A AUTONOMIA DE LER E ESCREVER: O ENCANTAMENTO DO SUJEITO E A AMPLIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE MUNDO
Resumo
No momento que a educação é um direito de todos, emerge a construção de novos paradigmas, os quis pressupõe a revisão de práticas pedagógicas, de concepções de aprendizagens e ensino, da função da escola como espaço na construção de conhecimentos e o respeito à diversidade. De acordo com Mairena (apud Morin, 2008, p. 21), “A finalidade de nossa escola é ensinar a repensar o pensamento, a “des-saber” o sabido e a duvidar de sua própria dúvida; esta é a única maneira de começar a acreditar em alguma coisa”.
A Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva inclusiva, demonstra um avanço significativo, no qual todos são convidados a repensar seus pensamentos e suas verdades, enfrentando o desafio da inclusão escolar. Neste sentido, a escola comum contempla a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) de forma complementar ou suplementar, em sala de recursos multifuncionais, no turno inverso à escolarização do ensino regular.
Importante destacar que o planejamento do AEE é construído a partir do aluno, focando nas possibilidades e não nas limitações, nas suas experiências, desejos e necessidades. No que se refere ao atendimento de aluno com deficiência intelectual, não há preocupação em trabalhar conteúdos acadêmicos, mas principalmente fazer com que o mesmo saia de uma posição passiva e dependente, perante o processo de aprendizagem, para um movimento de busca na construção do conhecimento. O processo de alfabetização, apropriação da leitura e escrita, possibilita a independência e interação deste sujeito com o espaço escolar e social.