A CONCEPÇÃO DE "INTERESSE" COMO MEIO E FIM DA EDUCAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Resumo
Em razão das dificuldades que vêm se colocando ao pensar e fazer educação, atreladas, em boa medida, a certa forma de “domar” a escola para atender aos “interesses” do sistema econômico vigente, faz-se pertinente um resgate e possível defesa dos sentidos de “interesse” propostos por Johann Friedrich Herbart (1776-1841). Os estudos aqui apresentados sugerem que o resgate da noção de interesse como meio e fim da educação – proposta por Herbart - se apresenta como possibilidade para que o “interesse” da escola possa voltar a ser o humano, em sua amplitude e abertura, - e não as demandas de um sistema neoliberal - formando sujeitos “em interesse” de pensar o humano e, com isso, de continuar fazendo mundo humano comum, repensando-o. Essa noção de interesse pode se aproximar, em certa medida, de algumas ideias de Jan Masschelein e Maarten Simons que, ao sustentarem uma defesa da escola enquanto skholé, compreendem que a escola necessita ser tempo e espaço de “colocar” as novas gerações em interesse para com o mundo, possibilitando com isso a chance de serem capazes de pensar e fazer mundo humano comum. Assim, o presente artigo, de cunho bibliográfico, tem como objetivo apresentar e tematizar as concepções de interesse que os autores acima citados apresentam, pensando possíveis aproximações entre elas e alguns sentidos disso para a educação.Downloads
Publicado
2018-02-15
Edição
Seção
Artigos Científico