticas docentes desenvolvidas no âmbito destes cursos entende-se necessário um olhar sobre <em>se</em> e <em>como</em> o currículo destes cursos tem sido integrado e, que reflexões estas ações de integração nos permitem em termos de formação de professores, bem como possíveis reestruturações curriculares. Sendo assim, o objetivo do projeto foi definido como: identificar as concepções sobre ensino integrado presentes nos currículos dos cursos de Licenciatura do Instituto Federal Farroupilha Campus de São Borja e verificar como de que forma estas concepções constituem-se em práticas pedagógicas no contexto da formação inicial de professores na instituição. O projeto iniciou-se com leituras voltadas para o currículo integrado e análises do PPCS dos cursos de licenciaturas em Física e em Matemática ofertados no campus. Após as leituras foram analisados os Planos de Ensino dos cursos com o objetivo de verificar as propostas descritas nos PPCs &nbsp;das respectivas licenciaturas no que diz respeito às PeCCs e a integração com as demais disciplinas, sendo que a exigência descrita na normativa 13/2014 do Consup/IFFar que orienta as PeCCs é que haja pelo menos dois componentes curriculares integrados entre si. Analisando os planos de ensino foi constatado que há pouco ou nem uma integração das PeCCs com os demais componentes curriculares em ambos os cursos. Outro dado importante da pesquisa é a dificuldade de encontrar os dados obtidos a partir dos documentos analisados, o que levou a refletir sobre como o corpo docente está sendo acompanhado e assessorado quanto ao desenvolvimento dessas práticas Integradoras. Não ficou evidenciado se realmente está havendo pouco trabalho integrado entre as mesmas, ou se está havendo uma discordância entre o que efetivamente está nos documentos, e o que foi desenvolvido na prática. Para sanar a discrepância entre os resultados da pesquisa documental e a prática docente será realizada uma entrevista com os docentes que ministram as PeCCs para elucidar a contradição apontada e aprofundar a contradição e posteriormente aprofundar a pesquisa.</p> 2019-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/enteci/article/view/11530 VIAGEM DE ESTUDOS: CONHECIMENTOS NA BAGAGEM 2019-08-21T19:49:25-03:00 Andressa Domanski andressadomanski@yahoo.com.br <p>As viagens de estudos têm sido uma prática constante nos últimos cinco anos no Colégio Tiradentes de Santo Ângelo, como forma de aprimorar os conhecimentos construídos em sala de aula. &nbsp;A atividade contempla as turmas dos segundos anos do Ensino Médio e o destino são as cidades de Pelotas e Rio Grande. O objetivo principal da proposta é conhecer a História local, o Patrimônio e a Cultura relacionada ao conteúdo de História do Brasil em seus períodos Colonial e Imperial. Durante a viagem de estudos são contemplados lugares como o Centro Histórico de Rio Grande, com sua Igreja de São Pedro, umas das primeiras construídas no Rio Grande do Sul durante a colonização portuguesa na região; assim como a Biblioteca Rio-Grandense, que contém um acervo grandioso de documentos, jornais e livros desde o início da colonização aos dias atuais. Entre as visitas, é possível destacar a interdisciplinaridade junto ao Porto do Rio Grande, onde os alunos conhecem como acontecem as importações e exportações do nosso país, assim como no Museu Oceanográfico da Universidade Federal de Rio Grande, oportunidades em que os conhecimentos de Geografia, Biologia e tantos outros são vistos na prática. Já no passeio em Pelotas, os alunos entram em contato de forma mais direta com a História do Rio Grande do Sul quando conhecem as charqueadas, que eram as indústrias expressivas na economia brasileira no sul do país entre os séculos XVIII e XIX. No Centro Histórico de Pelotas, a partir da praça, Mercado Público, Banco Pelotense, Teatro Sete de Abril, assim como no Museu da Baronesa e ainda nas Charqueadas, em especial a São João, os alunos interagem com a história, desde a paisagem do lugar, com a presença do Arroio Pelotas, como com os vastos acervos existentes nos locais. Interagem com a Sociologia, pois percebem no espaço, as relações de exploração e violência durante a escravidão e também, a vida das mulheres da família charqueadora, que mesmo com condições confortáveis, eram submetidas a restrições no convívio e à obediência aos costumes patriarcais. Todas as visitas, nas duas cidades, são realizadas com a presença de guias especializados para direcionar e auxiliar os jovens estudantes nas descobertas e dúvidas ao longo do caminho. Os resultados da viagem de estudos são positivos e percebidos nas manifestações orais e escritas dos estudantes, quando revelam a importância de visitar alguns locais que fazem parte da história do Brasil e que geralmente conhecem apenas pelos livros didáticos. Os alunos retornam com a bagagem cultural enriquecida, com muitas críticas sobre a formação da sociedade brasileira e também, com questionamentos relacionados à atualidade de nosso país.</p> 2019-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2019 II Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado